Mãe de Hideki: Ter de agachar, nua, para ser revistada é inadmissível

Tempo de leitura: 3 min

Helena Harano (1)

Mãe de Fábio Hideki passa por revista vexatória em presídio

Nesta quarta, 23, completa um mês que o estudante e funcionário da USP foi preso

por Lúcia Rodrigues, especial para o Viomundo

A dona de casa Helena Harano, 54, mãe do estudante e funcionário da USP, Fábio Hideki Harano, foi submetida ao constrangimento da revista vexatória para visitar o filho no presídio de segurança máxima de Tremembé, no interior do Estado de São Paulo.

“É vexatório, é vexatório… O fato de a gente ficar nua é uma coisa, mas ter de agachar, por ser mulher, para dizer que eu não estou transportando nada dentro do meu órgão genital, nos dias de hoje é inadmissível. Eu me sinto agredida com isso”, desabafa.

Ela explica como o procedimento ocorre. “Tem um local que a gente segura, apoia o corpo e agacha três vezes de frente e três vezes de costas.”

No último sábado, 19, ela foi a Tremembé, mas cedeu a vez para o marido visitar o filho. No presídio, as visitas são permitidas aos sábados e apenas duas pessoas podem entrar. A mãe de Fábio já passou pelo constrangimento da revista, duas vezes. Visitou o jovem nos dias 5 e 12 de julho, acompanhada pelo outro filho, Alexandre.

Helena conversou com a reportagem de Viomundo ao final do ato por liberdades democráticas, que ocorreu na Câmara Municipal de São Paulo, na última sexta-feira, 18. “Meu filho é inocente, liberdade para Hideki”, dizia o cartaz levantado por ela, ao final de sua intervenção na manifestação.

A dona de casa agradeceu o apoio e a solidariedade das pessoas que lotaram o auditório da Câmara e negou mais uma vez que o filho exerça qualquer liderança nas manifestações. “Ele não é líder de nenhum movimento. Afirmo isso com toda a convicção”, frisa.

Enquanto conversava com a reportagem, ela foi saudada pelo juiz e professor da Faculdade de Direito da USP, Jorge Souto Maior. “Ah foi o senhor que assinou (o manifesto) em favor do Fábio”, agradeceu satisfeita o apoio recebido do magistrado.

Ela conta que as várias manifestações de solidariedade e os comentários a respeito do filho são a prova de que ele é inocente.

“Todo mundo que conhece o Fábio, diz que ele é pacifico. Acho que é um bode expiatório. Tenho a certeza da integridade do meu filho. Ele não é uma pessoa agressiva. Ele luta, sim, pelos ideais dele, mas não é líder do movimento black bloc. O Fábio sempre se manifestou de maneira pacifica em todas as manifestações de que participou. As pessoas que participaram das manifestações com ele, têm reafirmado essa passividade”, ressalta.

“Estou muito indignada com o que está acontecendo com ele. Há muitos anos o Fábio participa de manifestações e em todas é de maneira pacífica. Ele participa da Marcha da Maconha e não é usuário. Esteve em Pinheirinho. Participou de manifestações para que a linha do Vila Gomes (ônibus que liga a zona sul ao Butantã) não fosse extinta. O ato de manifestação é livre, é direito de cada individuo, eu não vejo sentido de ele ser punido. Manifestar não é crime”, enfatiza.

Nesta quarta, 23, completa um mês da prisão de Fábio. Apesar de tudo, Helena está confiante de que o filho será colocado em liberdade em breve. “Eu acredito piamente que ele vai ser libertado o mais rápido possível. Eu creio que a visita do (último) sábado será a última. Porque eu não quero que isso vire uma rotina pra gente. Porque é muito desgastante.”

Ela explica a dificuldade que tem encontrado para fazer chegar as coisas mais triviais até Fábio. “Por exemplo, o desodorante que eu comprei na semana passada foi recusado, porque a embalagem precisa ser obrigatoriamente transparente e sem álcool”, comenta chateada.

“Tremembé foi uma mudança radical para gente. Lá tem várias regras a seguir, tem várias restrições para se fazer a visita. Tudo isso causou um desgaste emocional para todos nós”, completa.

