Leandro Fortes: Nota de falecimento

Tempo de leitura: 3 min

por Leandro Fortes, em CartaCapital

A reação formal do PSDB ao pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff sobre a redução nos preços das tarifas de energia elétrica, em todo o país, é o momento mais lamentável do processo de ruptura histórica dos tucanos desde a fundação do partido, em junho de 1988.

A nota, assinada pelo presidente da sigla, deputado Sérgio Guerra, de Pernambuco, não vale sequer ser considerada pelo que contém, mas pelo que significa. Trata-se de um amontoado de ilações primárias baseadas quase que exclusivamente no ressentimento político e no desespero antecipado pelos danos eleitorais inevitáveis por conta da inacreditável opção por combater uma medida que vai aliviar o orçamento da população e estimular o setor produtivo nacional.

Neste aspecto, o deputado Guerra, despachante contumaz dessas virulentas notas oficiais do PSDB, apenas personaliza o ambiente de decadência instalado na oposição, para o qual contribuem lideranças do quilate do senador Agripino Maia, presidente do DEM, e o deputado Roberto Freire, do PPS. Sobre Maia, expoente de uma das mais tristes oligarquias políticas nordestinas, não é preciso dizer muito. É uma dessas tristes figuras gestadas na ditadura militar que sobreviveram às mudanças de ventos pulando de conchavo em conchavo, no melhor estilo sarneysista. Freire, ex-PCB, transformou a si mesmo e ao PPS num simulacro cuja fachada política serve apenas de linha auxiliar ao pior da direita brasileira.

O PSDB surgiu como dissidência do PMDB que já na Assembleia Constituinte de 1986 caminhava para se tornar nisto que aí está, um conglomerado de políticos paroquiais vinculados a interesses difusos cujo protagonismo reside no volume, a despeito da qualidade de muitos que lá estão. A revoada dos tucanos parecia ser uma lufada de ar puro na prematuramente intoxicada Nova República de José Sarney. À frente do processo, um grande político brasileiro, Mário Covas, que não deixou herdeiros no partido. De certa forma, aquele PSDB nascido sob o signo da social democracia europeia, morreu junto com Covas, em 2001. Restaram espectros do nível de José Serra, Geraldo Alckmin e Álvaro Dias.

Aliás, o sonho tucano só não morreu próximo ao nascedouro, em 1992, porque Covas impediu, sabiamente, que o PSDB se agregasse ao moribundo governo de Fernando Collor de Mello, às vésperas do processo de impeachment. A mídia, em geral, nunca toca nesse assunto, mas foi o bom senso de Covas que barrou o movimento desastrado liderado por Fernando Henrique Cardoso, que pretendia jogar o PSDB na fossa sanitária do governo Collor em troca de assumir o cargo de ministro das Relações Exteriores. FHC, mais tarde chanceler e ministro da Fazenda de Itamar Franco, e presidente da República por dois mandatos, nunca teria chegado a subprefeito de Higienópolis se Covas não o tivesse impedido de aderir a Collor.

Fala-se muito da extinção do DEM, apesar do suspiro do carlismo em Salvador, mas essa agremiação dita “democrata” é um cadáver insepulto há muito tempo, sobre o qual se debruçam uns poucos reacionários leais. É no PSDB que as forças de direita e os conservadores em geral apostam suas fichas: há quadros melhores e, apesar de ser uma força política decadente, ainda se mantém firme em dois dos mais importantes estados da federação, São Paulo e Minas Gerais.

E é justamente por isso que a nota de Sérgio Guerra, um texto que parece ter sido escrito por um adolescente do ensino médio em pleno ataque hormonal de rebeldia, é, antes de tudo, um documento emblemático sobre o desespero político do PSDB e, por extensão, das forças de oposição.

Essas mesmas forças que acreditam na fantasia pura e simples do antipetismo, do antilulismo e em outros venenos que a mídia lhes dá como antídoto ao obsoletismo em que vivem, sem perceber que o mundo se estende muito além das vontades dos jornalões e da opinião de penas de aluguel que, na ânsia de reproduzir os humores do patrão, revelam apenas o inacreditável grau de descolamento da realidade em que vivem.

