Carta Maior denuncia o modo ‘Folha’ de fazer jornalismo: Vergonha!

Tempo de leitura: 3 min

Editorial de Carta Maior

A estrutura de uma notícia processada no jornal da família Frias, na edição de 28-11 [imagem abaixo].

No título, a criminalização: “Procuradora e denunciante citam Dirceu”.

No destaque, sob o título, a indução reiterativa: “O nome do ex-ministro José Dirceu foi duplamente envolvido no caso apurado pela Operação Porto Seguro da Polícia Federal”.

No corpo da matéria, as ‘provas’ que sustentam a manchete:

1) “A procuradora federal Suzana Fairbanks  afirma que Dirceu era procurado para resolver questões como se ainda fosse ministro: “[Era] Uma pessoa que tinha poder de decisão lá dentro [do governo]”;

2) em seguida, o texto incorpora a entrevista ao “Jornal Nacional” do  delator do esquema, o ex-auditor do TCU, Cyonil da Cunha Borges): “Cyonil disse que Paulo Rodrigues Vieira, tido como um dos cabeças do esquema, o convidou para participar de um aniversário de Dirceu e citou o nome do petista ao oferecer a propina”.

Por fim, escondidos no texto, sem peso nem influencia na manchete, os fatos:

1) “Fairbanks afirma que não há troca direta de mensagens entre a ex-assessora (Rosemary Noronha)  e Dirceu”;

2) “Também não há o nome de Lula. — Conversa dela com o Lula não existe”, diz. “Nem áudio, nem emails.”

Apoie o VIOMUNDO

3) Sobre Cyonil, o delator, Fairbanks afirmou (…) “É um corrupto que sofreu um golpe. Levou um calote. Não recebeu o pagamento todo, como tinham combinado, e resolveu entregar o esquema todo”

Leia também:

Marcos Coimbra: A história do mensalão faz água por todos os lados

Lincoln Secco: A guerra contra a esquerda no Brasil

Rodrigo Vianna: Inglaterra investiga crimes de imprensa; no Brasil, não pode: seria “revanchismo”!

Mauricio Dias: Roberto Gurgel volta a atacar

Santayana: Julgamento da AP 470 corre o risco de ser um dos erros judiciários mais pesados da História

PT: STF não garantiu amplo direito de defesa, fez julgamento político e desrespeitou a Constituição

Nassif: Por que o ministro Ayres Britto se calou?

Marcos Coimbra: A pretexto de ‘sanear instituições’, o que a mídia e o STF desejam é atingir adversários

Leandro Fortes:Trâmite do mensalão tucano desafia a noção de que o Brasil mudou

Lewandowski: “A teoria do domínio do fato, nem mesmo se chamássemos Roxin, poderia ser aplicada”

Jurista alemão adverte sobre o mau uso de sua “Teoria do Domínio do Fato”Patrick Mariano: Decisão do ministro Joaquim Barbosa viola a Constituição e as leis vigentes

José Dirceu acusa Joaquim Barbosa de “populismo jurídico” e diz que “não estamos no absolutismo real”

Bernardo Kucinski: Macartismo à brasileira

Ramatis Jacino, do Inspir: O sonho do ministro Joaquim Barbosa pode virar pesadelo

Comparato: Pretos, pobres, prostitutas e petistas

Dalmo Dallari critica vazamento de votos e diz que mídia cobre STF “como se fosse um comício”

Rubens Casara: “Risco da tentação populista é produzir decisões casuísticas”

Luiz Flávio Gomes: “Um mesmo ministro do Supremo investigar e julgar é do tempo da Inquisição”

Apoie o VIOMUNDO


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Leia também