Frente pela Vida alerta: É preciso manter o Piso Constitucional no Financiamento da Saúde; íntegra

Tempo de leitura: 3 min
''Saúde não é gasto, mas investimento", como tem dito insistentemente o presidente Lula

Por Conceição Lemes

Em  29 de maio de 2020, várias entidades de peso da saúde pública no Brasil lançaram a Frente Pela Vida.

À época, enfrentávamos a pandemia de covid-19, grave crise política, ameaças a direitos constitucionais, humanos, trabalhistas, retrocessos em várias áreas.

A Frente marcou a união de diversas entidades da sociedade civil em defesa da democracia, da ciência e do Sistema Único de Saúde (SUS), um dos seus pilares.

”O SUS é instrumento essencial para preservar vidas, garantindo, com equidade, acesso universal e integral à saúde”, destacou a Frente no seu documento de lançamento, assinado por entidades de peso:

Abrasco – Associação Brasileira de Saúde Coletiva

Cebes – Centro Brasileiro de Estudos em Saúde

Rede Unida

ABEn – Associação Brasileira de Enfermagem

SBB – Sociedade Brasileira de Bioética

Abres – Associação Brasileira de Economia da Saúde

SBMFC – Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade

Essas entidades compõem a Operativa Nacional da Frente pela Vida. A Abrasco, então presidida pela professora Gulnar Azevedo, teve importante papel na sua articulação e organização.

Desde então, a Frente tem-se posicionado em vários momentos cruciais.

Resgatei alguns deles.

 26 de novembro de 2020: Em carta ao povo brasileiro, Frente pela Vida defende o SUS, condena Bolsonaro e exige plano de vacinação contra a covid.

9 de março de 2021: CNS e Frente pela Vida denunciam à OPAS, OMS e ONU a calamidade da covid no Brasil.

8 de julho de 2021: Frente pela Vida divulga nota de repúdio à ameaça das Forças Armadas à CPI da Covid-19

5 de agosto de 2021: Frente pela Vida e CNS dão apoio à CPI da Covid e entregam manifesto 

23 de dezembro de 2021: Frente pela Vida aplaude Anvisa liberar vacina contra covid em crianças e rejeita consulta pública para imunização desproposital.

23 de janeiro de 2022: Frente pela Vida denuncia: Ministério da Saúde mente sobre hidroxicloroquina e vacinas contra a covid

14 de dezembro de 2022: Frente pela Vida diz não à tentativa de negociação do Ministério da Saúde em troca dos votos para aprovação da PEC da Transição.

24 de agosto de 2023: A Frente pela Vida é contra a comercialização do sangue; nota

”Apoiamos à carta aberta do Conass e Conasems contra a PEC 10/2022 — “Aos Senadores da República Federativa do Brasil Urgente: Em defesa e apoio a Hemobrás e a Política Nacional de Sangue e Hemoderivados”, diz a Frente na nota

Na pauta da última sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, acabou sendo retirada.

No sábado, 16/09, a Frente pela Vida veio a público, de novo, para alertar a sociedade brasileira sobre os riscos que o piso da Saúde está correndo.

”É preciso manter o Piso Constitucional no Financiamento da Saúde”, alerta (na íntegra, mais abaixo)

“O não cumprimento do mínimo constitucional para financiamento da saúde significa maiores sacrifícios ao SUS. Um precedente com o qual não podemos concordar”, afirma Túlio Franco.

”O momento atual é de fortalecer a política assistencial, o cuidado às pessoas”, continua.

”Esta é a forma como o governo deve se encontrar com o povo, e ser lembrado, como aquele que vai ao encontro das necessidades urgentes da população”, completa.

Túlio Franco integra a coordenação nacional da Frente pela Vida. É professor de Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Atenção: O Piso Constitucional no Financiamento da Educação também está ameaçado.

Abaixo, a íntegra da nota da Frente pela Vida

Leia também:

Paulo Capel: Lula deixará que os ‘tecnocratas de Brasília’ tirem recursos do  SUS, traindo a si mesmo e os que o elegeram?

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Comentários

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Zé Maria

É só retirar as verbas destinadas aos Correligionários do Coroné Lira que sobra Dinheiro para a Saúde.

Depois, basta fazer Auditoria da Divida Publica Prescrita que não faltará Dinheiro ao SUS.

Ibsen

É uma atitude das mais canalhas desse governo cogitar descumprir o mínimo constitucional.

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