João Piza: “Venderam as jóias, impedimos que vendessem a Coroa”

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alckmin

O tucano Geraldo Alckmin em 2006, entre o primeiro e o segundo turnos da eleição presidencial

Eu vejo esse campo hoje com a luz bem vermelha na área bancária. O Brasil tem três bancos públicos gigantes em atuação — BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica –que nós sabemos da nossa historia, mas da história universal dos bancos públicos que esse é um modelo que não é favoravel ao crescimento e ao desenvolvimento com D maiúsculo. Ele tende a ser capturado por interesses públicos e privados, ele tende a alocar mal o capital e com frequência acumular prejuízos enormes também. Eu acho que essa área precisa de uma correção de rumo. Não tô advogando aqui fechar o BNDES ou coisa do gênero, mas penso que os bancos públicos precisam ser administrados com padrões muito mais rigidos. Provavelmente vai chegar um ponto que vai ficar claro até que eles talvez não tenham tantas funções. Não sei o que vai sobrar no final da linha, talvez não muito. Armínio Fraga, ministro da Fazenda num eventual governo Aécio Neves, em entrevista em 2014.

*****

Condena a globalização? Sou contra ver nossas teles sendo compradas por teles estatais de países estrangeiros. A privatização do antigo sistema Telebrás só serviu para aumentar tarifas e criar a dependência tecnológica.

Para quem participou das três privatizações mais polêmicas do país, qual foi a mais grave na sua opinião? Estamos quase empatados. A privatização da Vale do Rio Doce hipoteca nossas reservas mineiras. A venda da Telebrás é uma rendição porque permitimos que as futuras gerações de brasileiros não irão controlar a sexta player de teles do mundo. Abrimos mão da soberania nacional na área mais sensível para o século 21.

Nesta linha de raciocínio, o que representa a privatização do Banespa? Vamos abdicar da nossa soberania do sistema financeiro. Vamos perder instrumentos que podem nos proteger de uma eventual crise externa. Estamos ingressando no processo de globalização de forma subserviente e colonizada. João Piza, advogado, em entrevista à Folha em 2000.

choque

“Choque do Lehman [Brothers] e da [seguradora] AIG golpeia os mercados mundiais”, diz manchete do Wall Street Journal em 2008, quando estourou a crise financeira internacional que perdura até os dias de hoje

por Luiz Carlos Azenha

Olhando em retrospectiva, as palavras ditas pelo advogado João Piza catorze anos atrás parecem proféticas: “Vamos perder instrumentos que podem nos proteger de uma eventual crise externa”, disse ele na entrevista do ano 2000, ao criticar a privatização do Banespa, vendido ao banco espanhol Santander.

Pois em 2008 foi justamente isso o que aconteceu. Desde então, o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal tem desempenhado um papel fundamental na economia brasileira, apesar das críticas de que teriam beneficiado determinados grupos econômicos em detrimento de outros ou de que teriam sido “aparelhados” pelo governo de plantão.

Antes de prosseguir, dados que refutam factualmente trecho da entrevista de Armínio Fraga, que será ministro da Fazenda em um governo de Aécio Neves.

O lucro do BNDES no primeiro semestre de 2014, “o maior da história do banco”, foi de R$ 5,4 bilhões.

No primeiro semestre deste ano, o Banco do Brasil teve lucro de R$ 5,506 bilhões.

A Caixa Econômica Federal teve lucro de R$ 3,4 bilhões no primeiro semestre.

Voltando a João Piza, o escritório de advocacia que ele comanda em São Paulo moveu dezenas de ações para tentar impedir as privatizações durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB. Piza atuou representando sindicatos em ações civis públicas. Houve também dezenas de ações populares. Do esforço participaram juristas importantes, como Celso Bandeira de Mello e Fábio Konder Comparato.

Piza atuou especificamente nas privatizações — ou tentativas — de vender a Companhia Vale do Rio Doce, Telebrás, Banestes — banco estadual do Espírito Santo  –, Caixa Econômica do Estado de São Paulo (que foi incorporada à Federal), Banespa e CELG, a companhia energética do estado de Goiás.

Ao contrário do que pensam muitos brasileiros, ele diz que a luta foi vitoriosa. Compara a estratégia montada pelos opositores à resistência contra o cerco alemão de Stalingrado. “Montamos barricadas jurídicas”, afirma.

