Fátima Oliveira: Duvanier Paiva Ferreira morreu à míngua

Tempo de leitura: 3 min

Quando a doença e a morte são grandes negócios

por Fátima Oliveira, no Jornal OTEMPO
Médica –  [email protected] @oliveirafatima_

Na madrugada de 19 de janeiro, um casal negro, Cássia Gomes e Duvanier Paiva Ferreira, secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, bateu, em vão, às portas dos hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia, em Brasília, buscando socorro para ele. Alegaram que não atendiam ao plano de saúde dele, o Geap, do qual são contribuintes compulsórios servidores públicos e aposentados dos ministérios e autarquias federais.

A terceira estação da via-sacra foi o hospital Planalto, a quem restou tentar reanimar Duvanier, que, fulminado por um infarto, estava morto! O contexto de sua morte é o de omissão de socorro com recortes racial e de classe – o desdém por um casal negro, sem talão de cheques no bolso, peregrinando na madrugada brasiliense.

Cássia Gomes declarou que os dois hospitais exigiram um cheque caução para atendê-lo, mas eles não portavam cheques. Hospital privado é uma empresa segundo a lógica mercantilista de garantir lucros e gerar riquezas. A doença e a morte são grandes negócios na ótica capitalista – hospitais privados são negócios. Nem mais, nem menos.

Nem os antigos filantrópicos são mais instituições de caridade. São pagos pelo que fazem, pois o SUS extinguiu a figura do indigente na saúde. O Estado brasileiro paga da extração de bicho-de-pé ao transplante mais sofisticado. De quem tem convênio inclusive, pois tais investimentos são descontados no Imposto de Renda! Isto é, ninguém paga convênio de saúde no Brasil, quem banca a conta é o Tesouro nacional!

A morte à míngua de um alto funcionário do governo federal, na capital da República, que não teve o direito de não morrer antes do tempo nem de morrer com dignidade, demonstra que um hospital particular que possui pronto-socorro tem de aprender a respeitar a missão de tal serviço. “Não pagantes” diretos, em casos de risco de morte, ou seja, os ditos “pacientes críticos”, independentemente de sua condição financeira, devem ser socorridos, pois, além das razões de ordem humanitária, a empresa hospitalar não terá prejuízos porque pode pedir ressarcimento ao SUS.

Morrer é parte natural da vida, que é finita. Somos programados para morrer, mas temos o direito de não morrer antes do tempo e a morrer com dignidade, fatos que comportam questões bioéticas, a exemplo da negligência e da omissão de socorro. É consensual que todas as pessoas têm direito a socorro médico. Na real, nem sempre são atendidas e, quando o são, nem sempre recebem os cuidados de que precisam – tratamentos que a medicina já dispõe para salvar ou prolongar vidas.

O “Estudo de Canto” (EUA, 2000) é paradigmático: “Negros, independentemente de seu sexo, têm probabilidades significativamente menores que brancos de receber esse tratamento de grande eficácia no combate a ataques cardíacos” (medicamento ou cirurgia para desbloqueio de veias), constatação que referenda o ditado: “Branco com dor no peito é infarto. Negro com dor no peito é arrotar que passa”.

Por ser negro, Duvanier Paiva Ferreira era um homem marcado para morrer antes do tempo. No Brasil, negros morrem antes do tempo em todas as faixas etárias. A mortalidade precoce dos negros, que arromba fronteiras de classe e do poder, desnuda o racismo na (des)atenção à saúde. Ele deve ter sido o primeiro funcionário do alto escalão da República que morreu à míngua na capital federal, e sua morte precoce, aos 56 anos, não pode ser em vão – servirá à reflexão de por que o racismo mata, às escâncaras e impunemente, todo dia e a gente nem percebe.

Leia também:

Sueli Carneiro: Restaurante Nonno Paolo, caso emblemático de racismo


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Não, não somos racistas | Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Fátima Oliveira: Duvanier, negro, morreu à míngua […]

master

O problema nesse caso não é de segregação racial ou qualquer outro tipo de discriminação, se ele não conseguiu atendimento na rede particular dirá se fosse para a rede publica , a Sra Presidente sentiu na pele quando um integrante de sua equipe morreu a mingua??? e o que acontece dioturnamente nos hospitais publicos em todo o Brasil , ou será que essa é a primeira vez que alguem morre por descaso e falta de atendimento?? Presidenta preste um pouco mais de atenção na midia pois todos os dias acontecem esses coisas e a saude vai de mal a pior ou seria de pior a pessimo .

Neila

Ai gente…ainda essa coisa de falar que tudo o que acontece de mal é com os negros.
Quanta ignorância afirmar isso….
E a parcela nordestina que em grande parte não é negra e no entanto é tratada como merda, totalmente esquecida pelo estado?
O problema é social minha gente…. vamos evoluir. Só assim poderemos mudar algo para TODOS e não apenas para os negros.

