Leonardo Boff: A Igreja age como uma “casta meretriz”

Tempo de leitura: 7 min

Leonardo Boff, em Brasil de Fato, sugestão da Secretaria Geral do MST

Quem acompanhou o noticiário dos últimos dias acerca dos escândalos dentro do Vaticano, trazidos ao conhecimento pelos jornais italianos “La Repubblica” e o “La Stampa”, referindo um relatório com trezentas páginas, elaborado por três Cardeais provectos sobre o estado da cúria vaticana deve, naturalmente, ter ficado estarrecido. Posso imaginar nossos irmãos e irmãs piedosos que, fruto de um tipo de catequese exaltatória do Papa como “o doce Cristo na Terra” devam estar sofrendo muito, pois amam o justo, o verdadeiro e o transparente e jamais quereriam ligar sua figura a notórios malfeitos de seus assistentes e cooperadores.

O conteúdo gravíssimo destes relatórios reforçaram, no meu entender, a vontade do Papa de renunciar. Aí se comprovava uma atmosfera de promiscuidade, de luta de poder entre “monsignori”, de uma rede de homossexualismo gay dentro do Vaticano e desvio de dinheiro do Banco do Vaticano. Como se não bastassem os crimes de pedofilia em tantas dioceses que desmoralizaram profundamente a instituição-Igreja.

Quem conhece um pouco a história da Igreja – e nós profissionais da área temos que estudá-la detalhadamente – não se escandaliza. Houve épocas de verdadeiro descalabro do Pontificado com Papas adúlteros, assassinos e vendilhões. A partir do Papa Formoso (891-896) até o Papa Silvestre (999-1003) se instaurou segundo o grande historiador Card. Barônio a “era pornocrática” da alta hierarquia da Igreja. Poucos Papas escapavam de serem depostos ou assassinados. Sergio III (904-911) assassinou seus dois predecessores, o Papa Cristóvão e Leão V.

A grande reviravolta na Igreja como um todo, aconteceu, com consequências para toda a história ulterior, com o Papa Gregório VII em 1077. Para defender seus direitos e a liberdade da instituição-Igreja contra reis e príncipes que a manipulavam, publicou um documento que leva este significativo título “Dictatus Papae” que literalmente traduzido significa “a Ditadura do Papa”. Por este documento, ele assumia todos os poderes, podendo julgar a todos sem ser julgado por ninguém. O grande historiador das idéias eclesiológicas Jean-Yves Congar, dominicano, considera a maior revolução acontecida na Igreja. De uma Igreja-comunidade passou a ser uma instituição-sociedade monárquica e absolutista, organizada de forma piramidal e que vem até os dias atuais.

Efetivamente, o cânon 331 do atual Direito Canônico se liga a esta compreensão, atribuindo ao Papa poderes que, na verdade, não caberiam a nenhum mortal, senão somente a Deus: ”Em virtude de seu ofício, o Papa tem o poder ordinário, supremo, pleno, imediato, universal” e em alguns casos precisos, “infalível”.

Esse eminente teólogo, tomando a minha defesa face ao processo doutrinário movido pelo Card. Joseph Ratzinger em razão do livro “Igreja:carisma e poder” escreveu um artigo no “La Croix” (8/9/1984) sobre o “O carisma do poder central”. Aí escreve: “O carisma do poder central é não ter nenhuma dúvida. Ora, não ter nenhuma dúvida sobre si mesmo é, a um tempo, magnífico e terrível. É magnífico porque o carisma do centro consiste precisamente em permanecer firme quando tudo ao redor vacila. E é terrível porque em Roma estão homens que tem limites, limites em sua inteligência, limites em seu vocabulário, limites em suas referências, limites no seu ângulo de visão”. E eu acrescentaria ainda limites em sua ética e moral.

Sempre se diz que a Igreja é “santa e pecadora” e deve ser “sempre reformada”. Mas não é o que ocorreu durante séculos nem após o explícito desejo do Concílio Vaticano II e do atual Papa Bento XVI. A instituição mais velha do Ocidente incorporou privilégios, hábitos, costumes políticos palacianos e principescos, de resistência e de oposição que praticamente impediu ou distorceu todas as tentativas de reforma.

