Emir Sader: A “guerra ao terror”, 10 anos depois

Tempo de leitura: 3 min

por Emir Sader, em seu  blog

“Os EUA, como o mundo sabe, nunca começam uma guerra”, dizia John Kennedy em 1963. Vinte anos depois, Ronald Reagan reiterava: “A politica de defesa dos EUA está baseada numa única premissa: os EUA nunca começam um enfrentamento. Nós nunca seremos um agressor.”

A reação aos atentados de setembro de 2001 fizeram com que os EUA mudassem formalmente sua doutrina. Richard Armitage, Secretário de Estado naquele momento, anunciou o que mudava: “A História começa hoje. Decretava-se o fim da doutrina da contenção, enunciada quando os EUA anunciavam o começo da “guerra fria”, recém terminados os armistícios da Segunda Guerra. O Secretario de Defesa, Donald Rumsfeld dizia: “a melhor, e em alguns casos, a única defesa, é uma boa ofensiva”. Indo mais longe na sua nova doutrina de guerra, os EUA passaram a reivindicar o direito ao ataque preventivo, alegando o caráter da guerra informal, contra um inimigo sem território definido.

No marco de um mundo unipolar, com o triunfo absoluto na “guerra fria” e a desaparição da outra super-potência, a Pax Americana já reinava uma década antes. A primeira guerra do Iraque, a guerra da Iugoslávia e outras ações militares – como a fracassada na Somália – prenunciavam que a inquestionável superioridade militar norteamericana reordenaria o mundo conforme seus desígnios.

Dez anos depois, os EUA demonstram que não estão em condições de desenvolver duas guerras simultaneamente, mesmo com uma brutal superioridade militar, contra países virtualmente ocupados. Tanto no Iraque quanto no Afeganistão, a retirada das tropas não dá garantias de controle militar da situação, mesmo ainda com a presença dos EUA, fazendo prever novos adiamentos da retirada do Iraque.

O mundo sob hegemonia imperial norteamericana não é um mundo mais seguro do que antes. A superioridade militar não é garantia de ordem política, como já indicava o velho preceito: Se pode fazer tudo com as baionetas, menos sentar em cima. Essa ilusão tiveram os Estados Unidos. Acreditavam que poderiam envolver o mundo inteiro na sua lógica de represálias contra “o terror” e que a ideologia de militarização dos conflitos seria hegemônica, a ponto de permitir um tranquilo bloco político de apoio.

Se isso se deu no impacto imediato das ações, ainda em 2001, com a invasão do Afeganistão – mesmo sem provas alguma de que dali tinham sido articuladas as ações nos EUA -, a coalizão não resistiu à invasão do Iraque, sem provas e sem a aprovação do Conselho de Segurança. Mas o enfraquecimento das alianças foi efetivamente se dando conforme a guerra se prolongava e os desgastes – financeiros e de baixas – foram se avolumando, incluindo Abu Graieb e Guantanamo.

A estratégia da “guerra ao terror” teve seus ganhos, serviu de álibi para que os EUA consolidassem sua liderança no mundo, ao privilegiar a esfera em que é mais forte – a militar. Mas chegam aos 10 anos desgastados militarmente, enfraquecidos na sua capacidade de liderança política e fragilizados economicamente.

Um balanço duro para quem se erigia como senhor do mundo há uma década. A hegemonia norteamericana entrou em crise, sem que apareça outra força que possa substituí-la. O que se pode vislumbrar no horizonte é um mundo multipolar, que possibilite resolver os conflitos não pelo predomínio militar, mas pelas negociações politicas, em que a “guerra ao terror” possa ser substituída pelo terror à guerra.