BIBO

me parece que ele morreu por falta de dinheiro e não pela cor da pele
toda e qualquer coisa que acontece com um negro a frase é sempre a mesma "aconteceu só porque era negro"
não sou negro e seguramente não faria parte desse discurso se o fosse
os negros ainda vivem presos a grandes correntes dentro de suas cabeças, o que é uma pena…

no brasil, quem não tem GRANA se dá mal, independente de ser negro ou albino

sejamos a favor de cotas SOCIAIS e não RACIAIS

    Luana

    Entenda: a maioria das pessoas que não tem grana são negras!

    Jurema

    mentira.
    em tempo: sou negra e tenho vergonha de cotas, uma vez que não sou menos inteligente que ninguém devido a cor de minha pele. E também não tenho nenhuma deficiência física para receber tratamentos e privilégios especiais.

    Luana

    Mais uma vítima da ideologia dominante. Lamentável!

    Jurema

    Não me chame de querida pois vc não me conhece. Sou negra, muito bem resolvida, tive uma educação privilegiada (não estou falando de escola e sim de criação) e sou absolutamente segura e bem resolvida. Tenho uma lista de coisas para te dizer mas a partir do momento que alguém termina uma conversa dizendo "você é alienado" não vale a pena dizer mais nada. Quantos clichês e frases prontas. Tadinha…

giovani montagner

primeiro, meus sentimentos a senhora cássia, não posso imaginar sua dor pela perda, ainda mais nessas circunstâncias.
não sabia que o senhor duvanier era negro, e concordo com a autora sobre a tese de preconceito. mas para mim o que deve ficar do caso é a necessidade urgente da ampliação das verbas para sus, para que finalmente tenhamos um sistema de saúde gratuito e universal.

rodrigo.aft

Fátima O.,

parabéns pelo artigo e por levantar esse problema, mas TODOS os brasileiros da "não elite" passam por isso… brancos, negros, mulatos, mamelucos, cafuzos. índios, amarelos…

TANTO FAZ A RAÇA OU ETNIA!!!!!!!!!!!!! O MAL ATENDIMENTO E A OBSESSÃO PELO LUCRO DESVIRTUARAM O ATENDIMENTO HOSPITALAR PÚBLICO FAZ TEMPOOOOOOOOOOOOOOOoooooooooooo…….!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

(…. respeitando os poucos bons e abnegados profissionais, mas…) não se o q é pior… advogado ou médico?! com um vc pode perder os bens e pode não ganhar a causa, com o outro vc pode nem chegar a ser atendido, e sendo atendido, pode perder os bens e pode perder a vida… tudo um grande coméricio onde vc é visto como fonte de renda, objeto a ser explorado, não como ser humano.

(só para não ser injusto, antes de descobrirem q vc não tem muito dinheiro, eles te tratam como se vc fosse mesmo gente; até sorriem e são amáveis com vc sem incluir isso na conta…antes de descobrirem q vc não tem muito dinheiro!)

então, sempre tem uma solução para qdo vc qdo as coisas derem errado na (IN)justiça ou no hospital…

< img src= http://4.bp.blogspot.com/_T-dbjYYeU0c/TSqQ2lIKM-I

    rodrigo.aft

    <img src=http://4.bp.blogspot.com/_T-dbjYYeU0c/TSqQ2lIKM-I/AAAAAAAAAO0/qpCG_Q6YMVk/s1600/1+MINUTO+DEPOIS.jpg>

    rodrigo.aft

    errinhos básicos pela falta de atenção: onde se lê:…"O MAL ATENDIMENTO"… leia-se …"O MAU ATENDIMENTO"…

    perdoem o erro do revisor! (eu, no caso! rsrs)

SILVIO MIGUEL GOMES

Isto acontece a todo momento em todas as cidades do Brasil. Seria o caso dos Datenas, do JN, REcord, indagarem aos Excelentíssimos Delegados de Policia porque nunca é feito um flagrante por omissão de socorro.

Mauro A. Silva

Todos os brasileiros "pagam" planos de saúde, mas apenas 20% da populaçao pode usar o plano,,,

Luana

"É uma afirmativa leviana, se não maldosa, dizer-se que no Brasil não há preconceito de cor. Já inscrevemos em nosso estandarte: "O preconceito de cor no Brasil só nós, os negros, podemos sentir". Porque a luta que se move ao negro é traiçoeira e disfarçada: não é feita como, especificamente, nos Estados Unidos, onde a mentalidade material impôs: "O homem vale por aquilo que ele seja capaz de fazer". […] Não é a luta aberta dos valores. Ao contrário, pormetem-lhe muito mas não lhe dão nada. […] E a mentalidade reinante é a de fazer do negro, sempre, um elemento servil, negando-lhe todos os direitos que, ironicamente a lei lhe concede […] vem sofrendo o negro nessa maldosa infiltração e maquiavélica insinuação; e onde quer que ele esteja, apenas o veem como negro e sob indisfarcável ponta de ironia, como se a cor da epiderme pudesse influir na capacidade intelectual." (Trecho de um documento redigido pela Frente Negra Brasileira em 1936).

É triste perceber que quase 80 anos depois, pouca coisa mudou.

