O pré-debate entre Tarso e Dirceu sobre o congresso do PT

Tempo de leitura: 6 min

De uma entrevista do governador gaúcho Tarso Genro ao Globo:

O senhor defende a cassação dos mandatos dos mensaleiros?

A Constituição tem que ser interpretada a partir da independência dos poderes. A decisão tem que ser da Câmara Federal de cassar ou não. Eu substituí o (José) Genoino na presidência do PT, e o que circulava dentro do partido, e foi constatado depois, é que ele assinou empréstimos, agora pagos, e que o fez de boa-fé, sem saber que, por trás daqueles empréstimos, poderia ter uma articulação de intercâmbio de favores em benefício do partido e de outras pessoas. Eu não sei se, nessa situação, eu renunciaria.

O fato é que toda essa situação significa que o PT tem de instituir regras muito rígidas em relação aos seus dirigentes, seus quadros e seus vínculos com as empresas privadas. É totalmente incompatível dirigente partidário continuar se apresentando como tal e sendo ao mesmo tempo consultor de grandes negócios.

Porque, quando essa pessoa fala dentro do partido, quem está falando? É o dirigente ou o consultor? Essa regra não deve valer só para o PT, não estou me fixando em nenhum caso específico. Essas relações são sempre muito perigosas.

Qual futuro o senhor prevê para o ex-ministro José Dirceu?

Tenho uma relação política interna de partido com Dirceu. Nunca fui uma pessoa próxima a ele. Ele teve uma participação muito importante na construção do partido e na primeira vitória do presidente Lula. Mas acho que a forma como o Dirceu está enfrentando essa questão é equivocada, porque tende a estabelecer uma identidade dos problemas que ele está enfrentando com o problema do PT, com o conjunto, e trazendo para a sua defesa o partido como instituição.

A defesa que o partido tem que fazer em circunstâncias como essas, para qualquer pessoa, é que ela tenha direito a defesa e a um julgamento justo, e não o estabelecimento de qualquer identidade política, que é outra coisa. O Dirceu não pode ser demonizado no partido, até pela trajetória que ele teve, embora a forma como ele está lidando com essa questão não seja boa para o partido, estabelece uma identidade forçada dele em conjunto com o partido, coisa que, no mínimo, não existe. O partido tem que ser solidário com todos os seus quadros, errem ou acertem, para que tenham direito de defesa e julgamentos justos.

O partido hoje só se pauta pelo mensalão?

A agenda do partido não pode ser a agenda da Ação Penal 470. O que o partido tinha que fazer já fez. Já fez o manifesto, já deu a solidariedade que tinha que dar. O partido tem que tratar da sua vida, ele é um projeto para a sociedade, não um projeto para ficar amarrado a uma pauta, que inclusive foi constituída por indivíduos e dirigentes, e não por decisões do partido, para que aqueles fatos ocorressem, fatos esses narrados na Ação penal 470. A agenda PT tem que ser da a reforma política, do que eu chamo de 14-18 (projeto 2014-2018) e do sistema de alianças.

*****

de José Dirceu, no Sul 21

José Dirceu
18/01/13 | 05:09

O PT em discussão

Ator político fundamental do processo que está produzindo grandes transformações em nosso país, o Partido dos Trabalhadores começa no início deste ano a formular uma ampla pauta de questões a serem discutidas durante a realização do seu 5º Congresso, em fevereiro de 2014. Os debates devem abranger desde as principais mudanças ocorridas em nossa sociedade até as reformas estruturais de que nosso país ainda tanto necessita.

Mas tanto o 5º Congresso quanto as discussões que o precedem deverão servir também à realização de uma espécie de balanço do partido, de análise de sua trajetória até aqui, de seus erros, acertos e de suas perspectivas, o que será essencial para fortalecer sua capacidade de mobilização, robustecer sua agenda programática e revitalizar o debate interno.

O partido não poderá se furtar a discutir também como continuará enfrentando a nociva campanha empreendida por setores reacionários da sociedade, grande mídia à frente, a fim de desmoralizar e desmerecer suas conquistas e seu protagonismo em um movimento que, por meio de políticas consistentes, vem incluindo milhões de brasileiros historicamente marginalizados.

A prova cabal dessa tentativa de macular a imagem do partido e do governo Lula, se traduz na concretização da farsa político-jurídica e midiática que constituiu a Ação Penal 470, a espetacularização do julgamento da Ação e seus resultados em total dissonância com a isenção e o rigor técnico que se espera da instância máxima de Justiça do país. A despeito da falta de elementos objetivos na denúncia – o que acabou sendo preenchido por deduções e inovações jurídicas –, o clamor da grande mídia pela condenação dos réus foi, antes, a exigência da condenação do próprio partido.

Se por um lado ilações transformaram-se em provas irrefutáveis, por outro desprezaram-se todas as evidências de que a tese da suposta compra de votos parlamentares não se sustentava. Da mesma forma, ignoraram documentos que desmentiam a denúncia de desvio de dinheiro público, como o do Banco do Brasil, negando o caráter público dos recursos destinados à agência DNA Propaganda, oriundos do fundo Visanet, uma empresa privada e multinacional. Também fizeram vista grossa à auditoria pública feita pelo BB, na qual não se encontrou qualquer irregularidade nas contas do Visanet.

Embora neguem que o julgamento tenha sido político, de exceção, orquestrado para atingir a principal obra do partido — o projeto político que está mudando o Brasil — a diferença de tratamento conferida ao chamado “mensalão tucano” reafirma esse caráter. Naquele processo, que ainda aguarda julgamento, deferiram aos réus o pedido de desmembramento que lhes garante a chance de recorrer a outras instâncias de Justiça. Tal possibilidade, entretanto, não foi permitida aos réus da Ação Penal 470.

Diante de todos os holofotes apontados pela grande mídia, transformaram-se em crime político, referido como o “maior escândalo político da história do país”, erros e ilegalidades cometidas no âmbito de um sistema político-eleitoral inconsistente, o qual há anos o PT vem lutando para mudar por meio do projeto de reforma política em tramitação no Congresso Nacional.

Se tivemos um julgamento político, não apenas os réus do processo, mas o partido, sempre apontado pela grande mídia e pela oposição como fiador de esquemas de corrupção e de crimes contra a República e a democracia, precisamos de respostas também políticas.

Isso explica porque o companheiro Genoino não hesitou em assumir o mandato de deputado federal que lhe foi concedido pela vontade soberana do povo, apesar de toda a sorte de pressões para que desistisse de seus direitos.

Pelo mesmo motivo, continuo utilizando os espaços que me são disponibilizados para fazer não uma defesa pessoal, mas sim para continuar discutindo as questões de interesse do país e da sociedade brasileira, como a reforma política, a regulamentação dos meios de comunicação, a necessidade de investimentos em Educação, Ciência e Tecnologia, os rumos do nosso desenvolvimento, dentre tantas outras.

Também por esta razão, o partido sempre se posicionou em relação ao julgamento de forma clara, ponderada, refutando com veemência as denúncias de compra de votos no Congresso Nacional e de pagamento de mesada a parlamentares, discordando da forma e do viés político que norteou todo o processo.

Assim, não soa razoável quando se fala em defesa ou solidariedade do PT para com seus quadros e lideranças envolvidos no processo, uma vez que se trata de uma reação política em defesa da própria instituição que, como exposto, se pretende, indiretamente, atacar. Trata-se da defesa de sua história de lutas, a fim de que possamos aprofundar cada vez mais o processo que enfrenta nossas graves desigualdades.

Ainda como parte da tentativa de se realizar um linchamento moral dos réus e do partido, a instalação do julgamento da Ação Penal 470 no centro da agenda política do país não pode ser atribuída senão à mídia conservadora e à oposição.

A cobertura editorializada e a quantidade de espaços reservados para que “especialistas” e articulistas exigissem do Poder Judiciário condenações exemplares evidenciam o fato.

Sintomática também foi a absurda extrapolação verificada durante as eleições municipais do ano passado, quando adversários usaram o julgamento de forma ostensiva contra candidatos do PT, estratégia que se revelou infrutífera, já que o partido saiu como o mais votado e o que mais cresceu.

O julgamento acabou, mas a campanha contra o PT, não.  Por isso, cabe ao partido seguir adiante e enfrentar suas batalhas, que serão muitas.