Emir Sader, sociólogo e cientista, mestre em filosofia política e doutor em ciência política pela USP – Universidade de São Paulo

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Comentários

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Marcio H Silva

Sei não, mas acho que os chineses tão quietinhos esperando os EUA se enfraquecerem para começar a falar grosso com o mundo. No momento os chinas estão construindo sua infra-estrutura bélica, para depois começar a peitar os EUA e OTAN nas suas áreas de interesse.

lia vinhas

O que n]ão daria para fazer pelo povo nos EUA com esse mais de um trilhão de dólares que gas tam com suas ocupações genocidas? Realmente nada começou com os ataques as torres gemeas (comprovadamente realizados com a conivencia do prórpio governo Bush). Já na Guerra do Golfo, o Bush pai destruiu todas as fábricas de armamentos do Iraque. O filhote só fez terminar de destruir o país e eliminar convenientemente boa parte da população para os EUA de tornarem os donos de fato do Iraque, assim como vem acontecendo com o Ageganistão, Líbia, Egito e outros países do Oriente Médio, além da Coréira do Sul, Porto Rico, México Colombia e por aí vai. As pedras no sapato deles continuam sendo Cuba, Coréia do Norte, Irã , Venezuela (com Hugo Chavez) e todos os demais países países que não se curvam ante seus ditames.

Renato

MArinha Inglesa? Inglaterra estava sendo derrotada pela força aerea alemã.
FOrça area francesa? Cade essa força, quando a Alemanha ocupou esse país?
Exercito Soviético, Somente venceu a Alemanha, por causa do erro grotesco alemão em invadir a Rússia no inverno.
Eu acredito que a entrada dos EUA foi um fator determinante para a derrota da Alemanha Nazista.

    FrancoAtirador

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    Não há dúvida que a indústria bélica norte-americana teve um papel determinante na 2ª guerra.

    Também é inegável que a Rússia nunca foi derrotada, por nenhum exército, nos limites de seu território.
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    Lucas

    Os seu conhecimento da segunda guerra é risível. A marinha inglesa ainda era a maior do mundo na época da segunda guerra, e eles venceram a guerra aérea contra os alemães (tanto que estes últimos foram forçados a cancelar a planejada invasão da Grã-Bretanha).

    O exército francês era um dos maiores do mundo quando a Alemanha invadiu. A vitória alemã foi graças a uma série de fatores, como a doutrina do Blitzkrieg, setores derrotistas da elite francesa, e o golpe contra a moral que foi a rápida conquista da Polônia, entre outros. Mas o exército alemão era pequeno e atrasado em relação ao francês.

    Os Alemães não invadiram a Rússia no inverno. Invadiram no verão com o objetivo de destruir o regime soviético e escravizar ou exilar para a Sibéria todos os eslavos, com o objetivo de formar um Lebensraun alemão. Os Soviéticos, no entanto, para a surpresa alemã, resistiram a sua ofensiva, e contratacaram no inverno. A guerra ainda duraria três anos. Três anos esses em que os russos aliaram uma crescente superioridade de doutrina, armamento e experiência à pre-existente superioridade industrial e de números.

    A entrada dos EUA foi essencial para a derrota do Japão, mas não da Alemanha. A maior ajuda que eles deram foi, como o FrancoAtirador bem aponta, exportar armamento para os soviéticos.

    FrancoAtirador

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    Excelente, Lucas.

    Até que enfim alguém trouxe à tona

    a verdadeira e única História.
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Lucas

"A reação aos atentados de setembro de 2001 fizeram com que os EUA mudassem formalmente sua doutrina."

QUÊ!!?!?!?!??!?!? Espero que Emir Sader esteja brincando, e não acredite realmente que 2001 foi a primeira vez que os EUA começaram uma guerra. Quem começou a guerra de independência dos Estados Unidos? Quem começou a guerra contra o México? Quem começou a guerra contra a Espanha? As guerras contra os índios? Guerra do Vietnam? Guerra contra o Panamá? Várias invasões por toda América Central?

FrancoAtirador

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OS EUA NÃO VÃO PARAR: É DA NATUREZA DO POVO ANGLO-SAXÃO

O TEA PARTY É A NOVA FACE DO DESTINO MANIFESTO

Cuba, Irã e Síria permanecem na lista dos EUA de patrocinadores do terrorismo

EFE, via R7

O Departamento de Estado americano publicou nesta quinta-feira (18) sua lista anual de países patrocinadores do terrorismo, que inclui Cuba, Irã, Sudão e Síria.