    Jurema

    Os negros são os primeiros a se sentirem menosprezados e vitimados… é por isso que 80 ou 1000 anos depois isso nunca vai mudar
    No Brasil, quem não tem dinheiro é tratado como lixo, sendo branco, preto ou índio, vide Pinheirinho.
    Negros ricos são bem tratados, brancos ricos são bem tratados. Negros pobres são mal tratados, brancos pobres são mal tratados. É uma pena que as cotas sejam raciais e não sociais. Onde se encaixa o "branco pobre "? Já está na hora desse discurso evoluir.

    Luana

    Querida, talvez lhe falte uma olhar mais crítico diante dos fatos. Se fizermos um senso dos moradores do Pinheirinho, chegaremos a conclusão que a maioria dos que lá vivem são negros.
    Sugiro que você leia um pouco mais os grandes sociológos que se ocuparam de estudar a questão do negro no Brasil: todos são unânimes ao dizer que a pobreza neste país ter cor – negra.

    Além do mais, o status social não impede o negro de ser discriminado. Vide a situação enfrentada pelo vice-prefeito de Salvador – Edvaldo Pereira. Por diversas vezes ele foi parado em blitz policiais por estar dirigindo um carro importado. Se este exemplo não é o suficiente, lembro de outro caso ocorrido também na Bahia, onde um dentista negro foi morto pela polícia enquanto dirigia seu carro – também importado. Ele foi "confundido" com um bandido. Sem falar no Ministro do STF – Joaquim Barbosa – que no ano passado foi discriminado por um parlamentar.

    Também sou negra e tive a oportunidade de cursar o ensino superior. Por diversas vezes, ao chegar em um prédio de classe média, fui interpelada pelo porteiro – "você é a nova empregada do apartamento tal?" Poderia passar a tarde inteira apontando outros exemplos. Provas do quanto nossa sociedade é racista não faltam.

    Bem, se você quer continuar acreditando que nós negros nos sentimos "vitimados", que cotas são motivo de vergonha, tudo bem. Mas aguarde até sofrer algum tipo de discriminação. Se é que já não sofreu. Acredito que seu grau de alienação não permite que você perceba isso.

Lokilucius

Uma coisa que me incomoda nessa história e que ninguém tocou (ou pouca gente), até agora, nessa história é: a gestão da GEAP que era o Plano de Saúde do Sr Secretário.

A GEAP é administrada por um conselho formado por representantes do governo e dos servidores públicos federais. A pouco tempo atrás se não me engano, um dos hospitais que negaram o atendimento atendiam a GEAP. Talvez por isso o secretário e esposa procuraram esses hospitais sem saber que não estava mais credenciados.

A GEAP deve ter uma ótima arrecadação, visto a quantidade de servidores federais que são ligados a ela. Mas mesmo assim deve ter problemas seríssimos de gestão visto que a cada dia diminuem mais os hospitais e profissionais que aceitam o plano (pelo menos em Brasilia – não sei como esta em outros cidades e estados, ou pode ser um problema local por um fenômeno de mercantilização do serviço de saúde em Brasília).

Esta na hora dos servidores federais se apropriarem mais da gestão da GEAP em que ela deve ser tratada como um patrimônio dos servidores públicos e deveria ser exemplo para formação de sistemas públicos de saúde ( e mesmo de previdência) administrados em co-participação de forma responsável entre governo e trabalhadores, até como alternativa a planos de saúde que se tornaram mera mercadoria.

Ps. Chegamos ao absurdo de empresas de plano de saúde patrocina times de futebol e gasta recursos com compra de jogadores de futebol. E isso tudo me parece que sem que a agencia responsável pela regulamentação e fiscalização interfira nisso.

ZePovinho

http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostra

O Haiti que Dilma visita (contado por Eduardo Galeano)

“Os escravos negros do Haiti propinaram uma tremenda surra ao Exército de Napoleao Bonaparte; e em 1808 a bandeira dos livres se alçou sobre as ruínas.

Mas o Haiti foi, desde ali, um país arrasado. Nos altares das plantações francesas de açúcar se tinham imolado terras e braços, e as calamidades da guerra tinham exterminado um terço da população.

O nascimento da independência e a morte da escravidão, façanhas negras, foram humilhações imperdoáveis para os brancos donos do mundo.

Dezoito generais de Napoleão tinham sido enterrados na ilha rebelde. A nova nação, parida em sangue, nasceu condenada ao bloqueio e à solidão: ninguém comprava dela, ninguém lhe vendia, ninguém a reconhecia. Por ter sido infiel ao amo colonial, o Haiti foi obrigado a pagar à França uma gigantesca indenização. Essa expiação do pecado da dignidade, que esteve pagando durante um século e meio, foi o preço que a França lhe impôs para seu reconhecimento diplomático.

Ninguém mais o reconheceu. Nem a Grande Colombia de Simon Bolívar, mesmo se ele lhe deveu tudo. Navios, armas e soldados o Haiti tinha lhe dado, com a única condição que libertasse aos escravos, uma ideia que não tinha ocorrido ao Libertador. Depois, quando Bolívar triunfou na sua guerra de independência, negou-se a convidar o Haiti ao congresso das novas nações americanas.

O Haiti continuou sendo o leproso das Américas.

Thomas Jefferson tinha advertido, desde o começo, que tinha que confinar a peste nessa ilha, porque dali provinha o mal exemplo.