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Comentários

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Messias Franca de Macedo

[BELLUZZO DESANCA “OS DOS CONTRA”, [ETERNA] OPOSIÇÃO AO BRASIL!]
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Em Davos, o pessimismo dos ricos
Luiz Gonzaga Belluzzo
Fórum Econômico Mundial
27.01.2013 09:03
em http://www.cartacapital.com.br/economia/em-davos-o-pessimismo-dos-ricos/
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Viva o Merval!…
Que OPOSIÇÃO AO BRASIL é esta, sô?!… des
…É ‘o apagão neuronal’ que acomete os DEMostucanos desde a concepção!…

Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo

José Silva

Podem falar o que quiser da Presidenta Dilma, mas eu acredito que ela tem uma qualidade que incomoda demais seus oposicionistas e a difere demais do grande brasileiro chamado Lula. Ela não passa a mão na cabeça de ninguém (pra mim a única característica que é relativamente falha no Lula) e portanto passa uma imagem de política honesta (o que eu acredito que realmente seja) e isso é o fim principalmente para quem viveu e vive de falcatruas e conchavos, entregando de graça as riquezas da Nação só pra ter algum tipo de vantagem para si próprio.
Dilma tem suas falhas, faz coisas que eu não concordo, deixa de fazer algumas que eu gostaria que fizesse, mas cá entre nós, existe uma grande distancia entre o seu governo e os governos entreguistas do PSDB e sua trupe. Pelo menos acredito que é assim que pensa a maioria do povo brasileiro, portanto oposição incompetente, vai chorar na cama que é lugar quente!!!

    Messias Franca de Macedo

    … Com licença: “… portanto oposição incompetente, vá chorar na *lama que é lugar de incompetentes!”
    *tudo a ver com porcos; pig = porco no idioma que mais a Casa Grande aprecia, o inglês!…

    Que oposição ao Brasil ‘abestada’ é esta, sô?!…

    Bahia, Feira de Santana
    Messias Franca de Macedo

Almerindo

Azenha, não consigo compartilhar as matérias daqui clicando em “curtir” do facebook usando o Chrome… A janela abre e fecha quase que instantaneamente. Dá uma conferida aí!

Roberto Locatelli

E olhe que esse texto foi escrito antes de o PSDB decidir entrar na justiça contra Dilma por causa, entre outras coisas, de seu vestido vermelho.

PSDB é o partido da piada pronta.

Sagarana

Triste República em que o chefe de estado (minúsculas mesmo) se coloca como líder partidário em pronunciamento OFICIAL à NAÇÃO. Obviamente não é todo mundo que entende certas “sutilezas”.

Anteduk

O texto é perfeito e sintetiza a derrodada da oposição que faz oposição por oposição.
Não tem idéias, não propõe aliás nem sabe o que deve ser feito a não ser entregar o estado nas mãos da iniciativa privada.
Figuras minúsculas, como o senador que se apressou em ir a Assunção para marcar posição e que vive na TV dizendo bobagem de todo tipo.
A nota do PSDB critica o governo por ocupar espaços na política.
Isto está ocorrendo porque os membros dos partidos desta política arcaica não se apercebem que as pessoas e o país está mudando e mudando rápido.
Discordo completamente apenas de um ponto, Mário Covas ser ou ter sido um grande político. Não foi!
Um grande político não faz apenas política e o que Mário Covas fez em São Paulo em relação ao BANESPA, Rodovias, CESP, COMGAS e outras empresas privatizadas nunca teria sido feito por aquilo que podemos chamar de um grande político.
Um plebicito para que o povo, o verdadeiro proprietário daquelas empresas decidisse, seria a atitude de um grande político.
Na minha opinião, Covas agiu como um vigia que contratado para tomar conta do nosso patrimônio, vendeu-o todo sem nosso consentimento.
Esta foi atitude de um gatuno, nunca de um grande político.
Mais, os contratos de concessão das rodovias paulistas contemplam lucro mínimo de 23% para uma operação em que os “clientes” não tem opção.
Covas não era um boçal completo e acabado, então ouso dizer que sendo engenheiro, fez caixa para si, sua família e seu partido.
Até que sejam abertas as contas da tal Fundação Mário Covas….

