Carta Maior: Até quando a sabotagem conservadora poderá resistir?

Tempo de leitura: 5 min

por Saul Leblon, em Carta Maior, sugestão  de Julio Cesar Macedo Amorim

A Folha quer ser o bastião de um conservadorismo mais que nunca determinado a implodir a agenda progressista que ordena o país desde 2003.

A exemplo dos pavões do PSDB, porém, o veículo dos Frias também se pretende ‘moderno’ . Uma referência de desprendimento republicano, ‘a serviço do Brasil’.

Incompatibilidades entre uma coisa e outra são escamoteadas frequentemente abusando-se de um recurso ardiloso: o fraseado adversativo.

Basta um ‘mas’ depois das vírgulas. Pronto.

A relação de forças, os conflitos de interesses que condicionam os impasses macroeconômicos atuais, as dinâmicas condicionadas pela desordem neoliberal, o saldo dos avanços e, sobretudo, os riscos de uma ruptura tudo se dissipa e se dissolve.

O pontificado do arrasa-terra lubrifica-se nesse genial truque de um ‘mas’ depois da vírgula.

Evidências incontornáveis reduzem-se a partículas de Higgs. Por exemplo, o fato de o dispositivo midiático ser um dos escudos implacáveis do rentismo neoliberal que engessou e corroeu – e ainda corrói – as turbinas do investimento produtivo nacional.

Nada disso importa ao pasteurizador narrativo da Folha.

O truque consiste em nivelar um avanço inquestionável da década petista a um ponto não contemplado da agenda conservadora.

Passo seguinte: conclui-se que não ocorreu nada de relevante no país; nada mudou desde 2003; não houve um miserável centímetro de avanço histórico.

Escavado o buraco negro desobriga-se o foco no que foi conquistado.

Em torno do marco zero pontifica-se livremente sobre o futuro: tudo está por fazer.

O negacionismo adversativo é uma espécie de doença infantil do conservadorismo.

Como outras doenças infantis, trata-se de abduzir a realidade no complacente espaço do idealismo.

É esse o motor do editorial da Folha desta 4ª feira, sugestivamente intitulado ‘Reforma Geral’.

Ou vassourão de fim de ano.

Ou ainda, ‘chamada geral ao pacto adversativo contra o governo Dilma’.

A meta é dita com todas as letras no texto: desqualificado o presente, o futuro implica ‘mudar desde as condições de produção até as próprias prioridades nacionais”, diz o jornal.

Só isso.

Quais prioridades? 

O editorial não tem a audácia (ainda) de propor a supressão dos avanços sociais implantados no governo Lula. 

Tampouco de clamar por alguma forma velada de arrocho salarial –a começar pelo salário mínimo, quem sabe.

Mas é disso que se trata.

A restauração do projeto derrotado nas últimas três eleições presidenciais implica negar a qualquer avanço do ciclo petista o condão de um novo alicerce de desenvolvimento.

O editorial da família Frias é uma carta proposta nesse rumo. Virão outras, por certo, sempre escudadas no interesse nacional.

A cobrança por avanços sintetiza um roteiro de regressão. 

Reduzir o ciclo petista a uma montanha desordenada de corrupção e intervencionismo-estatal-populista é o que autorizaria a volta dos geniais e ímpios tucanos ao governo do país.

Essa é a marcha dos acontecimentos.

Trechos ilustrativos desse ensaio de campanha para 2013/2014, pinçados do editorial da Folha desta 4ª feira, 26-12:

“… é verdade, o governo Dilma decidiu baixar o custo da energia, ainda que de forma desastrada”



” Impostos foram reduzidos de modo relevante, mas arbitrário”.



“o conservadorismo do governo, que não vem de agora. A última novidade relevante foi o aumento do mercado interno, a partir de meados do período Lula”.



“Decerto a redução dos juros terá efeito positivo, mas ela se deveu em parte a uma conjuntura econômica mundial excepcional”.



” (o país) precisa de um programa de aceleração do crescimento, (mas ) não este da marca de fantasia do governo, mas de uma reforma que altere as condições em que se produz, a maneira de governar e as prioridades nacionais”.

Vai por aí a coisa.

A investida conservadora contra a política econômica deve preocupar não só o governo.

Ela fala diretamente também a todos que pleiteiam avanços efetivos, e mais rápidos, na estratégia de crescimento com maior justiça social.

A presidenta Dilma tem feito um pedaço do que cabe ao governo. 

Seguidos apelos aos empresários para que retomem o investimento na expansão da base industrial e logística ocorreram neste final de 2012.

Será a batalha de 2013. 

A razão pode ser resumida num dado: 40 milhõesde brasileiros saltaram da pobreza para o mercado de consumo no ciclo Lula.