A peste, o mau exemplo: desobediência, caos, violência. Na Carolina do Sul, a lei permitia prender qualquer marinheiro negro, enquanto o seu navio estivesse no porto, pelo risco de que pudesse contagiar a febre antiescravista que ameaçava a todas as Américas. No Brasil essa febre se chamava haitianismo.

Postado por Emir Sader às 14:03

Jorge Portugal

A palavra POBRE também deveria ser tradada como racismo. Quantos morrem à míngua em vários hospitais publico por serem POBRE. Viu em são Paulo como o governo de lá trata pobre! Vai dizer que não é racismo?
Não se pode morrer um rico negro que é tratado como racismo, e os negros pobre que morrem todos os dias e não deveriam ter morrido? Esses são o outro lado de uma realidade.

    damastor dagobé

    uai sô..pensei que "pobre" tinha acabado ha muito tempo por conta da novilíngua midiática: só se escuta falar em "classes desfavorecidas" ou "pessoas de baixa renda" …na outra ponta também acabaram com os ricos que viraram "classe media alta" ou "emergentes'… com isso esperam e conseguem acabar com a luta de classes…. não se imagina um vasto conflito social entre categorias com essas denominações não é?
    .penso que se voltássemos a usar a língua pátria com seus sentidos primevos tínhamos melhor resultado na compreensão da pavorosa realidade do entorno…mas pra isso teríamos de ter outra mídia e outra escola, e isso só no universo paralelo né?

    simão, o simio

    Impossivel tal coisa Dagobé..vc certamente sabe que entre nós é considerado de um mau gosto quase criminoso chamar as coisas por seus nomes verdadeiros..so usamos eufemismos e metaforas por que brutal não é a realidade que as palavras nomeiam mas as proprias palavras mesmas. Somos assim desde sempre e assim continuaremos.

    Graciete Lobão

    Sr. Jorge, peço-lhe a gentileza de reler o artigo. A lição que ele apresenta é sobre a autonomia do racismo; como o racismo opera. Releia e veja que a autor afala que "No Brasil, negros morrem antes do tempo em todas as faixas etárias. A mortalidade precoce dos negros, que arromba fronteiras de classe e do poder". Ela está dizendo que classe (ser classe média, no caso do falecido) e poder (um homem de muito poder na República, no caso do falecido) não impediram que ele morresse ANTES do tempo como negro de qualquer classe social, até pobre.
    Nesse sentido o artgo é uma denúncia que visa a proteger todos os negrso, o senhor não acha?

    Neila

    Jorge, estou contigo e não abro. Vamos parar com esse discurso do negro ferido e criar um discurso mais inteligente que defenda os pobres em geral. A que ponto chegamos?!?! Uma ocorrência de omissão de socorro virar uma pauta sobre racismo?…não tem cabimento.
    Todos os dias brasileiros morrem por omissão de atendimento, por falta de DINHEIRO.

Paulo Henrique

A INVERDADE DO DIA DA SAÚDE
19/1/2012
Paulo Moreira Leite

A noticia do dia é que o brasileiro gasta mais com saúde do que o governo. Falso.
Os dados do IBGE informam que se o Estado tem um dispêndio de R$ 645,27 por pessoa, as famílias gastam R$ 835,65 com cada um de seus membros.
Cada centavo que o brasileiro gasta com saúde pode ser deduzido do imposto de renda. Isso vale para plano de saúde, consulta fora do convenio e até remédios. A condição é ter comprovantes para incluir na declaração. Isso quer dizer o seguinte: você gasta hoje e deduz a despesa a amanhã. Quanto mais você gasta, mais diminui seu imposto.
Se você ficar internado num hospital cinco estrelas de São Paulo, assina a cheque na hora de ir embora e deduz na próxima declaração de renda. Idem para o médico fora do convenio que cobra R$ 900 por consulta.
É um sistema que beneficia quem tem mais e pode pagar na frente.
Também prejudica aqueles assalariados que vivem na informalidade e não têm como justificar rendimentos.

Paulo Henrique

Cont…A INVERDADE DO DIA DA SAÚDE
19/1/2012
Paulo Moreira Leite

A turma de cima que vive no Caixa 2 também não pode abater o que nunca paga mas dessa gente não é preciso sentir pena.
Outra distorção: você paga o médico privado e deduz a receita no IR. Mas sua cirurgia — quando grave e complicada — é feita pelo SUS. Resultado: você deduz o plano no IR e ainda recebe o serviço do Estado.
Na pura contabilidade, é como se tivesse recebido dinheiro para ser operado.
Quem paga a conta?
O Estado brasileiro, que fica sem recursos para investir em escolas, em infraestrutura e na própria saúde pública.
Isso quer dizer que o dinheiro que falta no posto de saúde do seu bairro pode ter voltado, antes, para o bolso de quem ficou internado num hospital muitas estrelas.

(Atualizado às 17h36) http://colunas.revistaepoca.globo.com/paulomoreir

Zé Brasil

O mercantilismo é tão avassalador que às vezes penso que ao invés do Juramento de Hipócrates o pessoal anda jurando o Juramento do Hipócríta. Tem que haver leis fortes que equiparem o não atendimento de pacientes em condições de emergência com risco de morte imediata a crime doloso. Basta!