Isso impediu a privatização da Petrobrás e dos bancos públicos, que estava nos planos do PSDB — além de Furnas, que foi salva especialmente pela atuação do então governador de Minas Gerais, Itamar Franco.

Na entrevista, perguntei a João Piza se ele concordava que o Estado brasileiro tinha dado um tiro contra o próprio pé, ao se desfazer de patrimônio essencial para a soberania, além de ferramenta para levar adiante políticas públicas.

“O Estado atirou contra seu próprio povo”, disse.

Ele gosta de comparar o Brasil à Argentina, que diante de profunda crise econômica foi levada à bancarrota pela falta de instrumentos de Estado. “O Menem privatizou tudo, deixou apenas o Banco de La Nación falido na mão do sucessor”, lembra Piza, citando Carlos Menem, o ex-presidente argentino contemporâneo de Fernando Henrique Cardoso.

Da batalha travada no Brasil, o advogado guarda importantes recordações, que um dia quem sabe colocará em livro, “depois que os processos terminarem”.

É que os processos ainda estão em andamento na Justiça, tocados pelo Ministério Público Federal. No caso da Vale, segundo Piza, houve determinação para que seja feita uma perícia para avaliar se os ativos vendidos correspondem aos valores apurados no leilão.

O caso da Vale foi o mais grotesco, “um crime de lesa Pátria”, segundo definiu o jurista Fábio Konder Comparato em entrevista ao Viomundo.

[Para a entrevista completa de Comparato, clique aqui. Todo nosso conteúdo exclusivo é bancado pelos assinantes. Torne-se um deles clicando aqui]

Criada em 1942, no governo Getúlio Vargas, a Vale foi privatizada em maio de 1997, no primeiro mandato de FHC. À época a venda das ações estatais rendeu U$ 3,3 bilhões, uma fração dos lucros obtidos atualmente pela empresa, que se tornou a terceira maior mineradora do mundo. Foi a venda da Vale que deu origem ao termo “privataria”, cunhado pelo jornalista Elio Gaspari. A controvérsia central foi que o preço de venda considerou apenas a infraestrutura da empresa, não o potencial das reservas minerais sob controle da companhia — patrimônio pertencente ao povo brasileiro.

Citado em artigo do economista Adriano Benayon, o jurista Fábio Konder Comparato definiu as bases jurídicas de sua oposição à privatização da Vale:

Ao abandonar em 1997 o controle da Companhia Vale do Rio Doce ao capital privado por um preço quase 30 vezes abaixo do valor patrimonial da empresa e sem apresentar nenhuma justificativa de interesse público, o governo federal cometeu uma grossa ilegalidade e um clamoroso desmando político.

Em direito privado, são anuláveis por lesão os contratos em que uma das partes, sob premente necessidade ou por inexperiência, obriga-se a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta (Código Civil, art. 157). A hipótese pode até configurar o crime de usura real, quando essa desproporção de valores dá a um dos contratantes lucro patrimonial “que exceda o quinto do valor corrente ou justo da prestação feita ou prometida” (lei nº 1.521, de 1951, art. 4º, b). A lei penal acrescenta que são coautores do crime “os procuradores, mandatários ou mediadores”.

Piza se lembra de que, quando cuidava das ações para impedir o leilão, ouviu a opinião de engenheiros da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia, a Coppe, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, segundo os quais formações como as de Carajás, de onde a Vale retira minério de ferro, em geral escondem também reservas de ouro.

O argumento de que a privatização da Telebrás, em 1998, abriu caminho para competição e acabou com as longas filas de espera da telefonia, não convence João Piza. Na privatização do sistema de telefonia, Piza representou os engenheiros do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa em Campinas, o CpQD. Para o advogado, o Brasil deveria ter preservado a Telebrás pelo menos para competir com as empresas estrangeiras que hoje operam no País. “Hoje temos telefonia celular que está entre as mais caras e ruins do mundo”, argumenta.

Do ponto-de-vista jurídico, as maiores aberrações que viu foram na privatização do Banespa. Derrotado, o governo FHC recorreu a pareceres do então advogado geral da União, Gilmar Mendes, que formulou medidas provisórias assinadas por FHC para permitir que a União recorresse — primeiro ao Superior Tribunal de Justiça, onde foi novamente derrotado, depois ao Supremo Tribunal Federal.