Na última quinta, 17, Helena teve de passar por outro constrangimento quando estava no apartamento de Fábio.

“Era por volta de umas duas horas da tarde, quando tocou o interfone e a campainha ao mesmo tempo. Era o pessoal da promotoria a procura do notebook dele. É a primeira vez que eu passo por essa situação, então é muito chocante. Eles entraram, agiram de maneira educada, não houve agressão, vieram à procura de papéis anotações, do notebook” afirma ao dizer que se sentiu invadida.

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Comentários

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Urbano

Deve ser pura canalhice, pois não é possível que não haja algum meio tecnológico para que se faça tal inspeção.

Rui Azevedo

“Todo mundo que conhece o Fábio, diz que ele é pacifico”. Os rapazes que mataram o cinegrafista da BAND também eram pacíficos. Conheço muita gente pacífica que quando bebe vira piloto de fórmula um; que quando, em manifestações, se junta a meia dúzia vira terrorista/depredador!

Aline C. Pavia

Descobriram a pólvora das revistas vexatórias e humilhantes em todos os presídios de SP o que ocorre há décadas. Mas o Alckmin já falou que vai vetar o projeto de lei que pede o fim disso. Segundo ele, scanner custa 500 mil reais e é muito caro pra colocar em todos os presídios. Obviamente que drogas e celulares continuam entrando nos presídios a rodo. A corda arrebenta do lado mais fraco. E chamam a cama de alvenaria e o chuveiro de água fria do Genoino de “regalia”.

Leo V

http://ponte.org/a-engrenagem-das-prisoes-em-massa/

A engrenagem das prisões em massa. O caso Hideki
Bruno Paes Manso — 22/07/14
Como produzimos provas para condenar tanta gente?

encarceramento1Já foi dito que as perguntas certeiras são o ponto de partida para boas reportagens e pesquisas. Concordo e já coloco uma questão que há tempos me intriga: como São Paulo (e o Brasil) consegue mandar tanta gente para a prisão se possui uma polícia civil com sérias dificuldades para investigar? Já somos o terceiro País do mundo no ranking de pessoas presas, sendo que nas prisões paulistas há um terço do total de presos nacionais. Como produzimos provas para condenar tanta gente?

As respostas ajudam a decifrar como funcionam as engrenagens dessa fábrica de aprisionamento em massa que estamos construindo em São Paulo e no Brasil. O caso das prisões de Fábio Hideki e de Rafael Marques, detidos sob a acusação de prática de crimes durante os protestos em São Paulo, servem para mostrar a lógica desse mecanismo.

Os dois foram presos no dia 23 de junho numa manifestação na Avenida Paulista durante a Copa do Mundo. A Secretaria de Segurança Pública paulista defendeu a legitimidade das prisões afirmando ter provas de que eles portavam explosivos. Diversas testemunhas afirmaram, no entanto, que o flagrante foi forjado, incluindo o padre Julio Lancelotti, vigário do Povo da Rua, que estava ao lado dos jovens quando eles foram detidos. A SSP rebate e diz que o Ministério Público acompanha de perto as investigações e que os promotores denunciaram Hideki e Marques à Justiça.

hidekiNa semanas que se seguiram às prisões, campanhas foram feitas para que os dois fossem soltos, entidades contestaram a legitimidade da ação, o diretor da Politécnica da USP escreveu carta aberta, mil origamis de tsurus (pássaro da sorte) foram confeccionados para libertá-lo, houve manifestações em São Paulo, Guarulhos e Rio, juristas e juízes democráticos reclamaram, funcionários da USP marcharam, uma página no Facebook foi criada e recebeu mais de 6 mil curtidas, além de inúmeros memes que se espalharam pelas redes sociais.

Mesmo com a pressão legítima, baseada em depoimentos e vídeos que contestavam a credibilidade das ações da segurança pública e as decisões da Justiça, nossas instituições não se deram o trabalho de apresentar as supostas provas ou de justificar seus atos de força. Como se não se sentissem obrigadas a prestar contas de seus atos aos cidadãos que pagam suas contas. Talvez porque se sentem intocáveis. Porque acham que somos todos cegos, que não enxergamos os erros que eles cometem.