O país foi pensado por uma elite que achava de bom tamanho governar para 30% da sociedade. 

A ascensão progressista mudou a escala da economia e o desenho do desenvolvimento.

A luta política atual é para adequar uma coisa a outra. Ou,do ponto de vista conservador, para retroagir uma coisa ao seu tamanho anterior.

O salto do investimento, a chamada formação bruta de capital fixo, é necessário para que o Brasil possa avançar na rota traçada desde 2003, sem gargalos de infraestrutura e de oferta que terminem por gerar escassez e custos descontrolados.

Em resumo: inflação e regressão na renda.

As empresas brasileiras estão líquidas. Há dinheiro em caixa para investir. O mesmo acontece no sistema financeiro. Há dinheiro grosso ocioso no sistema.

Desde 2008, no segundo governo Lula, medidas têm sido tomadas para induzir a transição a uma nova matriz macroeconômica.

Bancos públicos e decisões de Estado forçaram a queda dos juros (a Selic caiu 5,5 pontos em 12 meses). O câmbio ficou cerca de 14% mais competitivo.

Desonerações tributárias em valor equivalente a 1% do PIB foram autorizadas para impulsionar o investimento. 

O efeito-riqueza da farra rentista perdeu o charme. Muitas carteiras tornaram-se negativas.

Por que, então, as coisas ainda patinam a ponto de favorecer o chamamento da Folha ao pacto adversativo, a ‘reforma geral’ que incluiria “desde as condições de produção até as próprias prioridades nacionais”?

Um dos impasses consiste no fato de que o capital acostumado à liquidez rentista, associada a altas taxas de juros, recusa-se a migrar para projetos produtivos e de infraestrutura que não ofereçam vantagens líquidas equivalentes, na verdade maiores.

Há uma queda de braço no mercado.

Os capitais não querem aceitar o comando do Estado sobre os negócios propostos. 

O governo definiu taxas de retorno calculadas com base no fim da farra rentista.

O capital quer mais.

Para investir em portos, ferrovias etc cobra-se em troca um retorno superior ao do mercado financeiro atual, ademais de um plus que compense a liquidez inferior, inerente a obras de longo prazo e difícil revenda.

Estamos no olho do furacão de uma queda de braço histórica.

Os dois lados enfrentam uma contagem regressiva asfixiante. Os ponteiros do governo são ordenados pelo timing político.

A transição macroeconômica precisa ser validada em nova safra de investimentos. Ou Dilma chegará vulnerável à corrida pela reeleição.

O capital estocado nas tesourarias de bancos e empresas,por sua vez, queima como batata quente. 

Não pode dar-se ao luxo de insistir em opções de baixa rentabilidade financeira desprezando retornos –de teto superiores– colocados na pauta do desenvolvimento do país.

A teimosia tem impactos em balanços,ações e dividendos. Acionistas podem fugir. Cabeças podem rolar. A resistência à eutanásia do rentista pode redundar em fuzilamento profissional de gestores atucanados.

Até quando a sabotagem conservadora poderá resistir?

Até onde o governo Dilma pode ir para tornar os atrativos da produção inapeláveis?

Esses são os fatos que urgem e rugem por trás do editorial da Folha e de similares que devem inundar a mídia em 2013.

Não é uma queda de braços entre teimosos e cabeçudos.

Não é um problema do PT ou da Dilma.

Tem a ver com a próxima década do país. 

Com a próxima geração.

Pode ou não confirmar as possibilidades e esperanças depositadas no pré-sal. 

Pode ou não viabilizar a travessia de 40 milhões de novos consumidores em novo sujeito histórico.

O governo, o PT e as forças progressistas que pavimentaram a caminhada de 2003, até o ponto atual, precisam urgentemente repactuar as bases de sua aliança para impulsionar o passo seguinte da história.

Do contrário, a lógica conservadora terá o campo livre para agir e se materializar num poderoso pacto adversativo. 

É preciso conversar o mais rápido possível. Antes que as diferenças se transformem em distanciamento e fragmentação progressista.

Cabe ao governo Dilma a iniciativa do jogo.

Leia também:

Alex Solnik: A vanguarda popular da direita sai do armário

Tarso Genro: Judiciário é o caminho da direita para “escapar” da política

Leandro Fortes: Saudades de 1964

Alípio Freire e Beatriz Kushnir: A Folha e a ditadura

Laurindo Leal: Mídia brasileira teme que Dilma encarne Cristina

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Comentários

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Flávio Aguiar: A direita brasileira e o sadomasoquismo « Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] repouso.

Refiro-me a Uma proposta de reflexão para o PT, do amigo e governador Tarso Genro, e Pacto adversativo x Pacto progressista, do também amigo e editor, Saul […]

Prof. José Carlos

Fácil. Até que o governo retire todos os seus anúncios da revista Veja e os coloque na Carta Capital. Idem para Folha/Globo indo para o Página 13. Tudo muito democrático, companheiro.