No STF, Piza chegou a sentir o sabor de uma grande vitória, que se desfez da noite para o dia. “Fui dormir com uma vitória de 6 a 5 e acordei com uma derrota por 5 a 6”, relembra. Ele não sabe dizer quais foram os motivos que levaram dois integrantes do STF a mudar de lado.

De qualquer forma, João Piza se diz satisfeito com o resultado do trabalho político e jurídico daqueles que se opuseram às privatizações.  “Venderam as jóias da Coroa, mas não conseguiram vender a Coroa”, sentencia.

Se Armínio Fraga se tornar ministro da Fazenda, pelo visto, a Coroa estará mais uma vez em jogo.

Clique abaixo para ouvir a entrevista:

Leia também:

Urariano Mora: Com apoio do PSB à direita, Miguel Arraes dá adeus


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Comentários

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Irene

Encontra-se no Conversa Afiada

http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2014/10/12/aecio-nao-tem-autoridade-moral-para-falar-de-corrupcao/

Aécio não tem autoridade
moral para falar de corrupção

​E o Titio o nomeou vice-presidente da Caixa aos 25 anos !​
De amiga navegante mineira:

Prezado Paulo Henrique,
Como você é extremamente bem informado, provavelmente você já saiba de tudo isso que listarei, mas se for útil para desmascarar este “paladino” da ética chamado Aécio seguem algumas informações importantes:

– Nos quatro anos como senador, apresentou menos projetos que o deputado Tiririca.
Fonte: http://entretenimento.r7.com/blogs/sem-censura/2014/08/20/rapidinho-tiririca-e-considerado-melhor-candidato-comparado-a-aecio-neves/

– Conseguiu um mandado de busca e apreensão para que a polícia invadisse o apartamento de uma jornalista. Computador, hd externo, cds e celular foram apreendidos.
Fonte: http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/06/jornalista-tem-casa-invadida-pela-policia-rj-por-acao-de-aecioneves/

– Censurou a parte da imprensa mineira que ousou denunciar esquemas de corrupção quando governador de MG.
Fonte: http://www.midiaindependente.org/pt/red/2003/09/262572.shtml

-Também tentou censurar o Google, Yahoo! e Bing, movendo um processo para retirada de links relacionados ao uso de drogas e ao desvio de verbas da saúde.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/03/1425228-justica-nega-pedido-de-aecio-para-bloquear-buscas-na-internet.shtml

– Foi processado por desviar R$ 4,3 bilhões da saúde.
Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/05/aecio-neves-sera-julgado-por-desvio-de-r43-bilhoes-da-saude-2.html

– Construiu 5 aeroportos em cidades com menos de 25 mil habitantes no entorno de sua fazenda.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/07/1488587-governo-de-minas-fez-aeroporto-em-terreno-de-tio-de-aecio.shtml

– Um dos aeroportos custou R$ 14 milhões e fica na fazenda de seu tio.
Fonte: http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2014/07/20/governo-aecio-faz-aeroporto-pro-titio/

– Pagou R$ 56 mil reais ao ex-ministro do STF Ayres Britto para arquivar a investigação de ilegalidade no aeroporto na fazenda de seu tio.
Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/08/56-mil-ayres-britto-aeroporto-aecio-era-legal.html

– Quando governador, desapropriou um terreno de seu tio-avô no valor de R$ 1 milhão e fez o Estado pagar a ele uma indenização superfaturada de R$ 20 mil
Fonte: http://noticias.r7.com/minas-gerais/governo-de-minas-pode-pagar-r-34-milhoes-por-terreno-de-tio-avo-de-aecio-26072014

– Apesar de declarar apenas R$ 100 mil em bens, sua rádio tem uma frota de carros de luxo e de passeio no valor de mais de 1 milhão e reais. Fonte: http://www.viomundo.com.br/politica/a-estranha-frota-de-luxo-da-radio-de-aecio-neves.html

– Foi pego pela polícia dirigindo o carro de sua rádio, um Land Rover no valor de R$ 192.000,00. O pior: estava embriagado e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/aecio-neves-tem-carteira-de-habilitacao-apreendida-em-blitz-da-lei-seca-2795173

