
Da Redação
Nossos leitores tem denunciado com frequência a violência verbal e física sofrida por petistas durante a campanha eleitoral de 2014. Ela se repete nas manifestações da extrema-direita, que tem acesso aos grandes meios de comunicação.
Basta lembrar que os dois organizadores da passeata que pediu o impeachment de Dilma foram convidados a um programa em rede nacional, durante o qual propagandearam sua causa — o mesmo em que o mentiroso Roger, que trabalha numa empresa que recebeu R$ 1,6 bi em dinheiro público do governo federal, disse que o Viomundo, que recebe R$ 0,0, é bancado pelo governo federal!
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Os colunistas de direita e de extrema-direita dominam completamente a mídia brasileira, onde Janio de Freitas e Ricardo Melo são a exceção da exceção. Tirando Heródoto Barbeiro, na Record News, não há gente que apresente notícias com viés de esquerda na TV. Basta ouvir as emissoras mais poderosas do país, muitas transmitidas em rede, para constatar o domínio dos direitistas também no rádio.
De nossa parte, não temos qualquer dúvida de que a matriz da violência verbal que campeia nas redes sociais está na mídia corporativa. Ela acaba fornecendo o combustível para os movimentos neofascistas que emergem durante as grandes crises do capitalismo.
Não há como dissociar uma coisa da outra. Querem um único exemplo? Em editorial, hoje, o Estadão escreve que o PT tem “vocação de notórios larápios”, ou seja, é corrompido e corrompe “para ajeitar as coisas”. Condutas individuais são atribuídas ao partido como um todo, com o mero intuito de criminalizá-lo como instituição. Mas, e a corrupção das empreiteiras? Dos bancos? Das incorporadoras? Da própria mídia? Esta o Estadão não vê. Não que justifique a eventual corrupção de petistas, mas está claro que o linguajar dá o PT como um caso perdido. Justifica a eliminação do partido.
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Que esta violência verbal presente na mídia se transforme em violência física é apenas questão de tempo. Ela é a causadora de uma indignação cega, irracional, que podemos ver nas manifestações da extrema-direita. Convida à ação contra os “petralhas”, ao identificar a origem deles — o PT — como uma coleção de larápios. Sabemos que um herdeiro dos donos do Estadão compareceu a uma das manifestações da extrema-direita.
De qualquer maneira, é uma vergonha que um jornal como o Estadão tenha entrado nessa:

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