Florestan Fernandes Jr: O ataque da Folha a ex-editorialista

Tempo de leitura: 2 min

de Florestan Fernandes Jr, no blog do Nassif

Hoje a Folha teve o desplante de colocar um chamada de primeira pagina atacando o Demian Fiocca. Conheço o Demian tão bem quanto a Folha de São Paulo, ele foi durante alguns anos editorialista do jornal. escrevia os artigos pedidos pelo Frias pai, foi também pesquisador do Instituto de Estudos Econômicos, Sociais e Políticos de São Paulo, IDESP.

Com apenas 42 anos de idade, Fiocca tem um currículo invejável, Formou-se em economia pela Universidade de São Paulo. Tem um mestrado da mesma instituição.

É autor do livro “A Oferta de Moeda na Macroeconomia Keynesiana” (Paz e Terra, 2000). De 2000 até 2003 trabalhou na Telefônica como economista-chefe e assessor da presidência do grupo. Foi depois economista-chefe do HSBC do Brasil. Sempre com salário de alto executivo.

Saiu do setor privado por vontade própria, foi ganhar bem menos no governo para ajudar o amigo e professor Ministro Guido Mantega. Foi vice-presidente e depois presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social com mandato de abril de 2006 até abril de 2007. Em 2007 trabalhou na Companhia Vale do Rio Doce onde foi diretor executivo de gestão e sustentabilidade. Foi presidente do Banco Nossa Caixa, na época em que foi incorporado pelo Banco do Brasil. Quando o governo tentava salvar o banco Panamericano da má gestão dos executivos de Silvio Santos, é lógico que iria indicar técnicos competentes e de confiança para realizar esse trabalho.

Mas a Folha foi não gostou. O Demian não é filiado ao PT, mas jamais será perdoado por deixar o setor privado para ajudar um governo a quem eles fazem oposição sistemática. Se fosse o governo do FHC ou do Serra certamente o tratamento da Folha seria bem outro.

da Folha

Painel

RENATA LO PRETE

Banco de empregos

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O apetite do PT assustou a direção do PanAmericano, semanas depois de ter comemorado a venda de parte do banco para a Caixa Econômica Federal. Em e-mails interceptados pela PF, executivos reclamam da demanda para abrigar pessoas ligadas “ao governo e aos políticos com quem fizemos negócio”.

Numa dessas mensagens, de janeiro de 2010, o então presidente, Rafael Palladino, queixa-se com Luiz Sandoval, à época o principal executivo do grupo Sílvio Santos. Lamenta que “já tivemos de engolir” uma indicação (“coisa que brigamos muito para não ter”) e manifesta o desejo de não repetir a dose.

Q.I. No e-mail, Palladino relata que havia pressões para contratar o ex-presidente do BNDES Demian Fiocca. “O currículo dele é excelente, mas para ser presidente de empresas enormes, e não diretor do banco”, reclama.

Padrinhos… Segundo o executivo, entre os que fizeram lobby por Fiocca estava Luis Gushiken, um dos ministros mais influentes do governo Lula até o escândalo do mensalão, que depois viria a atuar como consultor informal do PanAmericano.

…mágicos Palladino defendeu acomodar o indicado como “conselheiro” do banco, mas sugeriu antes “tirar a temperatura” e zelar para “não gerar desconforto com o Guido” -Fiocca é ligado ao ministro da Fazenda.

Carta Maior: A vulgarização da barbárie

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