Só que desta vez se chegou a um ponto de altíssima desmoralização, com práticas até criminosa que não podem mais ser negadas e que demandam mudanças fundamentais no aparelho de governo da Igreja. Caso contrário, este tipo de institucionalidade tristemente envelhecida e crepuscular definhará até entrar em ocaso. Os atuais escândalos sempre houveram na cúria vaticana apenas que não havia um providencial Vatileaks para trazê-los a público e indignar o Papa e a maioria dos cristãos.

Meu sentimento do mundo me diz que estas perversidades no espaço do sagrado e no centro de referência para toda a cristandade – o Papado – (onde deveria primar a virtude e até a santidade) são consequência desta centralização absolutista do poder papal. Ele faz de todos vassalos, submissos e ávidos por estarem fisicamente perto do portador do supremo poder, o Papa. Um poder absoluto, por sua natureza, limita e até nega a liberdade dos outros, favorece a criação de grupos de anti-poder, capelinhas de burocratas do sagrado contra outras, pratica largamente a simonía que é compra e venda de vantagens, promove adulações e destrói os mecanismos da transparência. No fundo, todos desconfiam de todos. E cada qual procura a satisfação pessoal da forma que melhor pode. Por isso, sempre foi problemática a observância do celibato dentro da cúria vaticana, como se está revelando agora com a existência de uma verdadeira rede de prostituição gay.

Enquanto esse poder não se descentralizar e não outorgar mais participação de todos os estratos do povo de Deus, homens e mulheres, na condução dos caminhos da Igreja o tumor causador desta enfermidade perdurará. Diz-se que Bento XVI passará a todos os Cardeais o referido relatório para cada um saber que problemas irá enfrentar caso seja eleito Papa. E a urgência que terá de introduzir radicais transformações. Desde o tempo da Reforma que se ouve o grito: ”reforma na Cabeça e nos membros”. Porque nunca aconteceu, surgiu a Reforma como gesto desesperado dos reformadores de fazerem por própria conta tal empreendimento.

Para ilustração dos cristãos e dos interessados em assuntos eclesiásticos, voltemos à questão dos escândalos. A intenção é desdramatizá-los, permitir que se tenha uma noção menos idealista e, por vezes, idolátrica da hierarquia e da figura do Papa e libertar a liberdade para a qual Cristo nos chamou (Galatas 5,1). Nisso não vai nenhum gosto pelo Negativo nem vontade de acrescentar desmoralização sobre desmoralização. O cristão tem que ser adulto, não pode se deixar infantilizar nem permitir que lhe neguem conhecimentos em teologia e em história para dar-se conta de quão humana e demasiadamente humana pode ser a instituição que nos vem dos Apóstolos.

Há uma longa tradição teológica que se refere à Igreja como casta meretriz, tema abordado detalhadamente por um grande teólogo, amigo do atual Papa, Hans Urs von Balthasar (ver em Sponsa Verbi, Einsiedeln 1971, 203-305). Em várias ocasiões o teólogo J. Ratzinger se reportou a esta denominação.

A Igreja é uma meretriz que toda noite se entrega à prostituição; é casta porque Cristo, cada manhã se compadece dela, a lava e a ama.

O habitus meretrius da instituição, o vício do meretrício, foi duramente criticado pelos Santos Padres da Igreja como Santo Ambrósio, Santo Agostinho, São Jerônimo e outros. São Pedro Damião chega a chamar o referido Gregório VII de “Santo Satanás” (D. Romag, Compêndio da história da Igreja, vol 2, Petrópolis 1950,p.112). Essa denominação dura nos remete àquela de Cristo dirigida a Pedro. Por causa de sua profissão de fé o chama “de pedra”mas por causa de sua pouca fé e de não entender os desígnios de Deus o qualificou de “Satanás”(Evangelho de Mateus 16,23). São Paulo parece um moderno falando quando diz a seus opositores com fúria: “Oxalá sejam castrados todos os que vos perturbam”(Gálatas 5.12).

Há portanto, lugar para a profecia na Igreja e para a denúncias dos malfeitos que podem ocorrer no meio eclesiástico e também no meio dos fiéis.