Mas já é possível juntar as peças. A figura do quebra-cabeças está ficando cada vez mais visível. A prisão de Hideki e de Marques é apenas a ponta de um profundo iceberg do frágil mecanismo de encarceramento de pobres moradores das periferias. Hideki e Marques foram exceção à regra.

Sem estrutura para realizar investigações competentes, o sistema de Justiça vem condenando faz tempo com base em frágeis evidências. Essa foi uma das principais conclusões da pesquisa feita por Maria Gorete Marques do Núcleo de Estudos da Violência (USP) sobre a aplicação da Lei de Drogas em São Paulo. Boa parte do crescimento do total de presos decorre do aumento da prisão de pequenos traficantes.

Em 2006, havia cerca de 17 mil presos por tráfico. Cinco anos depois, já era 52 mil. Conforme a pesquisa, quase nove entre cada dez prisões feitas no Estado foram ocorrências em flagrante, quando a maioria estava circulando na rua. A maioria (52%) não tinha antecedentes em sua ficha criminal e eram negros e pardos (59%). Na primeira etapa do processo de aprisionamento em massa, a polícia vê um negro em atitude suspeita andando na rua. Ele é abordado e preso em flagrante.

No Judiciário, o depoimento do policial militar que prendeu o suspeito acaba sendo sobrevalorizado. O que ele fala é considerado verdade, mesmo quando a vítima acusa o flagrante de ser forjado. Isso ocorre porque são depoimentos que gozam de fé pública, termo que define juridicamente os documentos e testemunhos que são dados por autoridades públicas no exercício de sua função. São presumivelmente considerados verdadeiros, o que acaba dispensando a necessidade de provas robustas para a condenação.

Na prática, isso significa que, depois de acusado pelo policial, o suspeito passa a ter que provar a sua inocência. As provas materiais do crime ou outros testemunhos de acusação acabam sendo meros complementos em muitos processos. O que não impede o promotor de acusar e o juiz de condenarem o réu. Na pesquisa do NEV-USP, as autoridades explicaram que a gravidade do crime justificaria a decisão de condenar com base em depoimentos de PMs e em provas frágeis.

Não foi o caso do crime Hideki e Marques. Não eram graves. Eles eram meros bodes expiatórios para que a segurança pública e o judiciário dessem uma resposta aos protestos durante a Copa do Mundo. Eles são black blocs? Só dando risada. Acompanhei o movimento e sei sobre os dois presos. Essa afirmação é ridícula. Mas qual é o ponto nevrálgico da questão? Depois de anos e anos prendendo e condenando por nada, nosso sistema já estava acostumado a engolir acusações mal feitas. Qual o problema em condenar mais dois sem que haja provas?

Será que eu estou sendo injusto com nosso sistema de segurança e de Justiça? Há apenas dois meses, eu me deparei com um caso emblemático que foi publicado neste blog em maio. Foi a história de José, um jovem negro de 17 anos que estava em seu apartamento num sábado à noite. A PM perseguia quatro assaltantes de carro pelas ruas. O grupo bateu em um poste durante a fuga, mas tiveram tempo de descer do carro e correr dos policiais. Os PMs acharam que um dos jovens havia subido em um edifício que ficava perto do local da batida. Era onde José morava. Falaram com o porteiro, invadiram o apartamento do garoto às 2 horas da manhã e o prenderam.

José tinha provas de que havia saído de casa somente para fumar no portão. As imagens das 19 câmeras do edifício eram claras. Batom na cueca. Mesmo assim, José continuou preso. O promotor pediu sua condenação e o juiz bateu o martelo. No processo, sobre as imagens que provavam a inocência do acusado, foi afirmado que o “condomínio não tinha fé pública”. O testemunho dos policiais foi suficiente para prendê-lo e condená-lo. As imagens de nada adiantaram. José foi solto apenas depois que a reportagem mostrou neste blog as provas de sua inocência. A Justiça foi forçada a soltá-lo no mesmo dia.

