Sindicato diz que não há gasolina em 100% dos postos de SP
07 de Março de 2012 • 10h34 • atualizado 10h47
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia, disse na manhã desta quarta-feira que 100% dos postos da cidade de Sâo Paulo estão sem gasolina, e parte está sem etanol ou diesel, conforme reportagem da Globo News.
De acordo com Gouveia, caso a paralisação que atinge os motoristas que fazem o transporte de combustível termine nesta quarta-feira, a cidade ainda deve sofrer com a falta de combustível até o início da próxima semana. Conforme a reportagem, Gouveia afirma que na terça-feira, com o aumento da procura dos consumidores aos postos, a venda no dia foi três vezes maior que o normal. Para o presidente do sindicato, o prefeito da capital, Gilberto Kassab, deveria suspender a nova legislação por uma semana, até que o abastecimento na cidade seja normalizado.
Entenda
Os transportadores de combustíveis protestam contra a restrição aos caminhões na Marginal Tietê, que entrou em vigor na última segunda e vale nos dias úteis, das 5h às 9h e das 17h às 22h.
O vice-presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros Autônomos, Claudinei Pelegrini, reclama que a restrição ao tráfego na Marginal é a quinta imposta pela prefeitura ao trânsito de caminhões na cidade. Segundo ele, em alguns casos, o trajeto feito para entrega de produtos pode subir em mais de 100 km caso os caminhões não possam passar pela Marginal Tietê.
Houve relatos de violência contra caminhoneiros que tentaram entregar combustível apesar da paralisação, o que levou o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) a pedir auxílio da polícia para garantir a entrega dos combustíveis.
“Infelizmente, essas manifestações estão ocorrendo de forma violenta, com depredações de diversos veículos e ameaças a funcionários e motoristas”, disse o Sindicom em nota.
“O Sindicom deu entrada na segunda na Justiça em pedidos de medidas cautelares, para assegurar proteção policial ostensiva ao trânsito dos caminhões-tanques de suas associadas. Aguardamos estas decisões para retomar as operações com segurança.”
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Só na terça, a Polícia Militar realizou pelo menos seis escoltas para garantir a entrega de combustíveis, mas segundo a assessoria de imprensa da corporação, alguns motoristas estão se recusando a fazer entregas mesmo com escolta por temores de que possam sofrer represálias posteriores.
As escoltas estão sendo coordenadas pelo gabinete de crise criado pela Polícia Militar, que conta também com a participação da tropa de choque, da Polícia Rodoviária e de representantes da prefeitura. Além de escoltas, a PM também realiza policiamento preventivo para garantir segurança nas distribuidoras.
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