José X.

Enquanto for sustentada pela rede Goebbels.

Gil Rocha

A Carta Capital é a revista que os
progressistas idolatram, a direita
não lê e os esquerdistas sérios não
dão a mínima…

FrancoAtirador

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A DIREITA BRASILEIRA E O SADOMASOQUISMO

Por Flávio Aguiar*, na Carta Maior

Estava eu posto em sossego, das festas colhendo o doce fruito, tendendo a voltar às lides apenas para o ano, quando dois excelentes artigos vieram arrancar-me do merecido repouso.

Refiro-me a “Uma proposta de reflexão para o PT”, do amigo e governador Tarso Genro, e “Pacto adversativo x Pacto progressista”, do também amigo e editor, Saul Leblon.

Ainda que de modos diversos, tocam ambos na mesma tecla de entrada: como pode a direita brasileira desqualificar a atual experiência democrática das administrações populares que se sucedem, notadamente no plano federal, as de Lula e Dilma?

Também deve-se incluir aí tentativas internacionais.
Primeiro foi a da The Economist, numa iniciativa digna dos tempos império-coloniais, pedindo a cabeça do ministro Guido Mantega.
Mais recentemente o Financial Times entrou na dança, montando uma ridícula farsa dialogada em que se misturam alusões toscas e grosseiras à presidenta Dilma Roussef, ao ministro Mantega, com outras a Putin e aos BRICS, a Cristina Kirchner, apenas para manifestar a indigestão que as administrações progressistas da América Latina provocam na sua linha editorial sempre alinhada com os princípios da ortodoxia neo-liberal.

Durante muito tempo a mídia ortodoxa internacional exerceu um “ruído obsequioso” em relação ao Brasil, visto como uma terra exótica de empreendimentos governamentais exóticos que “davam certo” no desconcerto universal da hegemonia neo-liberal.

Um acontecimento mudou essa situação: a vitória de François Hollande na França, destruindo a “aliança Merkozy” e introduzindo – ainda que de modo tímido – uma cunha adversa na hegemonia orotodoxa no reino da Zona do Euro.
A partir daí – de modo conjugado com a diminuição ostensiva dos lucros (e dos bônus, prebendas e sinecuras) do investimento financeiro-especulativo no Brasil, este tornou-se uma influência perigosa, que necessariamente deve ser desarticulada para impedir que se espraie acima do Mediterrâneo.
Ainda mais depois da exitosa passagem de ambos, Lula e Dilma, por Berlim (o primeiro) e Paris (ambos), articulando um seminário anti-ortodoxia com o próprio Hollande – que também deve ser desarticulado, ou nem chegar a se articular.

É nesse movimento internacional que se situam as iniciativas da nossa direita caseira, tendo sempre em vista a neutralização de qualquer exercício de soberania popular em nossa terra – iniciativa em que desde sempre se harmonizaram conservadorismo político e midiático, sobretudo desde que a Revolução de 30 e acontecimentos em torno introduziram no cenário político institucional esse “elemento” duvidoso e arriscado, o chamado “povo brasileiro”, às vezes, simplesmente “o povão”, outras vezes de modo mais preciso “os trabalhadores”.

Num ensaio brilhante, publicado em 1945, logo ao fim da Segunda Guerra (‘As raízes psicológicas do nazismo’), Anatol Rosenfeld caracteriza o universo espiritual nazista: um misto de sadomasoquismo.

De modo masoquista, o típico nazista se situava como “inferior” dentro de uma hierarquia estabelecida, tendo ao topo o Führer, ou simplesmente uma “Ordem Superior”, à qual este mesmo estaria submetido: no caso, era uma visão fanática de uma superioridade racial associada a uma missão civilizatória no estabelecimento de uma sociedade de eleitos.
Auto-eleitos, sublinhemos.
Daí, de modo sádico, o nazista típico se voltava para oprimir – negando toda a forma de humanidade – os que vê como inferiores nesta hierarquia que é, ao mesmo tempo, social, cultural, antropológica, espiritual, até religiosa.

Mutatis mutandis, pois não estamos falando de nazistas, a estrutura espiritual da(s) direita(s) hoje é análoga.

A atividade política é algo por natureza reservado a uma casta superior, os “entendidos”, aqueles que carregam consigo não mais uma superioridade racial, pois esse assunto tornou-se proibitivo, mas uma superioridade civilizatória.
No caso europeu, por exemplo, isso se manifesta em relação aos “extemporâneos” muçulmanos, norte-africanos, ou até mesmo, por parte dos que se identificam com um “norte saudável e austero”, em relação aos que estes “auto-eleitos” identificam como os “sulistas ineficientes e perdulários”.

