Fernando Brito: O poder tecnocrático resolve a crise?

Tempo de leitura: 2 min

por Fernando Brito, no blog  Projeto Nacional, sugestão de Cássia Ferreira Andrade

A crise europeia faz mais que abalar a economia de seus países.

Abala os fundamentos da democracia.

Dois governos foram derrubados e não se pode dizer que o foram livremente por seus parlamentos. Aconteceu sob a pressão dos mercados, que não a votos, mas a juros,  exigiram suas cabeças – no caso do grego Georges Papandreou, pela heresia do referendo, e no de Sílvio Berlusconi, pela renúncia “demorada demais”.

Mas a intervenção não parou aí.

Os novos governantes não foram (ou serão, no caso da Itália) escolhidos pelos parlamentos.

O recém-empossado primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, é um físico formado nos Estados Unidos, que foi vice-presidente do Banco Central Europeu até o ano passado e até agora lecionava em Harvard.

O provável (se é que hoje se pode dizer que algo é provável na Europa) novo primeiro-ministro italiano é Mario Monti, nomeado senador vitalício ontem para preencher os requisitos para o cargo. Tem a mesma origem de Papademos, era comissário da União Europeia.

À parte seus méritos e qualificações pessoais, são dois tecnocratas, ao contrário de Papandreou e Berlusconi que, com erros e acertos, eram figuras da vida social de seus países.

A crise consagrou soluções tecnocráticas e mais preocupadas em satisfazer os mercados “fora” do que a população de seus países.

Se ambos fossem assumir e tocar nos problemas econômicos com varinhas de condão, fazendo-os desaparecer, muito bem.

O problema é que os dois terão de impor uma profunda recessão aos países que dirigirão.

A Europa não apenas está em crise, mas está se tornando um mar de ressentimentos.

Se eles pudessem se dissolver com a recuperação econômica, bem. Mas não haverá recuperação econômica nem no curto, nem no médio prazos.

Em 2008, os governos eram a saída para as crises. Em 2011, a crise faz saírem os governos.

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Comentários

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Rodolfo Machado

Azenha, o “Resistir.info” colocou em destaque um vídeo de Geral Celente falando sobre a Grécia e a crise na União Europeia, mas eu não consegui adicionar o vídeo usando o recurso “embed video” do Blog.
Gerald Celente afirma ter desenvolvido uma metodologia de predição baseada na analise de diversos fatores, desde analise das cotações da bolsa, tendencias de mercado, politicas e comportamentais:
http://www.trendsresearch.com/globalno.php?referr

Ele tem um forte discurso anti globalização e anti Wall Street, mas também é presença constante na Fox News, e até ai tem gente do Tea Party que tem discurso anti globalização e anti Wall Street, mas ele também vai em outros canais de TV americanos.
Por causa destes detalhes, eu nunca dei muito credito a ele, mas agora , com o destaque do Resistir.info, que pelo menos tem coerência ideológica, e pelo fato de o vídeo estar legendado, achei interessante.
Mas, deixando de lado a opção ideológica dele, sera que tem validade ou relevância o método de predição que ele afirma ter desenvolvido, já que é isto que o tornou famoso, e não o seu discurso anti Wall Street, se bem que posições anti globalização progressistas são sempre bem vindas.
Aqui, o link do vídeo no Youtube, mas também é só abrir a pagina principal do Resistir.info que o vídeo esta lá:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embed

Morvan

Bom dia.
Nouriel Roubini, aquele do "primário bem-feito", que previu o desastre anunciado (para alguns, como ele) de 1998, diz, claramente, que as economias "periféricas" da Europa devem abandonar o Euro e adotar, de volta, as suas moedas nacionais (a Itália, com a Lira, claro, e a Grécia retomando o Drachma).
O – hoje – aclamado economista tripudia sobre o "acordo" com a Grécia, denominando-o de "golpe", "calote" e afirma, textualmente, que "a única saída para as economias periféricas é um default default" *.

Elo: Nasdaq (http://www.nasdaq.com/aspx/stock-market-news-story.aspx?storyid=201109190445dowjonesdjonline000065&title=nouriel-roubinigreece-should-default-and-abandon-euroft)

#Edit: onde se lê: "1998", leia-se "2008".

* Observação: o default default, na tradução livre, foi intencional, pois a palavra default assume contextos econômico (como moratória, calote) e literal, no texto da Nasdaq (padrão, standard).

:-)

Morvan, Usuário Linux #433640.