_Rorschach_

Se os brancos já sofrem nas filas de hospitais e também são vítimas dos famigerados cheques-caução, que se dirá dos negros?

    Luci

    Se todos nós sofremos com humilhações, discriminações, racismo quando é que juntos iremos exigir o respeito à nossa dignidade humana? Esta foto estampada durante o dia de hoje é uma denúnica/cobrança ou agimos como irmãos ou morreremos todos antes do tempo, por imposição do capitalismo excludente e omissão de governos que se apresentam como democráticos.

    cacau

    Os pobres estão todos no mesmo barco, como tantas outras minorias: homossexuais, soropositivos, nordetinos, negros, índios, etc.

damastor dagobé

não sei quando alguém com visibilidade midiática vai dizer o óbvio que precisa ser dito desde sempre nesse país: nome do problema da saúde =médico…nome do problema da justiça=advogado..

JoseIvanAquino

Crimes: racismo, omissão de socorro, ferimento de morte na ética médica…
Processos: civil, criminal, profissional.

Nada devolve a vida ou ameniza a perda, mas temos que montar uma grande campanha contra os dois hospitais.

José Ivan Mayer de Aquino-Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida

Mari

Criado em 1967, o conceito de racismo institucional especifica a forma de racismo que se estabelece nas estruturas de organização da sociedade e nas instituições, traduzindo os interesses, ações e mecanismos de exclusão perpetrados pelos grupos racialmente Dominantes.
De acordo com um dos mais importantes documentos do Reino Unido sobre o tema, o Relatório Macpherso, o racismo institucional é: “A incapacidade coletiva de uma organização em prover um serviço apropriado ou profissional às pessoas devido à sua cor, cultura ou origem étnica. Ele pode ser visto ou detectado em processos, atitudes e comportamentos que contribuem para a discriminação através de preconceito não intencional, ignorância, desatenção e estereótipos racistas que prejudicam minorias étnicas.”
No Brasil, o racismo institucional manifesta-se não só do privilégio branco, mas de suas ações para controle, manutenção e expansão dessas prerrogativas via apropriação do Estado. http://unecombateaoracismo.blogspot.com/2009/10/r

Luiz Clete

Segundo Hannah Arendt, a única proposta que o capitalismo tem para o ser humano é a morte.

Alexei_Alves

saúde não é mercadoria, é direito humano!!!!!!!!

Iran

Na avaliação de Moraes, está tudo errado: primeiro, negar atendimento; segundo, recorrer à ilegalidade do cheque-caução. “E como a diferença entre a tabela de ressarcimento do SUS é três vezes menor do que os hospitais particulares cobram, ninguém quer prestar serviços ao sistema público”, afirmou. Diante desse quadro, ele não tem dúvidas de que só resta à Civil apurar todas as circunstâncias que levaram Duvanier à morte. “Vamos averiguar tudo sobre a possível negligência”, assegurou.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/

Iran

Para o diretor-geral da Polícia Civil, Onofre Moraes, ao negarem o atendimento a uma pessoa em situação grave, como a de Duvanier, os hospitais infringiram a lei que garante assistência imediata por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o qual ressarcirá as despesas. Segundo ele, tornou-se rotina entre os hospitais fazerem de tudo para não dar atendimento aos cidadãos que não têm planos de saúde e aos que os convênios não são aceitos pelos estabelecimentos.
[FOTO2]A razão é uma só: faturamento. Mesmo com a exigência do cheque-caução, não há garantia de recebimento das dívidas e, no caso do ressarcimento do SUS, o valor é considerado muito baixo. Dados da Secretaria de Saúde do DF mostram que um leito na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) privado custa, em média, R$ 3 mil por dia à rede pública.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/

Regina

Que horror! Dá vontade de esganar esses caras dos hospitais. Sem dó nem piedade. Que absurdo! Tem que fazer uma super exposição desses hospitais. Chamar de açougue pra baixo.

    Vlad

    Exatamente…e não são só os hospitais, até porque hospital não fala, são os venerados MÉDICOS (salvo as exceções que confirmam a regra).
    Fale com qualquer funcionário mais graduado ou dirigente de algum plano de saúde (estes sim as "genis" da saúde) e vc descobrirá a verdadeira história da medicina, seus inúmeros trambiques, exames inúteis só pra levar comissão, cirurgias e procedimentos não realizados mas atestados, etc., etc., etc…….é de causar inveja na Camorra.
    Ao invés do juramento de Hipócrates deveriam fazer o juramento dos hipócritas.
    Vivemos em um grande teatro…com uma platéia de asininos.

Luci

É a guerra contínua contra a população negra em seu próprio país.

Sr.Indignado

Duvanier Paiva cuidava da negociação dos professores federais com o governo sobre salário sem reajuste desde 2008. Um problema de bilhões de reais. E morreu assim? Ele foi uma pessoa importante no governo. Acho que o governo tem que mostrar-lhe respeito neste momento, metendo essas duas espeluncas na justiça. E olhe lá, que não sei se o judiciário condena, nem para dar exemplo.
Enquanto a justiça não se democratizar, vamos ter todos os dias, infelizmente, notícias como esta.