Vou referir outro exemplo tirado de um santo querido da maioria dos católicos brasileiros, por sua candura e bondade: Santo Antônio de Pádua. Em seus sermões, famosos na época, não se mostra nada doce e gentil. Fez vigorosa crítica aos prelados devassos de seu tempo. Diz ele: “os bispos são cachorros sem nenhuma vergonha, porque sua frente tem cara de meretriz e por isso mesmo não querem criar vergonha”(uso a edição crítica em latim publicada em Lisboa em 2 vol em 1895). Isto foi proferido no sermão do quarto domingo depois de Pentecostes ( p. 278). De outra vez, chama os prelados de “macacos no telhado, presidindo dai o povo de Deus”(op cit p. 348). E continua:” o bispo da Igreja é um escravo que pretende reinar, príncipe iniquo, leão que ruge, urso faminto de rapina que espolia o povo pobre”(p.348). Por fim na festa de São Pedro ergue a voz e denuncia:”Veja que Cristo disse três vezes: apascenta e nenhuma vez tosquia e ordenha… Ai daquele que não apascenta nenhuma vez e tosquia e ordena três ou mais vezes…ele é um dragão ao lado da arca do Senhor que não possui mais que aparência e não a verdade”(vol. 2, 918).

O teólogo Joseph Ratzinger explica o sentido deste tipo de denúncias proféticas:” O sentido da profecia reside, na verdade, menos em algumas predições do que no protesto profético: protesto contra a auto-satisfação das instituições, auto-satisfação que substitui a moral pelo rito e a conversão pelas cerimônias” (Das neue Volk Gottes, Düsseldorf 1969, p. 250, existe tradução português).

Ratzinger critica com ênfase a separação que fizemos com referência à figura de Pedro: antes da Páscoa, o traidor; depois de Pentecostes, o fiel. “Pedro continua vivendo esta tensão do antes e do depois; ele continua sendo as duas coisas: a pedra e o escândalo… Não aconteceu, ao largo de toda a história da Igreja, que o Papa, simultaneamente, foi o sucessor de Pedro, a “pedra” e o “escândalo”(p. 259)?

Aonde queremos chegar com tudo isso? Queremos chegar ao reconhecimento de que a igreja- instituição de papas, bispos e padres, é feita de homens que podem trair, negar e fazer do poder religioso negócio e instrumento de autosatisfação. Tal reconhecimento é terapêutico, pois nos cura de toda uma ideologia idolátrica ao redor da figura do Papa, tido como praticamente infalível. Isso é visível em setores conservadores e fundamentalistas de movimentos católicos leigos e também de grupos de padres. Em alguns vigora uma verdadeira papolatria que Bento XVI procurou sempre evitar.

A crise atual da Igreja provocou a renúncia de um Papa que se deu conta de que não tinha mais o vigor necessário para sanar escândalos de tal gravidade. “Jogou a toalha” com humildade. Que outro mais jovem venha e assuma a tarefa árdua e dura de limpar a corrupção da cúria romana e do universo dos pedófilos, eventualmente puna, deponha e envie alguns mais renitentes para algum convento para fazer penitência e se emendar de vida.

Só quem ama a Igreja pode fazer-lhe as críticas que lhe fizemos, citando textos de autoridade clássicas do passado. Quem deixou de amar a pessoa um dia amada, se torna indiferente à sua vida e destino. Nós nos interessamos à semelhança do amigo e de irmão de tribulação Hans Küng, (foi condenado pela ex-Inquisição) talvez um dos teólogos que mais ama a Igreja e por isso a critica.

Não queremos que cristãos cultivem este sentimento de descaso e de indiferença. Por piores que tenham sido seus erros e equívocos históricos, a instituição-Igreja guarda a memória sagrada de Jesus e a gramática dos evangelhos. Ela prega libertação, sabendo que geralmente são outros que libertam e não ela.

Mesmo assim vale estar dentro dela, como estavam São Francisco, dom Helder Câmara, João XXIII e os notáveis teólogos que ajudaram a fazer o Concílio Vaticano II e que antes haviam sido todos condenados pela ex-Inquisição, como De Lubac, Chenu, Congar, Rahner e outros. Cumpre ajudá-la a sair deste embaraço, alimentando-nos mais do sonho de Jesus de um Reino de justiça, de paz e de reconciliação com Deus e do seguimento de sua causa e destino do que de simples e justificada indignação que pode cair facilmente no farisaísmo e no moralismo.

