
NOTA DE REPÚDIO – ABRASCO E CEBES
A Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco e o Centro Brasileiro de Estudos da Saúde – Cebes vêm a público repudiar os sinais de retrocesso na política brasileira de enfrentamento da epidemia da aids.
Os sucessivos vetos do Ministério da Saúde a campanhas de prevenção dirigidas a populações mais expostas à infecção pelo HIV e a recente exoneração do Diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Dirceu Greco, em função de ações voltadas às profissionais do sexo, vão em direção oposta às evidências técnicas e científicas de promoção da saúde e à construção histórica coletiva da resposta brasileira à aids.
A decisão do governo de atender os pleitos de setores conservadores e religiosos não pode violar o Estado laico nem impor prejuízos às políticas de saúde pública acertadamente baseadas na promoção dos direitos humanos, no combate ao estigma e ao preconceito, e na redução da exclusão social das populações e grupos mais vulneráveis.
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NOTA DO PROGRA ESTADUAL DE AIDS DE SÃO PAULO
A Coordenação do Programa Estadual DST/Aids de São Paulo, vinculada a Secretaria de Estado da Saúde, considera essencial a realização e veiculação de campanhas adequadas de prevenção as DST/Aids voltadas a populações mais vulneráveis, entre elas as profissionais do sexo. Esta população apresenta alta prevalência (6%) de infecção pelo HIV, comparada a população geral (0.56%).
A promoção da autoestima e dos direitos de profissionais do sexo, assim como de todas as populaçōes mais vulneráveis, faz parte da estratégia brasileira de prevenção das DSTs e do HIV/aids. Defendemos políticas públicas pautadas na ética, na promoção da saúde e da cidadania, independentemente de raça, credo, orientação sexual ou escolhas profissionais. Somos uma instituição comprometida com os direitos humanos e os princípios do Sistema Único de Saúde.
Dra. Maria Clara Gianna
Coordenação Estadual DST Aids-SP
Secretaria de Estado da Saúde
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