Jorge Portugal

Hoje eu tenho 52 anos de idade, em 1965 fui atingido por uma escada de madeira, ela caiu em cima da minha cabeça e tive afundamento no crânio. Antigamente as escadas de madeira eram confeccionadas por caibros, uma madeira muito pesada. Na época minha falecida mãe me levou desesperada para o hospital Getúlio Vargas no Rio, chagamos lá meio dia e só íamos ser atendido meia noite, essa era a previsão. De 1965 até 2012 não mudou absolutamente nada. Fui tratado em casa, até hoje tenho um problema no crânio. Hoje eu peregrino para conseguir uma ressonância para meu filho em um hospital publico ha mais de 8 meses e nem sei se vou conseguir. Arranjam desculpas do fim da CPMF para não fazerem nada, mas ainda acredito que haverá um governo voltado para saúde.

antonio carlos

Pessoal pare com isso, tudo que acontecer a negros , indios e etc agora e racismo? ninguem estampa na primeira pagina os vários absurdos que acontecem ao pobre que paga seus impostos. ele morreu pq tinha que morrer e pronto, ñ adianta nada ficar pilitisando essas questões.

    Iran

    Antônio Carlos, tome tento meu senhor! Mortes precoces e evitáveis têm responsáveis sempre

Vera Silva

E o Hospital Santa Lúcia há alguns anos foi aumentado e reformado com dinheiro do BNDS – será que pagou?

CLAUDIO LUIZ PESSUTI

" Isto é, ninguém paga convênio de saúde no Brasil, quem banca a conta é o Tesouro nacional!"Com relação a este parte do post eu diria "Amem"!Nossa , bom seria se fosse assim?Vou pedir para o governo me reembolsar aproximadamente uns 10 mil reais , só do ano passado, pois de mim ele não bancou a conta nao!Cada bobagem que a gente lê…

    Vlad

    É verdade.
    As despesas com o plano são abatidas da base de cálculo e não do imposto. Resumindo, o governo reconhece que gasto com saúde não é riqueza tributável (ooooooooohhhhhhhhhhhhhh) e te devolve 1/4 do que vc gastou, já que a dedução é da base de cálculo e não do imposto devido.
    Se não tiver imposto a pagar, não devolve é nada.

Ramalho

O atendimento médico, em especial nas emergências, tem de respeitar protocolos médicos, desde o guichê de entrada à sala de cirurgia. Mas, cadê os protocolos?

Em engenharia há protocolos. A ABNT e a indústria (aqui e no exterior) os estabelece, e, não só o Estado, mas mesmo a indústria cobra a obediência a eles. Por que não há protocolos para atendimento médico. Por que cada um faz o que quer? Por que esta zona?

O tempo, desde a chegada de um paciente em emergência cardíaca à unidade médica até ter atenção médica tem de ser de no máximo 5 minutos, isto para começar. Este tempo e os demais do atendimento emergencial têm de ser registrados na ficha do paciente, da mesma forma que os medicamentos ministrados, resultados de exames etc, pois são tão importantes para a recuperação do paciente quanto estes. Tais registros terão de servir para avaliação da unidade médica e para eventual processo disciplinar ou judicial contra ela. ou para premiá-la. O paciente, ou o responsável por ele, tem de ter acesso aos registros, em tempo real, inclusive para validá-los, ou repudiá-los.

A norma tem de valer para unidades médicas públicas e privadas indistintamente. Ademais, procedimento como este que matou o secretário tem de ensejar processo criminal, além do civil. Não se pode achar natural a morte de uma pessoa, afinal, omissão de socorro é crime, e alguém tem de ir para cadeia. Para mim, este caso trata-se de homicídio doloso agravado por ter motivação torpe. As clínicas deveriam sofrer punição exemplar, bem como os que efetivaram a omissão de socorro.

Quando clínicas como estas, forem condenadas a alguns milhões de reais e o funcionário que recusou o atendimento condenado e preso, as coisas mudarão.

Mas, para tal ser possível, o governo tem de estabelecer formalmente protocolos de atendimento médico, especialmente para os casos de emergência, e controlar sua aplicação. Quando pacientes, agentes médicos e operadores de direito souberem, preto no branco, o que tem de ser feito, será possível premiar, ou cobrar e punir pessoas e instituições ligadas à prática médica. Só assim, as pessoas passarão a ser tratada como tal, e, não como itens de nota fiscal.

Bárbara

Será que também precisaremos de cotas para sermos atendidos nos hospitais? Até quando as pessoas irão tratar os outras com diferença somente por causa da cor da pele, ou pela classe econômica ou por causa da aparência?
Os anos passam, e NADA muda, meu Deus, quando seremos tratados com amor?

FrancoAtirador

.
.
O mundo (dos negócios de saúde) trata bem

quem se veste bem (com a pele branca que tem).

Se roupa não tem, então, não trata NINGUÉM.
.
.

Klaus Balogh

Só um detalhe. A adesão à GEAP não é mais compulsória. Na época que ainda era Grupo Executivo de Assistência Patronal a adesão era compulsória. Depois que se tornou Fundação de Seguridade Social a adesão passou a ser voluntária.

