Wanderley Guilherme: As revoluções simultâneas de Dilma Rousseff

Tempo de leitura: 2 min
Mello: "O boato do fim do Bolsa Família abriu a jaula. Ou a presidenta prende as feras ou pode vir a ser devorada por elas"

por Wanderley Guilherme dos Santos, no Cafezinho 

A Lei de Responsabilidade Fiscal de Fernando Henrique Cardoso foi um dos últimos atos da república oligárquica brasileira, atenta à estabilidade da moeda e fiadora de contratos.

Necessária, sem dúvida, mas Campos Sales, se vivo, aplaudiria de pé em nome dos oligarcas. Mas já não ficaria tão satisfeito com que o veio a seguir. Depois de promover drástica rearrumação nas prioridades de governo, o presidente Lula instaurou no país uma trajetória de crescimento via promoção social deixando para trás, definitivamente, a memória de Campos Sales e de seus rebentos tardios. Milhões de famílias secularmente atreladas às sobras do universo econômico foram a ele integradas como ativos atores e consumidores.

Desde agora, para desgosto de alguns e expectativa de todos os demais, a história do Brasil não se fará sem o concurso participante do trabalho e das preferências desse novo agregado a que chamamos de povo.

Com Dilma Rousseff instalou-se a desordem criadora, aquela que não deixa sossegada nenhuma rotina nem contradição escondida. Não há talvez sequer um segmento da economia, dos desvãos sociais e das filigranas institucionais que não esteja sendo desafiado e submetido a transformação.

Da assistência universal à população, reiterando e expandindo a trilha inaugurada por Lula, à reformulação dos marcos legais do crescimento econômico, à organização da concorrência, à multiplicação dos canais de troca com o exterior, ao financiamento maiúsculo da produção, aos inéditos programas de investimento submetidos à iniciativa privada, a sacudidela na identidade nacional alcança de norte a sul.

A cada mês de governo parece que sucessivas bandeiras da oposição tradicional tornam-se obsoletas. Já eram.

O tempo é de revoluções simultâneas, cada qual com seu ritmo e exigências específicas, o que provoca inevitáveis desencontros de trajetos. Uma usina geradora de energia repercute na demanda por vários serviços, insumos, mão de obra, criando pressões, tensões, balbúrdias.

Li em Carta Maior (9/4/13) que a Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção informa que, no Brasil, convivem hoje 12.600 obras em andamento e agendadas até 2016. Ainda segundo a mesma fonte, das 50 maiores obras em execução no planeta, 14 estão sendo realizadas no país. Claro que os leitores não serão informados pela mídia tradicional.

A monumental transformação do país, que não precisa apenas crescer, mas descontar enorme atraso histórico, produz entrechoques das dinâmicas mais díspares, o que surge, na superfície, como desordem conjuntural. É, contudo, indicador mais do que benigno. Mas disso os leitores só são informados em reportagens e manchetes denunciando o que estaria sendo o atual desgoverno do país. Qual…

Os melhores informativos do estado geral da nação encontram-se nos portais do IBGE, do IPEA e afins. Os antigos jornalões apequenaram-se. São, hoje, nanicos.

Wanderley Guilherme dos Santos é cientista político. Ás quintas, publica a coluna Cafezinho com Wanderley Guilherme.

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Comentários

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Vlad

A única revolução que era necessária, na educação fundamental, e que seria o estopim para todas as outras NÃO foi feita. Não se moveu uma palha.

A única revolução que o PT fez foi transformar uma geração de cidadãos em formação em uma geração não de consumidores, mas de consumistas alienados e endividados, e por consequência, eleitores mercenários.

A conta acaba de chegar…o efeito China acabou…é só sair da almofada e olhar pela janela.

Marcelo Sant’Anna

Vivo no mundo acadêmico das universidades públicas por décadas. Meu primeiro contato foi como prestador de serviços trabalhando em uma multinacional. Meu segundo contato não aconteceu, pois não tinha curso superior a noite, então eu que trabalhava de dia tive que arcar com o custo de uma universidade particular. Agora meu terceiro contato já em 2005 foi melhor, agora não ia pra consertar máquinas com defeito, nem pra deixar passageiros do taxi (ups esqueci de contar)e sim pra fazer minha primeira stricto senso. Se tem algo nesse governo que admiro é isso: dar a chance pra mim e pra muita gente de ascender academicamente e socialmente.
Assim sendo eu acredito em todo movimento dos governos do PT em prol do desenvolvimmento do país.

