Susan Rice, campeã da “mudança de regime”, assume cargo na direção da Netflix

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação

Desta vez a polêmica com a Netflix acontece nos Estados Unidos: a ex-assessora de segurança nacional do governo Obama, Susan Rice, foi indicada para integrar o conselho administrativo da empresa.

A notícia causou um boicote da direita, já que Rice é acusada de mentir sobre o episódio que resultou na morte do embaixador dos Estados Unidos em Benghazi, na Líbia.

Durante o governo Obama, ela foi uma das proponentes da “mudança de regime” que resultou nos desastres da Ucrânia, da Líbia e da Síria.

Nos Estados Unidos, o intervencionismo está muito associados aos liberais, enquanto o isolacionismo é coisa de conservadores.

A porta giratória entre cargos no governo e grandes corporações é comum.

Condolleeza Rice, que foi assessora de segurança nacional de George Bush, havia sido do conselho administrativo da Chevron, que chegou a batizar um navio petroleiro com o nome dela.

A presença de Susan Rice no conselho da Netflix poderia facilitar a entrada do serviço em mercados onde sofre ou poderá vir a sofrer restrições.

A sinergia entre a indústria cultural e os centros de poder dos Estados Unidos é algo historicamente estabelecido.

Durante a Guerra Fria, por exemplo, os principais estúdios de Hollywood se adequaram aos interesses do expansionismo norte-americano.

Carleton Alsop, um agente da CIA que trabalhava no estúdio Paramount, influenciava diretores a mudar os roteiros de acordo com os interesses de Washington.

Na batalha ideológica com a União Soviética, o calcanhar de aquiles dos EUA era o tratamento dado aos indígenas e aos negros norte-americanos.

Alsop convenceu vários diretores de elenco a plantar “negros bem vestidos como parte do cenário, sem parecer muito conspícuo ou deliberado”.

Num filme sobre o Sul dos Estados Unidos, Sangaree, onde os negros eram escravos, Alsop narrou a seus colegas ter “plantado um negro digno no papel de mordomo de uma das principais casas, dando a ele diálogo que mostrava que era um homem livre e poderia trabalhar onde quisesse”.

Em outra película, Arrowhead, ele conseguiu remover cenas em que o exército dos Estados Unidos transportava contra a vontade indígenas Apache para a Flórida, marcados como “animais”.

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Comentários

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FrancoAtirador

Roteiro Sob Encomenda: O Mecanismo do Mecanismo
https://youtu.be/zrUB55nG3qo

FrancoAtirador

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Tal como Pedro Parente saiu do Governo FHC (PSDB)
e foi para a Direção da RBS/Globo no Sul do País.

https://br.linkedin.com/in/pedro-parente-8183286

Claudionor Damasceno

Não há quase nada que se salve no Netflix. É tudo propaganda ideológica na veia. E isso fica mais evidente a cada dia.

João Lourenço

E com isso vocês deduzem que ???Meninos por favor pezinhos no chão e menos redes sociais!!!!!!Teoria da Conspiração já é demais !!!!!
Porque apelar pra tanto?

    June

    Prezado João, será que não é você quem anda assistindo enlatados alienantes demais, não percebendo a realidade dos fatos??? Caia na real… Pesquise mais sobre os filmes realizados durante a Guerra Fria, por exemplo. Ah, tem um recente em que identifiquei muitas mensagens subliminares, este nome correto para o que você chama de “teoria da conspiração”. Assista, se não assistiu, “007 Contra Spectre”, de 2015… Por gentileza, depois comente o que achou… Abraço.

    Allex

    É você que precisa por os “pezinhos no chão”, cara. Não se trata de alguma teoria da conspiração. Há fortes indícios de que a netflix é instrumento ideológico a serviço dos interesses do grande capital internacional, promovendo “merchan” e fake news pró-entreguismo em diversos países, Essa pista já vem sendo seguida há algum tempo. Agora só escancarou com esse lixo mentiroso produzido pelo diretorzinho brasileiro fascistoide. Não por acaso, a netflix pertence ao mesmo grupo controlador de pelo menos duas petroleiras que rapinaram o pré-sal e estão envolvidas em corrupção grossa em várias partes do planeta. Se foi assim em hollywood, por que não pode ser com a netflix também? É tão fácil e tão factível que chega a dar pena de quem não crê.

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