Antônio de Souza: Marina não respeita mortos e cria o “enterromício”

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Fotos extraídas do Conversa Afiada

Marina não respeita os mortos e cria o enterromício

por Antônio de Souza, especial para o Viomundo 

A morte é a única certeza em nossa vida. Por isso, todas as convicções religiosas cultuam os seus ancestrais e guardam a sua memória. O enterro é o grande momento da solidariedade em que um olhar, um gesto carinhoso ou um abraço falam mais que mil palavras, eles exprimem  “estou com você e pode contar comigo”.

O compartilhamento da dor pela perda do ente querido impõe a reflexão sobre o que é viver e como vivemos, por isso a morte é muita dura e exige o apoio de outros seres humanos para continuarmos vivendo.

Mas por que fazemos um culto para enterrar ou incinerar os corpos humanos já sem vida?

Bem, esta resposta pode ser encontrada na trágica experiência dos nossos “desaparecidos” na ditadura militar, visto que até hoje famílias lutam para enterrar os seus mortos. Esta famílias lutam para fechar esta ferida dolorida do passado e, com isto, ter força para continuar a viver.

Durante o enterro do ex-governador de Pernambuco e candidato à presidência, Eduardo Campos, sua família enalteceu a sua memória e a tristeza era visível no rosto de muitas pessoas. No entanto, enquanto Lula chorava aos prantos, a candidata Marina Silva apenas sorria e, pior, tirou selfie ao lado do caixão.

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Marina participou das pastorais populares da Igreja Católica Romana e depois se tornou evangélica. Em qualquer uma destas vertentes religiosas, o enterro é algo de tom sério e respeitoso e momento de “sofrer junto” ou “viver a dor que o outro está vivendo”.

A Rede e o PSB fizeram uma reunião para discutir o enterro e o que vimos foi lamentável:  caminhão de som cantando jingle de campanha, bandeiras do partido, material de candidato e, por fim, o grande final: palavras de ordem contra a presidenta Dilma e favorável a Marina. Ou seja, transformaram um enterro é um “enterromício”, num total desrespeito à religião e ao ser humano.

No enterro de Ariano Suassuna, Dilma já havia sido vaiada e hostilizada por uma claque e, novamente, isso se repetiu no velório de Eduardo Campos. Mas como afirma Aloysio Nunes no Estadão: “Vaiar em velório é ruim”…

A pergunta que fica é por que Marina não impediu essas pessoas que não sabem respeitar a dor das pessoas?

Quero falar com todas as letras: uma pessoa religiosa jamais usa um cadáver para fazer política eleitoral. Isso é abjeto e antiético. Mas talvez neste teatrinho de Marina ela, sem querer, mostrou a sua real face, maquiavélica, que  passa por cima da ética e do respeito ao ser humano para conseguir seus objetivos políticos. Se é assim a nova política começou muito mal. Imagina isso no poder?

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