Maria Inês Nassif:O carimbo de Dilma nas negociações políticas

Tempo de leitura: 5 min

Há uma aposta clara em que, ao escolher seus próprios interlocutores na base aliada, a presidenta conterá os movimentos de chantagem que têm sucedido de forma permanente a troca dos ministros vitimados por denúncias. E que existe espaço na agenda para correr esse risco.

por Maria Inês Nassif, em Carta Maior

Não parece aleatória a estratégia política assumida pela presidenta Dilma Rousseff (PT), desde que iniciou uma reforma ministerial em capítulos. A leitura que deve ser feita da ação de Dilma junto à base aliada (aí incluídas as escolhas ministeriais e de lideranças no Congresso politicamente mais afinadas com o perfil que quer dar às relações entre Executivo e Legislativo) é a de que ela bancou o risco de desarranjar uma coalizão montada pelo governo anterior, que também deu sustentação à sua candidatura, para fugir ao permanente impasse de demitir auxiliares indicados pelos partidos a cada denúncia de corrupção, e em seguida ser obrigada a se submeter à chantagem dos mesmos partidos para manter as pastas nas mãos dos grupos hegemônicos nas legendas. E, se correu o risco, é porque o governo avaliou que há espaço para tentar arranjos na base partidária, já que não existem questões urgentes a serem decididas pelo Congresso – a única, o Código Florestal, prescinde de uma enorme base de apoio, já que as posições individuais dos parlamentares estão muito consolidadas e a bancada ruralista é muito forte. Mantendo ou não os instrumentos tradicionais de negociação com a base aliada, o Executivo não teria nenhuma garantia de lealdade nessa questão.

Daqui para o final do ano, a gestão do Orçamento, com toda a flexibilidade que a lei dá ao governo, e as medidas para neutralizar os efeitos da crise financeira internacional sobre a economia têm mais relevância do que as matérias que tramitam no Congresso. O que é importante de fato esbarra em questões que transcendem acordos partidários – caso não apenas do Código Florestal, mas também da Reforma Política, onde uma decisão partidária não consegue se sobrepor aos interesses individuais dos parlamentares. Apenas o PT consegue fechar questão sobre o assunto.

Foram 11 os ministros substituídos até agora, mais dois líderes do governo – parte deles por baixa produtividade, outra parte vitimada por denúncias. Nesse último caso, a presidenta está tentando inverter a mão. Como a hegemonia dos grupos internos, nos partidos tradicionais, é definida pelo poder de troca desses grupos com o governo federal, está apostando que, ao subtrair influência desses líderes sobre a máquina administrativa e transferi-los a outros que estão hoje à margem das decisões partidárias, desequilibrará o poder interno a favor de pessoas mais comprometidas com o seu governo.

Ao substituir o senador Romero Jucá (PMDB-RR) por Eduardo Braga (PMDB-AM) na liderança do governo no Senado, ela não preteriu o maior partido da base de sustentação do governo, mas grupos internos que detinham há nove anos o monopólio das relações com o governo, especialmente os ligados a José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL). É uma aposta de que, se a interlocução com o Executivo define a hegemonia interna do PMDB, a presidenta pode ter o poder de renovar internamente o partido, ao optar por outros interlocutores.

O mesmo comportamento teve antes, em relação aos ministros escolhidos. Dilma tem alterado a lógica tradicional de que é preciso simplesmente se submeter às indicações dos aliados, mesmo que elas custem alimentar, ao longo de toda a gestão do indicado, a cota de poder de quem indicou – e, em consequência, os instrumentos de pressão sobre o próprio governo.

Até agora, Dilma tem nomeado alguém do partido do ministro demitido, mas com compromissos de lealdade com o governo, não com os grupos dominantes de sua agremiação. Esta foi a origem da revolta do PR, que anunciou a saída do governo: o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, que é do PR, porém não faz parte do grupo dominante do partido, não é aceito pelos líderes da legenda como cota partidária, e sim como cota pessoal de Dilma.

No PDT, o movimento é semelhante. Após a demissão de Carlos Lupi (RJ) do Ministério do Trabalho, o político retomou o lugar de presidente da legenda, acirrando uma divisão interna que se prolonga quase desde a morte do fundador do partido, Leonel Brizola.

O deputado Brizola Neto (RJ) está na contramão do grupo de Lupi: tem formação política que permite uma aderência mais orgânica ao governo, isto é, suas posições são muito mais próximas de um governo de esquerda do que as de Lupi. O ex-ministro manteve o PDT nos moldes deixados por Brizola avô (poder concentrado na Presidência e pouca seletividade na escolha de quadros) sem ter o carisma do velho caudilho.