No caso brasileiro (latino-americano, de um modo geral), os arautos dessa apologia da desigualdade se situam (inclusive e sobretudo na mídia) como portadores de uma mensagem civilizatória vinda de uma “ordem superior”, qual seja, a atual ordem capitalista imposta pela financeirização da economia e da política, e como tais, negam qualquer possibilidade de exercício de soberania democrática por parte dos que estão “abaixo” desse círculo de “auto-eleitos”.

Como aponta Tarso Genro, uma das vias para se concretizar essa negação da soberania democrática é a “judicialização” da política;
como aponta Leblon, outra via é a pura e simples negação da história.

Abrir o caminho da participação no círculo do consumo para dezenas de milhões de brasileiros que dela estavam excluídos não tem o menor significado para esse tipo de pensamento que se cristaliza em torno da “auto-eleição”.
Ou melhor, tem sim um significado: é insuportável, porque isso pode abrir-lhes o apetite para quererem mais, como diz Genro, citando Döblin, do que “pão e manteiga”.

Portanto, para esse tipo de pensamento, é necessário destruir essa experiência de soberania democrática, destruí-la institucionalmente, pela negação da política ao seu alcance, e destruí-la na memória, negando seu valor histórico ou até mesmo a sua existência, ou afirmando-a como um “anti-valor”: coisa de “demagogia”, de “compra das consciências através de favores”.
Se bem olhada, outra não foi a argumentação de Mitt Romney para justificar sua derrota em novembro.

Como Leblon e Genro, situo-me entre aqueles que olham também – com alguma apreensão – para o lodo esquerdo do tabuleiro, onde me situo.

Haverá entre nós suficiente amplitude de espírito para entender o que está em jogo?
Claro, existe uma dimensão imediata que está presente de modo imperativo: no Brasil, a eleição de 2014.
Mas não é só isto.
O que está em jogo é, depois da derrota histórica do socialismo ao final do século XX, a possibilidade ou não de reconstrução de uma alternativa que reponha na agenda política a questão da soberania democrática e popular.
Esta é a questão hoje colocada nos cinco continentes.

Com a palavra, no caso do Brasil, o governo.
Mas não só: com a palavra, também, todos nós.

*Flávio Aguiar é correspondente internacional da Carta Maior em Berlim.

http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=5915

Panino Manino

Outro dia eu estava olhando uma estante em uma escola e abri uma Veja velha ao acaso. Reparei em um artigo e não pude deixar de achar graça nele, vejam em duas imagens:[

1-
2-

Insistem de pés justos que está ruim, e na minha opinião está, mas nem consigo imaginar o caos que estaria esse país, provavelmente ele já teria se desintegrado e iniciado uma guerra civil se esses opositores ao atual governo estivesse no poder, fazendo as coisas do jeito deles.
Como disseram acima, o país cresce lentamento, o que por si só já é melhor que tantos que estão decrescendo, mas pelo menos temos certo conforto. Não tenho nenhuma situação parecida com gente perdendo casa como em outros países por exemplo.

Só sinto falta de uma campanha de responsabilidade para o próprio povo. Em muitos locais precisamos trabalhar não mais, mas melhor, e com um senso de contribuir para o país e o próximo. Isso impulsionaria para um novo nível de cidadania no futuro.

tiago carneiro

Creio que o mais correto seria: até quando o país conseguirá resistir à sabotagem conservadora.

ZePovinho

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2012/12/empresario-do-mensalao-nos-correios-e.html

Empresário do ‘mensalão’ nos Correios e no caso Valec aparece nos R$ 16 milhões do Alvaro Dias

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Agora a casa do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) caiu, e com um empurrãozinho da própria revista Veja (sem querer).

O senador é réu em um processo judicial de disputa patrimonial, movido por uma filha, reconhecida através de exames de DNA. O processo poderia ser apenas mais um entre tantos, sem maior interesse público, não fosse o valor de R$ 16 milhões em causa, pois o senador tucano declarou à Justiça Eleitoral (e ao eleitor) ter um patrimônio de R$ 1,9 milhão, na última eleição que disputou. O aparecimento desta súbita fortuna causou perplexidade à nação brasileira, que pergunta: como o senador, da noite para o dia, aparece como um dos parlamentares mais ricos do Brasil?

Detalhe: o processo não está em segredo de justiça, ao contrário do que disse o senador em seu twitter, e não é uma mera disputa familiar. É uma disputa patrimonial graúda envolvendo mais 10 réus ao lado de Alvaro Dias, e quatro deles são pessoas jurídicas.

Uma das empresas ré na causa é a “AGP Administração, Participação e Investimentos Ltda.”, de Alexandre George Pantazis, indicando que Alvaro Dias teve algum tipo de negócio com esta empresa envolvendo os R$ 16 milhões em questão.

