Suplicy: Ex-moradores do Pinheirinho denunciam violência sexual praticada por PMs
Tempo de leitura: 4 mindo PT Senado, dica de Ricardo Maciel
Em documento lavrado no Ministério Público de São Paulo, ex-moradoras denunciaram que foram obrigadas a praticar sexo oral em policiais, entre outras brutalidades. Rapaz que as acompanhava foi empalado com um cabo de vassoura – e encontra-se preso até o momento.
Eduardo Suplicy relatou, no plenário do Senado, casos de violência sexual cometidos por policiais, durante a desocupação de Pinheirinho.
Leia documento do Ministério Público com as denúncias de seis pessoas de uma mesma família – quatro homens e duas mulheres, entre elas um senhor de 87 anos. Segundo o relato,eles sofreram violência física e psicológica, sendo que três jovens – um homem e duas mulheres – sofreram abuso sexual.
03.02.2012 – 23h15
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Comando da PM nega acusação de abuso sexual na desocupação do Pinheirinho
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Guilherme Balza
Do UOL, em São Paulo
O comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Álvaro Camilo, negou nesta sexta-feira (3) as acusações de abuso sexual contra moradores da área do Pinheirinho, em São José dos Campos.
A área foi desocupada no dia 22 de janeiro, dia em que teriam ocorrido os abusos, segundo relato feito por uma moradora ao Ministério Público Estadual. Segundo o comandante, no entanto, as duas mulheres que fizeram as acusações seriam namoradas de homens que foram presos em uma ocorrência relacionada a tráfico de drogas. E as prisões teriam ocorrido na madrugada do dia 23, fora do Pinheirinho.
“É uma ocorrência de tráfico de drogas que não aconteceu no Pinheirinho. Era uma ação de policiamento normal, no Campo dos Alemães [bairro vizinho à comunidade] em que uma viatura estava passando e viu que quatro rapazes fugiram e entraram em uma casa. Eles foram pegos com drogas: dois quilos de maconha, 300 gramas de cocaína e uma arma de calibre 12”, explicou.
Segundo o comandante, os envolvidos serão submetidos a exame de corpo de delito e os policiais também devem ser submetidos a exames toxicológicos. “Tudo será rigorosamente apurado”.
O coronel disse ainda que a PM “vem sendo alvo de acusações mentirosas sobre fatos que supostamente teriam acontecido no Pinheirinho.” “Foi provado que não era verdade”.
Íntegra da nota do Comando da Polícia Militar de São Paulo
O Comando da Polícia Militar vem a público manifestar-se a respeito das denúncias apresentadas pelo senador Eduardo Suplicy sobre supostos atos de violência e abuso sexual contra moradores em São José dos Campos. Nos últimos dez dias, a Polícia Militar tem sido alvo de acusações mentirosas relacionadas ao apoio prestado na ação judicial de reintegração de posse em Pinheirinho, na Cidade de São José dos Campos. São vários boatos de que crianças morreram, pessoas desapareceram, pessoas essas que depois foram localizadas, encontram-se muito bem e até concederam entrevistas desmentindo essas acusações.
A Polícia Militar é uma instituição séria, honrada, tem como princípio o respeito aos direitos humanos e pauta suas ações pela legalidade, sempre na defesa da vida, da integridade física e da dignidade da pessoa humana. Não passamos a mão na cabeça de maus policiais, somos firmes na depuração interna. Na realidade, o que temos é uma ação que foi desenvolvida pela ROTA, durante a proteção à cidade de São José dos Campos ? que sofria atos de vandalismo ?, numa ocorrência de tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo.
Tudo aconteceu na madrugada do dia 23 de janeiro, no Campo dos Alemães, não em Pinheirinho. No local, três adultos foram presos e um adolescente, apreendido. Eles foram autuados em flagrante delito com uma espingarda calibre 12, mais de 2 quilos de maconha, 300 gramas de cocaína e 1.382 reais em dinheiro. Chama a atenção que nem os três adultos nem o adolescente, ou mesmo a advogada Aparecida Maria Pereira, que os acompanhava e figura no boletim de ocorrência como curadora do menor, tenham sequer mencionado qualquer abuso no ato da prisão, em São José dos Campos, só o fazendo agora, dez dias depois.
Repudiamos a forma como as denúncias foram feitas, mas não é por causa das mentiras de que a Instituição foi alvo que deixaremos de nos empenhar no esclarecimento sobre mais essa acusação, ora apresentada pelo senador Eduardo Suplicy. E fica o compromisso do comando geral, em respeito ao cidadão e dentro da transparência que nos é peculiar, de voltar a público para divulgar o resultado dessa apuração.
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