Chico

As super revoluções da dilma:

– o PEC das empregadas domesticas
– a educação superior privada e de péssima qualidade (ENEM e suas redações de receita de miojo e que valem nota 10)
– ciencia sem fronteiras que manda graduandos para o exterior em faculdades que não tem o curso que estudam
– a entrega das reservas de petroleo ás multis
– financiamento do BNDES de empresas privadas a juros de pai pra filho
– a concessão de obras que custaram bilhoes a míseros trocados amortizados em 30 anos
– crescimento ilimitado da receita de bancos
– acrescente outras jenialidades revolucionárias

OBRIGADA Dilma e cumpanheirada!

Matheus

O Wanderley esquece que essas “grandes obras” faraônicas são para o benefício quase exclusivo dos financiadores de campanha eleitoral do PT, e estão provocando uma calamidade de corrupção e violação de direitos humanos.

As obras da Copa, p.ex., podem significar a remoção forçada de 250 mil pessoas de suas casas. Como se não bastasse essa violência, a compensação para os desalojados e deslocados tem sido negligenciada. O gasto público nas construções será o maior da história, graças ao superfaturamento facilitado pelo regime de emergência que permite burlar licitações.

O programa de privatizações de setores estratégicos da economia vêm completando a privataria tucana com a privataria petista, com prejuízos incalculáveis, pois a venda da concessão se dá a preço de banana e com financiamento público que, no médio prazo, ameaça os bancos estatais.

Sem falar que os bisnetos de Campos Salles, hoje, são os filhotes da Ditadura, todos eles ao lado do governo petista, em troca de favores às custas do contribuinte.

MARCOS

AGUENTAR.

Roldão Arruda: A Comissão da Verdade e as viúvas da ditadura – Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Wanderley Guilherme: As revoluções simultâneas de Dilma Rousseff […]

Kazuhiro Uehara

O PIG, os colonizados mentais da Rede Bobo, os agentes da CIA, demotucanopps, colaboradores comprados da Marina Silva estão de reunião a reunião na embaixada americana no Brasil.

LEANDRO

Brasil cai 5 posições no ranking de competitividade global

O país passou para a 51ª posição, cinco abaixo do 46º lugar ocupado no ranking do ano passado. O ranking tem 60 países.

    Abel

    Mania que certas pessoas tem em ver o copo só meio vazio…
    http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-brasil,desemprego-chega-a-58-em-abril-o-menor-para-o-mes-na-historia,154471,0.htm

    LEANDRO

    Não se trata de pessimismo. Se trata de tentar entender. Se está tudo tão bom, porque vender o pré-sal? Porque privatizar portos, rodovias e aeroportos? Porque aumentar os juros? Porque o país não cresce? Porque só o agronegócio que se dá bem (e ainda se perguntam o porque da reforma agrária não andar, quem seguro a balança ainda é o agronegócio).

    Francisco

    Essa competitividade de 51º é maior ou menor do que a competitividade de dez anos atrás?

    Isso me interessa muito.

    Aliás, só isso me interessa: a mudança.

    Além do mais, Índia, Rússia e China não estão dormindo.

    Nem Dilma.

    Antes de 2030, os BRICS terão o maior PIB do mundo.

    Leu isso?

    LEANDRO

    “O Brasil também foi um dos que mais perderam posições desde que o ranking global de competitividade, incluindo países desenvolvidos e emergentes, começou a ser compilado pelo instituto, em 1997.
    Naquele ano, o país ocupava a 34º colocação entre 46 países.”

    Neotupi

    Um estudo que coloca Portugal 5 posições na frente do Brasil não dá para levar muito a sério. Com certeza os critérios adotados são de empresários que querem só levar vantagem, nada tendo a ver com desenvolvimento.