– Troca de favores ou compra de votos? Quando governador contratou 98 mil servidores públicos sem concurso e de maneira ilegal. Fonte: http://noticias.r7.com/minas-gerais/stf-determina-dispensa-de-98-mil-servidores-da-educacao-em-minas-efetivados-sem-concurso-26032014

– Durante seu governo, Minas Gerais passou a pagar o piso salarial mais baixo do Brasil a professores. Aliás, tal piso era mais baixo que o permitido pela lei do piso salarial de professores, e portanto, ilegal.
Fonte: http://www.viomundo.com.br/denuncias/professores-de-minas-publicam-contracheques-para-provar-que-estado-e-psdb.html

– Diminuiu o salário-base dos médicos em Minas para apenas R$ 1.050,00 -o segundo mais baixo do Brasil.
Fonte: http://tijolaco.com.br/blog/?p=19821

– Quando governador de MG, pagou com dinheiro do Estado uma dívida da Rede Globo de US$ 269 milhões referente à compra da Light. Fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/o_governo_mineiro_e_a_globo

– Tem um dos réus do mensalão tucano como assessor. O publicitário Eduardo Guedes, acusado de desviar R$ 3,5 milhões para a empresa de Marcos Valério.
Fonte: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/assessor-de-confianca-de-aecio-e-reu-do-mensalao-mineiro

– Tem em seu palanque em Minas o maior réu e mentor do mensalão tucano, seu antecessor no governo de MG, Eduardo Azeredo.
Fonte: http://tvuol.uol.com.br/video/eduardo-azeredo-participara-como-quiser-da-campanha-diz-aecio-neves-128-04020C183864D0815326

– Seu primo, Rogério Lanza Tolentino, era braço direito de Marcos Valério e foi condenado por lavagem de dinheiro em MG.
Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2013/12/12/interna_politica,478775/condenado-no-mensalao-rogerio-tolentino-se-entrega-a-policia-federal-de-belo-horizonte.shtml

– Seu outro primo, Tancredo Aladin Rocha Tolentino, foi preso por vender sentenças judiciais. A Globo se calou.
Fonte: http://www.conjur.com.br/2012-fev-09/desembargador-mineiro-cobrava-180-mil-liminar-denuncia-mpf

– Gastou 63% do dinheiro com passagens de avião pagas pelo senado com viagens para o Rio de Janeiro. Apenas 27% das viagens foram para MG, estado que o elegeu senador. Aliás, torrou 589 mil reais em passagens de avião para o Rio em pouco mais de 3 anos e meio como senador.
Fonte: http://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,senador-usa-mais-verba-para-ir-ao-rio-que-a-bh-imp-,1012625

Original: http://plantaobrasil.com.br/news.asp?nID=82071
‪#‎Rapidinho‬: Tiririca é considerado melhor candidato comparado a Aécio Neves

Antonio

Ai fala da Vale que foi privatizada por R$ 3,3 bi, segundo o delegado Protógenes só entrou na conta do tesouro R$ 28 milhões. Vide o vídeo no Youtube ” A privataria Tucana e o silêncio da mídia”

Jose Mario HRP

O pilantra do Mario Covas, santista como eu, rifou o Banespa, com a desculpa das dividas feitas por Quércia e Fleury, a preço de Banana, e o dinheiro foi gasto em m****!
Detalhe:
O Banespa tinha a maior e mais bem posicionada rede de agencias no estado, em locais onde os imoveis tinha valor comercial altissimo , e isso foi relativizado, só para dar de mão beijada aos espanhóis um patrimonio inestimavel!
Jamais vou perdoar esse lesa pátria , que junto a esse Geraldo fascista, JAnibal, Aloizio, Serra, W.Feldman, Clovis Carvalho FHC, e outros tantos traidores da patria, destruiram nosso patrimonio dando-o de graça aos estrangeiros, numa canalhice sem par!
Que ardam no inferno…….

Urbano

Venderam as jóias só, não. A dignidade e a moral dos vendedores fizeram parte da promoção, com desconto de 90%.

Arnaldo Costa

FHC “deu” a Vale pelo equivalente a 3 meses do faturamento da mineradora.
É crime de lesa-patria.