Apesar da grande transformação desencadeada a partir de 2003, há ainda uma agenda extensa de questões pendentes. É preciso avançar, renovar-se, absorver antigas e novas demandas, sem jamais perder de vista os seus compromissos primordiais e a confiança que lhe é depositada por milhões de brasileiros. Para isso é imprescindível rever esses dez anos de mudanças e identificar as melhores maneiras de se enfrentar os desafios do presente e do futuro.

José Dirceu, 66, é advogado, ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do PT

Para entender melhor:

Safatle: PT puxa esquerda para o buraco do mensalão

Izaías Almada: Sobre a síndrome Safatle/Dutra (I)

Izaías Almada: Síndrome Safatle/Dutra (II)


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Comentários

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J.Carlos

Como o ex-Ministro José Dirceu não teve amplo direito de defesa e não teve um julgamento justo pois foi condenado sem provas, considero que não só o PT mas todos os partidos que pregam a defesa do Estado Democrático de Direito devem sair em defesa de José Dirceu até, que a verdadeira justiça seja feita. E olha que nem ao PT pertenço.

francisco pereira neto

Rodrigo Leme
Talvez não seja nesse post que voce poderá me responder uma pergunta inquietante.
Pode-se contestar os comentários aquí sobre esse assunto Dirceu X Genro. Muitos fazendo críticas sobre as posições de Dirceu, Genro, do PT, se convenientes ou não, são opiniões, que de certa maneira contribuem para o partido traçar novos caminhos. São posições assumidas pelos comentaristas (leitores do blog), que se não são de militantes assumidos, são com toda certeza de simpatizantes com as políticas adotadas pelo PT. Me incluo nessa última categoria.
Entendo que em todos os anos meus vividos, nunca tive a opotunidade de usufruir de um momento político como esse. São 29 anos pós democratização do país. Nesse período tivemos o 1° governo pós redemocratização, que foi aquele saladão do Tancredo que deu no que deu. Morte do Tancredo e assumiu Sarney ex-ARENA, sustentáculo da ditadura.
Depois veio Collor bancado pela Globo e logo em seguida defenestrado pela própria Globo. Itamar assumiu. Fez um governo bom dentro do possível. Em seguida assume FHC, candidato de um partido recém criado, PSDB, que se rebelou contra Quércia porque este estava se tornando o manda chuva do PMDB, e estava mesmo, com todos os defeitos de um político ambicioso e que incomodava Covas, FHC, Serra, Jereissati e toda a “nata” que viria a ser o PSDB; Partido da Social Democracia Brasileira.
O ideário do PSDB foi baseado no Partido Social Democrático do ex- primeiro ministro Willy Brandt da Alemanha. O seu governo foi cultuado e reverenciado pelo bom governo feito por Brandt, e pelo fato de ser de esquerda. O PSDB só ficou na cópia carbonada do PSD alemão. Ainda no governo Collor, quando começou a crise, para tentar salvar seu governo, convidou o PSDB para fazer parte do governo. O primeiro assanhado com a proposta foi FHC. Fez de tudo para que o partido assumisse os cargos oferecidos por Collor. Só não prosperou com a negativa de Covas, ameaçando com a sua saída do partido.
Os oito anos de governo FHC, estamos cansados de debater é já se tornou entediante discutir um passado triste com a sua política de submissão ao neoliberalismo. Desnecessário ficarmos martelando um assunto já superado, e que nem os seus colegas tiveram coragem de assumir as suas bandeiras nas eleições presidenciais seguintes.
Lula só foi eleito por conta do fracasso total do governo FHC. Ainda “bem” que a Globo tenha manipulado vergonhosamente o debate Lula x Collor. Lula veio a assumir a presidência num momento apropriado, com a direita fascista com a guarda baixa. Eles só se deram conta do vacilo, quando Lula começou a surpreender como governante. De lá para cá, acho que não preciso mais dar essa aula para voce né Rodrigo.
Então veja voce: Por tudo que eu disse, não preciso explicar mais, qual a minha posição. Está clarríssima.
Então vamos a pergunta que fiz no início do meu comentário.
Seja honesto consigo mesmo. Já sabemos que voce não gosta dos governos do PT, pronto, assunto encerrado.
Se não fosse o PT governando, qual o partido que voce queria ver no poder?
Nesses 29 anos de redemocratização, a fase mais próspera que o país viveu e está vivendo, são os dez anos do PT no poder.
Esquece o PT. QUEM VOCE ACHA QUE FARIA MELHOR QUE O PT?

    Rodrigo Leme

    Digamos quea resposta fosse “ninguém pode fazer melhor quero PT”.

    No que isso altera que o partido possui bandidos, que devem ser punidos e nao protegidos? Ou você sugere que – como o PT parece insubstituível – que todos seus membros gozem de impunidade?

    Voltando á questão original: quem pode fazer melhor que o PT? Todos e ninguém. Partidos são feitos de pessoas com visão, bondade, coragem e tbm são feitos de covardes, contraventores e malfeitores. Depende de quem está na cadeira, e não do partido.

    O mantra de atribuir “ao PT” tudo de bom que alguns de seus membros fazem é falacioso, e desculpa para encobrir os erros de outros alguns.

    francisco pereira neto

    Rodrigo
    Voce não respondeu minha pergunta.
    Eu fiz um resumo dos últimos trinta anos de política no Brasil. Além dos trinta anos, tudo que poderia ocorrer de pior aconteceu, com o apeamento de Jango do poder, eleito legitimamente pelo povo. A direita fascista com o apoio dos milicos e da CIA, se encarregaram de fazer o resto, governando o país direto de Washington.
    Para facilitar a sua vida, peguei os últimos vinte e nove anos e voce não respodeu minha pergunta.
    “Todos” que militavam na esquerda nessa época para a redemocratização do Brasil, das figuras ainda presente e vivas na vida política nacional temos o FHC, Serra, Zé Dirceu, Genoíno, Goldman, Roberto Freire, Lula, Dilma, sem contar aqueles que apoiaram a ditadura e que pertenciam e davam sustenção política ao regime – a ARENA. Dele se extrai o Sarney que acabou se dando bem, num golpe de sorte, e que acabou sendo presidente e servindo tanto ao governo FHC como o do Lula e Dilma.
    Não venha dar uma de espertinho e fugir da pergunta, porque a minha resenha é bem clara, e não fiz julgamento de valores éticos nem do PSDB e nem do PT. Apenas relatei a história com suas verdades e possíveis mentiras. O julgamente é de livre e expontânea vontade de cada um. Ou voce quer esconder a cabeça e não querer enxergar que nesses vinte e nove anos, ocorreu de tudo, e para todos os gostos. Não há como esconder todas as mazelas dos governos pós democratização com reflexos graves nas vidas das pessoas desse país.
    Eu estou fortemente convicto, para ser, digamos, elegante, que voce é um anarquista. Voce não defeca e nem sai da moita!
    Vamos lá! Quem é voce? Quem voce apóia?

    Julio Silveira

    Excelente colocação sr. Francisco, demonstra ser alguem que acompanha a politica nacional a bastante tempo sem dar demonstrações de alzheimer. Como muito “esquerdistas”.
    Não dá para ignorar os avanços materiais desses tempos petistas, apesar de esqueceram outros fatores, talvez mais importantes no meu entender, na construção desse nosso País. Ainda assim, defensores do FHC são no minimo desajustados.
    A propósito, também faço coro a você na tentativa de obter a clara resposta do Rodrigo.

    francisco pereira neto

    Júlio
    Alzeimer, como qualquer outra doença, não é algo que se escolha, mas quem deve se explicar é o Rodrigo, porque se não se explicar, vou me convencer de que ele escolheu ter Alzeimer, por pura conveniência.

    Rodrigo Leme

    Alzheimer para mim é responder a um comentário meu pertinente ao texto com um outro texto que absolutamente não tem nada a ver com a fonte ou meu comentário. Aliás, não é alzheimer, é esperteza.

    Esse tipo de pergunta não tem resposta pq não importa o que seja dito, a imagem de mim nas cabecinhas (falo carinhosamente, não de capacidade intelectual) de vocês já está feita.