Mais reflexões desta ordem se encontram no meu Igreja: carisma e poder (Record 2005) especialmente no Apêndice com todas a atas do processo havido no interior da ex-Inquisição em 1984.

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Comentários

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Santi

As igrejas existem para o Homen ver que não prescisa dela para conhecer e se aproximar de DEUS, como alguem já disse “Deus não tem religião”

Elizete

Senhor Leonardo, pessoa admirável e sensata!

Diniz Lima

Na Igreja Católica é assim: tudo que é pecado para o andar de baixo (os humildes fiéis) é praticado com prazer pelo alto clero. Inspirou Chico Buarque a compor uma nova música: “Não existe pecado do lado de cima do Vaticano”.

Maria Izabel L Silva

Eu sou ateia. Não acredito em Deus, nem na divindade de Jesus Cristo, nem que ele seja filho de algum Deus, nem nos santos e nem nos demonios. Mas eu amo a Igreja Catolica por que é a mais antiga e a mais espetacular instituição religiosa do mundo. Toda miseria e toda grandeza da humanidade estão ali refletidas. Os templos são magnificos. Todos eles. Desde a pequena e modesta Matriz da minha cidade, até a Basilica de São Pedro em Roma. Fico sem folego quando visito uma dessas grandes cadedrais que existem ai pelo mundo afora: Notre Dame em Paris, Santa Maria dei Fiori em Florença, São Marcos em Veneza São Francisco de Assis em Salvador e em Assis na Italia, etc, etc. Adoro visitar igrejas, adoro seus ritos, e de como são profundamente humanos, naquilo que a humanidade tem de melhor. Meretriz ou não, longa vida para a Igreja Catolica e para o Papa de Roma, seja lá quem for. Que ela prospere por mais 2.000 anos. E aqueles que são crentes, continuem apoiando a Igreja Católica. Eu nunca a abandonarei. Nunca.

    Fabio

    Maria acho que vc é uma catolica enrustida

Marco Brito

Leonardo Boff esses seus escritos nada acrescentam e também nada acrescentaria se me dispusesse aqui a criticá-los ou vê-los como algum benefício à reflexões. Tudo já se encontra na Bíblia Sagrada e no Catecismo da Igreja Católica Apostólica Romana. No mais, deixemos à Deus todo o julgamento. Deus é fiel. Jesus Cristo já percebera a fraqueza humana e se coloca como a luz do mundo… Os homens, contudo, preferem permanecer nas trevas… A Igreja somos nós os batizados em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo e nada haverá de prevalecer sobre ela… Reconheçamos todos que a santidade da Igreja de Deus prevalece sob Cristo cabeça e sua humanidade pecadora, clerical ou leiga, pela sua misericórdia alcançará a libertação e a salvação quando de fato ao Cristo se submeterem… “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida ninguém chega ao Pai (Deus) senão por mim” – Jesus Cristo. Creiamos nisso e ponhamos em prática para que atinjamos a vida em plenitude e eternidade. Paz e Bem!

Caracol

Igrejas e Religiões à parte, o fato é que o Papado papou o Papa.

Maria Dutra

Prezado Leonardo Boff:
Você é o Sujo falando do Mal lavado. Aliás seu nome é Genésio. O Genésio nada Santo, que agora está cuspindo no prato que comeu e comeu da mão deste que vai sair, o Bento 16.

Samyra

Meretriz os cambau!
Não atribua conotações femininas preconceituosas a uma presepada exclusivamente masculina.

    Vinícius

    É uma referência bíblica, Samyra.

    Samyra

    Que assim como diz Leonardo Boff, é uma das premissas que precisa de reforma.

Kadu

Primorosa e amorosa a reflexão de Leonardo. Um homem justo, ponderado e que mesmo diante de uma pessoa que foi o seu algoz (Ratzinger), induz a uma ponderação crítica respeitosa e muito importante de ser apreciada.

anac

Humana. demasiadamente humana.
Negar a sexualidade é negar a natureza É negar Deus. A religião mata Deus.
A Igreja é um vulcão cuspindo gás toxico prestes a entrar em erupção. Mas lembremos do caos nascem as estrela, nasce a vida.