O relatório destaca que, embora a ilha – designada pelos Estados Unidos como país patrocinador do terrorismo desde 1982 – "manteve uma atitude pública contra o terrorismo e seu financiamento em 2010 -, não há provas de que tenha cortado seus vínculos com elementos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Segundo o texto, algumas informações de imprensa indicam que alguns membros do grupo terrorista basco ETA, ativos e inativos, permanecem em Cuba.

O relatório indica ainda que Cuba "segue contestando os esforços antiterroristas dos EUA no mundo todo". Os EUA consideram que a Venezuela segue sem cooperar "completamente" no combate ao terrorismo, enquanto México, Colômbia e Argentina estão fazendo "sérios esforços" nesse sentido, sobretudo quanto à prevenção.

No capítulo dedicado à América Latina, o relatório assinala que, em 2010, os atentados na região foram cometidos sobretudo pelas guerrilhas das Farc e do Exército de Libertação Nacional (ELN) – ambas colombianas -, além de outros grupos andinos radicais de esquerda.

Depois, o texto acrescenta que a ameaça de ataques transnacionais se mantém "baixa" para a maioria dos países da região, que fizeram em geral "modestos esforços" para melhorar sua capacidade de combate ao terrorismo.

O governo americano ressaltou que a rede terrorista Al Qaeda continuou sendo em 2010 uma ameaça "preeminente" para os Estados Unidos e, embora o centro da organização baseada no Paquistão tenha enfraquecido, algumas das células do grupo, como a do Iêmen, ganharam força.

Quanto ao Irã, desde 1984 na lista, os EUA consideram-no o "mais ativo" patrocinador do terrorismo, apresentando financiamento, material e apoio logístico a grupos terroristas e militantes no Oriente Médio e Ásia Central, que tiveram "impacto direto" nos esforços internacionais para promover a paz e ameaçaram a estabilidade econômica e democrática no Golfo Pérsico.

Os EUA avaliam os esforços do Sudão, presente na lista desde 1993, como parceiro na luta internacional contra a Al Qaeda, mas ressalvam que seu território continua abrigando membros da rede terrorista, os quais podem representar um perigo potencial para o próprio país.

Além disso, o relatório lamenta que alguns membros do Governo de Cartum continuem considerando o grupo radical Hamas como representante legítimo da Autoridade Nacional Palestina e adverte que a Jihad Islâmica Palestina tem presença em território sudanês.

Sobre a Síria, os EUA acusam o regime do líder Bashar al Assad de continuar dando apoio a grupos terroristas como o Hamas e a Frente de Libertação Palestina, que contribuíram para desestabilizar o Oriente Médio.

O relatório informa que, no ano passado, foram registrados 11.604 ataques terroristas no mundo, que deixaram 13.186 mortos e 30.665 feridos. O número total de vítimas, no entanto, vem caindo nos últimos anos, conforme mostra o texto.

O Departamento de Estado americano elabora anualmente este relatório, que posteriormente envia ao Congresso e serve como base aos legisladores para decretar diversos tipos de ações, desde ajuda econômica até a proibição de venda de armas.

    FrancoAtirador

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    DESTINO MANIFESTO ANGLO-SAXÃO

    Questões de provas de vestibular de História*:

    Questão 1
    Precisamos manter para sempre o princípio de que só o povo deste continente [Sic] tem o direito de decidir o próprio destino. Se, porventura, uma parte desse povo, constituindo um estado independente, pretendesse unir-se à nossa Confederação, esta seria uma questão que só a ele e a nós caberia determinar, sem qualquer interferência estrangeira.
    (Primeira mensagem anual do presidente Polk ao Congresso dos Estados Unidos. In: SYRETT, H.C., org. Documentos Históricos dos Estados Unidos, Cultrix, s/d)
    O discurso acima, de 2 de dezembro de 1845, reafirmava a crença do presidente Polk na expansão do território americano.
    O conjunto de idéias que melhor explicita essa crença é:
    c) o Destino Manifesto