    E – olha que engraçado – não faz contraponto nenhum ao comentário que fiz pertinente ao texto. Mas é a tática de desviar a conversa.

    francisco pereira neto

    Então está bom Rodrigo. Respondo aquí porque fica mais fácil voce ler.
    Está claro que voce não quer debater nada. Voce apenas quer bater, bater bater…
    Resposta e explicação, nada de nada.
    Quem é voce Rodrigo? Que pito voce toca?
    A mando de quem voce frequenta o blog?
    Cadê as suas idéias, além de só bater, chamar as pessoas de corruptos e ladrões?
    O que voce propõe de alternativas a esse jogo político que estamos vivendo nesse últimos trinta anos?
    Voce não tem nada a oferecer?
    Ah tá bom! É mais fácil bater.
    Democracia é o jogo, confronto de idéias para superar obstáculos, e este espaço lhe oferece toda a liberdade, mas voce só quer bater.
    Não leio um elogio seu a quem quer que seja. Será que todo o conjunto da sociedade é bandida e corrupta, como é do seu costume vociferar?
    Ninguém presta neste país?
    Não existe político que mereça seu elogio, mesmo um só, pequenino?
    Não tem gente boa no PSDB, no PV, PT, PMDB, PSD, PC do B, PPS …
    Ou voce é adepto da teoria do Ayres Brito de criminalizar a política?
    Papo encerrado contigo. Deu o que já tinha que dar.
    Voce é um anarquista.
    Voce sabe o que isso significa? Vá lá no google.

Fabio Passos

O PT não pode bancar o avestruz e fingir que não há conluio golpista tentando desmoralizar o partido, Lula e as forças progressistas.

O julgamento do mensalão foi uma farsa que condenou cidadãos brasileiros sem provas.

O crime de Dirceu e Genoino é militar em partido de esquerda e incomodar os interesses reacionários.

O PiG é o grande adversário. É o verdadeiro partido da “elite” branca e rica. O PiG é o representante dos donos do poder.

A esquerda não pode mais dar entrevistas ao PiG.
A esquerda não deve satisfação a golpistas!

    Julio Silveira

    Fala sério meu caro, esses caras são como mariposas. Preferem morrer a se afastarem das luzes.

    Fabio Passos

    Luz?
    Como bem vem explicando Mino Carta, o PiG é a lâmpada Skuromatic… aquela capaz de produzir as trevas ao meio-dia. rsrs
    Quem aparece no PiG queima o filme e dá munição ao inimigo.

    A esquerda tem a mídia alternativa. Tem a rede!
    É hora de ousar. Avanços não caem do céu. São conquistados.

    Julio Silveira

    Concordo contigo, mas fazer o que se eles gostiaaaaaaaaam.

    Fabio Passos

    Uma determinação de partido tem de ser seguida por seus integrantes. Mesmo aqueles que sonham ir para a ilha de caras.

paulo Sergio

Concordo com o placar da Fran Coutinho >>> Dirceu 10×0 !!!
Abçs

Julio Silveira

Esse debate, Tarso, Dirceu, esconde uma coisa muito interessante que é a capacidade de ambos de se camuflarem, usando o artificio de representantes politicos de esquerda, e com isso angariarem a centralidade do inocuo debate de quem pode ser o mais representativo desse espectro politico. Belo efeito marqueteiro para se manterem como emblematicos, e representativos, ainda que sejam dois dos piores representantes dessa representação politica, que pouco faz ou fizeram para solidificar a verdadeira e necessária visão de esquerda neste país.
Ora vejam, ambos nos respectivos tempos de governo fizeram a opção pela visão politica à direita, e é ou foi a felicidade do conservadorismo nacional. O que faz intragável nessa discussão é essa infantil insistência de alguns de seus seguidores de imputar nos outros, alguns até adversários, a exclusividade na tentativa de enfraquecer seu partido. Sendo que abdicaram por si mesmos da antiga força, quer quando aderiram as praticas politicas conservadoras adotadas pelos partidos conservadores, do nosso conservador sistema politico. Houve adesão até no quesito militância paga, creio de de forma calculada, na conta do risco pelo investimento na mudança e aquisição dos ambicionados novos socios.
Cada vez que trazem elementos como esses para o centro do debate da esquerda, mais perco a esperança de que nossa sociedade consiga ter representações sérias nesse lado, por que vejo que basta se dizer que é, e ter poder para propagar essa afirmação, mesmo sem a necessária confirmação, para que um sequito de seguidores levantem suas bandeiras de premissas falsas, como se apenas a esperança por si só fosse suficiente para se dar fé das coisas. Por isso é que acredito que ainda hoje no Brasil seja tão facil encontrar vitimas no golpe do bilhete premiado.

Eduardo Oliveira

Esquecer o mensalão, Jamais! Devemos sim, é buscar peças dos escombros provocados por esse julgamento anômalo, para criar pilares firmes para a formação de uma legenda altiva, e por seu intermédio, um estado democrático de Direito, mais sólido e participativo, reforçando assim, a identidade nacional com a identidade de um PT, crescido em sua luta evolutiva. A casa grande em poucos momentos históricos de seus projetos de dominação fora tão sem descompostura quanto na AP 470, o mensalão do PT. Ainda que consigamos por todos os meios disponíveis, desmontar toda a trama desse julgamento excepcional existe a vantagem de não dispor da mesma difusão demostrada pela mídia e seus segmentos afins, o que nos dá a vantagem da sedimentação paulatina, sempre oportuna, consciente e madura a todos os cidadãos em nossos rincões.
A mídia prejulga a todos e em todos os momentos; regulamentar essa hidra, limitando suas ações, tão logo, é possível, pois que a popularidade de agentes públicos, lhe é indiferente.

ricardo silveira

Claramente, o julgamento foi e é do PT e vai continuar até o Partido ser alijado das disputas eleitorais. Tarso perde a oportunidade de se mostrar como liderança para além do RGS. Criticar Dirceu, neste momento, é jogar água no moinho da direita. Com isso afasta-se da defesa do Partido e do Governo, pois não é possível separá-los. Afinal, o que ganha a elite da casa grande se as condenações políticas de Dirceu ou Genoíno não significar derrota ao Governo e ao PT?

Anibal Paz da Silva

Temos no Brasil o maior partido politico, que é a mídia, parciais e perigosos. Fundamentam suas reportagens, quando, para atingir o PT, subestimando nossa inteligência, na maior falta de respeito. Como diz R. Locatelli, um verdadeiro golpe de estado em andamento, que parte do PT…finge não ver ! Como, podemos conviver com tamanha manipulação ??? O processo 470, mostra, o quanto a “casa grande”, esta atenta.

carlos saraiva e saraiva

Caro Ricardo Romero, estamos falando a mesma língua. Indignados,sim, uns mais outros menos, devemos canalizar esta indignação, em forma de atuação politica contra os adversários e ou inimigos, comuns. Estes inimigos, estão na direita, na grande imprensa, no judiciário e não entre nós. Dizendo nós, digo não só petistas, mas os militantes de esquerda em geral. Gastar e queimar energias, entre nós é tudo o que a direita quer. Ao tentar, o nosso desgaste, fragiliza a esquerda e começam à surgir no horizonte, para nos confundir, pseudo esquerdas, ou que estão dispostos à fazerem o jôgo delas; Eduardo Campos, está sendo, incentivado à sair da aliança para ser utilizado no momento oportuno. Mais recentemente, surge Marina. Vamos todos indignarmos na direção certa. Meus respeitos.

abolicionista

Pronto, os Trolls já começaram a baixar o nível do debate.

    Rodrigo Leme

    Sim, pq o alto nível do debate está caracterizado na defesa de bandido. Faz sentido.