O poder de Lupi no PDT também depende do seu poder de interlocução com o governo. A escolha de Brizola Neto para o Trabalho, se for confirmada, dará mais consistência ideológica a uma pasta que, num governo petista, com tradicionais ligações com o sindicalismo, tem que servir como contraponto a outros ministérios destinados à direita governista. A lealdade do deputado, sem que se exija dele abrir mão de suas convicções políticas, será naturalmente maior a Dilma do que ao PDT representado por Lupi.

A reação dos partidos aliados ao ajuste pretendido por Dilma na representação dessas legendas em seu governo já seria grande, pois esses movimentos ameaçam o status quo das lideranças que detêm o comando dos partidos de formação tradicional. Torna-se maior no período pré-eleitoral porque aí entram novos elementos de possível barganha.

O pré-candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, está pagando a fatura pelo jogo duro de Dilma. Como a vitória na capital paulista é fundamental na definição do jogo político depois das eleições, os partidos aliados ao governo nacionalmente passaram a usar a eleição local para reverter o quadro. Com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda afastado das lides eleitorais, a aposta dos aliados do governo federal é a de que o poder de barganha eleitoral reate as relações de poder dos grupos alijados da convivência com Dilma, por conta das mudanças na correlação de forças no Congresso.

É uma aposta que não pode ser traduzida por falta de orientação política do atual governo, mas por uma estratégia política diferente da gestão anterior. Se a área gerencial da atual administração já trouxe do governo Lula o perfil de Dilma, que foi sua principal colaboradora, no campo político o novo governo ainda não tinha uma cara própria.

A presidenta, mesmo obrigada a apelar para a intermediacão do ex-presidente Lula de vez em quando, assumiu correr um risco. Mas ela não tinha alternativa a não ser a de imprimir o seu próprio estilo também nas relações políticas mantidas com o Congresso. Sem traquejo de negociação, conhecimento dos atores envolvidos na permanente barganha do poder e carisma de Lula, obrigatoriamente teria que impor padrões de relacionamento com seus alidos, sob pena de ficar refém da política tradicional.

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Comentários

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nadja rocha

Que tal verem esse vídeo,Ciro Gomes mostrando o ABC do congresso atual, " Os chantagistas" http://www.youtube.com/watch?v=g19udYxZPUE&fe

SILOÉ-RJ

A estratégia da DILMA pra furar o bloqueio das velhas ratazanas foi umas das mais inteligentes que vi.
Além de dignificar o governo, beneficia todo o congresso, desratizando e removendo parte do môfo há muito tempo entranhado que parecia eterno.
O pouco dos ratos exterminados, fará uma diferença danada. As baratas lá de dentro e as daqui de fora, coitadas!!! Já estão todas desnorteadas batendo a cabeça na parede.
Evidência disso; é o massacre do PIG ao telespctador dioturnamente, com a reportagem de corrupção na saúde, sem nenhuma palavra, das outras tão ou mais graves.
Verdadeira CORTINA DE FUMAÇA.
Só que: O tiro saiu pela culatra. Essa corrupção, também tem sua origem no DEMO/PSDB. e se mais aprofundada chegaremos ao SERRA através de algumas das firmas citadas.
Sabemos que essas deformaçães enraizadas, levarão muito tempo para serem extirpadas. Mas também sabemos que agora sim, temos um governo realmente empenhado nisso.

    Elza

    Ah SILOÉ-RJ, então era isso? Tava atrás de saber o q/ se encontrava nas entrelinhas dessas denúncias do PIG, pois desde dom e a smn inteira nos 3 jornais (JH, JN e JG), q/ sai essa denúncia de desvio de dinheiro da saúde. Eu ficava me perguntando o q eles querem? Pq aprendi aqui nesse blog, q/ qndo o PIG fala mt sobre um assunto político ou denuncia repetidas vzs eh pq ñ é bom p/ o povo….. kkkkkk.

t tonucci

O que importa mais; o apoio da população ou o apoio do congresso? Vão começar a pipocar pesquisas inquerindo ao eleitor de que lado ele está nessa guerra santa. Eu intuo que dá uns 80% pro Dilma.
É Dilma x Sarney , possibilidade que deixa o PIG atônito.