A sociedade merece respostas sobre o flagrante e as provas contra Hideki e Marques. As polícias demandam reformas urgentes. O Estado pode nos tirar os olhos, mas isso não significa que estamos cegos. Segue abaixo, aliás, o belo vídeo feito pela Ponte sobre Alex e Sérgio, fotógrafos baleados durante manifestações.

Leo V

“Excelente entrevista da Eloisa Samy à Raquel Boechat, há TRÊS MESES. Eloisa antevia não apenas as prisões, como o método de criminalização de manifestantes e advogados/as, particularmente: factoides gerados pelo jornalismo de quinta seriam usados como indícios. Ao cercear a ação de advogados e advogadas, busca-se garantir que o direito de defesa dos ativistas seja suspenso, também. Vale muito a pena assistir. É o desenho do Estado de exceção.” (Vera Rodrigues)

https://www.youtube.com/watch?v=5jLEA8QuRkA&app=desktop

    Fernando Garcia

    Olá Leo, obrigado por divulgar o vídeo. Irei assisti-lo.

    Sobre o que ocorre no Rio, tenho muitas dúvidas sinceras. É seu entendimento que, a exemplo com o que ocorre com o Fábio, as provas no Rio também foram forjadas?

    No mais, quero dizer que discordo do seu comentário acima quando você escreve que tem vídeo mostrando um PM (infiltrado) atirando Molotov no choque. Dentre os vídeos que assisti (manifestação no RJ), ví um que constroi uma narrativa nessa direção mas, sendo rigoroso, não posso concordar que ele prova alguma coisa.

    Não duvido que ocorra, só digo que o que vi até agora não prova nada.

    Ano passado fui testemunha do choque quebrando vidros de carros particulares (e sempre pode-se dizer que o vidro estava rachado…), mas nada do nível de lançar molotovs.

    Leo V

    Olá Fernando,

    Não sei se estamos falando do mesmo video. O que eu vi me pareceu convincente. 100% de acerto, não. Mas havia muitas semelhanças nas imagens.

    Eu acho difícil comparar o caso do Fabio, ou do Rafael em São Paulo com os do Rio. Estão no mesmo bojo de criminalização de manifestações manifestantes e de redução do espaço de liberdade na sociedade. Estão dentro de uma mesma política que é articulada nacionalmente. Porém o Fabio e o Rafael em São Paulo não faziam parte de nenhum organização, eram meras pessoas que iam à manifestações, e foram presos com flagrantes forjados.
    No Rio eram militantes bem ativos que faziam parte de organizações políticas, exceção da advogada e da Sininho, pelo que sei. O inquérito que levou às prisões é que é que não se sustenta em pé, pelo que vemos pelos vazamentos da Globo, se precisássemos ainda disso. São militantes de organizações políticas, e estão transformando eles numa Al Qaeda. Numa Al Qaeda sem atentado!
    Enfim, prisões e processos totalmente políticos, como se fez com centenas ou milhares de pessoas na Italia nos anos 70, só para citar um exemplo.

Sergio Santos

Pessoal, não se pode comparar o regime que vivemos hoje com aquele da ditadura militar. Os mais jovens não têm ideia do que foram aqueles anos, nos quais uma simples queixa da falta de açúcar na fila da padaria poderia resultar num “desaparecimento” político. A situação descrita é vexatória, mas os jovens devem ter cuidado ao aderir a manifestações que se utilizam de práticas violentas (como o uso de coquetel molotov) para impedir maiores problemas para si e sua família. O braço do Estado é pesado e nem sempre tem boa pontaria.

    Leo V

    quando foi atirado molotov em polícia?

    Mas ok, quando um movimento incomoda muito, há o ataque de bandeira trocada, velha tática de guerra. Inclusive o único molotov que se tem filmado de junho de 2013 foi de um policial infiltrado jogando na própria tropa. Tá no youtube pra todo mundo ver.

    A questão é: tem coisas agora que estão piores que na ditadura. Até na ditadura se respeitava advogado e não se prendia ou processava ele por organização criminosa quando defendia “subversivos” ou “terroristas”. Agora os próprios advogados são enquadrados no crime de organização criminosa. Certamente desde o final da década de 70 não vivemos uma situação de estado de exceção e suspensão de direitos tao generalizado, articulado e ampliado.