Alexandre Pantazis é dono da empresa Dismaf – Distribuidora de Manufaturados Ltda. junto com seu irmão Basile, que era tesoureiro do PTB-DF.

A Dismaf foi objeto de uma reportagem da revista Veja (pág. 64, edição 2212 de 13/04/2011), acusando a empresa de pagar propinas ao PTB sobre contratos nos Correios, no caso que deu origem ao “mensalão” a partir da gravação feita por um araponga de Carlinhos Cachoeira, que levou Roberto Jefferson a dar a entrevista em 2005. A reportagem foi baseado na denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal. Declarada inidônea pelos Correios, a empresa não podia participar de licitações, mas ganhou uma na Valec (que constrói a ferrovia norte-sul) para fornecer trilhos. O fato foi alvo de auditoria na CGU e foi um dos motivos para demissão do ex-presidente da Valec, o Juquinha.

Só uma investigação sobre os contratos e quebra de sigilo bancário poderá esclarecer o real envolvimento do senador tucano com o dono da Dismaf, .

Agora o que vai acontecer? O Alvaro Dias e seus negócios com um dono da Dismaf será capa da próxima revista Veja?

FrancoAtirador

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O PARTIDARISMO DE MÍDIA ATRAVÉS DA MANIPULAÇÃO DA NOTÍCIA

TV GLOBO MANIPULA NOTÍCIA SOBRE CRIAÇÃO DE EMPREGOS

Por Fernando Branquinho*, na edição 726 do Observatório da Imprensa,
via Luis Nassif OnLine

Na quarta-feira (19/12), no Jornal Nacional, o gráfico atrás da apresentadora Patrícia Poeta mostrava a criação de 1,77 milhão de empregos até agora, em 2012.

Considerada a pindaíba econômica do mundo ocidental, qualquer cidadão de outro país olharia com inveja para cá.

Mas na Globo não é assim: toda notícia que venha do governo tem que ser “negativada”.

Foi o que fizeram. Este foi o texto lido pela apresentadora:

“A criação de empregos com carteira assinada, este ano, foi 23% menor do que em 2011. É o pior resultado desde 2009. Mas, isoladamente, os números de novembro mostram um aumento de quase 8% no emprego formal.”

Quem estivesse jantando nessa hora sem olhar para a TV não veria o gráfico e faria juízo sobre a informação apenas com o que estivesse ouvindo.

Desta vez mudaram a técnica: deram a notícia positiva de forma negativa, e no fim veio o “mas” positivando parcialmente os fatos.

Isso é democracia, liberdade de expressão e tudo o mais que eles dizem quando se quer acabar com o oligopólio da mídia?

O nome disso é partidarismo de mídia através de manipulação da notícia.

Paranoia? Perseguição à Globo? Coisa de esquerdista, de petista, de lulista, brizolista?

Confira aqui mais essa vergonha: (http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2012/12/criacao-de-empregos-com-carteira-tem-pior-resultado-desde-2009.html).

Agora veja a notícia por outro ângulo:

“Brasil cria 1,77 milhão de empregos com carteira assinada em 2012”.

Os dados do Caged

De janeiro a novembro deste ano, foram abertos 1.771.576 postos de trabalho com carteira assinada no Brasil, o que representa uma expansão de 4,67% no nível de emprego comparado com o final de 2011, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na quarta-feira (19/12) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Os dados de novembro, segundo o MTE, mostram continuidade à tendência de crescimento do emprego no Brasil, que registrou pela terceira vez em 2012 um saldo superior ao do ano anterior. Foram declaradas 1.624.306 admissões e 1.578.211 desligamentos no referido mês. Como resultado, o saldo do mês foi de 46.095 novos empregos com carteira assinada no Brasil, correspondentes ao crescimento de 0,12% em relação ao registrado no mês anterior.

Segundo o Caged, apresentaram desempenho positivo no mês o comércio, com 109.617 postos (1,27%), sendo o terceiro melhor saldo para o período; e serviços, com 41.538 postos (0,26%). Por outro lado, alguns setores apresentaram desempenhos negativos. A construção civil teve baixa de 41.567 postos (-1,34%), decorrente de atividades relacionadas à construção de edifícios (-15.577 postos) e construção de rodovias e ferrovias (-8.803 postos), associados a términos de contratos e a condições climáticas.

Complexo sucroalcooleiro puxa emprego para baixo

Na agricultura, houve retração de 32.733 postos (-1,98%), devido à presença de fatores sazonais negativos. A indústria de transformação teve perda de 26.110 postos (-0,31%), proveniente dos ajustes da demanda das festas do fim do ano, queda menor que a ocorrida em novembro de 2011 (-54.306 postos ou -0,65%).

