Comentários do professor Júlio Cerqueira César Neto, via e-mail, a respeito de editorial do Estadão de 15 de dezembro de 2012
O editorial (está abaixo) referido enaltece os avanços conseguidos pelo Governo do Estado através de importantes obras de seu programa de combate às enchentes na capital induzindo os seus leitores a acreditar que esse programa realmente existe. Não existe. É pura ficção.
No último parágrafo (10% do texto) informa a posição de especialistas em hidráulica e saneamento que não deixam dúvidas sobre a extensão e gravidade da situação a que chegou o problema das enchentes na região metropolitana.
Com isso o editorial procura mostrar que embora tudo o que vem sendo feito ainda é longo o caminho que resta a percorrer. Não saímos da estaca zero.
Na realidade, com relação a posição dos especialistas, até agora o Governo do Estado não demonstrou nem mesmo nenhuma preocupação com o problema. Não se sabe como pretende começar a enfrentá-lo.
Neste ano que chega ao seu final a única movimentação do Governo sobre o assunto foi objeto de matéria publicada pelo próprio O Estado no último 11/12/2012 no seu caderno Metrópole cuja manchete fala por si mesma: “Marginal só terá obra anticheias após o verão”.
As grandes realizações enaltecidas pelo editorial não passam de rotinas de manutenção, como desassoreamento e limpeza de piscinões que foram retomadas no ano passado após anos sem atividade.
Infelizmente as enchentes não se constituem no único passivo acumulado pela região metropolitana nesses últimos 20 anos.
Júlio Cerqueira Cesar Neto é engenheiro, durante 30 anos foi professor de Hidráulica e Saneamento da Escola Politécnica/USP.

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