    Alexandre Bitencourt

    ” … A questão é: tem coisas agora que estão piores que na ditadura. Até na ditadura se respeitava advogado … ”

    Volta a estudar a ditadura de novo! Na ditadura as pessoas sumiam, eram sequestradas, se sobrevivessem a sessão de tortura, com sorte teriam direito a um processo e consequentemente um advogado.

Leo V

Negado Habeas Corpus a Fabio Hideki

Se alguém quer saber por que uma advogada defensora de Direitos Humanos pediu asilo político ontem no Consulado do Uruguai. Presos políticos tem negado habeas corpus, mesmo com prisões ilegais, filmadas e no youtube e com testemunhas, residência fixa etc. etc.

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/07/justica-nega-habeas-corpus-estudante-preso-em-ato-contra-copa.html

Véio Zuza

É humilhante e vexatório, sim; mas tem uma solução simples, o Estado de SP é rico. É só criar um “parlatório”, com divisório de vidro blindado, como nos States… a visita não tem contato com o preso, logo não pode passar nada…

Marilda P Godoi

Ter a dor de saber que o filho está preso já é grande, imagine só este tipo de revista, numa mãe machucada pelo constrangimento e pelo desrespeito. O aeroporto não tem um sistema que aparece o que temos dentro das bolsas, usem para as pessoas dignas que têm que passar por isso.

Marcelo

Se a visita fosse realizada através de vidro blindado a revista seria desnecessária. No Brasil os presos não tem seus direitos básicos respeitados, mas ao mesmo tempo tem privilégios absurdos como a visita íntima. É preciso se criar normas claras para o tratamento dos presos,determinando seus direitos e deveres, de preferência baseada o bom senso.

Ricardo Rodrigues

Pessoa de bem e mãe atualmente triste, amiga minha cujo filho se encontra encarcerado por acusação de tráfico passa pelo mesmo. Ela e outras tantas outras mães pobres da periferia e sem dinheiro para pagar advogado ou coisa que o valha passam por esta humilhação todas as vezes que vão vizitar seus parentes. Esses procedimentos nefastos acontecem desde sempre neste país.

Interessante que isso só é motivo de reportagem e causa indignação na “!intelectualidade” quando uma mãe de classe média passa por este mesmo constragimento e agressão estúpida.

Bando de hipócritas.

    Edgar Rocha

    plac, plac, plac…

    Me desculpe a mãe do Hideki, mas, se é pra fazer uma matéria sobre o assunto, deviam ficar na porta de uma penitenciária e entrevistar as mulheres que vão lá cumprir esta rotina há anos. De preferência fazendo matéria completa sobre o assunto. Tanta gente passa por isso e não tem uma única manifestação ‘contra tudo que tá aí’ na porta da Secretaria de Segurança, exigindo mudança neste regime.

    Colega, esquece esta classe média. Eles só lembram das questões sérias quando o problema é com eles, mesmo. Estão nem aí pra questão carcerária, pra corrupção policial, pra violência do tráfico… Rotina: enquanto escrevia isto, acabei de ouvir uma rajada de bala aqui perto. Hojé tá um silêncio… nem um usuário na rua, botecos fechados há alguns dias… Tá rolando um cata por aqui em Itaquera. Depois da Copa. Renovação de plantel. Acontece em toda eleição. É pra ganhar voto, mostrando serviço (há!). Cangaço. Algum intelectual da USP sabe o que isto significa? Acho que não.

    Leo V

    Eu acho que a hipocrisia é sua. Pois aqui mesmo no Viomundo já foi publicada reportagem sobre revistas vexatórias.

Fernando

O criminoso é o filho, não a mãe.

Ela não merece passar por isso.

    FrancoAtirador

    .
    .
    E há os Criminosos, Filhos da …. Mãe,

    que acusam, sem provas, os filhos

    inocentes das inocentes mães.
    .
    .

