Emiliano José acusa grevistas de tocar terror nos baianos

Tempo de leitura: 2 min

da assessoria do deputado Emiliano José (PT-BA)

O deputado federal Emiliano José (PT-BA) foi um dos entrevistados desta terça-feira, 07, do programa Brasil em Debate, exibido pela TV Câmara. Em discussão, a situação da greve instaurada por parte da Polícia Militar na Bahia, declarada no último dia 31. Convidado para falar sobre o assunto, o parlamentar posiciona-se contra as ações de violência praticadas pelos policiais, atemorizando a população, embora reconheça a importância das reivindicações dos militares.

Emiliano reafirma ainda que o governador Jaques Wagner está disposto a negociar “com quem está disposto à negociação”. Durante a greve de parte dos policiais militares na Bahia, o estado já registrou mais  de cem assassinatos, além de vários casos de saques e roubos. O clima de amedrontamento, provocado pelos policiais, atingiu seu grau máximo quando homens encapuzados e armados obrigaram motoristas e passageiros de ônibus a abandonarem os veículos, deixando-os atravessado no meio da avenida na semana passada.

“O governo está negociando com três associações da PM, desde antes da greve, discutindo as reivindicações dos policiais. Uma negociação de modo absolutamente responsável. Esta associação  (ASPRA) no entanto, protocolou um conjunto de reivindicações na portaria da governadoria ao mesmo tempo  que pedia anistia, sabendo o vandalismo que ia fazer, os atos criminosos que iriam fazer. De armas na mão, fecharam a avenida Paralela, tiraram pessoas de carro, obrigaram motoristas a darem a volta na contramão. Saíram metralhando agência do Banco do Brasil, rompendo qualquer legalidade do  Estado democrático de Direito”, afirmou o deputado.

Segundo o parlamentar, ainda que as reivindicações sejam justas, os atos praticados pelo movimento grevista pode ser classificado como “bandidagem”.  ”Atemorizar a população deste jeito, isto é bandidagem. Ressalto  a importância da Polícia Militar e a justiça das reivindicações, mas discordo terminantemente deste tipo de procedimento. Se aceitarmos que uma minoria saia de armas nas mãos e pretenda acantonar 14 milhões de baianos, estamos subvertendo qualquer regra do estado democrático”.

Emiliano José destacou ainda que da parte do governo e do governador Jaques Wagner há toda a disposição para negociação.  “O arcebispo da Bahia, Dom Murilo Krieger, passou a participar da negociação com a ajuda do governo. O governador disse que está absolutamente disposto também a conceder a GAP 4, mas sabendo também que não poderia fazê-lo imediatamente”.

Segurança pública no Brasil

Ao comentar sobre a situação da Bahia, o parlamentar petista endossou a necessidade de uma discussão profunda sobre a situação da segurança pública no Brasil, lembrando que casos de greve, como o da Bahia, revelam os problemas existentes na área. “Temos que discutir o conjunto das complexidades da segurança pública de maneira mais séria, questões como a unificação do piso salarial, a reafirmação da polícia como uma entidade que dá segurança a população, entre outras questões, precisam ser fortalecidas”.

Sobre a anistia aos policias envolvidos nos atos de vandalismo, Emiliano José foi categórico: “policiais que comprovadamente tenha cometido este tipo de crime, de atemorização da população, devem ser expulsos desta corporação, que possui, aliás, pessoas da melhor qualidade, com uma formação intelectual de outra natureza, pessoas com tradição democrática”. Também participou do debate o deputado Mendonça Prado (DEM/SE).

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