O emprego cresceu em três das cinco grandes regiões, sendo a Sul, com 29.562 postos (0,41%); Sudeste, com 17.946 vagas (0,08%), e Nordeste, com 17.067 empregos (0,28%). As exceções ficaram por conta da região Centro-Oeste (-14.820 postos ou -0,50%), cuja redução deu-se ao desempenho negativo da agricultura (-9.130 postos); da construção civil (-6.393 postos) e da indústria de transformação (-5.929 postos); e da região Norte (- 3.660 postos ou -0,21%), onde a construção civil (-3.371 postos) e a indústria e transformação (-2.084 postos) foram os principais setores responsáveis pela queda no mês.

Por unidade da federação, dezesseis tiveram expansão do emprego. Os destaques foram Rio Grande do Sul (+15.759 postos ou 0,61%); Rio de Janeiro (+13.233 postos ou 0,36%); Santa Catarina: (+8.046 postos ou 0,42%); São Paulo (+7.203 postos ou 0,06%); Paraná (+5.757 postos ou 0,22%) e Bahia (+5.695 postos ou 0,34%). Os estados que demonstraram as maiores quedas no nível de emprego foram: Goiás (-8.649 postos ou -0,75%), devido, principalmente, às atividades relacionadas ao complexo sucroalcooleiro, e Mato Grosso (-5.910 postos ou -0,97%), por causa do desempenho negativo do setor agrícola (-4.798 postos)

[ver aqui: (http://www.secom.gov.br/sobre-a-secom/acoes-e-programas/comunicacao-publica/em-questao/edicoes-anteriores/dezembro-2012/boletim-1682-20.12/brasil-cria-1-77-milhao-de-empregos-com-carteira-assinada-em-2012?utm_campaign=Newsletteremquestao&utm_medium=Ministerio.Do.Trabalho.E.Emprego&utm_source=Empregos.Com.Carteira.Assinada&utm_content=191212)]

*Fernando Branquinho é jornalista, Brasília, DF

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-partidarismo-de-midia-atraves-da-manipulacao-da-noticia

    Angelo

    Muito bom!! Me permita, colocar seu comentários a piguianos que conheço.
    Obrigado.

assalariado.

Ora internautas, em que país, os donos do capital deixaram de fazer guerra de guerrilhas quando do seu afastamento, mesmo que temporario, do poder governamental? Afinal, o Estado sempre foi, e é, a muleta e o caixa dois, que as elites do capital criaram para surrupiar quando de suas crises ciclicas. Ah! mas o Estado é da sociedade. Da sociedade uma porra, respondem os proprietários do Estado e seu executivo da vez. Alguma dúvida de até quando vai esta sabotagem? Sim, isso sempre desagua em golpes de Estado.

Na verdade o que o Sr. Saul Leblon nos coloca de forma indireta, é que, os donos do capital -(sim, os mercados)-, estão ficando num beco sem saida, quanto as suas necessidades imediatas de margem de lucros. Devido a sua taxa media de lucros, estarem indo ralo abaixo. Afinal, não é esta a razão (primeira e única), dessa ideologia e do seu modo de produção capitalista? Na Europa o defunto já esta carcomido pelos bichinhos da podridão do deus mercado. Por nossa vez, as elites do capital ‘nacional’ estão divididas. Entre os das mentes colonizadas e os das mentes que se dizem nacionalistas.

Esta segunda opção politica, são os ainda defensores de que o capital deve ser reproduzido nas linhas de produção. Já os primeiros, estão na fase de que o capital deve e pode viver unica e exclusivamente do rentismo, devido a taxa de lucros na linha de produção estarem bem abaixo da ganancia requerida pela banca, por isso o boicote e a reistencia de imprestimos. Só que, tem um detalhe, a burguesia patronal ‘nacional’ já foi engolida pela globalização que, por ora, se bate afogada em suas últimas esperanças como ideologia economica e social. Será que o PIG, nos seus telejornais noturnos, vão mostrar para as massas essa luta oculta entre a burguesia industrial e a burguesia da especulação? Esta é a queda de braço!

Rumo ao Socialismo.

grilo

Mas a Dilma ainda não reconheceu o erro na escolha do Fux, assim como o Lula tb não reconhece a c* na do JB. Então ficamos num impasse, pois parece que estamos criticando aquilo que o governo esperava acontecer.

Roberly Vaz

Credo! Esse povo da imprensa escrita no papel anda com a cabeça quente devido a diminuição das assinaturas. No Folha, a participação nos fóruns(chamar aquilo de forum) é paga, Ninguém vai pagar para ler monólogos tucanos. A Globo também está com a audiência caindo, assim como outras emissoras. Fiz assinatura de uma revista do pig por 10 anos… mesmo de graça resisti, não renovei.