Fabio_Passos

Retrocessos graves na politica econômica, política exterior, cultura e o avanço na privataria não são resultado de jogo de interesses com o congresso.
Estes péssimos resultados são escolha política do governo Dilma.

Estou mais preocupado com o toma lá da cá do governo Dilma com grupos de interesses e seus financiadores de campanha – Banca, empreiteiras, agronegócio, empresas beneficiadas com a privataria – do que nas pequenas barganhas de congressistas.

    Rafael

    "Retrocessos graves na política econômica" só não concordei com essa parte do seu comentário. Diante da crise o Brasil apresenta menor desemprego nos últimos 10 anos é muito bom.

    Fabio_Passos

    O retrocesso em relação a Lula 2 foi o aumento irresponsável da taxa de juros em 2011 que nos derrubou para um crescimento pífio de menos de 3%aa… e agravou ainda mais a hipervalorização de nossa moeda, causando desindustrialização.

    O governo fez exatamente o inverso do que a candidata Dilma se comprometeu.

FrancoAtirador

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Calígula e o senado

Em 39, as relações entre Calígula e o senado deterioraram-se gravemente.

Embora se desconheça a origem desta disputa, é sabido que houve uma série de fatores que a agravaram em larga medida.

Desde que Tibério se retirou em Capri em 26, o senado acostumara-se a tomar as suas próprias decisões; mas a ascensão ao trono de Calígula alterou este fato.

Além disso, os juízos por traição de Tibério eliminaram um grande número de senadores partidários da Dinastia Júlio-Claudiana, tais como Asínio Galo.

Calígula revisou os casos dos acusados por traição durante o reinado de Tibério, e com base nos documentos, decidiu que muitos senadores não eram dignos de confiança.

Estes homens foram investigados, e em muitos casos julgados.

Como resultado, o imperador substituiu o cônsul e executou vários senadores.

Suetônio escreve que Calígula denegriu gravemente a vários senadores ao obrigá-los a aguardar e depois a correr detrás do seu carro.

Após o estancamento das suas relações com o senado, Calígula teve de fazer face a um grande número de conspirações instigadas com o fim de derrocá-lo.

Íntegra em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cal%C3%ADgula

CLP

Muito bom, enquanto os empreguinhos de ate 3 salários mínimos estiverem abundantes, a popularidade continuara em alta e ela pode arriscar estes movimentos.Estranhos movimentos , uma vez que , na hora da conveniência, adora que os deputados e senadores e partidos sejam puramente fisiológicos e corruptos, vide votações como Funpresp e DRU, orçamento , em que o governo libera dinheiro pra comprar a base.Ou seja, quando e conveniente , ok, quando não, "queremos mudar as praticas politicas".Como disse, enquanto os empreguinhos de ate 3 salários mínimos estiverem abundantes, ela vai poder surfar , pois a popularidade continuara em alta.Como a China esta se acomodando, os tais empreguinhos podem começar a rarear.Ai veremos…

    J Fernando

    Vc deve ter um superemprego para zombar de "empreguinhos" de até 3 salários mínimos…
    Conheço muitas pessoas que se dariam por satisfeitas se o EMPREGO que têm pagasse 3 salários mínimos, eu inclusive.

    CLP

    Cada um com seus problemas…

ZePovinho

<img width="550" src="<img width="300" src="URL da imagem">
http://www.conversaafiada.com.br/politica/2012/03

Ciro: a imoralidade a serviço da moralidade

Não perca este trecho de entrevista do Ciro Gomes ao Kennedy Alencar em que ele explica como o PMDB do Temer funciona e como o PiG (*) da Eliane Catanhêde desempenha importante papel na trama: http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/2012/0

A grande novidade da Dilma foi dizer que com ela, não !

Clique aqui para ver que a popularidade dela sobe exatamente porque põe os chantagistas para correr.

Que falta faz esse Ciro no Governo, hein, amigo navegante ?

Ele sòzinho vale dez PTs de São Paulo !

Já imaginou ele no lugar do Zé – clique aqui para saber por que os amigos do Dantas o chamam, carinhosamente, de Zé – Cardozo ?

Clique aqui para ver que a “crise” está na cabeça do PiG (*).

Paulo Henrique Amorim

Em tempo: o amigo navegante Antonio Donizeti enviou o seguinte e-mail e a genial ilustração aí de cima:

Prezado Paulo Henrique Amorim – Conversa Afiada

Segue foto genial que prova a sinceridade (!!) do José Serra em ficar 4 anos como prefeito da capital se for eleito de novo.

O crédito da foto é da colega internauta Vania.