Eduardo

Inédito do Lula e da Dilma : Facilitar o acesso do cidadão à Internet para poder conhecer e discernir.Para sentir que não está só. Para saber que a grande mídia esta cada vêz mais estúpida. Que os conservadores estão no resto.Que o dinheiro deixará de ser garantia de superioridade e dominio.Que o conhecimento está chegando aos pobres dominados.Que o homen é um ser livre. Que a liberdade é instrumento de dominio! Isto é inédito e causa pavor! Ótimo, como sempre Wanderley!

    willian

    Máquina de escrever não transforma macaco em poeta.M

FrancoAtirador

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VIVA O POVO BRASILEIRO
(Patativa do Assaré)

Quando passar a chacina,
que surge de dia a dia,
e o tráfico de cocaína;
e a real Democracia
seguir os caminhos certos;
e os Chicos Mendes libertos
das balas do pistoleiro,
diremos em nossa terra,
por vale, sertão e serra:
‘Viva o povo brasileiro!’

Quando o artista que tem fama
e ocupa o televisor
só apresentar programas
de moral, de paz e amor;
quando o cruel mercenário,
este monstro sanguinário,
deixar de ganhar dinheiro
pra matar seu semelhante;
e não houver assaltante,
‘Viva o povo brasileiro!’

Quando o infeliz agregado
se libertar do patrão
para viver sossegado
no seu pedaço de chão;
quando uma reforma agrária
que sempre foi necessária
para o caboclo roceiro
for criada e registrada
em nossa pátria adorada,
‘Viva o povo brasileiro!’

O sonho de nossa gente
foi sempre viver feliz,
trabalhando independente
em nosso grande país.
Quando o momento chegar
do nosso Brasil pagar
o que deve ao estrangeiro,
o maior prazer teremos
e libertos gritaremos:
‘VIVA O POVO BRASILEIRO!’

(http://www.youtube.com/watch?v=zowk_9z75Ps)
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A TERRA É NOSSA

A terra é um bem comum
Que pertence a cada um
Com o seu poder além,
Deus fez a grande natura
Mas não passou escritura
Da terra para ninguém

Se a terra foi Deus quem fez
Se é obra da criação
Deve cada camponês
Ter uma faixa de chão.

Sei que o latifundiário
Egoista e usuário
Da terra toda se apossa,
Causando crises fatais
Porém nas leis naturais
Sabemos que a terra é nossa.

Quando um agricultor solta
O seu grito de revolta
Tem razão de reclamar,
Não há maior padecer
Do que um camponês viver
Sem terra pra trabalhar.

(http://cacalopes.com.br/literatura-cordel/a-terra-e-nossa)
(http://www.youtube.com/watch?v=9NY8dh7S5Sk)
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PATATIVA DO ASSARÉ

O poeta do “Brasi de baxo”

Mario Chamie faz uma homenagem ao mestre Patativa do Assaré, falando da importância de sua obra na literatura brasileira: “um autodidata, de poucas letras, mas que sabia Camões de cor”.

Patativa do Assaré, um mestre da oralidade que cantou o Brasil menos conhecido e mais desprezado.

Tudo o que procuro acho
eu pude nê neste crima
que tem o Brasil de Baxo
e o Brasil de cima
Brasi de Baxo coitado
É um pobre abandonado
O de cima tem cartaz
Um do ôtro é bem diferente
Brasi de Cima é pra frente
Brasi de Baxo é pra trás…

Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido por Patativa do Assaré, definia o Brasil assim. Em seus poemas, o “Brasi de Baxo” ganhou voz.
Suas rimas foram cantadas por Fagner, Luiz Gonzaga e tantos outros. Uma voz que vai continuar ecoando.
Patativa morreu no dia 8 passado, aos 93 anos, com a alegria de ser apontado como um dos maiores poetas brasileiros.
Numa homenagem a Patativa do Assaré, o poeta Mario Chamie faz uma análise cuidadosa sobre a sua obra.
Mostra que esse cearense que se dizia iletrado tinha uma intimidade lírica com os versos de Camões e um conhecimento sensível da literatura brasileira.
Afirma que os seus poemas são um rico repertório de resíduos e vínculos culturais com nobres e diversificadas fontes eruditas.

Jornal da USP — Qual a importância da poesia de Patativa do Assaré para a literatura brasileira?