Julio Silveira

A Marina era ruim, o Aécio é o retorno atrazo.

Nelson

Quando leio um post como esse, mais ainda firmo convicção de que o governo Fernando Henrique Cardoso foi o mais deletério e corrupto da história brasileira.

FHC nos deixou genuflexos diante do poderio do grande capital, nacional e estrangeiro. Dessa posição só conseguiremos sair em muitas décadas. Isto, se tivermos muito espírito coletivo e nacional, um forte sentimento de pertença a esta terra.

Como espírito coletivo e nacional são atributos escassos em uma época em que o individualismo exacerbado vigora, temo que nunca mais consigamos tirar essa pesadíssima canga dos nossos pescoços.

O saudoso Aloysio Biondi já nos alertava: “FHC destruiu a alma nacional”.

jõao

toda a economia de do presidente lula e presidente Dilma foi baseado na produção e no consumo através de credito subsidiado e bolsa família
e programa sociais que irrigam o mercado consumidor
se acontecer de Aécio vir a ser presidente certeza ele vai acabar com todos esses beneficio sociais
fazendo com que o mercado tenha menos consumidor ai vem o arrocho salarial desemprego a volta da inflação juros alto
com menos pessoas consumindo arrecada menos imposto ao arrecadar menos imposto ai começa aumento de imposto aumento de juros aumento de energia
aumento de pedágio ai começa a inflação

ccbregamim

azenha,

armínio fraga seria ministro
em um hipotético governo de aécio never

se never fosse eleito
se tornaria ministro.

mas não never.
não. não.

(atenção aos tempos)

FrancoAtirador

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.
ARMÍNIO FRAGA, O DISCÍPULO DO MEGAESPECULADOR:

FUTURO MINISTRO DA FAZENDA DE AÉRIONÉCO (PSDB),

BONÉCO DE PAPELÃO DO TUCANO FERNANDO HENRIQUE.

(http://naofo.de/1jtl)

(http://abre.ai/aerioneco_psdb_boneco_papelao_fhc)
.
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10.Fev.99 – 10:00
Revista IstoÉ | N° Edição: 1532

P E R F I L

Ao Mestre com Carinho

LIGAÇÃO COM O ESPECULADOR GEORGE SOROS
É VIRTUDE E DEFEITO DE ARMÍNIO FRAGA,
NOVO PRESIDENTE DO BC

Por André Vieira

Dinheiro em dobro.
Foi o que garantiu Armínio Fraga Neto, o novo presidente do Banco Central (BC),
aos investidores que lhe confiaram suas poupanças no final de 1992.

Quem investiu a quantia de US$ 100 mil no fundo Quantum Emerging Growth –
gerido por Fraga – colheu cerca de US$ 199 mil em dezembro,

mesmo com a quebradeira generalizada dos países emergentes, como México, os Tigres Asiáticos e a Rússia neste período.

O desempenho só não foi melhor porque o fundo perdeu 29,4% em 1998.

Experiente operador, Fraga deveria causar uma sensação de bem-estar à frente da mesa de operações do BC, exceto por um detalhe.

Quem irá preservar o valor da moeda mais derretida dos últimos tempos – o real –, afastando do Brasil os especuladores, tinha como patrão George Soros, ícone do capitalismo especulativo.

“Ao indicar o senhor Armínio Fraga, funcionário e escudeiro de confiança de Soros,
o governo pretende sinalizar com clareza:
basta de intermediários, vamos logo colocar a raposa
para tomar conta do galinheiro”,
atacou a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Decidido a voltar ao Brasil apenas em julho, quando terminassem as férias de seus dois filhos, Fraga antecipou seu retorno devido aos incessantes pedidos da equipe econômica.

A abrupta troca de comando gerou, além de críticas e vivas, muitos boatos e suspeitas.

Afinal, ele se desligou do Soros Fund Management, a empresa do megaespeculador,
em Nova York, na segunda-feira 1º para desembarcar no dia seguinte,
já no Brasil, como chefe indicado do BC brasileiro.

Deixou um salário de cerca de US$ 60 mil por mês em honorários
para receber cerca de R$ 7 mil como funcionário do primeiro escalão do governo FHC [PSDB].