Mário SF Alves

O artigo é instigante! Um prato cheio para uma análise de conjuntura. Senão, vejamos (um breve ensaio):
Não obstante o fato, talvez relevante, de Grécia e Itália serem o berço da civilização ocidental, o que mais chama a atenção é o caso Berlusconi, na Itália, onde o desenrolar dos eventos mostram claramente que nem “governos” fascistas estarão blindados/protegidos quando o que está em jogo é o interesse do capital financeiro.
Em síntese, a estratégia neoliberal via pensamento único [PIG e demais veículos de distração e hipnose coletiva], pavimenta a ascensão daqueles políticos que melhor garantam a imposição de políticas regressivas, privatizações a preço de banana, e outras, constantes do sistema de referência do estado mínimo. O problema surge no exato instante em que a estratégia falha ou se revela insatisfatória; ou, quando, na pior das hipóteses, resulta numa crise de proporções e consequências tão graves como a que ora vivencia o Ocidente primeiro-mundista. Aí, caros amigos, não tem meu calo me dói, sobra pra todo mundo; inclusive para os tão confiáveis amiguinhos fascistas, Berlusconis e outros de menor e bem mais pálida projeção.

Valdeci Elias

A crise ele vai resolver. O problema é que o teconcrata e o povo tem ideias diferente do que é " crise".

Morvan

Boa noite.
Delicia-te, com esta demonstração da [verdadeira] Grécia.
Observação: disponível em Alta Definição (HD).
https://www.youtube.com/watch?v=UhDgpXWkFHE&f

:-)

Morvan, Usuário Linux #433640

    Mário SF Alves

    Acabei de ver. Emocionante! Obrigado, Morvan. Certos gestos, em dadas circunstâncias, podem dizer mais sobre a alma humana do que bibliotecas inteiras.

    Morvan

    Boa noite.

    Não há de que.
    Ao ver esta dança (e este aglomerado de gente, dançando e falando a mesma língua, em vários canais, inclusive a dança típica de seu povo), é difícil não se emocionar.
    Sugestão: quem quiser gravar, sugiro o faça via DownLoadHelper, Extensão do Firefox para baixar arquivos em formato flash (FLV).

    :-)

    Morvan, Usuário Linux #433640

Morvan

Boa noite.
A Europa ideal se esgarça e – para estupefação dos que achavam que tudo estava nos seus conformes, como Plutão girando em torno de Caronte; ou vice-versa – aparece a Europa real, cheia de contradições, mas, como peculiar a qualquer projeto capitalista, tentando manter as aparências. Pode-se esperar um movimento neonacionalista, com todas as nuanças possíveis a este tipo de sentimento, na Europa construída pelo financismo, inclusive o recrudescimento do velho e tão característico sentimento europeu: a xenofobia. É claro que o sistema de governança capitalista mundial vai tentar, a qualquer custo, manter a Zona do Euro, mesmo que o fulcro seja, como sempre, resguardar os interesses dos financistas, porque a Europa renacionalizada é muito mais difícil de "contornar".
Hoje caem o carcamano histriônico, o Berlusconi, e o Papandreou. Amanhã, cairão todos os que não fizerem o jogo da "governança rentista". A Europa, com ou sem Zona do Euro, está repleta de Blairs. É uma questão de fazer ou não o jogo dos rentistas. Se não o fizer, mudam-se os Blairs. Simples assim.

:-)

Morvan, Usuário Linux #433640.

Mário SF Alves

O artigo é instigante! Um prato cheio para um breve ensaio de análise de conjuntura. Senão, vejamos:
Não obstante o fato, talvez relevante, de Grécia e Itália serem o berço da civilização ocidental, o que mais chama a atenção é o caso Berlusconi, na Itália, onde o desenrolar dos eventos mostram claramente que nem “governos” fascistas estão blindados/protegidos quando o que está em jogo é o interesse do capital financeiro.
Em síntese, a estratégia neoliberal via pensamento único [PIG e demais veículos de distração e hipnose coletiva], pavimenta a ascensão daqueles políticos que melhor garantam a imposição de políticas regressivas, privatizações a preço de banana, e outras, constantes do sistema de referência do estado mínimo. O problema surge no exato instante em que a estratégia falha ou se revela insatisfatória; ou, quando, na pior das hipóteses, resulta numa crise de proporções e consequências tão graves como a que ora vivencia o Ocidente primeiro-mundista. Aí, caros amigos, não tem meu calo me dói, sobra pra todo mundo; inclusive para os tão confiáveis amiguinhos fascistas, Berlusconis e outros de menor e bem mais pálida projeção.