PABLO RODRIGO DA SILVA

Se o PT realmente quisesse ter transformado seriamente o Brasil, não ficaria se acocorando para as grandes corporações e para a banca nacional e internacional, com seus acólitos nessa tristeza de atuação parlamentar. Teria radicalizado a democracia, teria buscado tensionar as relações com o stablishment, teria lutado por uma radical e profunda reforma agrária, pela reforma profunda do sistema tributário, pelo ampliação da esfera pública, de mecanismos diretos de participação política. Teria auditado a dívida pública, teria redirecionado metade do orçamento federal para os investimentos em saúde, educação e cultura, teria dado apoio substancial ao meios alternativos de comunicação, teria fortalecido a Telebrás para democratizar o acesso à internet com qualidade, teria lutado pelo fortalecimento de empresas de capital nacional, pela criação de cooperativas de trabalhadores, teria escancarado a podridão da fisiologia cretina que impera no Parlamento e no Judiciário, teria ampliado a politização da sociedade, teria fortalecido os movimentos sociais, teria lutado para retomar empresas estratégicas privatizadas irresponsável e criminosamente, teria liderado um grande processo de fortalecimento dos laços diplomáticos com os países do Sul (na acepção de Boaventura Santos), teria regulado de forma democrática e socialmente justa os meios de comunicação, não teria eleito o consumo conspícuo e fútil a única forma de viver como a melhor, teria fortalecido radicalmente a mobilidade humana nos grandes centros urbanos, teria coragem de apontar os estragos produzidos pelo desgoverno FHC, teria, enfim mantido a coerência e os objetivos que justificaram a sua fundação e existência, enfim, teria sido um partido que realmente quereria um país mais igualitário, solidário e melhor para se viver. Mas as benesses e regalias do poder falaram mais alto e aí vem essa ladainha de que o partido está sendo perseguido. As grandes corporações e a banca internacional e nacional estão felicíssimas com o governo do PT e se meia dúzia de famílias abocanhadoras vorazes dos meios de comunicação ficam rosnando é pura e simplesmente pelo ciúme de que o elogiado internacional pela modernização conservadora atualmente em curso no Brasil não é o queridinho ex-professor uspiano, mas um ex-operário semialfabetizado e nordestino, que consolidou um dos mais bem sucedidos mecanismos de exploração das trabalhadoras e trabalhadores deste país, hiponitizando-os com a ilusão do sonho americano de que estão subindo na vida por poder comprar carros (que eles não poderão usar e manter), casas (que eles nunca conseguirão pagar e manter), e demais bugingangas tecno-eletrônicas que dão a doce ilusão de partilhar das melhores coisas da vida.

    Gilberto

    Perfeito Pablo!Todo o recuo conservador do PT no poder foi justificado em nome da “governabilidade” (o nome dado às concessões à banca e aos grandes grupos e seus asseclas no Congresso) sem ao menos tentar contrapor a isso uma politização dos mecanismos de participação direta (que o PT fez regionalmente, nos seus primórdios) nacionalmente e aceitando assim a tese do poder a qualquer preço para desbancar os tucanos (tese do chamado “campo majoritário”). Esse o erro político mais grave do PT no poder e cuja consequência foi a aceitação natural do caixa dois (“mensalão”)e o desvirtuamento dos princípios do PT. Oxalá o Congresso de fevereiro retome e discuta esse tema e mude os rumos da estratégia e o curso do PT no poder.

assalariado.

Conceição, cade meu comentario das 13; 34hs.

Obrigado.

    Conceição Lemes

    Assalariado, o que chegou aqui é o das 13h39. O das 13h34, não. abs

Nedi

Sem que se entre no mérito da ação 470, há que se pensar no seguinte:
o Zé Cardoso tem o dantas dependurado no pescoço…o Zé Dirceu, também tem o dantas dependurado no pescoço…o Rui Falcão aparece de maneira gloriosa no livro do Amaury.
Não dá pra por a culpa somente na ação 470.

assalariado.

Que os partidos de linhas socialistas tenham que fazer auto critica, e lavar suas roupas sujas, em suas lavanderias ideologicas e fisiológicas, nada contra, muito pelo contrário. Os partidos ditos de esquerda perdem tempo imenso quando (é e, estão), sendo pautados pela imprensa burguesa que (de primeirissima hora), é o nosso pior inimigo neste estágio atual da luta de classes no Brasil.

Uma coisa é certa, não podemos dormir no barulho das midias do capital e seus bonecos judiciais, levando -se em conta que, seja “mensalão”, seja caixa dois, estou achando que d’agora por diante, por uma questão tática, se faz urgente, antes do Sr. Lula sair em caravana Brasil adentro, peço que, seja feita uma costura (pelo menos que se tente), com todas as esquerdas para uma futura (HEGEMONIA) politica necessária, para comandar de fato e de direito o Estado brasileiro, sem complexo de vira latas e, com maioria parlamentar. Com uma pauta visionária popular de governo que, por hora os “amigos” da Dona Dilma deitam e rolam. Construir a (HEGEMONIA) para poder mudar as leis, no momento, pró capital e, reverte -las pró social pós 2014. Esta é a senha, ESTÚPIDOS!

Desta forma sim, estaremos todos, rumo ao socialismo. O Hugo Chaves, Correa, Cristina, Morales, Fidel, Mojica, Ortega, ollanta, … todos já sabem disto, e nós? Vamos relembrar o que é a luta de classes, descrito por Lula em outras palavras, no discurso Histórico na campanha de 2010.

Em video;

http://www.youtube.com/watch?v=or-LDiB5Ww4

Sem medo de ser feliz!

Rodrigo Leme

Para Dirceu, a reflexão interna do PT passa por ser cúmplice das suas sujeiras. Al Capone não faria melhor, só pra focar na comparação de mesma categoria de ser humano.

    francisco pereira neto

    Não posso responder pelo Dirceu, mas suas colocações infantilóides é de dar pena.
    É assim que a direita fascista quer voltar ao poder?
    Qual a diferença entre Al Capone e Bush ou Nixon?
    Nem sobre isso voce consegue raciocinar.

    Rodrigo Leme

    Hahahahahaha, não consigo raciocinar sobre isso pq seria fugir do assunto. Tá tão difícil segurar a barra do Dirceu que o mais fácil é mudar de assunto, xingar. Tá certo…se eu tivesse que defender bandido, faria com a mesma vergonha que você.

Urbanos

Dizer que o PT está se pautando apenas pelo mensalão, na melhor das hipóteses é tergiversação do genro. E na pior é pura estreiteza de juízo. A situação foi grave e querer fechar os olhos para a mafiosidade que está se querendo implantar no Brasil é bastante perigoso, pois em se acabando a verdadeira justiça, todo o país cairá em desgraça na lei dos poderosos. E no Brasil quando se fala em poderosos não há como dissociar dos milionários, bilionários, cujas riquezas, salvaguardando-se as irrisórias exceções, foram alavancadas normalmente através da rapinagem. Na blogosfera já existe até informação sobre certos segmentos. Os bandidos ricos do nosso país se encontram soltos por quê? Por que as pastas dos processos deles nunca saem do fundo da gaveta? Por essas picuinhas, foi o ministro que foi…

Filipe Rodrigues

Tarso também quer a ley de médios:

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21508

Eu concordo com o Tarso, ele nunca disse que o Genoíno e Dirceu eram culpados, mas sempre foi crítico das alianças que somente prejudicaram o PT.

A postura do Tarso sempre foi mais inteligente que o Dirceu. Sempre manteve o mínimo de clareza ideológica.

Dirceu pensou no início do governo Lula, que a lua de mel do partido com a mídia ia durar para sempre, foi apunhalado…

A ala do Dirceu no PT não aprendeu a lição, eles pensam que o PSD e o PR no governo é uma vantagem.

Lindivaldo

A Marina, uma das candidatas da mídia para impedir a vitória do PT no primeiro turno em 2014, está aguardando a escolha de um nome do partido a ser fundado por ela…
A folha, triste e ansiosa, está hoje sutilmente apelando para que seus simpatizantes e apoiadores escolham logo a sigla…
Afinal, ela tem até o mês de outubro para a coleta de assinaturas e registro…
Ou seja, a direita tem pressa! Coitadinha…
Vamos dar também a nossa ajudazinha?
Que nome bem adequado você sugere para esse partido?

    Julio Silveira

    Tem uma foto muito esclarecedora sobre o que pensam alguns petistas sobre a Marina, que a faz melhor que muitos de dentro deste partido, talvez gente como você. A foto foi colocada no terra, e nela aparecia o candidato a prefeitura de Porto Alegre lhe dando um beijo em agradecimento pelo apoio a sua candidatura. Na ocasião até questionei quem seria o Judas? Acho mais a cada dia que o PT está infestado de Judas.

    FrancoAtirador

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    Meu caro Lindivaldo.

    Não é só a Folha que está apontando para isto,

    a Mídia Bandida está formando um Senso Comum*:

    O fator Marina
    Autor(es): Plácido Fernandes Vieira
    Correio Braziliense – 11/01/2013 – [via Clipping Planejamento]

    A possível entrada de Marina na disputa pelo GDF provoca turbulência no cenário político da capital do país.
    Apesar de ela negar a candidatura, a ex-ministra, que hoje seria presidente da República se dependesse do voto do brasiliense, desponta como opção à esquerda [SIC].

