Gerson Carneiro: A solidariedade seletiva da presidenta Dilma

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A ação da PM na 1ª manifestação em São Paulo, no mês de junho

por Gerson Carneiro, especial para o o Viomundo

Em junho, por ocorrência da primeira manifestação do Movimento Passe Livre por redução na tarifa de ônibus urbano, quando a Polícia Militar do Estado de São Paulo barbarizou e chocou o país com agressão aos manifestantes (a ponto de retirar pessoas de dentro de bar, que nada tinham com a manifestação, para espancar), a Presidenta Dilma Rousseff foi à TV e fez  pronunciamento sobre os protestos.
Naquele momento não havia presença dos Blacks Blocs. Em nenhum momento, Dilma condenou a violência policial. A presidenta sequer mencionou a violência policial, sendo que ali foi a violência da PM que fez alavancar as manifestações.

Ela fez o contrário. De forma transversa, tentou previamente atribuir culpa aos manifestantes para justificar a atuação desproporcional da PM, sem nominá-la diretamente, com a manjada desculpa da necessária coibição à violência por partes dos manifestantes.

Nitidamente, Dilma se omitiu em apontar culpados quando a ação violenta partiu do Estado. Fiz questão de assistir ao pronunciamento e foi essa observação que à época fiz.

Se não teve coragem de criticar a PM que havia acabado de cometer a barbárie na avenida Paulista, que ela permanecesse neutra em relação ao coronel que apanhou.

Preferiu ratificar a afirmação do guru da esquerda, o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, de que é detentora de “grande insensibilidade social”.

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