    Questão 2
    Leia os trechos de notícias de jornais norte-americanos publicados nos EUA no século XIX:
    (1) (…) um espírito de interferência hostil [de outras nações] para conosco, com o objetivo confesso de deformar nossa política e prejudicar nosso poder, limitando nossa grandeza e impedindo a realização de nosso Destino Manifesto, que é estendermo-nos sobre o continente que a Providência fixou para o livre desenvolvimento de nossos milhões de habitantes, que ano após ano se multiplicam. (Democratic Review)
    (2) A universal nação ianque pode regenerar e libertar o povo do México em poucos anos; e cremos que é parte de nosso destino civilizar esse belo país e capacitar seus habitantes para apreciar algumas das numerosas vantagens e bênçãos de que dispõem. (New York Herald)
    (Citados por AQUINO, R.S.L. et al. "História das sociedades americanas". Rio de Janeiro: Livraria Eu e Você, 1981. p.140 e 141.)
    Quanto à história do expansionismo norte-americano no século XIX, pode-se afirmar que:
    e) a imprensa dos Estados Unidos acreditava [sic] que eles tinham uma predestinação: a missão de civilizar povos inferiores do continente americano por causa de seu "Destino Manifesto", ou seja, o seu domínio representava a vontade de Deus.

    Questão 3
    TEXTO I: "Foi essa consciência de nossa superioridade inata que nos permitiu conquistar a Índia. Por mais educado e inteligente que seja um indiano, por mais valente que ele se manifeste e seja qual for a posição que possamos atribuir-lhe, penso que jamais ele será igual a um oficial britânico."
    (Kitchener apud AQUINO, séc. XIX e XX, p. 23)
    TEXTO II: "Se prevejo corretamente, essa poderosa raça avançará sobre o México, a América Central e a do Sul, as ilhas do Oceano, a África e mais adiante (…) Essa raça está predestinada a suplantar raças fracas, assimilar outras e transformar as restantes, até toda a Humanidade ser anglo-saxonizada."
    (Josiah Strong apud AQUINO, ibid, p. 99)
    Com base na análise dos textos anteriores e nos conhecimentos sobre a crise do capitalismo e a solução imperialista, pode-se dizer que:
    (01) As referências raciais contidas nos dois textos identificam os seus autores como defensores de uma hierarquização racial e da dominação imperialista.
    (02) A transformação do capitalismo liberal em monopolista, motivando uma crescente busca de mercados, resultou na interpretação da ocupação colonialista de áreas afro-asiáticas e centro-americanas como um direito dos países industrializados.
    (08) O pensamento expresso por Lord Kitchener foi partilhado pela sociedade inglesa do século XIX, contribuindo para que os britânicos vissem, na sua expansão imperialista, uma missão civilizadora sobre as raças inferiores da Ásia e da África.
    (16) A idéia de "anglo-saxonizar toda a Humanidade" é demonstrativa da postura etnocêntrica que tem caracterizado todas as formas de dominação imperialista.

    *Foram publicadas somente as respostas corretas

    FrancoAtirador

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    Destino Manifesto Anglo-Saxão

    Mais algumas questões extraídas de provas de vestibular de História*:

    Questão 4
    Os processos de ocupação do território americano do Norte simbolizam, para muitos historiadores, a presença do ideário europeu no Novo Mundo. Os pioneiros ingleses do Mayflower construíram uma sociedade baseada na justiça e no cumprimento dos valores religiosos e morais protestantes. Essa base fundadora teve papel essencial na formação dos Estados Unidos da América.
    Assinale a opção que contém a relação correta entre a fundação e a formação dos Estados Unidos.
    b) A Revolução Americana de 1776 foi o episódio que representou, de forma mais cabal, a presença da tradição dos primeiros colonos, através do sentido de "liberdade" e da idéia de "destino manifesto".