    E justamente num momento em que parcela expressiva de formadores de opinião se esforça para difundir a tese de que já não existe esquerda nem direita no Brasil.
    O país se dividiria praticamente entre duas turmas.
    A que “rouba, mas faz”, que não estaria nem aí para a questão social;
    e a que “rouba, mas distribui”.
    Essa última chegou ao poder com um discurso ético e depois o atirou na lata do lixo. Flagrada nas tenebrosas transações que resultaram no escândalo do mensalão, passou a difundir a tese de que não é possível governar sem se aliar a corruptos e montou um exército encarregado de enxovalhar a reputação de quem quer que defenda o mínimo de decência na política. O discurso dos radicais que deram uma guinada à direita e se tornaram aliados de Maluf e Collor se sustenta numa base forte: a de distribuição de renda aos brasileiros mais necessitados.

    Como nunca antes a elite que dominou o país por 500 anos se preocupou em dividir o bolo com a parcela mais pobre da população, essa turma o fez.
    Sobretudo com aumentos reais do salário mínimo.
    E, ao fazer, tirou da elite o gigantesco curral eleitoral que votava em troca de migalhas, como dentaduras, distribuídas nas vésperas de cada eleição.

    A um desavisado, essa política parece de esquerda.
    Mas, no fundo, é oportunista e populista.
    Oportunista, porque não pôs fim, nem sequer tentou, às engrenagens de desvio de dinheiro público que poderia tornar melhor as estradas, a educação e a saúde.
    Pelo contrário, apoderou-se de esquemas, como o mensalão, para perpetuar-se no poder.
    E populista, porque não procura instituir no país uma mudança estrutural que beneficie o povo mais profundamente.
    A educação, base de uma verdadeira revolução, está sucateada.
    E sobre a saúde é bom nem falar…

    Ou seja, a distribuição de renda transformou o país para melhor. Bem melhor.
    É fato.
    Os brasileiros, sobretudo os diretamente beneficiados, são muito gratos a Lula.
    A elite, que antes o temia por medo de perder as boquinhas, hoje também o idolatra.
    E outros, que sempre o apoiaram quando a nata do PIB o odiava, continuam a esperar o mea culpa pelo estelionato eleitoral [SIC].

    É nesse cenário que Marina desponta como opção política.

    (http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/1/11/o-fator-marina)
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    *”Superando o Senso Comum”

    Manga com Leite ou Melancia com Uva matam ?

    (https://docs.google.com/presentation/d/1OkQzgwlXmp6Ab6rcocCUgn07T1LRuJyFlDVAAoTvJZ0/edit?pli=1#slide=id.p4)

    FrancoAtirador

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    Marina diz que proporá novo partido
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    Marina defende o “ativismo autoral”

    Autor(es): Por Daniela Chiaretti | De São Paulo
    Valor Econômico – 11/01/2013 [via Clipping Planejamento]

    A decisão de criar um novo partido para acolher o grupo de apoio à ex-senadora Marina Silva será tomada em Brasília, em reunião ainda sem data marcada, mas antes do Carnaval. O encontro será de lideranças que, segundo Marina, “querem participar da política, e não ser espectadoras, mas protagonistas”.

    No encontro, Marina vai defender a criação do partido, embora ela tenha se manifestado contra a ideia desde que deixou o PV, após a eleição presidencial de 2010. Ela disse ao Valor que na época preferia “apostar em uma articulação mais ampla, transpartidária, com a proposta da sustentabilidade e de uma nova forma de fazer política”. Hoje, porém, mudou de opinião: “No Brasil, infelizmente, como não existem candidaturas livres, avulsas, como há nos Estados Unidos e na Itália, ou você está dentro dessas estruturas ou você não existe”.

    Fundar ou não um partido? No início de fevereiro, possivelmente em Brasília, jovens, empresários, intelectuais, políticos, líderes religiosos e ambientalistas se reunirão para decidir o desdobramento institucional do Movimento por uma Nova Política, a frente suprapartidária lançada em 2011 pela ex-ministra de Meio Ambiente do governo Lula e ex-senadora Marina Silva. Trata-se do coroamento de dois anos de discussões deste grupo. A maioria é a favor de uma nova sigla, mas há resistência à ideia, principalmente entre os jovens. Se a decisão for por um partido puro-sangue, que dispute as eleições em 2014, terá que ser diferente.

    É esta ideia que fez Marina Silva mudar de opinião. Quando saiu do Partido Verde, ela se opôs à criação de algo feito às pressas, para disputar as eleições em 2012. Agora diz que viu o movimento amadurecer, decantar, estar em sintonia com um ativismo moderno e espontâneo, que reconhece no mundo todo e batiza de “ativismo autoral”. É formado por pessoas descontentes com a estagnação política, econômica e de valores e que não consegue fazer frente à profunda e complexa “crise civilizatória” atual.

    Este novo partido, se confirmado, pode ter novidades em seu estatuto e a sustentabilidade como vértice. Poderá abrigar candidaturas livres, ter presidência de curto prazo e rotatória e até um pacto de não agressão a rivais nas disputas eleitorais. A seguir, os principais trechos da entrevista ao Valor:

    Valor: A senhora irá formar um novo partido?

    Marina Silva: É importante antes resgatar o processo político daquele grupo que viveu a experiência das eleições presidenciais de 2010, nestes últimos dois anos, desde que saímos do PV. Uma parte do grupo achava que se deveria criar imediatamente um partido. Eu era contra esta proposta.

    Valor: Por quê?

    Marina: Argumentava que não se cria partido por causa de eleição. Naquela época a avaliação era de se fazer um partido já para concorrer em 2012. Dizíamos que deveríamos apostar em uma articulação mais ampla, transpartidária, com a proposta da sustentabilidade e de uma nova forma de fazer política. E se, no futuro, uma parte deste movimento – que é muito maior do que a dos que querem fazer um partido -, quisesse decantar um grupo para ver se havia profundidade e identidade política para criar algo que não seja apenas mais um partido, com foco apenas em mais uma eleição, que era legítimo que estas pessoas fizessem isso. Eu só iria fazer esta discussão depois das eleições de 2012.

    Valor: Como a senhora participou das eleições de 2012?

    Marina: Apoiando candidaturas de forma exclusivamente programática. Engraçado como as pessoas se esquecem disso. Se fosse uma perspectiva puramente eleitoreira, eu teria me envolvido com muitas campanhas e com aquelas que poderiam estar comigo no futuro. Eu me envolvi com candidaturas que nunca vão se descolar dos seus partidos de origem.

    Valor: Quais, por exemplo?

    Marina: Apoiei a candidatura de Durval Ângelo [candidato derrotado à Prefeitura de Contagem], que é uma pessoa orgânica do PT de Minas, não vai sair do PT, mas tem compromisso com esta agenda. O próprio Serafim [Corrêa, candidato derrotado à Prefeitura de Manaus], ligado ao PSB. O Edmilson [Rodrigues, candidato derrotado à Prefeitura de Belém], que nunca vi questionar sair do PSOL. O Heitor [Ferrer, candidato à Prefeitura em Fortaleza], que não está cogitando sair do PDT. São mais do que indícios de que se está discutindo uma proposta de visão de mundo e de país. Aquela ideia de que o importante é formar uma comunidade de pensamento que pode ser de pessoas de diferentes partidos ou que não são de partidos, da academia, de movimento sociais, mas todos refletindo sobre a crise do modelo que estamos vivendo. Esta crise civilizatória que se expressa na política, na questão ambiental, na economia, em valores, em graves problemas sociais. É apostar em um movimento oceânico.

    Valor: Como assim, oceânico?

    Marina: Hoje uma parte da sociedade se movimenta de uma forma meio oceânica, integrada pelo forte questionamento do que está acontecendo no Brasil e no mundo, em relação à crise civilizatória. Me impressiona muito o reducionismo que se faz da discussão de tudo isso. A eleição faz parte de um processo, dá uma forte contribuição para a mudança da cultura política, mas não é um fim em si mesmo e não é a única forma de dar essa contribuição. Tem que existir um caldo de cultura transformador. Nestes dois anos tenho participado do processo político, mas não nesta agenda do poder pelo poder. Não fiquei na cadeira cativa de candidata à Presidência da República, mas no lugar de militante socioambiental. Queremos discutir a partir de novos patamares.

