Na guerra para formar palanques, Jarbas já admite que “PT não é bicho de sete cabeças”

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Nada de novo no front. Foto Facebook/Jarbas Vasconcelos

Da Redação

Às vésperas da campanha eleitoral, os tradicionais conchavos de bastidores da política brasileira são retomados sem que os protagonistas sofram qualquer constrangimento.

A ordem é ganhar, a qualquer custo.

Em Pernambuco, o deputado Jarbas Vasconcelos (MDB), ferrenho crítico dos governos do PT, já admite subir no palanque ao lado de Humberto Costa, na disputa por duas vagas ao Senado.

Eles fariam parte de um acordo PSB-PT-MDB para reeleger Paulo Câmara governador de Pernambuco.

Jarbas votou pelo impeachment de Dilma Rousseff sem disfarces. Disse que Dilma mentiu durante a campanha e, por isso, merecia ser afastada.

“O PT não é nenhum bicho de sete cabeças”, disse hoje Jarbas Vasconcelos. “Peço votos a Humberto [Costa] sem nenhuma dificuldade se esse for o caso”, completou.

O acordo exigiria o sacrifício da candidatura da vereadora petista Marília Arraes, que uma recente pesquisa demonstrou ser altamente competitiva para enfrentar Paulo Câmara ou Armando Monteiro Neto, do PTB, na disputa pelo governo de Pernambuco.

Câmara apareceu na pesquisa com 20%, contra 17% de Marília e 14% de Armando Monteiro.

Nas simulações de segundo turno, ela apareceu adiante dos dois.

O bloco de Câmara é o mais influente na direção nacional do PSB.

Depois de lançar oficialmente a candidatura do ex-presidente Lula, a direção do PT anunciou que prioriza alianças com o PSB e o PCdoB ainda no primeiro turno.

Em troca do apoio do PSB a Lula, o PT fortaleceria candidatos socialistas em pleitos estaduais — na Paraíba, por exemplo.

O apoio de Lula poderá ser decisivo para candidatos a governos estaduais no Nordeste.

A costura mais difícil acontece em Minas Gerais, onde uma das vagas ao Senado é da presidenta Dilma Rousseff. A outra seria ocupada pelo ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, do PSB.

Lacerda apoiaria a reeleição do petista Fernando Pimentel, que deve enfrentar o tucano Antonio Anastasia.

O PT compete com Ciro Gomes, do PDT, e Marina Silva, da Rede, pela aliança com o PSB.

Marina chegou a anunciar que estava negociando com o PSB, mas foi rechaçada pelo presidente da sigla, Carlos Siqueira, que afirmou hoje a O Globo:

É fake news total (a aproximação com Marina). Nós sempre tivemos ótimas relações com a Rede, mas eles decidiram romper com três governadores do PSB de forma unilateral. A Rede passou a ser oposição ao PSB no Distrito Federal, Pernambuco e Paraíba. Por isso, uma aliança não passará de um sonho.

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