Na viagem de volta, veio acompanhado do economista Paulo Leme, executivo da Goldman Sachs,
que acabou a semana convidado para uma das diretorias do Banco Central.

Nestes dias de trocas de cadeiras, o mercado financeiro agitou-se bastante,
com expressivos lucros dos fundos de investimentos (leia à pág. 26).

No encontro anual de economistas na cidade de Davos, na Suíça,
Soros deu uma lacônica resposta aos jornalistas:

“Estou tão surpreso quanto vocês.”

Horas depois, uma nota de seu fundo reiterou que o megaespeculador
nada sabia antes da nomeação, embora fosse de seu conhecimento
os vários contatos mantidos entre o governo brasileiro
e o seu destacado funcionário.

Apesar da polêmica relação com Soros, Fraga é um daqueles garotos prodígios do mercado financeiro.

Aos 34 anos, já tinha feito doutorado na Universidade de Princeton, trabalhado no Federal Reserve (Fed) e nos bancos Garantia e Salomon Brothers.

Em 1991, comandou pela primeira vez uma das diretorias do Banco Central, quando sustentou uma política monetária austera [SIC],
cujo resultado fez elevar as reservas internacionais de US$ 8 bilhões para US$ 25 bilhões,
criando um colchão de liquidez para a criação do Plano Real.

Saiu do BC com a queda de Collor.

Mas o êxito [SIC] da política monetária carimbou seu passaporte para Nova York
a fim de seguir os passos de Soros, que começava a ganhar fama como o “homem que quebrou o Banco da Inglaterra”.

Num dia conhecido como a “quarta-feira negra”, em setembro de 1992,

o investidor havia apostado US$ 10 bilhões na desvalorização da libra esterlina.

Com a moeda esvaindo nas mãos dos ingleses, Soros ganhou US$ 1 bilhão

e obrigou a Grã-Bretanha a sair do Sistema Monetário Europeu (SME),

que controla o regime de câmbios dos países da União Européia (UE).

Ações da Vale

Antes disso, Soros já era um conhecido de Wall Street
por fazer apostas arriscadas, inclusive em países em desenvolvimento.

No Brasil, tornou-se o primeiro cliente estrangeiro do Banco Pactual em 1986,
numa parceria que durou até a contratação de Fraga.

Por intermédio do brasileiro, pôde comprar participações
na Escelsa e na Vale do Rio Doce nos Processos de Privatização.

No entanto, a maioria de seus investimentos concentra-se na área imobiliária,

como shopping centers e empreendimentos construídos em parceria

com a incorporadora paulista Cyrela, do empresário Elie Horn.

Todos os negócios são feitos pela Brazil Realty,
uma joint venture entre a Cyrela e a Irsa,
holding argentina onde o megaespeculador possui importante participação.

Na Argentina, Soros é dono de nove shoppings, alguns hotéis
e vários escritórios comerciais. Na semana passada, adquiriu
por US$ 152 milhões cerca de 15% das ações do Banco Hipotecario,
a maior instituição de crédito imobiliário do país.

Além disso, titula-se como o maior latifundiário da Argentina,
com meio milhão de hectares de terras.

A trajetória de Soros repete a saga de um magnata em transformação,
tal como um personagem de romance [de um escritor de Manhattan].
Judeu húngaro nascido em 1930, foi obrigado a se esconder do nazismo durante a Segunda Guerra e abandonar seu país depois que os comunistas tomaram o poder em 1947 para estudar na Inglaterra.

Em 1956, já nos Estados Unidos, trabalhou como operador
em diversas corretoras de Wall Street, onde fundou em 1969
o fundo de investimentos Quantum.

Como qualquer multimilionário, Soros poderia se aposentar
apenas como um excêntrico filantropo, capaz de doar US$ 500 milhões à Rússia,
ou como o mais famoso megaespeculador da história recente.

Mas, aos 68 anos, assumiu o papel de um virulento crítico
do capitalismo financeiro globalizado do qual é – ironicamente –
um dos maiores expoentes e beneficiários.

Boa parte de suas idéias estão no livro A crise do capitalismo,
lançado no final do ano passado e que tem prefácio, no Brasil,
do próprio Armínio Fraga.

O guru ideológico de Soros é o filósofo austríaco Karl Popper,
que defendia a idéia de uma sociedade aberta –
politicamente democrática [como a dos United States?]
e economicamente orientada pelo mercado [Neoliberal].