    Valor: Há quem fale na falta de visibilidade sua nestes dois anos.

    Marina: Continuei fazendo o que sempre fiz. Tive uma agenda intensa, para mim política é um processo vivo. E agora estou diante de um movimento que, pode ter certeza, não partiu de mim. Existem inúmeras pessoas, parlamentares, lideranças, grupos sociais que têm cobrado de mim uma posição. E eu, que segurei este processo até o fim das eleições de 2012, por uma questão de respeito ao legado que eu e Guilherme Leal [empresário da Natura e vice na chapa em 2010] suscitamos, tenho que me colocar. Não poderia me omitir diante do legado consistente que temos e que está propondo algo que, se não é um novo caminho, pelo menos é uma nova maneira de caminhar na política.

    No Brasil, como não há candidaturas avulsas, ou você está dentro das estruturas, ou não existe

    Valor: Mas a maneira de interferir na política é através de um partido. A senhora está considerando…

    Marina: É também através de um partido. O problema é que os partidos começaram a ter o monopólio da ação política. No Brasil, infelizmente, como não existem candidaturas livres, avulsas, como há nos Estados Unidos e na Itália, ou você está dentro destas estruturas, em seus moldes tradicionais, ou você não existe. Mas não tivemos a reforma política e é preciso cumprir os processos legais se quisermos participar da política tradicional.

    Valor: O que está sendo feito?

    Marina: Lideranças políticas da sociedade, que querem partido ou não, mas que querem participar da política e não ser espectadoras mas protagonistas, têm me procurado para conversar. Tenho sugerido que, no início de fevereiro, se faça uma reunião para que este movimento tome a decisão. Vai continuar como movimento da sociedade? Vai ter uma participação na política institucional?

    Valor: Já tem data e lugar?

    Marina: A ideia é que aconteça antes do Carnaval, possivelmente em Brasília. Estes movimentos estão antecipando discussões, fazendo manifestos, propostas de estatuto. Isso está sendo feito independentemente da minha vontade, mas acho legítimo. Durante estes dois anos houve, de fato, um adensamento, uma decantação para evitar que fosse apenas mais um partido com apenas uma perspectiva eleitoral.

    Valor: A militância política está mudando?

    Marina: Acho que está mudando significativamente no mundo e no Brasil também. Hoje não é mais aquele ativismo dirigido pelos partidos, pelos sindicatos, pelas organizações clássicas que tínhamos. É um ativismo diferente, que chamo de ativismo autoral. Boa parte das pessoas que integram as causas do século 21 fazem isso porque estão alinhadas com os mesmos princípios mas também pelo prazer de experimentar uma ação política produtiva, criativa e livre. Muitos sentem desconforto com a política separada da ética, a economia separada da ecologia.

    Valor: Quais são estes canais?

    Marina: Pode-se identificá-lo, por exemplo, nas manifestações recentes contra a corrupção, que não foram convocadas por nenhum partido político. A menina que fez aquele movimento para melhorar a escola dela é caso típico deste ativismo autoral. Os movimentos “Ocupem Wall Street”. A própria campanha de 2010 foi assim, porque o PV não tinha estrutura, não tinha tempo de televisão, as pesquisas diziam que eu estava estagnada em 8%. E mesmo assim, as pessoas, autoralmente, fizeram um processo político. Isto é uma tendência no mundo. Eu estou dialogando com isso. Talvez esteja mesmo no ostracismo para o velho ativismo, de movimentos a serviço de um partido.

    Valor: Pode explicar melhor?

    Marina: É como se tivéssemos uma grelha com brasas: as brasas juntas produzem calor para aquecer uma pessoa, mas se estiverem separadas, irão se apagar. O que agrega as pessoas são os ideais e um dos fortes ideais hoje é a sustentabilidade. Mas entendendo a sustentabilidade não só como uma maneira de fazer, mas como uma maneira de ser, uma visão de mundo, um ideal de vida que deve perpassar a economia, a ciência, a tecnologia, a relação do homem com a natureza e consigo mesmo.

    Valor: E como poderia se traduzir isso na realidade de um partido?

    Marina: Se a decisão for por um partido, no meu entendimento tem que ser com esta visão antecipatória. Não dá para ser a favor da reforma política e não agregar neste novo instrumento institucional os elementos da reforma política que queremos que aconteça.

    Valor: Como o quê, por exemplo?

    Marina: O PT foi capaz de antecipar várias coisas no seu tempo. Naquela época os partidos se constituíam e as decisões eram tomadas pelas convenções com os delegados oficiais. O PT colocou em seu estatuto que as decisões seriam pelo pleno do partido e a convenção oficial referendaria a decisão tomada pelo pleno do partido. Foi assim até que se transformou em um partido convencional como qualquer outro, mas isso é recente. É possível, mesmo na atual legislação, ter uma política mais aberta, democratizar a democracia. E os partidos políticos têm que dar a sua contribuição.

    Valor: Se o movimento decidir pela criação de um partido, como ele seria diferente dos outros?

    Marina: Sou a favor, e boa parte do grupo também, das candidaturas livres. No Brasil, sem reforma política, não se consegue isso, mas dá para antecipar. O partido tem um programa e princípios, e quem está vinculado a eles poderia, mesmo não sendo orgânico do partido, ter uma legenda. Do mesmo jeito que se tem 30% para mulheres, se poderia ter, também, 30% para candidaturas respaldadas pela sociedade desde que coerentes com princípios e valores. É possível antecipar a ideia das candidaturas livres resguardando 30% de vagas para personalidades, ou pessoas de movimentos sociais, que queiram articular programaticamente uma lista de apoio e ser homologado pelo partido. Porque, para concorrer, é preciso ter uma homologação institucional.

    O ativismo autoral está em manifestações apartidárias contra a corrupção ou como a “ocupe Wall Street”

    Valor: E no financiamento?

    Marina: O financiamento público de campanha hoje não é possível. Mas é possível um financiamento popular de campanha? Em vez de poucos contribuindo com muito ter muitos contribuindo com pouco? Há duas propostas sendo debatidas. Uma, que seria só pessoa física, sem limite de contribuição. Advogo a ideia de que poderia ser empresas e pessoas físicas, com teto de contribuição. Teríamos que discutir este teto.

    Valor: Defenderia a reeleição?

    Marina: Sou contra a reeleição para cargos executivos, que no meu entendimento é um atraso na realidade do Brasil. Poderia até ter mandato de cinco anos, mas sem direito à reeleição, porque as pessoas não fazem o que é necessário e estratégico para o interesse do país, mas fazem o que é estratégico para o interesse da sua própria reeleição. Esta é uma visão minha, não do grupo.

    Valor: A legislação permite todas estas mudanças?

    Marina: Com certeza. Se você estabelecer que o financiamento da campanha vai ser só de pessoa física, isso está no estatuto do partido. Se disser pessoa física e empresa, com um teto, se está no estatuto do partido, não há problema. Se alguém consegue uma lista de assinaturas o endossando, proporcional à realidade de seu município ou sua região eleitoral, por exemplo, e se essa sua plataforma é coerente com os valores do partido, pode-se homologar a filiação sabendo que esta pessoa não quer ser um militante orgânico do partido, mas é alguém que representa a sua causa. E que a sua filiação é puramente uma exigência da atual legislação, que não permite candidaturas livres.

    Valor: A sustentabilidade seria o eixo do partido?

    Marina: A questão da ficha limpa seria algo a priori e o compromisso com a sustentabilidade seria algo no vértice de tudo. A ética na política teria que ser condição “sine qua non”, não pode ser uma bandeira. Mas, por exemplo, poderia ser um partido que tenha uma presidência por um tempo, que não seja por um tempo eterno. A cada ano, teríamos outro presidente para evitar cristalizações. O PV na Alemanha, por exemplo, tem um homem e uma mulher como presidentes. Tem coisas que já dá para fazer. Pessoas como o economista José Eli da Veiga, o cineasta Fernando Meirelles, o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, o economista Eduardo Giannetti da Fonseca não sei se vão se filiar, mas são pessoas que têm o direito de participar, de votar, de apresentar propostas. São protagonistas do processo político. Tem que ter mecanismos novos porque senão vai ser mais do mesmo. O que está se discutindo é outra coisa, é uma visão de país, de mundo, do que o século 21 exige de nós. É um esforço, ninguém tem a resposta. As coisas estão sendo produzidas nos espaços da polarização, que é estagnante.