José do ceará

Mas não eram os NEOLIBERAIS que preconizavam que o DEUS MERCADO tudo resolve naturalmente ? O Problema é que mentira tem pernas curtas e que IDEOLOGIA ,muitas vezes, é desmentida pela realidade;Onde estão os sacerdotes do Mercado ? caladinhos com o rabo entre as pernas, enquanto o pig safado tenta confundir a opinião pública para ver se ninguém percebe que esse sistema econômico(neoliberalismo) faliu, ficou caduco e só produz riqueza para POUCOS .Os ideólogos do psdb ainda estão pregando Estado mínimo, privatizações,desregulamentação…..etc Para eles a G´recia,Espanha,irlanda,Italia não existem…é só uma miragem…Eles (psdb) acham que somos idiotas….

Regina Braga

Os dois fizeram o que era esperado deles…Aprovaram as reformas e vão descançar.O Povo perde as mínimas condições que tinham…Não sei se eles estão preocupados…Como disse o Rastani,nós ganhamos com a crise.

Eudes H. Travassos

O Leviatã de Hobbes seria constituído na pactuação entre os indivíduos, cada um com cada um, criaria-se neste pacto monstro de dentro para fora, como todo ser natural nasce. Agora vejo o surgimento deste monstro na sua versão moderníssima, de fora para dentro, ou se melhor, de uma classe para todas as outras.

Eudes H. Travassos

É incrível, mas parece que a burguesia produtiva está entrando num processo de proletarização frente ao capital financeiro, não existe mais esperanças na Europa de se fazer capital através do trabalho, agora, se ficou o bicho já comeu, se correu o bicho já pegou, tem que se aplicar o dinheiro na economia financeira. Em outras palavras, retirar o capital de circulação.
O lamentável de tudo isso, é não se ver luz nenhuma no fim do túnel, cabe se perguntar: cadê a esquerda pra contraegemonizar?
Lamentável, mas a única proposta que o PS Francês tem é endurecer o jogo contra os bancos e criar políticas de garantia dos empregos, muito pouco para uma situação de sangria desatada onde o modelo não só devasta empregos, recursos naturais e os valores, mas também a ele mesmo, o que implicará no final, devastar com os seres humanos.

    Mario SF Alves

    Apocaliptico, Eudes. E de modo que nao haja duvida: realistico, caro Eudes!

E S Fernandes

Leio tanta coisa, mas poucas me convence. Mas vamos lá:

A União Européia e o Euro são um engodo, da perspectiva do trabalho e da autonomia nacional.
Favorece frações do capital imperialista, no caso o alemão.

Apenas aquelas frações cuja composição técnica são mais adiantadas, podendo, assim, extrair maior mais valia de seu trabalho ainda que pague, em termos absoluto, um pouquinho mais ao seu trabalhador. Por tanto, o Euro favorece a fração alemã do Capital. Inglaterra e França estão enganadas, pois a produtividade do trabalho do seu trabalhador é menor se comparado a produtividade do trabalhador alemão. A composição técnica dos capitais franceses e ingleses são atrasadas frente ao alemão. Se persistir o Euro, entrarão em profunda crise, logo logo, como a Itália. De Grécia, Potugal e Espanha, não perdo o tempo a escrever.

Quando um país tem autonomia de moeda, um BC próprio, pode desvalorizá-la e compensar a baixa produtividade do trabalho do seu trabalhador: torna-se, embora artificialmente, competitivo. Porém França e Itália não possuem mais moeda. Fazem parte da zona do Euro. Não podem fazer, por exemplo, o que faz a China com a sua moeda subvalorizada.

Na Europa o Euro favorece a Alemanha e ponto final. Embora tenha participado "pouco" do imperialismo ultramarítimo do século XIX, a Alemanha volta a tornar-se imperialista, porém não no sentido político da extrema direita nazista, mas no sentido econômico. Colonializa a periferia da Europa. É a fração hegemonica do capital europeu expropriando suas frações fragilizadas. O triste é que isto pode contar com o apoio, informal, do trabalho organizado alemão, pois a extrema expropriação do trabalho na periferia pode trazer algum parco benefício ao trabalhador do centro.

E. S. Fernandes

Pedro

Acho ótimo que o capitalismo esteja enterrando a democracia capitalista. Muito provavelmente algo muito semelhante aconteceu com a democracia escravista grega. Agora podemos batalhar por uma democracia que não passe pela escravidão assalariada.