Ivo

A geração pós ditadura ta tomando posse nos concursos, inclusive nos de segurança pública…essa galera não tem memória….geração Y foi criada pra ser servida, não para servir…vocês acham que vão se importar com a dignidade de uma senhora? E a dilma que foi torturada e permite comportamentos de exceção contra qualquer cidadão que faça oposição…não existe cidadania no Brasil….políticos são pessoas mediocres, sem capacidade de trabalhar e com uma grande ambição por dinheiro e poder, essa é a lição….

    edir

    O governo federal näo pode e näo deve interferir nem nsa gestäo de governo de estado, na plocia que é estadual e nem na justica. O povo é que tem de ir para as ruas e cobrar do governador do seu estado mais transparencia, uma policia mais preparada e cobrar da justica mais justica.

    De Lucca DF

    Parem com essa ladainha de que tudo que acontece de ruim é culpa da Dilma!Cobrem dos dirigentes do seu estado o cumprimento da Lei!

Jader

Minha mãe nunca teve que passar por esse tipo de constrangimento. Será que é pelo fato de eu nunca ter sido preso? Sei lá…

    andré rosa

    o fato de vc não ter sido preso não torna menos criminoso esse seu comentário cínico, vil, canalha, burro, preconceituoso, fascista, como sói de ser a gente da tua laia. porco covarde.

    Augusto

    Pois olha, a minha mãe, falecida, conincidentemente nunca teve esse dissabor, presumo que é pelo fato de eu nunca ter sido preso. Logicamente que a mãe de bem fica totalmente constrangida pela situação, as ela deviria dizer ao filho preso que essa situação é por que ele está preso. E a polícia não prende ninguem de graça.

    Leo V

    Augusto disse “a polícia não prende ninguém de graça”.

    Concordo contigo, ela só prende se for pobre, preto ou estiver lutando por direitos coletivos.

    É como na ditadura, o tal “cidadão de bem”, isto é, a vaca de presépio que não reclama de nada, que se deixa tosquiar à vontade, e que é de classe média para cima, nunca será preso.

Adriany

Se está preso, existem provas. Nenhum juiz seria louco o bastante para prender um professor universitário sem provas. E protesto pacífico não existe há algum tempo. Deve ser difícil para uma mãe, mas sou mãe também e a primeira frase que disse a minha filha, quando seu Facebook explodiu de mensagens convite para participar de protesto foi: Cuidado, para toda ação há uma reação…não descumpra a lei…respeite as autoridades constituídas…você é maior de idade, e responderá pelos seus atos…Ela foi a primeira vez, e não foi mais.

    Leo V

    Em que mundo vc vive?
    Preso político, já ouviu falar?

    Que provas são então que nem advogado de defesa tem acesso? E prova de qual crime?

    Ele não é professor universitário, mas funcionário da USP.

    Juiz não é louco, age por interesse de classe.

FrancoAtirador

.
.
E causa constrangimento em saber

que esse tipo de assédio imoral

ainda vige no Estado Brasileiro.
.
.

Nelson Menezes

Sou petista desde criancinha,participei de diverças manifestações,mas nunca usei mascaras porque quem às usa pra mim e bandido.

    Carlos

    pergunta pra dilma se alguma vez ela teve que disfarçar a identidade dela para fazer a luta política que achou necessária.

    Paulo Figueira

    Dilma e todos que faziam militância naqueles anos enfrentavam uma ditadura militar

    Leo V

    Nem vc nem o preso político Fabio Hideki usou alguma vez máscara em protestos.

    E são exatamente aqueles que não usavam máscara que são presos políticos hoje. Por que será né?

    Se informa antes de falar inverdades sobre pessoas que além de tudo estão encarceradas sob o peso de um estado de exceção. É o mínimo de dignidade não falar mentiras sobre quem está preso, sofrendo um processo político, sem sequer poder se defender pessoalmente do que dizes.

    edir

    Enquanto isso, o ex-governador que construiu um aeroporto por 13 milhöes de reais para uso próprio, está livre leve e solto fazendo campanha para presidente da república.

LHenrique

Enquanto isso o marginal que traficava mais de 400 kg de morte em pó no helicóptero está solto. A coisa está bem estranha…

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