    Questão 5
    A população que, em 1790, era de quase 4 milhões de habitantes passou para cerca de 31 milhões em 1860. Dez anos depois, alcançava os 40 milhões. Boa parte desse contingente era formado por estrangeiros: entre 1830 e 1860 entraram no país quase 5 milhões de imigrantes europeus.
    (José Robson de A. Arruda e Nelson Piletti)
    A História dos Estados Unidos da América, no que diz respeito à fase do expansionismo interno e à ocupação e ao povoamento do atual território norte-americano, teve como justificativa a Doutrina do Destino Manifesto,
    sobre a qual é verdadeiro afirmar que:
    1. explicitava uma visão racista que agia como alimento moral para o desenvolvimento da nação.
    3. baseava-se em um sentimento de superioridade do imigrante europeu branco, diante dos índios e dos mexicanos.
    4. contém elementos inspirados no Darwinismo Social, no qual as relações sociais destacam a sobrevivência dos mais capazes.
    5. os norte americanos tinham sido predestinados por Deus à conquista dos territórios situados entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

    Questão 6
    O mapa abaixo indica intervenções empreendidas pelos EUA na América Latina.
    LEGENDAS:
    1-Ilhas Virgens;
    2-Porto Rico;
    3-Rep. Dominicana;
    4-Haiti;
    5-Panamá;
    6-Cuba;
    7-Nicarágua;
    8-México.
    (AQUINO, R. S. L. de; LEMOS, N. J. F. de & LOPES, 0. G. R C. "História das Sociedades Americanas" Rio de Janeiro: Eu e Você, 1997.)
    Até o final da década de 20 do século XX, estas ações dos EUA podem ser consideradas como resultado dos seguintes fatores:
    c) crença na missão civilizatória norte-americana – ampliação da presença econômica na América Latina

    Questão 7
    "… era como se os Estados Unidos tivessem como objetivo uma missão civilizatória junto aos povos da América Latina."
    (Hervert Croly, "The Promisse of American Life")
    A consolidação do capitalismo nos Estados Unidos da América, ao longo do século XIX, identificou-se em seu processo de expansão territorial, que se relaciona corretamente com o(a):
    c) vitória no conflito contra o México, que resultou na anexação dos territórios do Texas, Novo México e Califórnia.

    Questão 8
    Na primeira metade do século XX, a política externa estadunidense experimentou diversos reordenamentos que caracterizaram e definiram as suas ações em face das transformações que ocorreram no período, visando consolidar os seus interesses em escala mundial.
    Sobre este período histórico, é CORRETO afirmar:
    d) A ideologia do "Destino Manifesto" foi utilizada para justificar a crença de que os EUA deveriam difundir os valores de sua civilização pelo mundo, mesmo que para isso fosse necessário invadir outros Estados e derrubar governos para atender aos seus interesses.

    Questão 9
    Considerando as políticas imperialistas norte-americanas, numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª.
    1ª Coluna
    1. Big-Stick
    2. Aliança para o Progresso
    2ª Coluna
    (2) constitui-se num programa de auxílio econômico para a América Latina.
    (1) foram intervenções militares para defender os interesses norte-americanos na América Central.
    (1) apoiou-se na ideologia do Destino manifesto e na Doutrina Monroe.
    (2) foi uma proposta do governo Kennedy para evitar a expansão do comunismo na América.
    (2) estimulou as reformas de alcance social.
    A seqüência correta é: c) 2 – 1 – 1 – 2 – 2

    *Foram publicadas somente as respostas corretas.

    http://professor.bio.br/historia/search.asp?searc

    tiagotc

    Lembro-me até hoje do impacto que o Destino Manifesto me causou na escola. Uma das aulas que mais abriram minha mente, sem dúvida. É difícil acreditar como as pessoas daquela época acreditavam cegamente nesse discurso de "superioridade predestinada por Deus". Se bem que, pensando melhor, essas doutrinas apenas se adaptam à realidade momentânea. Como naquela época a religião era muito forte, qualquer coisa que colocassem Deus no meio (principalmente vindo do Estado) era o suficiente para fazer o povo engolir sem pensar. E hoje acontece a mesma coisa, só que com o terrorismo. Qualquer coisa que acontece, basta colocar a culpa em "terroristas" que todo mundo acredita.

    FrancoAtirador

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    O doutrina do Destino Manifesto continua impregnada na cultura norte-americana,

    apenas ressurge com novas roupagens: contra latinos, muçulmanos, chineses…

    De maneira geral, o povo dos EUA continua se achando superior aos demais povos.