Alberto

Enfim, Padilha não fugiu da raia e disse ao blogueiro Jorge Moreno que foi racismo mesmo
Está na Coluna Coluna Nhenhenhém de 21.01.201

ASSASSINOS!
Indignado, o ministro Padilha me contou que, além da omissão de socorro, houve crime de "racismo institucional", no caso da morte do secretário Duvanier Paiva Ferreira, do Ministério do Planejamento.
— Duvanier e sua mulher foram barrados no hospital porque eram negros! — disse-me o ministro.
Investigações, processos e a urgente regulação dos hospitais privados — são as primeiras das providências tomadas pelo governo, sob a orientação direta da presidente Dilma.
Particularmente, nunca pensei que um dia experimentaria este sentimento: o de ter vergonha de, como negro, viver num país em que se deixa morrer gente por discriminação racial.
Aconteceu com um negro que exercia cargo de autoridade.
Fechamento do hospital é pouco!
Cadeia, já!
É o mínimo!
http://oglobo.globo.com/pais/moreno/posts/2012/01

    ricardo silveira

    Não sei o que é "racismo institucional", mas racismo é crime e este, associado a assassinato. Vamos ver o que resultam as providências do governo.

    Mari

    Enfim o ministro Padilha dá uma dentro e merece ser elogiado. Mas o engraçado é que não li isso em outro lugar a não ser no blog de Jorge Moreno, mas valeu! Vamos dar a Padiilha o que é de Padilha

Ana

Este óbito revela o desrespeito às leis e a justiça do país, que atinge milhares de pessoas. Quais isenções estes hospitais recebem dos governos? Pagam água, luz, impostos?

Mari

"Vejam senhoras e senhores: na capital da república de um país, cuja população de origem negra corresponde a mais da sua metade, um cidadão, da estrutura do poder central, morre, nas portas de um hospital, por falta de atendimento, pela prosaica razão de não possuir um cheque caução e ser negro.
E o que é mais grave, os porta vozes dos hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia, ambos de Brasília, que recusaram atendimento ao paciente, de maneira cínica, sórdida e hipócrita tentaram durante todo o tempo responsabilizar a própria vítima ou de não ter estado nos hospitais, fato este desmentido pelas próprias câmeras de vigilância, ou de não ter se apresentado suficientemente enfermo para ser atendido".

Trecho de Zulu Araújo – Ausência de cheque e tênis de marca http://www.geledes.org.br/racismo-preconceito/rac

Mari

É espantoso. Mas faz sentido. Estou chocada, mas garanto que não havia pensado em racismo, mas no fim das contas não deixa de ser. A autora é categórica: "o racismo mata, às escâncaras e impunemente, todo dia e a gente nem percebe".
É verdade. É muito duro o que ela fala: "Por ser negro, Duvanier Paiva Ferreira era um homem marcado para morrer antes do tempo. No Brasil, negros morrem antes do tempo em todas as faixas etárias."

Vlad

Não sou poliana a ponto de achar que não há racismo , mas quer saber? Pra mim, morreu porque não deu carteirada. Se soubessem "com quem estavam falando" aposto que ia chover médico para atender.
Fosse branco e pobre e possivelmente o final seria idêntico.

leandro

E isso num país onde a constituição determina que a saúde é direito do cidadão e obrigação do estado, mas, segundo o IBGE, as famílias já gastam mais que o governo com saúde.
" As famílias brasileiras gastam muito mais em saúde que a administração pública e, em 2009, responderam por 56,3% do total de despesas no setor."

Leila Jalul

Dra. Fátima, quando ouvi a notícia da morte de Duvanier, confesso que não levei em conta o fato dele ser negro. Ainda assim, achei estranho o fato de, por falta de uma folha de cheque para o famoso "depósito", um alto funcionário da equipe da presidenta Dilma tenha morrido sem socorro. Acredite, até pensei e questionei a mim mesma, por qual razão a esposa de Duvanier não ter se valido da famosa "carteirada" ou feito uma ligação para amigos do primeiro escalão.
Pensei tudo errado, confesso. Lendo seu texto,de certa forma envergonhada, resta-me (des)pensar e desejar que tudo seja apurado para que a morte de Duvanier não tenha sido antecipada e em vão.
Com respeito.
Leila Jalul

Paulo Ribeiro

Mas, como o governo do DF é do PT e para o PSDB dane-se se morreu mais uma pessoa por falta de atendimento, fica tudo por isso mesmo. Não dá para culpar o Serra, a Dilma ou o Lula? Ora, vá reclamar para o Papa.

    Alexandre Felix

    Divergências políticas a parte…o homem que perdeu sua vida de forma tão bárbara, merece mais respeito…não acha? Fique em paz…

    valdecir

    O assunto, parece-me, não é a conjuntura política (PT x PSDB), mas a estrutura injusta (a estrita busca do lucro) do sistema privado de saúde do Brasil. Então, cidadão, reflita sobre isto e não perda a paz.