Waldo Operáro

Por obséquio, Genézio Darci Boff, permaneça em silêncio, assim como lhe foi ordenado.

    assalariado.

    Waldo Operário, voce está a serviço de quem? Jesus Cristo, pelas suas idas e vindas, sempre andou de cabeça erguida. Discursava para as massas camponesas exploradas e marginalizadas pela burguesia de então. Jesus Cristo, nunca teve complexo de vira latas, pecou por ação não por omissão. Enquanto isso, pelas suas palavras, só tenho a dizer que, as religiões que se dizem cristãs se dão ao desfrute de quem paga mais. Voce é um retrato é o pensamento abstrato, do que é ser um sujeito manipulado e emburrecido pelas religiões ‘cristãs’. Lamento muito!

    Abraços.

augusto2

E a “orientaçao” para os estratos ricos, para o poder da elite, para as potencias ocidentais, para impedir alianças sequer pontuais com o trabalhismo (termo e conceito propositalmente bem generico )do vaticano VAI CONTINUAR A MESMA? Vide Honduras, vide argentina.
Quero perguntar na cara deles, vai continuar a mesma?

Elton

Que horrível!!!Quanta intolerância nesses comentários!!! A mensagem do Leonardo Boff é clara. Temos que fazer auto-critica e deixar, mesmo que seja por alguns instantes, o amor pelas nossas próprias idéias. Toda instituição tem suas falhas e admiti las é seguir na direção correta, e isso serve para o individuo também.
O mundo perfeito e ideal não existe. Portanto não devemos perder nosso tempo vivendo nele, a realidade esta no que fazemos e não no que pensamos.

Rafael de Oliveira Silva

Leonardo Boff trata com respeito o papa bento xvi mesmo o mesmo sendo algoz de sua vida religiosa. Seus textos são na verdade estudos para os grupos de base da prórpria igreja. Seria muito interresante que aqueles que acham que quem critica a igreja e é dela, age pelo ódio. Como ele falou, a gente que ama critica pois quer ve-la promvoendo a vida, a humanidade e os saberes do amor.

    Vicente Freire

    Há uma bula Papal que determina a excomunhão de qualquer um católico que auxilie ou apóie de qualquer forma que seja o comunismo. Portanto, Boff, Betto e os outros estão todos excomungados. São todos ex-católicos, estão excomungados. E, parece, que estão bem felizes com essa condição de “vítimas”, por assim dizer.
    Não sabiam? Heheh. Não sabem de muitas coisas.
    Outra coisa: A CNBB não é órgão da intitucional da Igreja Católica. Ela é apenas um clube. Isso mesmo. Alguns bispos se reuniram em petit-comitée e ficam dando palpites sobre qualquer assunto. Não têm nenhuma representatividade real.
    Depois conto mais.

    assalariado.

    Vicente Freire, sua mentalidade cristã, não vai além daqueles panfletos que os padres distribuem nas portas das igrejas. O comunismo é, também, uma ideologia cristã que esta aqui, na biblia ( atos; 4, 32 até 37). Vou escrever só um trecho, voce vá até a biblia e termine de ler, por favor.

    Atos dos Apostolos (32 a 37).

    Atos 32; Ainda mais, a multidao dos que havia crido, era de um só coração e alma e, nem mesmo um só dizia que qualquer das coisas que possuia fosse a sua própria; mas eles tinham todas as coisas em comum.

    Atos 33; ….

    Atos 34; De fato nào havia um só necessitado entre eles, porque todos eram proprietarios dos campos e das casas, …

    Atos 35; ….

    Atos 36; ….

    Atos 37; ….

    Boa leitura.

Mardones

Rede de prostituição gay. k k k k k

Em vão, os adoradores do atraso – como eu chamo os católicos – tentam manter apenas no Vaticano a fornicação. Luta inglória.

    Rafael de Oliveira Silva

    Só acho que tem muitos comentários raivosos, na mesma proporção dos erros da igreja, que em vez de aponta os erros e exige que esse erros sejam apurados, generaliza todo o catolico. Isso prova que intolerancia vem de agnostico, evangelico,ateu, catolico, etc. Não age igual ao que critica, pois se tornara igual ou pior. Não estou aqui isentando a igreja do nada, só justificando as palavras de boff dizendo que a ama, critica como fez santo antonio de padua e tantos outros padres e bispos durante a sua existencia. Aponte os erros, critiquem, mas não jogue tudo no ralo.