Mario Chamie — Antes, é preciso distinguir. Temos uma literatura culta e uma literatura oral. Ambas contam com os seus cânones e estrutura própria. Estamos habituados a valorizar mais a literatura erudita. Há razões históricas e sociais para isso. No entanto, a literatura oral, se pesquisada a fundo em suas raízes e expressão, é uma fonte extraordinária de linguagem e conhecimento. No Brasil, o hoje esquecido crítico Alvaro Lins chegou a planejar uma monumental História da Literatura Brasileira, nesse sentido. Integrou esse projeto o indispensável volume sobre literatura oral, de Luis da Câmara Cascudo. O poeta Patativa do Assaré é não só um expoente, mas um clássico dessa literatura de tradição oralizada.

JUSP — Essas duas literaturas coexistem e interagem ou são mundos distintos e distantes?

Chamie — Camões, ao longo de Os Lusíadas, diz a si mesmo que para criar sua obra épica não lhe faltou “na vida honesto estudo/ com longa experiência misturado”. O domínio técnico e escolarizado demanda longos e honestos estudos, e isso diz respeito, em especial, à poesia erudita. Já a experiência direta do mundo e das coisas, colhida da convivência com os fatos e dos arquivos vividos da memória, tem mais a ver com a espontaneidade poética do improviso. Uma coisa conflui com a outra e a distância entre elas é só aparente. No caso de Patativa do Assaré, a junção de “experiência” com “estudo” é um casamento harmonioso. Em várias oportunidades, através de depoimentos e entrevistas, Patativa explicou que o seu processo de criação era simples: primeiro ele inscrevia o poema “no cérebro”. Depois de o poema estar bem “memorizado na cabeça”, ele passava o poema para o papel, conseguindo o que pitorescamente chamava de “poema de papel passado”. A evocação de Camões, aqui, não é mera coincidência. Patativa, autodidata e de poucas letras, sabia Camões de cor e salteado. E o sabia tão bem que redimensionava, através de paráfrases involuntárias, conceitos e versos camonianos.
Veja, por exemplo, este dístico de Camões:

Que digam os sábios da Escritura
Que segredos são esses da Natura?

Patativa memoriza e “reelabora” o dístico, trazendo-o, de modo esperto e maleável, para a realidade cotidiana e circunstancial de Assaré, em seu poema “A Terra é Nossa”, cuja primeira quadra é esta:

Deus fez a grande natura
Com tudo quanto ela tem,
Mas não passou escritura
Da terra para ninguém.

Nessa quadra, os versos de Camões não teriam se transformado num belo mote de “desafio” para um ágil poeta repentista? Um poeta ágil que se permite, em nome de semelhanças fortuitas, esta intimidade com o grande poeta luso:

Nasci dentro da pobreza
E sinto prazer com isto
Por ver que fui com certeza
Colega de Jesus Cristo
Perdi meu olho direito
Ficando o mesmo imperfeito
Sem ver os belos clarões
Mas logo me conformei
Por saber que assim fiquei
Parecido com Camões.

JUSP — O senhor fala de memória e memorização. Como um poeta iletrado pode ter algum “cultivo” ou mesmo acesso, digamos inconsciente, a formas de poesia letrada?

Chamie — Há processos de transmissão grupal e comunitária de valores e conteúdos culturais que dispensam a palavra escrita e os seus códigos normativos. Resíduos eruditos, sejam literários ou lingüísticos, estão na boca do povo. Se assim não fosse, como explicar a passagem, de geracão a geração, de procedimentos e técnicas de versejar na literatura de cordel, ou como entender, em Grande Sertão: Veredas, a portentosa sabedoria dos jagunços, cujos idioletos não-escritos foram esplendorosamente rearticulados por Guimarães Rosa? A obra do “iletrado” Patativa, nesse sentido, é um rico repertório de resíduos e vínculos culturais com nobres e diversificadas fontes eruditas. Num corte rápido, eu diria que nela estão presentes resquícios reinventados da poesia trovadoresca portuguesa, das “canções de gesta” francesas, de Martì, de Garcilaso ou do nosso Castro Alves. Nada disso causa estranheza, já que não podemos nos esquecer de que o mesmo fenômeno acontece com os chamados ditados populares ou provérbios. Em meu livro Intertexto (1970), invocando os ensinamentos de Amadeu Amaral, analiso a origem culta de anexins e adágios de uso comum e corrente entre nós. Quem poderia imaginar que o ditado “quem não arrisca não petisca” procede de uma sentença de Plauto, reescrita por La Fontaine? A sentença latina é esta: “Necesse est facere sumptum qui quaerit lucrum”. A versão de La Fontaine é esta: “qui ne risque rien n’a rien”.