    Valor: Outra novidade?

    Marina: Um partido político hoje tem que ter um pacto de não agressão. Eu posso fazer uma critica à presidente Dilma [Rousseff] ou ao [ex-]governador [José] Serra e não precisa ser no diapasão destrutivo que virou a política. Viramos a cultura da acusação e da queixa.

    Valor: Há quanto tempo esta discussão vem acontecendo?

    Marina: Estou repensando a ideia do partido. Não poderíamos fazer de forma só para participar da eleição de 2012. Isso aconteceu, o amadurecimento desta ideia, ao longo de dois anos. Há muitos que querem mais do que um partido, algo que seja um projeto de país. Isso não é uma decisão que será tomada agora, isso está em discussão desde que nos separamos do PV.

    Valor: Mas dá tempo de participar da eleição de 2014?

    Marina: Não sei se dá tempo. Me perguntaram se poderia ser mais fácil ir para um partido já existente ou fazer uma fusão. Poderia ser mais fácil, mas não o mais coerente. É preferível correr o risco de tentar manter a coerência. Se não for possível, paciência. Tentou se fazer algo que faça diferença e não um processo puramente eleitoral.

    Valor: Como a senhora vê o Brasil hoje? A crise energética, por exemplo?

    Marina: Infelizmente o Brasil não foi capaz de criar uma agenda do século 21. O Brasil tem condições de dar energia diversificada e distribuída, mas não tem levado isso a cabo, e aposta em modelos que estão falidos, centralizados, dos grandes empreendimentos. Ser o país detentor da maior área de insolação do planeta e não apostar em energia solar, dá uma tristeza. Temos um modelo que não se abre aos diversos segmentos da economia.

    Valor: Como a senhora vê a discussão do PIB, do quanto o Brasil cresceu. Poderia ter sido mais?

    Marina: A gente não pode tratar o Brasil como se fosse uma ilha separada do mundo. O Brasil faz parte desta velha economia e está em crise junto com ela. Uma crítica que eu faço é que não se aproveita a crise para ir rumo à nova economia, mas não posso imaginar que o Brasil é uma bolha de prosperidade separada do mundo. Tanto estão errados os que estão dentro do governo e venderam a ideia de que o Brasil está imune à crise, como se a presidente Dilma pudesse fazer uma mágica e nos colocar em uma ilha de prosperidade separada do mundo. Poderíamos fazer investimentos em outra direção. Mas a presidente Dilma não tem uma varinha de condão para fazer essa mágica.

    Valor: E quais são os próximos passos do movimento?

    Marina: As pessoas estão conversando entre si. Parlamentares, ex-PV, ex-PT, pessoal da academia, da juventude, gente que quer partido, gente que não quer. Todos estão conversando. No início de fevereiro a ideia é ter este encontro, como uma preliminar. Feito isso, os grupos podem criar um instrumento para a política institucional. E aí há grupos se antecipando para levar propostas para a segunda parte da reunião, por causa do calendário eleitoral.

    Valor: Qual é a sua posição?

    Marina: Acho que amadurecemos sim. A própria forma como as coisas estão acontecendo fez uma boa decantação daquelas ideias de que se tratava de só mais um partido e que precisávamos ter alguma coisa para estar nas eleições de 2012 de qualquer forma. Agora está claro que se trata de algo maior do que um partido. É um movimento.

    Valor: Se o partido sair, será de esquerda?

    Marina: Na campanha, quando me perguntavam e ao Alfredo Sirkis [deputado federal do PV do Rio] se estávamos à esquerda ou à direita, dizíamos que estávamos à frente. Uma frente da sustentabilidade na política, na economia, nas instituições. É importante criar um caldo de cultura política para terminar com esta estagnação da política.

    Valor: E os líderes evangélicos, como estão nesta discussão?

    Marina: Ninguém está participando como líder religioso, mas como cidadão. Ninguém vem em nome de sua ONG, mas como cidadão. Estamos vendo a política como um processo novo e vivo, 2010 não tem como ser repetido. É um novo processo.

    http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/1/11/marina-diz-que-propora-novo-partido

    FrancoAtirador

    .
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    Viu, Lindivaldo ?

    O partido já tem até nome:

    É o PAA (Partido do Ativismo Autoral).
    .
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    Só a Margarina Salva os silva,

    enquanto a Serpente silva

    e salva de palmas à natura.
    .
    .

Roberto Locatelli

Tarso Genro quer despolitizar a ação penal 470, quando ela é, obviamente política.

A AP 470 é um ataque ao partido, assim como o foram as “denúncias” da Veja / Cachoeira que derrubaram ministros de Dilma.

O que a direita do PT finge não ver é que há um golpe de estado em andamento, à semelhança dos golpes em Honduras e no Paraguai. A ferramenta do golpe é a trupe midiática do Joaquim.

    francisco pereira neto

    E com certeza Locatelli, não será com dirigentes do tipo do sr. Genro que o partido irá enfrentar a mídia vadia, a oposição fascista e todo o segmento social que compactua com eles.
    Como o partido deve se superar com essa farsa, como ele mesmo disse que o STF inventou um uso da teoria do domínio dos fatos, para condenar Dirceu?
    Essa é a ala do partido que ele representa? Enterrar a cabeça na areia? E entregar o maior ideólogo do partido para as feras trucidá-los?
    Se ele condena a fórmula como o PT chegou ao poder, porque então ele parcipou como ministro? Na hora de usufruir das “delícias” do poder, ele não pensou nisso?
    A pergunta que deve ser feita a Genro, que tenho a certeza que o Globo não fez, é porque os parlamentares do PT sumiram no Congresso. Não tenho conhecimento de nenhum deles defenderem o Zé Dirceu. Ou será que ele acha que Dirceu está na mesma vala de Demóstenes, Pirilo, José Roberto Arruda?
    Por fim, uma sugestão ao ilustre governador. A Marina está montando um partido. Assim como voce, ela foi do PT. Acho que vai se dar bem lá.

    maria olimpia

    Concordo com ambos, Locatelli e Francisco Pereira Neto!

    Rodrigo Leme

    “Ou será que ele acha que Dirceu está na mesma vala de Demóstenes, Pirilo, José Roberto Arruda?”

    E não estão? Talvez peo fato do Dirceu – ao contrário dos outros – ter sido chefe da quadrilha de seu esquema, ele tenha um cafofo mais confortável na vala.

carlos saraiva e saraiva

Gostaria aqui, de sugerir, como petista, à não aceitarem a armadilha da imprensa. A imprensa, está trazendo para os holofotes e as gráficas uma “disputa” petista. O intuito é desviar a luta externa, jogando no colo do próprio PT. A tentativa é o enfraquecimento do partido, sua divisão. A tentativa é continuar nos pautuando. A tentativa é manter o PT, na defensiva. Ora, companheiros(as), não nos deixemos cair em tentação, seja por “ingenuidade”, por “narcisismo” intelectual , ou qualquer outra razão. A direção do PT, está respondendo à altura esta questão e a militância repudia este tipo, de disputa midiática. A militância está preocupada, com os desafios, que teremos de enfrentar contra a direita inconformada, sobretudo a grande mídia, para avançarmos no nosso projeto, vitorioso, que o povo aprovou e aprova. Vamos discutir os rumos à tomar, internamente.

    José Ricardo Romero

    A direção do PT não está respondendo a questão alguma, está paralizada ou cooptada pelo PIG e pela direita. Não impeçam, caros Saraivas, que a indignação da esquerda e dos autênticos petistas se manifeste. Onde os petistas e esquerdistas poderíamos mostrar a nossa indignação com essa covardia crônica do PT, senão nos excelentes blogs sujos como este? Se a direita se aproveita destas críticas é por culpa do PT e destas estratégias diversonistas de justificar a inação pela espera para daqui a muitos meses o início de um congresso para…conversar! Ora à merda estas conversas todas. O que queremos destes políticos bunda-moles do PT é que se mexam, é que tenham dignidade e que honrem os salários altíssimos que recebem graças a terem sido eleitos por nós.