A promessa do tucano Serra é tão verdadeira como a gravidez daquela mulher que dizia que ia ter filhos quádruplos e enganou todo mundo há pouco tempo na internet.

Serra quer usar a prefeitura de São Paulo de novo como trampolim político para tentar a presidencia em 2014, isso é “pule de dez” como se diz no turfe.

Donizeti

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

FrancoAtirador

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Maior sindicato de jornalistas do país pode eleger primeira mulher presidente

A jornalista Bia Barbosa disputa com o atual presidente, José Augusto Camargo, o Guto, a presidência do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo.
A eleição ocorre entre 27 e 29 de março.
Em entrevista, Bia propõe medidas para reverter a queda do número de filiados e defende bandeiras nacionais, como o marco regulatório das comunicações, em debate no governo federal.

Por Marcel Gomes, na Carta Maior

São Paulo – A jornalista Bia Barbosa pode se tornar a primeira mulher eleita para presidir o maior sindicato de jornalistas profissionais do país, o de São Paulo, que realiza eleições de 27 a 29 de março.
Para isso, terá de vencer a chapa do atual presidente, José Augusto Camargo, o Guto, que disputa a reeleição.

Segundo ela, o sindicato vem perdendo filiados nos últimos anos, o que enfraquece a luta por melhores condições de trabalho e por grandes temas nacionais, como o marco regulatório das comunicações, que é discutido no governo federal.

"Renovação é fundamental para oxigenar o sindicato", diz ela, que foi editora da Carta Maior e que hoje, além de militar pela democratização das comunicações no Coletivo Intervozes, atua como assessora do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP).

Leia a seguir os principais trechos da entrevista exclusiva concedida por Bia Barbosa*.

Carta Maior – Sua chapa defende um novo marco regulatório das comunicações, cujo debate avança lentamente no governo federal. Por que esse é um tema central?
Bia Barbosa – O desafio de trazer uma nova regulação está diretamente relacionado à consolidação da democracia brasileira. Com a sociedade atual mediada pelos veículos de comunicação, precisamos garantir que essa mediação seja feita de modo plural e aberto. Hoje o cenário é de exclusão. Etnias, gênero e diferentes regiões do país não têm espaço para se expressar nos meios de comunicação de massa. O novo marco regulatório precisa tratar de uma agenda que é ainda do século passado, de regulação de trechos da Constituição, do monopólio, da produção regional independente e do direito de resposta. Mas é também necessário olhar para frente, porque o processo de convergência tecnológica, se não regulado, pode gerar mais concentração dos meios.
CM – A grande mídia demoniza esse debate, sob argumento de que regular significaria impor controles sobre a liberdade de expressão. Mas países ditos desenvolvidos regulam o setor, não?
BB – O discurso de quem é contra a regulação é o discurso de quem defende a manutenção do status quo. São interesses políticos e econômicos muito poderosos que estão em jogo. Mas a verdade é que as democracias mais avançadas do mundo possuem formas de regulação das comunicações. Elas possuem órgãos reguladores que monitoram os meios de comunicação de massa, proíbem propriedade cruzada, estabelecem cotas para produção nacional ou regional, protegem os direitos de crianças e adolescentes, barram o discurso do ódio, como racismo, homofobia e machismo. É isso que a gente vê em países como França, Inglaterra e Estados Unidos.
CM – Como está o trâmite do projeto dentro do governo federal?
BB – Há uma minuta pronta desde o final do governo Lula. O ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, disse que o tema era prioridade de sua gestão, mas a demora indica que não é bem assim. A informação que temos é a de que o atual governo considera o projeto incompleto e que seriam realizadas consultas públicas para discutir pontos específicos, como o monopólio. Isso deve ocorrer logo. Mas não existe perspectiva de termos o projeto pronto em 2012, até porque no segundo semestre há eleições municipais. Hoje o movimento sindical discute a possibilidade de lançar uma grande campanha no início de abril, para incentivar o debate sobre o marco regulatório em toda a sociedade.
CM – A falta de regulação influencia a vida do jornalista?
BB – Sem dúvida. Quando se vive em um cenário de extrema concentração, o número de postos de trabalho gerados é menor e a exploração, maior. Se você trabalha em um veículo que possui jornal, internet e rádio, a informação é reproduzida em todos eles sem que o profissional receba qualquer remuneração extra. Ou receba muito pouco. Há o caso de repórter-fotográfico que tem seu trabalho reproduzido em outro veículo e ganha R$ 6 por isso. Mas não é uma questão apenas corporativa. O sindicato é um espaço de organização da categoria que precisa debater as grandes questões nacionais.