JUSP — Qual a característica central da poesia de Patativa?

Chamie — Exatamente o tom proverbial com que ele trata a grande diversidade de seus temas. Como a poesia de Patativa é a oralidade contínua da fala, ele está sempre ditando as suas sentenças conclusivas, sob a forma de sabedoria aceita e consagrada, a respeito dos seus assuntos. Digamos que o assunto seja a fome. Patativa não vacila em ditar sentenças proverbiais que definem e cenarizam a desgraça que ela representa para ele, para o seu povo e para nós.
Veja-se:

A fome é o maior martírio
Que pode haver neste mundo
Ela provoca delírio
E sofrimento profundo
Tira o prazer e a razão
Quem quiser ver a feição
Da cara da mãe da peste
Na pobreza permaneça
Seja agregado e padeça
Uma seca no nordeste.

A seca do Nordeste, em Patativa, é símile da seca severina em João Cabral. A única diferença está em que João Cabral conferiu a ela certo estatuto da literatura literária.
Se não me engano, fui o primeiro crítico brasileiro a apontar, tão logo Morte e Vida Severina saiu do forno, o quanto Cabral era criativamente tributário dos cantadores nordestinos, em suas originais redondilhas.
A “cova medida” dos retirantes cabralinos ecoa neste dizer de Patativa do Assaré:

Esta terra é desmedida
E com certeza é comum,
Precisa ser dividida
Um tanto pra cada um.

A cultura literária brasileira não pode se dar ao luxo de prescindir de quem soube, como Patativa, lavrar o discurso tosco e rude de nossa chamada “lavoura do matuto”.

(http://www.usp.br/jorusp/arquivo/2002/jusp605/pag16.htm)
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(http://bit.ly/10L8YPS)
(http://bit.ly/14brsKb)
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    Mário SF Alves

    Prezado Franco Atirador,

    Maravilha de homenagem. Mais do que oportuna; mais do que merecida. Pois é, amigo, o Brasil é também feito de gente assim. O Brasil é esse dínamo que a pior elite do mundo, por todos os meios, os mais baixos, inclusive, ainda insiste em ignorá-lo.

    JOTACE

    Que maravilha, Franco! De fato desconhecia eu a força do impacto que causaria a Ode do Wanderley promovendo a aparição de tantas poesias em nosso blog! Uma ‘revolução simultânea’? Ou a ‘desordem criadora’ desnudada até o miolo por Débora Fernandes Calheiros? Grande abraço, Jotace

ccbregamim

aê azenha
bom motivo
pra abandonar a pauta psolera de oposição..

    Neotupi

    Quando vi essa nota também fiquei surpreso, achei até que tinha entrado no blog errado.

Marco

IMPRESSIONANTE:

” Ainda segundo a mesma fonte, das 50 maiores obras em execução no planeta, 14 estão sendo realizadas no país. “

    Mário SF Alves

    Então? IPEA e IBGE pra cima deles! Mais blogs sujos e mais cultura política pra cima de todos nós.

Urbano

Por essas e por outras, eu só posso garantir que o meu voto será dela, tantas vezes eu tenha que fazê-lo. A não ser que o Eterno Presidente Lula voltasse a se candidatar em 2014. Não prosseguirei para que eu não venha ser os arremedos de jornalista a serviço da oposição ao Brasil, que têm sempre um ‘mas’, principalmente quando não conseguem fugir de dar uma notícia boa, na ligeireza de um raio, sobre o nosso país.

    Mário SF Alves

    Basta a história dessa mulher para uma reflexão séria e respeitosa. Daí, e tendo a oportunidade que temos de conhecer seu empenho pelo Brasil, admirá-la e apoiá-la é facin, facin, é mamão com açúcar. E, o que é melhor, a maioria da população brasileira pressente isso.
    ___________________________
    Estamos juntos, prezado Urbano.

