
por Conceição Lemes
Após participar de evento nesse sábado 2, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que:
“Seria uma atitude até irresponsável fazer racionamento, pois poderíamos perder toda a economia obtida”
“não pretende mudar nenhuma estratégia” relacionada ao abastecimento de água do Estado.
Em entrevista ao Viomundo, o engenheiro Júlio Cerqueira César Neto, professor aposentado de Hidráulica e Saneamento da Escola Politécnica da USP, rebate:
“Irresponsável é a crise de água que o governador Alckmin nos criou. Tudo o que ele fez até agora é uma tremenda irresponsabilidade. O governo do Estado ficou 30 anos sem investir em novos mananciais!”.
“O Alckmin não quer fazer o racionamento geral, porque tem medo que prejudique a sua reeleição. Então ele quer empurrar para frente o máximo que der”.
O professor avisa:
“Nós ainda não estamos vivendo a crise da água. Por enquanto, nós estamos no aperitivo. A crise vai ser quando terminar o volume morto, no final do ano. Aí, vamos estar com Sistema Cantareira seco e sem volume morto. Aí, vamos entrar numa crise seriíssima”.
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“Nós estamos franco racionamento seletivo. Vários setores da Região Metropolitana já estão com cortes de água à noite e ela só volta na manhã seguinte”.
Júlio Cerqueira alerta:
“A população já está estocando água em bacias, reservatórios, com sério risco à saúde pública. Como essa água fica armazenada, exposta, de forma inadequada, vai favorecer problemas gastrointestinais, como a diarreia, e a proliferação do mosquito da dengue”. ficam expostas e ficam sem água adequada, vai favorecer infecções gastrintestinais, como diarreia, e a proliferação do mosquito da dengue”.
“Aliás, se o Alckmin acha que fazer racionamento é ser irresponsável, ele já está sendo irresponsável. Ao fazer racionamento em diversos setores da cidade, ele está sendo irresponsável. Isso é uma realidade inquestionável.”
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