Corruptores, os grandes ausentes do debate

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por Luiz Carlos Azenha

Talvez eu tenha perdido alguma coisa, mas sinto falta da inclusão dos corruptores no debate sobre a “faxina” e nas manifestações do Sete de Setembro.

Será que existe alguma relação entre o poder dos corruptores e a interdição das operações Satiagraha e Castelo de Areia — ou foi mero acaso?

Por que não se debate, por exemplo, punição às empresas corruptoras, como a impossibilidade de participar de licitações para as que forem condenadas em última instância pelo pagamento de propinas?

Por que não aprovamos uma lei parecida com a que o Congresso americano debate, para dar proteção aos assim-chamado whistle blowers, os denunciantes de corrupção pública ou privada?

E o nexo entre a corrupção e a reforma política?

Seria lamentável ver a pauta do combate à corrupção sequestrada por interesses partidários.

Quanto ao número de manifestantes em Brasília, que provocou debate entre os comentaristas, não tive e não tenho como afiançar quantos foram.

As fontes divergiram: o Estadão e o Globo falaram em 25 mil; a Folha em 12 mil; a Carta Maior em 2 mil no início do protesto, com a adesão posterior de parte do público que viu o desfile de Sete de Setembro.

O Globo registrou: “O senador Álvaro Dias (PSDB-RJ) foi hostilizado”.

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