    Pedro Cruz

    O verdadeiro petista é a direção do partido. O verdadeiro petista está trabalhando, se reunindo, discutindo e ajudando a definir suas políticas. O “verdadeiro” petista não está com a bunda na cadeira, atirando pedras e ajudando a direita a TENTAR destruir o partido.O Verdadeiro petista é aquele que ajuda a construir as políticas do partido. Quem fica de longe atirando pedras é troll, à vezes travestido.

    Vladimir

    Numa coisa temos que admitir, o Lula esta jogar “limpo” drento das regras,Depois da alternancia, nada lhe impede, que ele se recandidate, acho que ‘e valido.Agora vai depender da Dilma, fazer esquecer o Lula, o que acrescenta responsabelidades a Dilma, e nesse aspecto o Brasil ganha, pois o nivel tende a subir, pelo menos teoricamente.

José Ricardo Romero

Deixar o posicionamento político para um congresso no próximo ano é a mesmíssima atitude covarde e protelatória que o PT vem tomando. Quem não quer enfrentar o problema, cria comissões, faz congressos, vota e desvota na medida em que os companheiros vão chegando para a reunião, sempre atrazados… Já está tarde, talvez tarde demais, para o PT subir nos tamancos e honrar os votos que recebe dos brasileiros e peitar, com violência se for preciso (já ouço o bater de asas da revoada de políticos petistas) estes fascistas do judiciário, do STF, da mídia golpista e destes falastrões da oposição.

vicente caliman

Fico impressionado como o partido prefere se desgastar mais ainda discutindo problemas internos na mídia. Não consigo ver mais aquele partido aguerrido e cheio de bandeiras para melhoria das condições do povo. Ou estão voltados para um mutismo do tipo “não é comigo” ou estão tentando se mostrar, na mesma mídia que os ira crucificar, na próxima esquina.È coisa de louco.

    Pedro Cruz

    Não consegue ver um partido aguerrido cheio de bandeiras??? Enfrentamento com o capital financeiro (juros mais baixos da História), enfrentamento com as concessionárias de energia (redução de 20 a 28% nas contas), ampliação dos programas sociais, economia em pleno emprego (4,4%), investimento pesado em infraestrutura, resolvendo os problemas de industrialização, realizando a maior e melhor copa do mundo e correndo atras para melhorar os investimentos públicos e privados. Quer mais….. Só falta voce tirar a bunda da cadeira e vir ajudar!!!

Pedro Cruz

José Dirceu VS Tarso Genro, essa é a questão mais importante do momento. Depois de Desenvolvimento social com inclusão, gargalos na industrialização, na infraestrutura, nos investimentos, educação, saúde, esta é uma dicussão a ser amadurecida. A questão não é ser a favor ou contra as leis de medio. A questão é manter ou não as politicas de alianças do PT, manter alianças com o centro ou ir à esquerda?? Continuar disputando as eleições para ganhar ou sermos mais restritivos nas alianças?? Eis a questão, esse é o debate.

Ana Cruzzeli

O que Tarso Genro, Olivio Dutra e outros poucos petistas ainda não entenderam é que esse Julgamento de exceção abri uma janela de oportunidades para mudanças profundas e estruturantes.

Uma sociedade só faz esse tipo de movimento através da indignação. É assim em qualquer parte do mundo. Na Tunisia o suicidio de um simples vendedor de frutas, na Inglaterra o Murdock pego grampeando telefone de sequestrada. Aqui grande parte da sociedade está SIIIIIIIIM incomodada com a força com que a justiça tratou os acusados do da AP470 e como a midia usou esse julgamento.
Temos, mais agora do que nunca , uma janela de oportunidade para debater que consequências esse julgamenta trará de bom ao povo brasileiro. De cara vejo dois
1- No campo juridico( eleições nas cortes superiores como STF, STJ TC. Onde hoje há nomeações tem que haver eleição
2- No campo da midia, as regulações necessárias para sua implementação. E não só isso. Acredito que a sociedade gritará mais e mais para uma TV publica , Jornal publico, rádio publico estatal.

Acho, não, tenho certeza que os estudantes de comunicação social e direito estão muito, mas muito interessados em como o PT vai conduzir tudo isso. Na verdade PT JOVEM que fez o jantar de arrecadação está entendendo toda a parada, está enxergando muito além do jardim.

O que fizeram os os réus e com o PT na AP 470 foi algo para nunca esquecer.

    francisco pereira neto

    Concordo contigo Ana.
    Não espere que isso aconteça com Genro e a ala da qual ele pertence.

    maria olimpia

    Perfeito, Ana Cruzzeli!

H. Back™

Parece que “o quinta coluna” Tarso Genro foi picado pela mosca azul

Fran Coutinho

Dirceu, 10 a 0.

    Akio

    Joao de Sousa Selecionado.Tudo Bem, prometeste vir ca vsitiar-me, nao te esqueceste pois nao ? vou ficar ‘a espera, para quando achares ideal, vem com a Madame e a Karina.Aqui comecou a “rapar” frio, vai ate finais de Janeiro, depois tens fevereiro e marco bons e abril comeca aquecer ate finais de julho, entao ve se programas conforme tua “sensibelidade atmosferica”, aqui estamos todos ‘a espera.

J Souza

Os números mostram que a mídia golpista fala para dentro, pois o PT elegeu:

Em 2006: o presidente, 5 governadores, 2 senadores e 83 deputados federais
Em 2010: a presidente, 5 governadores, 11 senadores e 88 deputados federais
Em 2012: 632 prefeitos (3º lugar geral), sendo 4 capitais (incluindo a mais populosa cidade do Brasil, “coração” da mídia golpista)

Nessas três eleições a mídia golpista gastou bilhões para dizer que o PT era o partido “mais corrupto” do país, mas, nem com o apoio total do STF a credibilidade desta mídia corrputa aumentou. Perderam, e se continuarem tentando enganar o povo, vão continuar perdendo…

    Filipe Rodrigues

    Só isso de deputados federais? Nem 20% da câmara, mesmo que o partido tenha tido quase 50% nas eleições presidênciais.

    Era para ser maior a bancada do PT, se fizesse menos alianças com o fisiologismo.

Messias Franca de Macedo

DIRCEU RESPONDE A GENRO.
ESQUECER O MENSALÃO? NÃO!
Dirceu quer a Ley de Medios. E o Genro?
publicado em 18/01/2013
em http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2013/01/18/dirceu-responde-a-genro-esquecer-o-mensalao-nao/#comment-1024968

(LÁ VEM O MATUTO ‘BANANIENSE’ TRAZENDO PIPOCA E SUCO DE LARANJA! O ESPETÁCULO ESTÁ, APENAS [APENAS!], COMEÇANDO! ENTENDA)

OXENTE, DE AGORA EM DIANTE É QUE VIRÁ A PARTE BOA DO MENSALÃO!…

… Os hipócritas do conluio mídia venal/STF não resistem a um sopro de discussões verdadeiramente sérias acerca da reforma política, da regulamentação dos meios de comunicação, da necessidade de investimentos em Educação, Ciência e Tecnologia, dos rumos do nosso desenvolvimento [nacionalista], dentre tantas outras questões de interesse da maioria da população trabalhadora brasileira…

DOIS RUMOS: recurso a uma Corte Internacional;
julgamento da Ação Penal 536, MENSALÃO [DEMo]tucano, nascedouro do ‘Valerioduto’!… Bemge, Cemig, Comig, atual Codemig, aí, sim, dinheiro público “lavado a pau mineiro”!…

(Mensalão tucano, também denominado mensalão mineiro e tucanoduto, é o escândalo de peculato e lavagem de dinheiro que ocorreu na campanha para a eleição de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) – um dos fundadores, e presidente do PSDB nacional – ao governo de Minas Gerais em 1998, e que resultou na sua denúncia pelo Procurador Geral da República ao STF, como “um dos principais mentores e principal beneficiário do esquema implantado”, baseada no Inquérito n.o 2280 que a instrui, denunciando Azeredo por peculato e lavagem de dinheiro…
VER MAIS EM: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mensal%C3%A3o_tucano)

EM TEMPO: aqui pra ‘nois’, em muitos aspectos o Tarso Genro tem razão: e o próprio PT reconhece a imperiosa necessidade do seu ‘(re)fazer política’!…

República de ‘Nois’ Bananas
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo

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