Julio Silveira

Já sabemos a muito tempo o que não podemos esperar da midia corporativa nacional, já sabemos o quão é pusilanime e altamente interesseira voltada para os interesses de seus proprietários. Portanto se o governo não consegue se comunicar sobre o que importa aos cidadãos deste país, de forma mais producente, podemos atribuir de certa forma a algo que contribui para o acerto da critica que lhe fazen a midia corporativa, ou seja a propria incompetência. E ao cidadão comum que se acostumou a ser vitima tanto da manipulação midiatica, como da falsa intenção politica da maioria de seus politicos, se torna perfeitamente salutar duvidar da existência de méritos neste e em qualquer governo, quando acreditam estarem fazendo favores a cidadania por prestarem serviços publicos que são regiamente remunerados e que se o fazem é por que postulam exibindo discursos de qualidade e interesse publico para fazê-lo. Quando não consegue afirmar algo que deveria estar evidente aos olhos da cidadania podemos atribuir sorte a este governo, pela percepção da cidadania de suas poucas opções e de que os adversários deste grupo politico dominante no poder federal, demonstraram também ser seus adversários na pratica. Sorte deste governo que sua oposição oficial, quando testados já comprovaram estar mais a serviço de grupos que do interesse publico da maioria, com o agravante de agradarem até mais a cidadania de alguns paises estrangeiros, defendendo esses interesses como mais denodo até do que defendem o interesse nacional, o do povo nacional brasileiro. Mas convém não subestimar a inteligencia e a paciência dos cidadãos, ainda que nos brasileiros sejamos um pouco culturalmente e doutrinados para sermos lentos nas reações.

Elias

Sou apreciador de artigos sucintos, mas este, de Wanderley Guilherme, é deveras confuso. Ou então sou eu e minha cognição precária. FHC, Campos Sales, Lula, Dilma…que imbróglio! vou fazer como aqueloutro: desculpa aí.

Paulo

Parem de falar besteira! Sem patrulha e partidarismo tolo.

paulo rodrigues

Alguem avisa ao Leandro que já foi inventado um negócio chamado google. Não precisa mais esperar pela Barsa para saber das novidades. Ferrovia Norte-Sul, Transposição do São Francisco, Hidrelétricas, Abertura dos Portos para concorrência, Portos no Nordeste (Suape) e Amazonas (Pecem), Minha casa,mminha vida, PAC1, PAC2, etc… . Aeroportos sendo reestruturados. Obras no Brasil Inteiro para Copa e Oiimpíadas. Só alguém que nunca trabalhou numa empresa grande, onde meia dúzia de projetos já geram uma confusão entre as lideranças, para não saber o que é um país virar um canteiro de obras. O que falta são as lideranças fazerem como o Gerdau, Eike e alguns outros está fazendo, tirar a grana das poças e gerar emprego e renda….acabou o País da roda presa meu irmão…acorda!!!

JOTACE

A arte poética do Wanderley e o comentário
da Patrícia Cornils

Lamento que o Wanderley tenha deixado a área das Ciências Políticas a qual cultivou nos velhos tempos, e esteja se dedicando à Poesia. Trata-se de um caminho árduo e, mal comparando, há ainda uma distância muito grande, entre a ode que escreve enaltecendo os ‘feitos’ de Lula e Dilma, e o soneto Desmantelo Azul de Carlos Pena Filho. Ainda que não seja crítico de literaturas e sem o propósito de desalentar o Wanderley, eu prefiro o poeta pernambucano. Por isso aconselho ao Wanderley ler mais um pouco e aprender a sentir o que se passa no coração e na alma do “agregado” como ele denomina o povo. Ler Neruda lhe faria muito bem, ao esquecer sua ciência política e o faria deixar de usar a lira para agradar os poderosos. Em sua Ode à Poesia, Neruda falou:
cumpriste tua tarefa,
……………………………….
teu passo entre os passos dos homens.
Eu te pedi que fosses
utilitária e útil,
como metal ou farinha,
disposta a ser arada,
ferramenta,
pão e vinho,
disposta, Poesia,
a lutar corpo-a-corpo
e cair ensangüentada.
……………………….