    Rafael de Oliveira Silva

    Adoradores do atraso? Essa palavra só faz a generalização burra e ignorante de quem confude crítica com raiva.

    anac

    Essa Igreja pecadora atirou muitas pedras.
    Fez muita gente sofrer, levou muitos ao suicídio. Isso terminantemente não é coisa de Deus.

    Vicente Freire

    Mas, o pessoal da Teologia da Libertação e que ajudou no combate à ditadura não, né Genésio?

Roberto Locatelli

Teve um padre, não sei se foi o frei Leonardo Boff, que disse uma frase genial, pela sua simplicidade: “Deus não tem religião”.

Roberto Locatelli

Não deveria haver intermediários entre o ser humano e a divindade, sejam eles padres, pastores, rabinos, pais de santo, etc. Cada um deveria procurar, sem intermediários, sua comunicação com o universo, deus, alá, ou seja que nome queiramos lhe dar.

PS.: mais um caso de pedofilia católica: http://t.co/my2u9eebCf . Então, se você é católico e não vai exigir explicações do padre ou vigário de seu bairro sobre o acobertamento que a igreja faz sobre estes casos, você é cúmplice.

Mário SF Alves

Frei Leonardo, Frei Leonardo, onde estás que te escutas?
______________________________
Veja se o texto a seguir não é próprio discurso da loucura. Santo Satanás??? Contradição braba, hein? É [quase] um equivalente a Deus Demônio, não?
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Mas, prossigamos. De início, aparentemente, sem nenhuma outra saída mais adequada, adota-se o adjetivo Santo Satanás em referência a Gregório VII (D. Romag, Compêndio da história da Igreja, vol 2, Petrópolis 1950,p.112) para, logo a seguir, adotar a bizarra justificativa expressa na sentença “Essa denominação dura nos remete àquela de Cristo dirigida a Pedro. Por causa de sua profissão de fé o chama “de pedra” mas por causa de sua pouca fé e de não entender os desígnios de Deus o qualificou de “Satanás”(Evangelho de Mateus 16,23).
_________________________________________
Perái, comparar o tal Gregório VII com São Pedro já é escadalizar consciências, não? É o próprio pântano da retórica. Ah! se K. Marx tivesse lido isso…
___________________________________________________

“Habitus meretrius…
São Paulo parece um moderno falando quando diz a seus opositores com fúria: “Oxalá sejam castrados todos os que vos perturbam”(Gálatas 5.12).”
_________________________________________________________
Assim fica difícil. Eu até admito que a coisa se justifique, que tenha umpapel qualquer [no conserto do capitalismo mundial ou] na cultura Ocidental, mas… ainda assim… complicado demais.
__________________
Entendo que aquele que se deu por completo ao próximo pela via da Teologia da Libertação deveria se libertar deste cálice, pois tem como conteúdo o mais [im]puro vinho tinto de sangue. Com todo o respeito.