Julio Silveira

Não poderia ter dito melhor. Esses caras do PSDB são uma fraude social brasileira.

Hildermes José Medeiros

Em tão poucas palavras, poucos igualariam a acuidade dessas constatações, pois de constatações se trata. Pode-se dizer também que tudo acontece dessa forma, porque o Governo ou cumpre um acordo para não enfrentar essa pilastra do capitalismo neoliberal posta pelas diretrizes do chamado Consenso de Washington, do qual o Governo brasileiro participa sendo membro do G-20, que é a mídia, aliada do conservadorismo econômico e da direita. Esta postura é óbvia quando o Governo aceita associar a indispensável liberdade de imprensa com a normatização das atividades da mídia, que exigisse a atuação de forma equilibrada e isenta, não partidarizada como há muito acontece, melhor seria dizer nunca deixou de acontecer. Além do mais, não dá para continuar aceitando o controle oligopolístico da mídia, seu controle quase nacional dos meios de divulgação das informações, sem contar a exigência de que a programação e o noticiário sejam também no sentido de educar e fortalecer a cidadania do povo, principalmente aqueles que se utilizam do espectro eletromagnético no país, que é um bem público, de cujo uso são concessionários. O Governo, a Presidenta em particular, o Congresso e mesmo o Ministério Público não estão cumprindo suas obrigações ao deixarem quase sem controle essas atividades que vivem há muito tempo num verdadeiro vazio legal. É irresponsabilidade deixar sem normas essa área tão sensível que é a mídia, que pode servir, como vem acontecendo, de arma política a interesses contrariados inclusive do exterior, que foram afastados através do voto pela população. Não dá para continuar a deixar desassistida e agredida nos seus direitos de cidadania a população que votou pelas mudanças, através do Governo, o PT e partidos aliados. Que cumpram suas obrigações.

Messias Franca de Macedo

(…)

A burguesia é a direita, é a guerra
A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia
As pessoas vão ver que estão sendo roubadas
Vai haver uma revolução
Ao contrário da de 64
O Brasil é medroso
Vamos pegar o dinheiro roubado da burguesia
Vamos pra rua
Vamos pra rua
Vamos pra rua
Vamos pra rua
Pra rua, pra rua
Vamos acabar com a burguesia
Vamos dinamitar a burguesia
Vamos pôr a burguesia na cadeia
Numa fazenda de trabalhos forçados
Eu sou burguês, mas eu sou artista
Estou do lado do povo, do povo
A burguesia fede – fede, fede, fede
(…)
*Porcos num chiqueiro
São mais dignos que um burguês
(…)
Burguesia
Cazuza
*olha o PIG, aí, gente [adendo do matuto ‘bananiense’!]

http://letras.mus.br/cazuza/43858/
República Destes Bananas da [eterna, nefasta e famigerada] OPOSIÇÃO AO BRASIL!…

Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo

    jose santos

    Aproveitando o gancho de Cazuza, sugiro ao Azenha que publique materia de cazuza em 1988 no antigo JÔ 11:30, onde como visionário ele cita os primeiros passos do partido que para ele era a maior esperança do Brasil do Amanha.
    No yotube cazuza entrevista com jô em 1988.

Fernando Simas

Leandro,
Voce já não me surpreende mais com seus textos brilhantes e contundentes.
Era tudo o que eu gostaria de externar.
Abraços

Messias Franca de Macedo

… [Eterna] Oposição ao Brasil, DIREITONA, fascista, terrorista, golpista de meia tigela… Sem proposições sérias, sem projeto de nação… ‘O cheiro dos cavalos ao do povo!’… “Elite estúpida que despreza as próprias ignorâncias”, lembrando um enunciado genérico do eminente pensador humanista e conspícuo escritor uruguaio Eduardo Galeano.