    É por isto que o movimento Tea Party atualmente tem tanto apelo naquela sociedade.
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Fabricio

to falando disso: [youtube 8A1tY8XFwRY&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=8A1tY8XFwRY&feature=related youtube]

Fabricio

Azenha, faça um texto sobre o trabalho escravo na Zara!!!

assalariado.

Diga-se que, esta queda do império G7, comandada pela burguesia americana, está se dando de forma gradual e, ao mesmo tempo, vai se definhando como ordem politica e economica. Ou seja, enfraquecidos politicamente, por causa da crise do capital, estes senhores das guerras, já não conseguem se livrar dos combates em andamento, e de quebra arrumaram um inimigo sem base fixa que faz movimento de guerras de guerrilha, a qualquer hora e, em qualquer lugar do planeta. Isto sem falar na rebelião instalada a nivel mundial de suas colonias. O titanic capitalista está cada vez mais a deriva, não haverá quem o salve. Porém, um detalhe, ele não cairá de maduro, será necessário os das mentes socialistas dar um empurrãozinho.

Rumo ao socialismo…

JotaCe

Não entendi bem o que pretendeu dizer o Dr. Emir Sader… Pois, após citar John Kennedy que, entre outras ações, patrocinou a tentativa de invasão de Cuba, e o belicista cow boy Ronald Reagan com uma longa folha de atentados, referiu que os Estados Unidos ‘mudaram sua doutrina a partir dos eventos de setembro de 2011…Como assim ?
JotaCe

Guanabara

Esses 10 anos só mostraram o que qualquer um que tenha mais interesse em história já sabia: manter uma guerra é absurdamente custoso, em todos os sentidos. Todo exército que abriu mais de uma frente de batalha foi derrotado (o famoso "efeito sanduíche"). E a invasão do Iraque teve como propósito enfiar a Halliburton lá dentro para "reconstruir" a infraestrutura de petróleo. O resto é pretexto pros "EU NÃO SABIA" da vida ficarem repetindo como uns papagaios de telejornal, acreditando na imparcialidade da revista semanal.

FrancoAtirador

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A constatação histórica mais interessante:

Os EUA nunca venceram uma guerra da qual foram protagonistas.

Mesmo na 2ª Guerra, que os EUA dizem que venceram,
se não fossem a marinha inglesa, a aeronáutica francesa
e, principalmente, o exército soviético, seriam derrotados.

De todas as guerras nas quais os EUA atuaram
os únicos que saíram vitoriosos foram a indústria bélica
e alguns políticos ligados diretamente a ela.
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    Lucas

    "Os EUA nunca venceram uma guerra da qual foram protagonistas. "

    Essa constatação histórica está errada. Os EUA venceram sua guerra de independência, a guerra contra o México, a Guerra contra a Espanha, e saíram estrategicamente vencedores das duas Guerras Mundiais, chegando a se tornar o país mais poderoso do mundo, com bases em tudo quanto é lugar (A União Soviética foi quem derrotou a Alemanha efetivamente, mas saiu destruída, enquanto os EUA não sofreram um único ataque em seu solo, fora Pearl Harbor, e conquistaram o Japão, que até hoje é subserviente aos estadunidenses).

    Isso sem contar as inúmeras "intervenções" realizadas desde a criação do país, em vários países, como Filipinas, Guatemala, Panamá, Honduras e a mais nova agora na Líbia (onde o regime de Qadaffi parece estar próximo do fim graças à guerra ilegal da OTAN). Os Estados Unidos, como todo império, construíram suas bases sobre o poderio militar, e agora tem dificuldades para pagar pelo exército, caríssimo.

    FrancoAtirador

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    Eu estava esperando que um anti-imperialista dissesse isso.

    Agora fala um pouco sobre a importância que a doutrina do Destino Manifesto teve
    em todas essas ações militares norte-americanas, desde a guerra da independência.
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    Lucas

    Você já falou muito bem sobre esse assunto acima. :)

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