Na abertura da reunião da CPI do Cachoeira, nesta quinta-feira, o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), pediu aos demais integrantes da comissão para ler seu relatório na próxima semana. Odair disse ainda estar dialogando com os “pares” do colegiado, o que evidencia uma possível mudança no texto a partir de sugestões de senadores e deputados.
Após o pedido de novo adiamento, o presidente Vital do Rêgo (PMDB-PB) marcou a leitura do texto para a próxima quarta-feira.
O deputado Carlos Sampaio discordou do adiamento e disse que o relator está “intranquilo” e “inseguro” quanto ao conteúdo do documento.
O senador Randofe Rodrigues, por sua vez, concordou com Odair:
— Acho de bom tom o adiamento, visto que a leitura seria feita numa cpi esvaziada hoje – disse referindo-se a baixa presença de parlamentares no plenário da comissão.
O deputado Miro Teixeira também manifestou apoio ao relator.
— Isso é uma tentativa de ponderação sobre o conteúdo do próprio relatório. Se temos a chance de aprovar um texto que mais se aproxime de pensamento médio, não acho que seja questão de insegurança — afirmou.
A leitura estava prevista para quarta-feira (21) e, por uma questão regimental, foi transferida para esta quinta. Vários parlamentares já tinham pedido adiamento, reclamando de que não tiveram tempo de ler o texto, com mais de 5 mil páginas. Também foi apresentado um pedido de vista, que só poderá ser votado depois de encerrada a leitura.
PS do Viomundo: Há muita pressão dos próprios parlamentares para o relator da CPI do Cachoeira, o deputado Odair Cunha (PT-MG), retirar alguns nomes do relatório inicial, entre os quais o do jornalista Policarpo Júnior, diretor de Veja em Brasília, e o do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Odair pede o indiciamento de Policarpo e a investigação de Gurgel. O lobby para livrar alguns nomes da quadrilha de Cachoeira do relatório final vai vingar? Quais serão beneficiados? Façam as suas apostas. Deixem os palpites nos comentários. Conceição Lemes
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