*Para mais informações sobre suas propostas, acesse o site:
http://www.sindicatopralutar.com.br

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMos

Lenin

Alguns imaginam,ou fingem,q é só o Executivo sair por aí 'peitando' todo mundo,independente das consequências (aliás,quer-se acreditar q n haverá consequências);aí,lá pelas tantos,de acordo as circunstâncias,mais favoráveis,o mesmo Executivo,paulatinamente,vai mudando a prática de negociação -a turma,então,tbém reclama…é a vivência democrática,graças aos céus!Mas n seria de todo mal,cadinho de coerência.

Willian

Mas foi esta " política tradicional" que elegeu Dilma. Neste caso, Dilma não é refém desta política, mas beneficiária. Quando para elegê-la, Lula usou esta "política tradicional" não vimos Dilma se rebelando,abraçou-a de bom grado e prometeu, em troca de apoio, manter a política do governo anterior. Agora, eleita, decidiu impor um "estilo próprio" de política, mas é devedora daqueles que a apoiaram esperando as benesses do poder. Não entregar agora levará o governo a crise após crise, ou como diz Marcos Coimbra no caso de crises no governo petista, "crise".

Willian

1) Dentro da lógica da Maria Inês Nassif sobre a escolha de seus novos ministros, como se explica Marcelo Crivella na Pesca? Foi uma escolha de Dilma ou tem os mesmos interesses de outros tempos?
2) Lula e Dilma se elegeram baseados neste toma-lá-dá-cá, com promessas de distribuição de cargos a todos alidos. O que faz a presidenta pensar que baseado apenas na sua vontade conseguirá mudar isto? Como conseguirá votos no congresso nacional? O governo sistematicamente está perdendo votações no Congresso nos ultimos dias.
3) Brizola Neto votou a favor da nova previdência do funcionalismo e a favor da privatização dos aeroportos. Isto é estar próximo de ideiais de esquerda? Sou de esquerda então.

Rafael

É como Lula disse, hoje são outros tempos, não mais como em 2002. Só espero que o pvo eleja menos políticos do PMDB.

Yarus

Fora de pauta.

A Globo, sem querer Achou Cerra.

“PF deve começar a ouvir nesta quarta 17 pessoas ligadas às quatro empresas denunciadas por corrupção em reportagem

“A Locanty Comércio e Serviços Ltda – uma das empresas denunciadas por oferecer propinas para ganhar licitações na área da saúde – doou mais de R$ 1,4 milhão para quatro campanhas eleitorais de 2010. Entre elas, três foram para políticos do Rio: o PMDB (R$ 1,3 milhão) e os deputados estaduais Alcebíades Sabino (PSC) e Bebeto (PDT), que receberam R$ 50 mil cada.

O candidato à presidência José Serra (PSDB) também recebeu contribuição de R$ 50 mil.”
http://oglobo.globo.com/rio/locanty-doa-pmdb-rece… –

Essa foi de desanimar os Álvaros Dias da vida.

Pedro

Maria Inês Nassif andou perto de acertar em muitas coisas em seu artigo de muito fôlego. Muita água ainda vai rolar. Dilma tem mais a ganhar do que a perder quando quebra hegemonia de grupos nos diferentes partidos no acesso ao poder. Ela tem apoio popular para minar algumas abóboras podres. Algumas, não todas. E está indo bem. Não vê que Sarney está de viola no saco, de bigode de molho? Difícil dele se recompor com aquele poderio de sultão que ele teve no governo Lula.

Geysa Guimarães

Gostei do trecho em que a Nassif fala da lealdade de Brizola Neto a Dilma.
Mesmo assim, ouço todo dia na tv que a Presidenta prefere um gaúcho no Ministério do Trabalho.
Magoei!

dukrai

O Idelber Avelar postou um texto mega-crítico de Tiago Costa de Thuin sobre a Dilma, tá no feicibúqui também. http://revistaforum.com.br/conteudo/detalhe_notic
Realpolitik e a pata manca
A constante reação assustada à bancada evangélica é uma combinação de leitura errada, covardia, e teriomania.
Por Tiago Costa de Thuin [21.03.2012 17h45]

pperez

Em função disso tudo ai de cima, acho que a CPI da privataria so sai(se sair) após as eleições!
Lula que apadrinha HAddad não vai querer mais marolas do que já tem.

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