Essa formação permitiu que criticasse a lógica do capital financeiro
para preservar o sistema capitalista como um todo.

Quando houve o ataque especulativo às moedas asiáticas em 1997,
Soros foi bombardeado pelo primeiro-ministro da Malásia, Mahatir Mohamed,
que o acusava de ser o responsável pela catástrofe financeira que se abatera sobre seu país.
Em resposta, o investidor apontou os perigos do retrocesso do capitalismo,
representado pelo controle de capitais imposto pelo governo malaio.
“Uma coisa é certa: os mercados financeiros são propriamente instáveis;
eles precisam supervisão e regulação”, escreveu Soros,
num resumo de seu novo livro reproduzido na semana passada pela revista americana Newsweek.
Uma boa recomendação para saber o que pode acontecer no BC brasileiro [SIC]

[Vide: Maxi-Desvalorização do Real frente ao Dólar, de 1999 a 2002: (http://abre.ai/arminio_fhc_psdb__dolar_inflacao_brasil_quebrado)].

Colaboraram:
Osmar Freitas Jr. (NY),
Hélio Contreiras (RJ) e
Isabela Abdala (DF)

A PRIMEIRA SUSPEITA

Uma possibilidade de que George Soros teria se aproveitado de informação exclusiva

sobre a nomeação de seu ex-funcionário Armínio Fraga Neto para o BC

já circulou pelo mercado financeiro internacional na semana passada.

O principal indicativo de que algo estranho aconteceu foi a valorização dos C-Bonds,
papéis da dívida externa brasileira, que pularam de US$ 56,563 para US$ 57,688
entre a segunda-feira 1º e a quarta-feira 3, data posterior à indicação.

“Fundos de investimentos compraram pesadamente bônus brasileiros e reais
pouco antes e durante o anúncio oficial de Fraga,
apenas para se desfazerem das mesmas posições com lucro na própria terça-feira”,
constatou Simon Treacher, diretor para mercados emergentes do banco Morgan Grenfell, de Londres.

“Mas não há como provar que o dinheiro veio de Soros
ou de outro investidor e que eles usaram informações confidenciais”,
ressalva.

OS GANHOS FÁCEIS TERIAM OCORRIDO PORQUE ERA CERTO

QUE O MERCADO RECEBERIA BEM A NOMEAÇÃO DE FRAGA.

O operador de um banco brasileiro lembra que a movimentação em torno dos títulos
poderia ter influído inclusive na baixa da cotação do dólar,
que chegou a R$ 1,75 na terça-feira, após o pico de R$ 2,15 da sexta-feira 29.

“Os C-Bonds e o dólar estão interligados. Se os títulos valorizam, o dólar cai.”

[Qualquer Coincidência com o Movimento dos Mercados

na Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA), em 2014,

combinados com Pesquisas Eleitorais, é Pura Semelhança]

(http://www.istoe.com.br/reportagens/28682_AO+MESTRE+COM+CARINHO)
.
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Luís Carlos

O entreguismo tucano se apresenta com nova roupagem, de novo. Esfregam as mãos esperando a oportunidade de saquear o país, novamente com ajuda (partilha) de tucanos.

Alteroso

PSDB é a vanguarda do ATRASO.

FrancoAtirador

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A Foto Mais Emblemática do PSDB

Significativa de que AérioNéco

É só um Bonéco de Papelão do FHC:

(http://imgur.com/nj5Xt31)
i.imgur.com/nj5Xt31.jpg

(http://abre.ai/aecio_boneco_papelao_fhc_psdb)
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Francisco

Privatização, no Brasil, é sinônimo de monopolismo…

Márcio Gaspar

Esse Arminio Fraga é preposto de banqueiros, as politicas econômicas que querem implantar no Brasil é politica de ganhos para banqueiros. Querem tirar a importância do BNDES, BB e Caixa para justamente alavancar os lucros dos bancos privados. Os bancos públicos tem importância para distribuir créditos e alavancar a economia do país, principalmente, em épocas de crises. Esse Arminio Fraga é ligado ao maior especulado do mundo, George Soros, então, boa coisa não é. Esses caras usam o poder de dirigir a economia para fazer negócios privados, especulam contra o próprio país sabendo que terão ganhos financeiros ou cargos de direção em bancos privados, ou até mesmo terão seus próprios bancos ou fundos de investimentos.

