O seminário da Carta Maior sobre o neoliberalismo

Tempo de leitura: 3 min

Caros,

Convidamos a participar do seminário:

NEOLIBERALISMO: UM COLAPSO INCONCLUSO

Desde a eclosão da crise imobiliária nos EUA, a partir de 2007, os fatos se precipitaram a uma velocidade que não deixa dúvida: a história apertou o passo.

Na ventania desordenada surgem os contornos de uma crise sistêmica.

Restrita aos seus próprios termos, a engrenagem das finanças desreguladas não dispõe de uma alternativa para o próprio colapso.

Uma crise se desdobra em outra. Iniciativas convencionais e cúpulas decisivas adquirem a validade de um pote de iogurte.

A desigualdade construída em 30 anos de supremacia dos mercados financeiros sobre o escrutínio da sociedade cobra sua fatura. Populações asfixiadas acodem às ruas. Estados falidos se escudam em mais arrocho.

Anulada no seu relevo institucional por governantes e partidos majoritariamente ortodoxos e tíbios, a democracia representativa também se apequena.

O sentido transformador da política passa a ser jogado nas ruas.

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O imprevisível amplia seus domínios quando o repertório convencional se esvai.

Sucessivas injeções de dinheiro nos mercados hibernam no caixa de bancos e empresas sem ativar o metabolismo da produção e do consumo.

Exaurido pelo socorro às finanças e desfibrado por 30 anos de veto neoliberal à taxação da fortuna e do patrimônio, o caixa fiscal dos Estados encontra-se emparedado.

Demandas sociais crescentes colidem com um endividamento inexcedível a juros cada vez mais calibrados pela desconfiança.

Avulta a ausência de uma instancia coordenadora para formular respostas de maior contundência e envergadura.

Tudo se passa como se a desregulação dos mercados tivesse alcançado agora o aparato que dava algum amálgama de coerência à supremacia das finanças na etapa atual do capitalismo.

Organismos outrora estruturadores dessa hegemonia, como o FMI, rastejam sua esférica desimportância.

A inexistência de um arcabouço alternativo de racionalidade redunda assim numa longa agonia marcada pelo salve-se quem puder autofágico.

Demonstrações de obscurantismo fiscal para ‘acalmar os mercados’ pontuam a deriva da social-democracia europeia.

Mas não só. Em recente encontro no Instituto Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo, alguns dos melhores cérebros do PSDB ilustraram a perplexidade que toma conta também dos círculos intelectuais.

Em vez da autocrítica diante do esboroar neoliberal, o que se fez ali foi dobrar a aposta no Estado mínimo com uma agenda radical privatização de fundos públicos.

Para debater esse longo crepúsculo histórico, a Carta Maior promove o Seminário Neoliberalismo: um colapso inconcluso, que se desdobrará em 4 mesas:

A singularidade da crise financeira mundial – Luiz Gonzaga Belluzzo e Maryse Farhi

Panorama geopolítico: novos atores e novas agendas – Ignacy Sachs e Ladislau Dowbor

O Brasil e os canais de transmissão da crise – Márcio Pochmann e Paulo Kliass

Desafios e trunfos da a América Latina – Samuel Pinheiro Guimarães e Emir Sader

Serviço do evento:
Data – 12 de setembro de 2011
Horário – das 14 às 19 horas
Local – TUCARENA, na PUC/SP, Rua Bartira, esquina Rua Monte Alegre, nº 1024, Perdizes, PUC/SP.

Outras informações:

A entrada é franca.

O Teatro comporta 200 lugares.

O Seminário será transmitido, ao vivo, para os sites da Carta Maior e da PUC/SP, com possibilidade de ser ainda transmitido pela TV PUC.

A íntegra dos debates será objeto de uma publicação do IPEA.

Abraços,

Ladislau

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