Assim, sem esquecer os meus poetas preferidos, e até deixando de falar sobre o que se passa nestes Tempos da Grande Entrega do BraZil, fico com o belíssimo comentário da braSileira Patrícia Cornils, cujo projeto ao qual se dedica é o meu também. Um fraternal abraço para ela!

Jotace

Alemao

Já estão querendo dar o golpe na Dilma e chamar Lulla para o ano que vem?

Luís CPPrudente

O problema é que nem todos têm acesso a essas informações, o que as famiglias mafiosas do PIG escondem e o que as famiglias do PIG divulgam, acabam moldando uma visão, que no final do jogo pode ser favorável aos interesses do atraso e do obscurantismo.

Somente ter o controle remoto nas mãos não ajuda as pessoas a terem consciência da realidade brasileira. É necessário que as verbas publicitárias do Governo e dos órgãos e empresas do Estado sejam distribuídos de forma política para beneficiar a diversidade de informações e fortalecer a imprensa alternativa, regional e local (entre elas os portais e blogues progressistas, nacionalistas e trabalhistas).

MdC Suingue

A grande revolução da Dilma está sendo tornar o PT num PSDB travestido.

Fiz campanha para a eleição dela e 90% das bandeiras pelas quais lutei ela jogou no lixo.

Meu voto esta em aberto em 2014.

marcflav

crescer, crescer, crescer,
somos vítimas do crescimento,
consumir para produzir,
produzir para consumir,
crescer, crescer, crescer,
somos algozes de nós mesmos,
crescer, crescer, crescer,
o homem sem natureza

Fabio Passos

” Os melhores informativos do estado geral da nação encontram-se nos portais do IBGE, do IPEA e afins. Os antigos jornalões apequenaram-se. São, hoje, nanicos.”

Nao ha duvida. O PiG nao tem nenhum valor positivo.
Na rede ha informacao mais detalhada e correta sobre o Brasil e o mundo.

Deixar de acompanhar o PiG nao tem nenhuma contra-indicacao. E os beneficios sao enormes: Se um militante do PiG abandona a leitura de veja… em dois ou tres anos de boa leitura e reflexao se recupera e volta a ter coluna ereta. rsrs

Messias Franca de Macedo

… [O texto] É nocaute no PIGolpista/terrorista de meia tigela!…

Lá isso é oposição, sô?!…

República de ‘Nois’ Bananas
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo

    Mário SF Alves

    Senti o mesmo, rigozigei-me de igual forma, prezado Messias.
    __________________________________
    O Brasil é hoje um pulsar de vida. Acho que jamais pulsou com tamanha força. E, por mais paradoxal que seja, até em hospitais.

Heber

É óbvio que a inserção de milhões de consumidores em curto espaço de tempo gere excesso de demanda e consequências. Mas parece que os analistas não se interessam em justificar a necessidade de tempo sempre necessário ao restabelecimento do equilíbrio produtivo para acompanhar o consumo; o Banco central deveria também considerar esse intervalo útil para adaptação dos novos e benvindos problemas de crescimento.

    Leandro

    O maior entrave para aumentar a demanda é a falta de investimento em infraestrutura que o governo não fez. O aumento da inflação é resultado disso. Mas, é melhor da bolsas que abrir ferrovias, estradas, etc…

    Ricardo JC

    Certamente as pessoas valem mais do que estradas, ferrovias ou aeroportos. Tirar alguém da miséria é muito mais importante do que botar asfalto. Essa sua visão mesquinha do mundo é que leva à derrocada da oposição. Continue assim, por favor. É a maior chance que temos de mudar as coisas. São só mais alguns anos de oposição…o povo não quer nem ver a cara de vocês. Se não fosse esta mídia golpista já teriam desaparecido. Já pensou se ela contasse metade, só metade, da verdade? Nunca mais FHC poderia sair na rua (lembre-se que em campanhas eleitorais ele já está sumido…). Quanto à inflação só para lembrar: 2001-9.5%, 2002-12%. Quem é foi o incompetente que deixou ela chegar a estes níveis? Um doce para quem adivinhar…

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