(“… A Burguesia fede!…” Poeta Cazuza)

http://letras.mus.br/cazuza/43858/

BRASIL NAÇÃO
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo

Gisela

Sinto muito Leandro. Não concordo. O Mário Covas foi um desastre. Destruiu todas as empresas públicas de São Paulo: CESP, Eletropaulo, Sabesp. Deixou à míngua Cetesb, IPT, DAEE e muitas outras empresas públicas e autarquias. Atouou exatamente como FHC, doando o patrimônio público, agredindo professores com salários miseráveis e arrochando o funcionalismo. Era tão neoliberal quanto FHC e companhia. Tinha alguns pruridos, é verdade, mas só por ser turrão.

    José X.

    Também acho o Mário Covas super-valorizado. Sempre que falam dele me lembro de um nome: Tejofran.

    Mário SF Alves

    Lembro-me de um discurso dele, salvo engano, como candidato à Presidência da República, onde o que de fato me chamou a atenção foi uma estória [peça do discurso] de tipo “o que o Brasil precisa é de um choque de capitalismo”. Na época eu até botei uma fézinha. Pensei isso deve ser bom; talvez seja o melhor meio se acabar de uma vez por todas com o “capitalismo de muletas” subdesenvolvimentista que temos aqui.
    ________________________________________________________________
    Bom, seja como for, a aplicação prática do discurso, já sob o comando do ex-desenvolvimentista – “esqueçam tudo o que escrevi” – e adesista de primeira hora ao neoliberalismo/Consenso de Washington – chocou o Brasil. Refiro-me ao mesmo neoliberalismo/esquemão de poder financeiro que anda “implodindo socialmente” a Europa.
    _________________________________________________
    E viva a Islândia! Claro, não nos serve para ações de tipo “Control V + Control C”. Mas que é um parâmetro, ah!, se é.

Uélintom

Um governo não agrada igualmente a todos os setores da economia, e sempre haverão descontentes. A questão é: que poder efetivo têm esses descontentes? No caso da indústria da mídia, é evidente que as famílias dos magnatas fornecem apoio irrestrito à oposição porque, além de descontentes, eles podem fazê-lo, têm poder para isso (por quanto tempo ainda?). Mas no caso dos industriais da construção o opoio maior é ao governismo. Não que o PT e as construtoras tenham o mesmo objetivo, mas há convergências no caminho para seus objetivos. E portanto não é impossível que mudem de lado mais para frente. O mesmo vale para o agroindustriais. O que me espanta são os bancos. Apesar de toda a pressão para a diminuição dos juros, não parecem estar apoiando abertamente qualquer movimento anti-PT. Se é certo que estão ganhando muito, e que tudo caminha para a manutenção da estabilidade, também é certo que consideram uma perda retumbante quando vislumbram oportunidade para ganhar ainda mais e não ganham. Estarão os banqueiros se civilizando? Assim, se setores econômicos não tão fortes são o apoio da oposição, e a oposição é fraca demais para atrair apoiadores econômicos de peso, tudo continuará como está – até que mude. É claro que nessa conta está faltando considerar o eleitorado e seus estratos econômicos/sociais, mas aí não é comentário, é post, então que eu crie um blog e escreva um. Só registro que compartilho da opinião de que o eleitor não é coisa menor na história, nem massa de manobra pura e simples.
[ps: a Constituinte não é de 1988?].

J Souza

O Leandro Fortes conhece bem o assunto. Mário Covas era a racionalidade no PSDB. E tinha mais personalidade do que todos os tucanos que estão ai juntos!

A conjuntura atual garante a Dilma no 2º turno, no próximo ano.
E tudo indica que, se o PSB não fechar com o PT em 2014, Haddad será o candidato em 2018.
Campos escolhe: 3º em 2014 ou 1º em 2018… Se o PMDB deixar…
Não vislumbro nenhum presidenciável no PMDB atualmente.