    Adir Tavares

    Olha, não conheço ninguém que assina ou compra jornal (impressos) ou similares, observo meus netos que não estão nem aí por essas merdas que para eles não significa nada em suas vidas, apenas observo que esse meio de comunicação não faz mais diferença, só isso. Pedala manada de babacas!!!

J.Carlos

A falsa vestal do tucanato foi pega em flagrante sonegando milhões ao IR. Este sensacional escândalo, que envolve um líder partidário, não por coincidência do PSDB, merece uma abordagem do Viomundo.

Emerson Sousa

SÓ FALTOU O: VOTE 45!

sandro

Esqueçam o PSDB, nem a direita mais atrasada deseja isso pois seria
tão catastrófico que ai sim, ela perderia de vez a chance do controle total.

ZePovinho

http://boilerdo.blogspot.com.br/2012/12/direita-prepara-golpe-na-argentina.html

Direita prepara golpe na Argentina

A ordem para gerar o caos na Argentina está sendo obedecida à risca por grupos de extrema direita aliados a delinquentes. Primeiro, foi a convocação de dois caceloraços-monstro e uma greve geral de 24 horas. Agora, eles querem semear o terror na população explodindo redes elétricas para provocar apagões e, ultimamente, assaltando supermercados e postos de gasolina.O objetivo seria desestabilizar o governo para provocar um golpe de estado à moda paraguaia. Mas o governo nacional, juntamente com os governos provinciais, controla a situação e só na província de Buenos Aires, que contorna a capital, já sobe a 500 o número de extremistas presos. O chefe da Casa Civil, Juan Abel Medina, já denunciou que o caminhoneiro Hugo Moyano, chefe da CGT, que rompeu com o governo e aliou-se aos defensores do monopólio Grupo Clarín, ameaçado de desmonte pela lai de mídia, como um dos inspiradores da manobra………………

Ao mesmo tempo, as emissoras de rádio e TV assim como os jornais do Grupo Clarín e o La Nación, o segundo maior periódico do país, noticiam os distúrbios com grande estardalhaço e às vezes incitando à violência, em franca subversão à ordem pública. O cenário se assemelha à reação dos grupos econômicos quando na Venezuela, o presidente Hugo Chávez se recusou a prorrogar a licença do Grupo RCTV e tirou do ar a televisão de maior audiência no país.

……Todos esses movimentos seriam parte de uma estratégia para inviabilizar os governos democráticos e instaurar regimes de força nos dois países, com o apoio dos parlamentos e dos judiciários. Essas conspirações são conhecidas como golpes brandos ou golpes de de terceira geração, que dispensariam a participação ostensiva dos militares, tal como ocorreu, em Honduras, em 2010, e no Paraguai, em junho deste ano de 2012.

    Bonifa

    A possibilidade da mídia de direita não controlar mais complemente os corações e as mentes dos Argentinos faz muita gente tremer de pavor. Estão dispostos a tocar fogo no país para não entregá–lo ao seu povo. Já imaginaram uma Argentina com os argentinos livres da escravidão do pensamento único e idiotizante da mídia de direita? Poderá ser em breve o maior país do mundo.

MariaC

Acho maravilhoso um texto assim pois abre mentes. E confirma que o PIG está escrevendo para desconstruir. Ou seja, nós comuns entendemos o que lemos.

Mas não devemos nos afobar tanto. Dilma tem de, ou tem que, melhorar muito e sair do escritório para ouvir as ruas. Manter contato com o povo. Não se acomodar e mostrar o rosto. Colocar pessoas sempre melhores nos postos chave. Cuidar e observar onde pode haver falsos cientistas a dedurar pequenos delitos. E evitar a todo custo os pequenos delitos de seu pessoal.

Mas não há pânico algum. Dilma vai muito bem comparado com FHC e o povão percebe e sente.

De Paula

Ontem, a Folha/UOL deu mais um de seus recados da banca rentista, aflita com o esvaziamento dos papeis: “A renda per-cápita do brasileiro, em dolares, sofreu queda acentuada em 2012”. Que ruim não é mesmo? Nossos produtos lá fora ficando mais competitivos, enquanto os carros importados atingem preços proibitivos… como é que ficam as nossas pessoas de bom gosto, com os vinhos, queijos e outros produtos natalinos das europas pela hora da morte?!!! Assim não pode; assim não dá.

Rodrigues

“Agenda progressista que ordena o país desde 2003” é um pouco pesado para um modelo que se assemelha muito ao que se convencionou chamar para além dos muros da academia de modernização conservadora!
Fora este viés, o texto traz uma reflexão interessaante sobre os ataques atuais das forças conservadoras e da grande-velha mídia ao governo Lula/Dilma.

