A batalha dos sem teto por moradias populares; veja a galeria de fotos

Tempo de leitura: 2 min

Clique na foto para ver a galeria de imagens no Flickr

SP: sem-teto passam a noite acampados na frente da Câmara Municipal

25/06/2014

Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil

Edição: Nádia Franco

Cerca de 500 sem-teto, segundo números do próprio Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), acamparam na noite passada (24) na frente da Câmara Municipal de São Paulo, no centro da capital.

Segundo Zezito Alves, um dos líderes do MTST, os sem-teto pretendem continuar acampados até que seja votado o Plano Diretor de São Paulo, que define o planejamento urbano da cidade para os próximos 16 anos. Os sem-teto reivindicam a aprovação imediata do plano, que inclui áreas da cidade já ocupadas pelo MTST, como zonas especiais de Interesse Social (Zeis), destinadas a moradias populares.

Várias barracas estão instaladas na frente da Câmara Municipal. O acampamento fecha uma das vias da Avenida São Luís. Zezito Alves disse que cerca de 500 pessoas dormiram no acampamento. “Foi uma noite fria, mas estamos preparados para ficar até a votação do Plano Diretor”, destacou Alves, em entrevista à Agência Brasil. “Dormimos aqui, fizemos a janta, o café da manhã, o almoço. Temos uma cozinha montada aqui no local para poder garantir a nossa estadia aqui”, concluiu.

O MTST espera que o plano seja votado até sexta-feira (27). “Pelas reuniões que tivemos ontem com o presidente da Câmara, José Américo, e com o relator do Plano Diretor, Nabil Bonduki, ambos do PT, o plano deve ser votado até sexta. Esperamos que, na sessão desta tarde, em que será lido o Plano Diretor, não haja qualquer problema e que os vereadores não tragam dificuldades [para a votação]”, disse Alves.

De acordo com o líder do MTST, hoje de manhã, representantes do movimento se reuniram com representantes da Secretaria Municipal de Habitação para definir questões jurídicas referentes à ocupação Copa do Povo, em Itaquera, que não está prevista no Plano Diretor. Os manifestantes pedem para que a ocupação seja incluída no plano ou que seja reconhecida como Zeis por meio de um projeto de lei, que seja votado ao mesmo tempo que o Plano Diretor.

Fotos Caio Castor [toda produção de conteúdo exclusivo do Viomundo é bancada pela generosidade de nossos assinantes!]

Leia também:

Camille Claudel: Uma resposta ao jornalista espanhol que detonou a Copa no Brasil


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Cláudio

… “Com o tempo, uma imprensa [mídia] cínica, mercenária, demagógica e corruta formará um público tão vil como ela mesma” *** * Joseph Pulitzer. … … “Se você não for cuidadoso(a), os jornais [mídias] farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo” *** * Malcolm X. … … … Ley de Medios Já ! ! ! . . . … … … …

Fernando

Quanta gente ociosa querendo uma boquinha!

augusto2

Sao valentes.
são muito valentes agora.
Valentes como os professores foram com Montoro, depois de amargar 18 anos de arrocho na ditadura. Idem como os sindicatos foram com erundina em forte greve – para verem no ano seguinte sua empresa (CMTC) ser privatizada por maluf e irem 80% para o olho da rua.

FrancoAtirador

Conceição/Azenha.

Já há alguma previsão de quando o Viomundo irá solucionar o problema

das imagens que aparecem triplicadas depois de postadas nos comentários?

Leo V

Equanto isso no Brasil o estado de exceção prolifera na Copa, com prisões cada vez mais absurdas de integrantes de movimentos sociais urbanos, indigenas… E o silêncio daqueles que se dizem democratas, seja de que partido forem, mostra que a ditadura venceu muito bem por aqui, pois seus valores estão enraízados até naqueles que foram seus adversários.

Deixe seu comentário

Leia também