Elias

Leio essas matérias e me pergunto por que o Viomundo se limita ao PagSeguro, por que não abre para pagar a um número de conta bancária?

Elias

PUTZ! ESTÁ TUDO ERRADO…perdoem…álcoois…

Elias

Leio essas matérias e me pergunto por que o Viomundo se limita ao PagSeguro, por que não abre para não pagar a um número de conta bancária?

Léo

Lembro dos serviços de telefonia no Brasil antes da privataria tucana. Conseguíamos falar com regiões do nordeste sem queda das ligações. Hoje tentem fazer uma ligação e ficar duas horas ou mais no telefone, como fazia meu pai.
Duvido você conseguir conversar por duas horas sem cair a ligação.
1. tente fazer ligação e não cair antes mesmo de alguém atender;
2. tente fazer uma ligação e não ter interferência em sua linha…

No DF até 2008 ou 2010 a OI empresa que era publica e se tornou privada, nunca tinha a nossa disposição conexões acima de 1 mega. Só foi chegar empresas como GVT e NET, em algumas cidades, eis que a OI achou conexões acima de 1 mega.
Como dito no texto acima, publicado pelo viomundo. Setores de extrema importância para o país agora pertencem a estrangeiros, são eles: telecoms (por esse setor passa as mais importantes informações sobre este país chamado Brasil) e o minério, pelo menos por enquanto.

Leo V

A Nossa Caixa (dos estado de SP) foi incorporada pelo Banco do Brasil (acho que em 2009).

FrancoAtirador

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Esse povo todo do BraSil ainda vai se conscientizar

de que o AérioNéco não passa de um Boneco de Papelão

do Fernando Henrique Cardoso (PSDB), pra lá de Piorado.

NO GOVERNO DE DILMA (13), HÁ INVESTIGAÇÃO DE MAL-FEITOS

NO GOVERNO DO PSDB, DE FHC E DE AÉCIO, TUDO FOI ENGAVETADO.
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PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS,

DO MPMG*, NOMEADO PELO PRÓPRIO GOVERNADOR DO PSDB,

ENGAVETOU INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO SOBRE REPASSE ILEGAL

DE VERBAS DO GOVERNO DO ESTADO A EMPRESAS DE COMUNICAÇÃO.

A investigação pretendia apurar os repasses feitos pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), na época em que era governador,

e sua irmã, Andréa Neves, então coordenadora do Núcleo Gestor de Comunicação Social do governo mineiro —
hoje Andréa é presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) de Minas Gerais.

O caso chegou à PGJ de Minas no dia 5 de março de 2011,
quando o então deputado estadual Rogério Correia (PT)
apresentou documentos demonstrando que o governo de Aécio Neves
repassava irregularmente verbas publicitárias à Jovem Pan BH,
à Rádio São João Del Rei e à Editora Gazeta de São João Del Rei.

As empresas, segundo o deputado, têm entre seus sócios Aécio e sua irmã.

(http://www.airesadv.com.br/Default.aspx?tabid=56&ItemId=520631)
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*O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)

participou de importante evento em Washington (EUA) em novembro:

a Law, Justice and Development Week 2010, realizada nos prédios

do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

Atendendo a convite deste último [BANCO MUNDIAL],
estiveram presentes o procurador-geral de Justiça
adjunto administrativo, Evandro Senra Delgado,
e o coordenador do Centro de Apoio Operacional
das Promotorias de Defesa do Meio Ambiente (Caoma),
promotor de Justiça Luciano Badini.

(http://www-antigo.mpmg.mp.br/portal/public/interno/arquivo/id/21321)
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FrancoAtirador

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Conceição/Azenha.

A Privatização do Sistema TeleBrás,

que entregou as estatais de Telefonia

para o Setor Privado de Telecomunicações

ocorreu em 1998 !!!, no Governo do PSDB.

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Esc%C3%A2ndalo_do_grampo_do_BNDES)
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Privatiza%C3%A7%C3%A3o_da_Telebr%C3%A1s)
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    Luiz Carlos Azenha

    Já corrigimos. Obrigado. abs

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