Paulo Villas

Os empresários tomam dinheiro dos bancos públicos e depois queixam-se da ingerência do estado. Não é o caso de buscarem no mercado , nos bancos privados , os recursos que precisam para gozarem da liberdade que reclamam.

lulipe

Espero que esses “apagões” não aconteçam nas cerimônias de abertura da Copa do Mundo e das Olimpíadas.Será um fiasco sem precedentes e o Brasil não sediará mais nem jogo de palitinhos…

    Scan

    Não se preocupe: ninguém pensará em chamar o FHC pra cuidar dos disjuntores…
    Ahahahahaha!
    A turma dos sem votos, os impotentes e eunucos políticos são impagáveis.

Marcelo de Matos

Por que as investigações não vazam em Sampa? Que pergunta mais tola. Aqui tá tudo dominado. A Rede Globo foi impedida de exibir no Fantástico matéria sobre corrupção policial: “O juiz Federal Marcelo Costenaro Cavali proibiu a Globo de exibir uma reportagem no Fantástico” do último domingo (23) sobre a cobrança de propina por policiais a comerciantes da rua 25 de Março, em São Paulo. O pedido de censura partiu do advogado do delegado federal Adolpho Alexandre de Andrade Rebello, acusado de formar quadrilha, corrupção e violação de sigilo funcional. A matéria especial, que continha detalhes das negociações dos policias com os comerciantes, foi anunciada ao longo de toda a semana passada. A TV Globo informou que está avaliando medidas judiciais cabíveis contra a decisão do juiz.”

Hans Bintje

Azenha:

Quem leva a sério o que dizem os sabotadores?

Duas crônicas inglesas:

1) The Economist ( fonte: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/?p=19821 )

“A Economist – que não está na primeira divisão na mídia inglesa, tradicionalmente voltada para jornais e não para revistas – dá receitas de salvação para o mundo todo. Ninguém ouve, exceto no Brasil.

Ora, a Economist não conseguiu resolver sequer os problemas de seu país, a Inglaterra, e nem os seus próprios, aliás: vai sendo castigada intensamente pela internet sem achar respostas satisfatórias para a surra.”

2) Centro de Pesquisas Econômicas e de Negócios ( fonte: http://www.hariovaldo.com.br/site/2012/12/27/instituto-britanico-comunista-faz-previsao-hilaria/ )

“O tal CERB prevê que além de os brasileiros e outros emergentes avançarem no ranking, todos os grandes países europeus perderão postos nos próximos dez anos. Com isso, em uma década, o grupo das cinco maiores potências econômicas globais não contará com nenhum europeu. Hoje, Alemanha e França estão na lista.”

    Scan

    As exportações da Inglaterra hoje se resumem a hooligans e santinhos da Princesa Diana.
    A Inglaterra acabou em Potsdam e esqueceram de avisar o Attlee e o Bevin… A despeito de serem um quintal americano, até hoje acham que são uma potência.

Hélio Pereira

A idéia dos Bicudos é dividir a Base Progressista,para voltar ao Poder e retirar dos mais pobres o Direito a uma vida melhor.

Carlos Lima

A FOLHA até para seus pares não é levado a sério, seus pares porque a FOLHA em meu ponto de vista não é mais um veículo noticioso e um congresso nacional paralelo, constituído pelo que o povo desaprovou e derrotou. A folha lança um editorial na quarta, más no fim de semana antecedido o André Lara, constipa o neo-liberalismo na classe, então como levar a sério quem escreve por escrever e que tém tão poucos leitores para influenciar, e no mais seus leitores ultimamente são verdadeiros zumbis políticos, pois não sabém que cartilha seguir, embora não devamos nos descuidar e nem desmerecer a caserna, esta sim pode pedir alguns carros emprestados para prender quem não goste de textos tão ruins. Ultimamente alguns tipos de jornais, mais parecem moças que namoram com um, gostam de outro e se casam com outro, porém se separam e ficam solteiras pro resto da vida. A FOLHA está solteira, só fazendo sexo sem compromisso, mais doidinha para ficar grávida das tetas novamente.

RicardãoCarioca

Parece que quem mais leva a sério essas balelas do PiG são os progressistas, porque o povão – a maioria – já sacou a militância tucana dos jornalões que se comportam como folhetim partidário da direita conservadora.

abolicionista

Texto excelente, deveria ser publicado ao lado do editorial da Folha, como as fotos do ministério da saúde no verso dos maços de cigarro… O capital financeiro está em guerra com o governo Dilma. O capital financeiro é como um buraco negro, ele não se cansa de devorar recursos, ele nunca está saciado. Não deixemos que aconteça aqui o que ocorreu nos EUA e na Europa. Canga neles, Dilma!

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