Giba Nascimento: Esquema de propinas no Uruguai é conhecido desde 2009
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Mosaico Político
Como começou o caso Siemens
por Gilberto Nascimento, 08/08/13, no Brasil Econômico
As informações e os documentos mostrados anteontem pela TV Globo e o jornal O Estado de S.Paulo sobre o esquema montado em paraísos fiscais para trazer ao Brasil o dinheiro de propina da Siemens já haviam sido divulgados, em 2009, em uma reportagem da revista CartaCapital.
Naquele momento, uma importante testemunha desvendava os caminhos sinuosos de um suposto propinoduto internacional, comandado pelas multinacionais Alstom, francesa, e Siemens, alemã.
A partir do relato da fonte anônima, a reportagem mostrou a participação no esquema dos lobistas Arthur Gomes Teixeira e Sergio Meira Teixeira, dono das empresas Procint Projetos e Consultoria Internacional e Constech Assessoria e Consultoria Internacional. Elas eram responsáveis por duas offshore no Uruguai.
As empresas sediadas no Uruguai eram a Leraway Consulting S/A e a Gantown Consulting S/A. O dinheiro da “caixinha”, segundo o informante, era enviado para as empresas uruguaias e daí seguia para a Procint e Constech.
A mesma testemunha entregou ao Ministério Público Federal dois contratos da Siemens (em nome da matriz na Alemanha e da filial brasileira) com as offshore uruguaias, conforme dizia a reportagem.
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Após a divulgação dessas informações, o Ministério Público paulista começou a investigar o caso. A bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo afirma ter enviado 15 representações ao MP. Até agora, nenhuma teve conclusão e 13 estão sob sigilo.
A Siemens já era investigada na Alemanha por causa de pagamentos suspeitos num total de US$ 2 bilhões. E foram feitas investigações pela própria empresa.
O caminho das pedras
O informante, que acompanhou contratos com o governo de São Paulo, enviou um documento com denúncias de pagamento de propina, em 2008, a um escritório alemão que atuava como espécie de ouvidoria da Siemens.
Em nome de Covas
A família Covas está preocupada com o envolvimento do nome do governador Mário Covas (morto em 2001) no caso Siemens. O vereador Mário Covas Neto (PSDB) disse que não vai tolerar que a reputação de seu pai “seja posta em dúvida”.
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