Bernardino

FABIO PASSOS, a DEmocracia ocidental é uma mentira mesmo.Os politicos para se elegerem recebem dinheiro dos banqueiros e construtoras para defenderem seus interesses,se nao ofazem na outra eleiçao nao tem mais dinheiro para reeleiçao,mais ou menios ao estilo dos traficantes de drogas,sendo que esses nao usam dinheira publico! A MIDIA corrupta intercala o jogo e faz ol meio de campo ente o MERcado e os tres poderes de acordo com seus interesses,manipulando a massa semi-analfabeta que sao milhoes!!
É uma DEMOCRACIA Fajuta de Mentirinha,onde o povo nao é mais representado.É preciso quebrar esse elo e so com muita luta e pancadaria como se fez nas grandes naçoes,grande no sentido do despertar!!
Levaram a GRAna e Joias dos riquinhos PAULISTAS dos cofres do ITAU e eles nem reclamaram na delegacia.É claro sao bens Sujos e a IMPRENSA COrrupta nem repercutiu,muitos sao donos da comunicaçao.

    Fabio_Passos

    São os ricos: Apenas 1% da população nadando em privilégios enquanto a humanidade é escravizada e o planeta destruído.
    Já passou da hora de derrubar este regime podre.

Lu_Witovisk

O sistema escancarou de vez. E agora?? Haverá povo acordado o suficiente para lutar contra?? a Italia queria o pescoço do Berlusconi há tempos pela falta de tudo: liberdade de expressão, honestidade, vergonha… mas sua queda nestes termos foi uma bofetada.

Fabio_Passos

Agora as oligarquias financeiras assumem diretamente os governos… sem a necessidade de intermediários políticos.
democracia ocidental? Para quem está ligado a rede não há mais como sustentar esta mentira.

Tem de rolar uma pusta intifada global para derrubar este regime podre.

É preciso uma Revolução!

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Lucas

É verdade que Berlusconi era um fanfarrão semi-fascista e merecia perder o poder, mas é preocupante o fato que ele resistiu por anos às muitas e variadas manifestações de revolta do povo italiano, mas caiu rapidamente quando "o mercado" se voltou contra ele.

Aqui no Brasil a política econômica se baseia em juros altos pra não assustar "o mercado", enquanto a população se endivida cada vez mais.

Que democracia é essa em que o povo não tem poder, e "o mercado" é o governante supremo? Está mais para uma ditadura da mão (de ferro) invisível.

EUNAOSABIA

Lucas Papademos é físico mas também é doutorado em economia pelo Instituto Tecnológico de Massachusetts (1977).

Só a títuo de curiosidade o MIT é o berço da chamada "escola monetarista" esta escola baseia suas idéias naquilo que os economistas chamam de teoria quantitativa da moeda (m.v = p.y), a partir daí usam essa teoria para a política monetária mais adequada. Inflação, gastos, investimentos, todas as decisões se baseiam na "moeda"…..só a moeda importa… poderia ser um jargão para esses economistas…

Os principais defensores do monetarismo foram os economistas da chamada Escola de Chicago (MIT), liderados por George Stigle e Milton Friedman, detentores do Prêmio Nobel da Economia. Suas idéias são associadas à teoria neoclássica da formação de preços e ao liberalismo econômico.

Adotam o fundamentalismo de livre mercado e são conhecidos por serem anti Keynesianos, para os monetaristas, as teorias de Keynes eram as responsáveis pelas chamadas flutuações econômicas.

Essa escola tem como principal pilar combater a inflação (manter a estabilidade da moeda), e tem mais uma, eles identificam como o grande responsável pela inflação o próprio governo, já que é este quem emite moeda e coordena os gastos públicos, para esses pensadores o governo é o responsável pela inflação através de seus gastos.

Será que o Brasil de FHC e Lula adotaram essa teoria como base??? … eu vou mudar tudo isso e bla bla bla..

Se Lucas Papademos for mesmo um monetarista, já que seu doutorado foi no MIT, podem esperar ortodoxia monetária e corte de gastos públicos.

    edv

    Pois então, a moeda é MEIO para os seres humanos e não o contrário…
    O resto é blábláblá, complicação para muitos e solução para alguns poucos.
    Quanto a Lula igual a FHC, queria saber por que vc é tão Lulista assim, hehe…

    Bonifa

    No princípio, era a palavra. Depois Deus disse "Fiat lux". Esta é uma das grandes questões da Humanidafde, em qualquer religião. Se Deus disse isso, estava mandando alguém fazer isso, fazer a luz. A quem? À própria luz para fazer-se? Ou havia outro Deus, executivo, operário?