Caracol

Concordo com o texto, mas podem ficar certos: se fosse eu, que sou branco, e não tivesse talão de cheques na hora… ia morrer do mesmo jeito, pois a coisa, na verdade, tá "mais pior" do que parece.
Que canalhas, que assassinos monetaristas!…
Minhas sentidas condolências à família desse nosso compatriota.

(Hospital Santa Lúcia e Santa Luzia… coitadas das santas… o que é que elas fizeram pra merecer isso junto com o pobre Duvanier?…)

Bom, mudando de assunto: que tal voltarmos a falar mal de Cuba agora?

Abdula Aziz

Tá na hora do governo federal pegar pesado com essa gente que aparece na grande midia fazendo e desfazendo do povo e do governo. Vamos reagir gente. Vcs abaixam a cabeça para esses partidos do inferno que é o PSDB, DEM e outros mais. Até quando! Paredão nesses caras. Ou tão com o rabo preso com essa gente?

    Gilberto

    mas se nem nos EUA nos tempos aureos da classe media o estado (lá) conseguiu ir contra os seguros de saúde… a industria da saúde tem poder

Substantivo Plural » Blog Archive » Quando a doença e a morte são grandes negócios

[…] Por Fátima Oliveira no Jornal OTEMPO – VIA VI O MUNDO […]

iza

Não acho que o caso do Hospital Santa Lúcia seja referente a apenas racismo . Minha irmã( branca e com olhos claros ) quando ia completar sete meses de gestação começou a ter contrações e a bolsa estourou de madrugda , na correria não levamos praticamente nada . Como o hospital Santa Lúcia fica no final da Asa Sul foi o primeiro hospital em que entramos , e para nossa surpresa no balcão foi nos comunicado que para ela ser atendida deveríamos deixar um cheque caução , como estavamos sem nada e com medo do que aconteceria nos outros hospitais fomos direto para o hospital público HRAS e felizmente ela conseguiu ter a criança lá .
Sinceramente essa exigência de cheque caução pelo Hospital Santa Lúcia deve ser política da empresa , independente da cor da pele .

    Gilberto

    pré-conceito é igual medo… só entende quem sente.

    dificil dizer o quanto do tratamento (ou falta dele) foi em função da cor da pele… fato é que em nosso pais isso ainda é um fator importante.

    mas concordo com o colega, se fosse um brasileiro qualquer cor de pele, sem grana e sem talão de cheques seriam mal tratado (ou não tratado)… somos todos um povo mestiço, pobre e a mercê dos bancos, dos planos de saude, das montadoras de automóveis, da justiça (ou falta dela)…

    hoje em dia vivemos numa terra de ninguem… quem tem poder economico não se importa em cumprir as leis… é mais barato usar advogados, brechas legais e trafico de influencia que seguir as leis.

    resultado só segue as leis neste pais quem não pode pagar para ser imune a elas.

    o poder neste pais (poder financeio, politico e judicial) é corrupto, se eu for pego dirigindo depois de jantar com uma taça de vinho é posível que tome tapas de policiais, enquanto isso senadores, juizes e delegados são impunes…

    se eu oferecer propina a um policial ou jornalista honestos serei preso e sofrerei maus tratos… banqueiros e investidores fazem isso e são defendidos pela midia.

    os moradores do pinheirinho foram cruelmente despejados por usarem área invadida… a Globo invade área e nada acontece…

    Neste pais os mestiços, negros e indios são pobres, em geral sem puder… minorias versos maiorias é um discurso cada dia mais distante…. atualmente é detentores do poder contra os excuidos… (as tradicionais minorias encontram-se entre os excluidos)

    ma

    Larissa Dias

    E você acha isso certo em urgências e emergências? Parto é também uma urgência. Fátima oliveira cantou a pedra ética: “Não pagantes” diretos, em casos de risco de morte, ou seja, os ditos “pacientes críticos”, independentemente de sua condição financeira, devem ser socorridos, pois, além das razões de ordem humanitária, a empresa hospitalar não terá prejuízos porque pode pedir ressarcimento ao SUS.

Jairo_Beraldo

Espero que neste caso, a Sra Dilma Traíra tome providencias e peça punição exemplar, para que a segregação racial não tome proporções maiores, como a que ela pactuou, no caso Pinheirinho. à segregação social tucana.

Fabricio

Brasil-sil-sil.

Valdete Lima

Caro Azenha: mais uma vez a minha raça agradece você colocar mais um assunto de racismo. Duvido que se ele fosse louro de olhos azuis que não fosse atendido. E ainda seria chamado de doutor e sua esposa de madame. Infelizmente é preciso acontecer no alto escalão para que passe à sociedade como o negro negro vive e morre no Brasil

    Sr.Indignado

    "…. cheque? deixa para depois….primeiro vamos atender, depois vemos…" se fosse branco.
    Foi racismo sim, infelizmente, mas no Brasil, a justiça só anda se nós nos manifestarmos.

    CASSIA

    "a minha raça"…
    Uma nação nunca será justa enquanto houver esse tipo de discurso…
    o texto fala de um problema de saúde pública, onde qualquer brasileiro sem dinheiro está sujeito a morrer na sarjeta de um hospital. Que mania de achar que tudo gira em torno da cor da pele dos negros.

Deixe seu comentário

Leia também