Carandiru: Vinte anos depois, PMs ainda aguardam julgamento

Tempo de leitura: 2 min

por Luiz Carlos Azenha

Vinte anos se passaram desde o massacre do Carandiru, em 2 de outubro de 1992, sem que até agora os 84 policiais militares acusados por 111 homicídios tenham sido julgados.

Nem mesmo a perícia nas armas foi feita, o que pode impedir a individualização dos crimes e a condenação dos responsáveis.

O coronel Ubiratan, que comandou a ação, condenado em primeira instância, foi eleito deputado estadual em 2002 com 56.155 votos, usando o número 14.111.

Foi morto num crime ainda não esclarecido antes do julgamento do recurso.

Hoje os jovens do Levante da Juventude fizeram um escracho diante da casa do governador da época, Luiz Antônio Fleury Filho (fotos acima).

Fleury diz que nunca autorizou a invasão do presídio, mas em recente entrevista adotou o mote que o atual governador, Geraldo Alckmin, usou em matança recente promovida pela Rota: “Quem não reagiu viveu”.

O ex-promotor Hélio Bicudo está certo de que houve execuções. A maior parte dos tiros acertou os presos do peito para cima, segundo a perícia.

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O massacre aconteceu em período eleitoral e, embora as autoridades soubessem do número de mortos, só permitiram que fosse divulgado depois do fechamento das urnas.

Paulo Maluf (PDS) se elegeu prefeito derrotando Eduardo Suplicy (PT) e Aloysio Nunes (PMDB).

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