    Bonifa

    Eles deram o golpe na Italía acreditando que o povo italiano já foi devidamente amestrado através do domínio neoliberal da mídia, inclusive da mídia estatal (RAI). Eles não sabem que Puccine, o Bucattine alla Matriciana e o orgulho de Garibaldi são eternos.

Bonifa

O que aconteceu foram dois golpes de estado perpretados em países europeus diretamente pelo sistema financeiro,com auxílio da mídia. Não tiveram escrúpulos em desdenhar da Democracia ao justificarem os golpes: O golpe foi apontado como única saída. Como se houvesse saída. O objetivo do golpes é apenas minimizar os prejuízos dos bancos. Os golpistas não pensaram um só segundo no sofrimento do povo. Com isto, pretendem espremer o sangue do povo grego e do povo italiano (que ironia, os dois pilares da civilização ocidental) para com este sangue minimizarem o prejuízo dos bancos. Minimizarem. Com este sacrifício, não vão conseguir aplacar a sede da besta que estrebucha ainda e antes de morrer vai causar terríveis estragos. As pessoas estão confusas e angustiadas. Quando acordarem da perplexidade e virem claramente que os manipuladores de uma falsa democracia por fim tiraram a máscara e se revelaram inteiramente contra a Democracia, não se pode sequer presumir o que irá acontecer.

    FrancoAtirador

    .
    .
    Caro Bonifa.

    Mais do que desdenhar da Democracia,

    o Capitalismo se desnuda na Europa

    e mostra toda sua crueldade, ao Mundo.

    Os financistas europeus acabam de declarar

    que o Capitalismo é miseravelmente desumano.
    .
    .

    Fabio_Passos

    <img src=http://www.cartamaior.com.br/arquivosCartaMaior/FOTO/77/foto_mat_31535.jpg>

    FrancoAtirador

    .
    .
    Se o diálogo fosse no Brasil:

    MARINHO: – E aí, como vão as coisas?

    CIVITA: – Tudo igual… Caluniamos o Lula, carimbamos a corrupção na testa do PT, derrubamos 4 ministros e estamos prestes a derrubar o próximo…
    .
    .

    Mário SF Alves

    MARINHO: E tudo isso por quê?
    CIVITA: É simples. De um lado, porque esses caras com essa estratégia de desenvolvimentismo nunca mais vão ser apeados do Governo; de outro, porque o patráo mandou, ora!

    Mário SF Alves

    Miseravelmente desumano. Miseravelmente inumano! Infelizmente é a mais pura verdade. É isso mesmo o que estão a declarar dia após dia, desde o golpe que matou Allende no Chile.

    Mário SF Alves

    É o "Killer Kapitalismus", Franco, que, segundo Jean Ziegler, é um termo criado por economistas marxistas alemães.

    Mário SF Alves

    Franco, muito provavelmente você já deve ter tido a oportunidade de se deleitar com o significado da frase a seguir, e, seja como for, envio-te-a:
    "Tudo que o homem não conhece não existe para ele. Por isso o mundo tem, para cada um, o tamanho que abrange o seu conhecimento." (Carlos Bernardo González Pecotche)

pouco

O que houve na Grécia e vai se repetir na Itália foi um golpe, não foi?

O pior é que esses golpes não têm nem a esfarrapada desculpa de serem em prol do bem comum, da revolução, da criação de uma Nação Europeia ou qualquer coisa que lembre de longe elevados ideais. São apenas para atender aos interesses de corretores e banqueiros (eufemisticamente escondidos atrás da palavra “mercado”) que lucram no crescimento mas adoram uma crise para lucrar ainda mais.

Bem, quando as mais avançadas democracias do Ocidente se comportam como repúblicas de bananas, começo a sentir medo, muito medo do futuro. Será que 2012 se parecerá com 1933?

edv

Respondendo à pergunta-título:
Depende do poder político que estiver dirigindo o tecnocrático…

Mariana

Ao lado do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, Jaques Wagner lidera a mobilização do Nordeste pela divisão dos royalties do Petróleo, enquanto seu colega do Rio, Sérgio Cabral, mobiliza uma multidão em defesa dessa riqueza

Campos defendeu veementemente o direito da região em participar da distribuição dos royalties: "O Nordeste não aceita que as regras continuem as mesmas". Wagner, por sua vez, defendeu que a distribuição dos recursos deve levar em consideração o desenvolvimento humano dos estados. A lógica seria a seguinte: quem é menos desenvolvido, ganharia mais.
http://www.bahia247.com.br/pt/bahia247/outros/364

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