    Bonifa

    Dilma vencerá no primeiro turno, com relativa facilidade. A Oposição se engalfinhará em processo intrincado de tentar conseguir a vitória fora das urnas: Por tentativas de impugnação, por tentativas de anulação, enfim, esperam contar com o apoio que ainda possuirão no Judiciário. Não faltarão todos os truques de sempre: Pesquisas fraudadas, ajuda de “especialistas” externos, tentativas de desqualificação baseadas em mentiras e testemunhas forjadas, etc. E a Mídia, que é o verdadeiro partido de oposição, gritará como nunca tentando se colocar acima da vontade popular. Mas nada disso adiantará. Dilma vencerá no primeiro turno e tomará posse normalmente. Quem viver, verá.

Nedi

Os comentários dessa gente, sobre a queda nos preços da energia, beira a “ESQUIZOFRENIA”.

luiz pinheiro

Parabéns, Leandro Fortes, análise brilhante!

Benedito

Na quinta-feira, a nota do PSDB. No dia seguinte, nesta sexta-feira, os editoriais das famílias Marinho, Frias e Mesquita replicando a nota tucana. Só falta o panfleto semanal da família Civita, que certamente virá com algo parecido no fim de semana. E assim segue o cortejo fúnebre dos Berlusconis brasileiros. Até quando pessoas dtas cultas deste país continuarão dando trela a esses panfletos travestidos de jornais?

Fabio Passos

Deve mesmo estar morto porque a nota do presidente do psdb exala um futum nauseabundo.

ricardo silveira

Brilhante! A nota do PSDB parece, mesmo, um tiro no próprio peito. Nunca um partido político ficou tão exposto em sua mediocridade. Claramente, falta liderança no PSDB com um mínimo de inteligência para, pelo menos, não revelar tamanha estupidez: criticar uma medida política com a qual capital e trabalho se sentem atendidos e, por isso, aplaudem. É inacreditável!

Gerson Carneiro

Se faltar coveiro me chame.

    MarceloA

    Deixa que a urubuzada toma conta, Gerson. Gasta seu tempo atrás do trio elétrico! Vamos comemorar!

MTHEREZA

Nem eu que sou mais besta faria uma nota para me auto proclamar como “os do contra”, os que torcem para o Brasil não dar certo.
É uma pena que estamos sem uma oposição decente, necessária numa democracia. Atrelar-se à pauta da mídia decadente e cega à realidade é suicídio. O próximo é o judiciário, que caiu na mesma esparrela.

    ricardo silveira

    Concordo, não temos oposição, temos golpistas.

José BSB

É muito comum algum representante da oposição subir à tribuna do Senado ou da Câmara para enxertar no pronunciamento matérias com críticas ao governo. Enquanto a mídia pauta sem sucesso as iniciativas da oposição, o governo prossegue colhendo índices formidáveis de aprovação. O presidente do PPS, por exemplo, acaba de rabiscar uma resenha do último editorial da veja, alertando sobre a “intervenção” do Lula na prefeitura de São Paulo. Trágico.
A dupla DEM/PSDB, que não descansa nas tentativas de derrubar o Lula do cargo de ex presidente da república, assumiu posição contrária a medida que reduz a tarifa de energia e tentaram sabotar o projeto discursos alarmistas sobre a possibilidade de apagão e racionamento, vexames que devem ser creditados a gestão do príncipe.
FHC indicara Aécio Neves para a disputa presidencial, mas foi prontamente desautorizado por outras lideranças tucanas. Serra quer prévias e não falta quem insista no lançamento da candidatura de Eduardo Campos.
A ruptura da aliança entre PT/PSB daria novo ânimo às expectativas do campo oposicionista, que ainda alimenta o sonho improvável de formar uma chapa entre o tucano mineiro e o socialista pernambuncano.
Então, so resta a turma reclamar por meio de notas oficiais.

Gerson Carneiro

João Vargas

Diagnóstico da morte: infarto agudo do miocárdio provocado por overdose de inveja.

Angelo

Que seja cremado. E suas cinzas jogadas no Rio Tietê .

Marino

Que Deus os acolha na sua infinita sabedoria e o Diabo se encarregue de castigá-los. Amém.

Pelika

E as penas de aluguel tornando-se carpideiras neste provável velório político.

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