Altamiro Borges: Sobre a pesquisa que “sumiu”

Tempo de leitura: 2 min

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Globo esconde Ibope. Crime eleitoral?

Por Altamiro Borges, em seu blog

A pesquisa Ibope, encomendada pela própria TV Globo, não foi exibida ontem no Jornal Nacional, o principal telejornal da emissora. O que houve? Ali Kamel, diretor de jornalismo do império midiático, não gostou do resultado da sondagem, que aponta o aumento da vantagem do petista Fernando Haddad sobre o tucano José Serra? Mas uma empresa que explora uma concessão pública pode sabotar informações aos telespectadores? Isto não caracteriza crime eleitoral? O que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem a dizer sobre isto?

A Globo só exibiu o resultado da pesquisa no seu telejornal local, o SPTV. O Jornal Nacional, ancorado por Heraldo Pereira e Renata Vasconcelos, simplesmente não citou a sondagem do Ibope. A eleição na capital paulista, em decorrência da sua importância política e econômica, tem dimensão nacional. A emissora da famiglia Marinho é famosa por suas sacanagens nos processos eleitorais. Ela adora manipular debates e fazer outras maldades. Mas esconder uma pesquisa encomendada pela própria empresa é muito descaramento.´

A pesquisa Ibope evidentemente desagradou os barões da mídia, que desde o início da campanha previram uma fragorosa derrota das forças de esquerda nas eleições municipais. Eles apostaram tudo no julgamento midiático do chamado mensalão do PT para dar uma sobrevida à oposição demotucana e, até agora, eles se deram mal. A sondagem divulgada ontem mostra Fernando Haddad com 49% das intenções de voto, contra 33% do eterno candidato do PSDB, que caiu quatro pontos desde a pesquisa anterior.

Pelos dados do Ibope, José Serra já deveria começar a pensar na sua aposentadoria política. Seria o caso, também, da TV Globo rever seu manual de jornalismo, um amontoado de platitudes sobre “imparcialidade e neutralidade”. A famiglia Marinho podia acabar logo com a falsidade e solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral o registro como partido político. Uma sugestão singela de nome: PIG (Partido da Imprensa Golpista).

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