    Mário SF Alves

    Diante do que disse anteriormente nada mais sensato do que admitir minha própria insensatez. E a respeito disso, e em relação a uma parte do escrevi, eis o que agora deveria dizer:
    _____________________________________
    Estimado e valoroso Frei Leonardo, aproveito a ocasião para externar-lhe um reconhecimento público. É o seguinte:
    _________________________________________________
    Quem dera um dia alcançássemos tamanho discernimento ante situações tão complexas como é a que você tão bem descreveu. Quem dera… um décimo de nós que fosse e já bastaria.
    É bem verdade que lidamos com outra complexidade. Lidamos com a perspectiva de contribuir na superação do injustificável sofrimento imposto ao povo brasileiro. Lutamos pela consolidação da democracia em “nosso” País. Sim, a luta é pela cada vez mais utópica democracia; lutamos pelo aprimoramento e estrito respeito à Constituição Federal do Brasil; lutamos pela verdade em oposição à mentira; lutamos contra a mentira que há séculos escraviza e humilha a imensa maioria das gentes brasileira. No entanto, por mais que nos dediquemos, por mais que reflitamos, sinto que ainda está longe de nós alcançarmos a correspondente e imprescindível equação que você tão precisamente descreveu para a superação dos problemas que afetam o Vaticano e por efeito toda a Igreja Católica.
    A equação que construímos passa por Celso Furtado, por Maria da Conceição Tavares, por Eduardo Suplicy, por você, pelo Frei Betto, pelo Chico Buarque, pelo Aloísio Mercadante, pelo professor Plínio de Arruda Sampaio, por Lula, no enfrentamento indireto e direto da pior elite do mundo e que sempre dominou este País, pela Presidenta Dilma, com sua história e heroísmo, e por tantos outros, que agora seria impossível e desnecessário nominar, e, enfim, pelo honrado povo brasileiro, que soube entender a hora de separar o joio do trigo. A equação que temos passa pelo julgamento da AP 470 e pela correspondente lição que nos foi legada pela mídia corporativa: a de que a pior elite do mundo tudo fará no sentido de impedir a consolidação da democracia no Brasil, assim como a consequente superação do sui generis capitalismo subdesenvolvimentista “nacional”.
    A equação que temos ainda não está de todo pronta, mas já nos diz que o Brasil – mesmo após estes últimos dez anos – ainda vive sob o domínio do regime casa-grande-BraZil-eterna-senzala.
    A equação que temos, ainda que não esteja de todo pronta, tem uma virtude. Sua virtude é pautar-se unicamente pela verdade.
    Interessante, às vezes me ocorre sobre o porquê de os adversários e inimigos do desenvolvimento do Brasil não apresentarem uma equação sobre nós. Penso que seja pelo fato de que qualquer equação a ser definida por eles seria uma equação cuja variável principal seria inevitavelmente a mentira. Daí, frágil já de nascença, tornar-se-ia, portanto, estrategicamente indesejável. O máximo que os representantes de tal regime conseguem fazer é nos rotular. Petralhas! Petralhas! Gritam a plenos pulmões. E lançam livros, e dão autógrafos acompanhados de ministros do STF, e negam, como anjos, todo o desatino praticado à frente do Governo, conforme nos demonstra o escândalo das mega-priva-entregatizações, e jamais fazem o necessário mea culpa em relação ao malfadado e desumano sistema neoliberal que tentaram a todo custo – “no limite da irresponsabilidade” – nos impor.
    Estamos amadurecendo, e amadureceremos, quanto a isso não resta dúvida. Portanto, prezado Frei Leonardo, aceite minhas desculpas e devido reconhecimento e admiração.
    Vida longa, Frei.

renato

Suas palavras são conforto para o coração.
Alento para tempos difíceis.
Mas, sabíamos que as coisas seriam assim.
Nunca foi fácil.Os padres sofrem demais,mal
conseguem ajudar outros.
Os diáconos estão trabalhando muito.
E merecem meu respeito.
E nos não precisamos de heróis, já temos um!

Cancão de Fogo

Esse sabe o que diz e diz sem ressentimentos. Parabéns douto Boff! Creio em ti!

Jorge dos Santos

Quanta Bobagem…Meu Deus!!

José Mario Balan

Papa Pede Renovação e Reorientação da Igreja Católica

Como não religiosos gostaria de contribuir com a Igreja Católica Romana no sentido de sua renovação e reorientação. Logicamente tomando como ponto de partida o pensamento dos seus atuais dirigentes:

1- Todos jovens que dispusessem a se dedicar ao sacerdócio seriam imediatamente castrados e passariam a usar cinto de castidade;
2- Jovens que não fossem virgens seriam imediatamente expulsos e excomungados pela Igreja;
3- A palavra aborto seria excluída de todos os dicionários e quem ousasse um dia a praticá-lo seria enforcado em praça pública;
4- Pobre só poderia entrar na Igreja católica para fazer limpeza, afinal pobre não tem alma;
5- Todos os pecados (crimes como assassinato, estupro, pedofilia, genocídio, roubo corrupção, falar mal da mãe, fazer xixi cana e outras coisinhas mais) seriam perdoados pela confissão.
Observação: Menos o aborto (para brasileiros no Chile pode), os gays e a contestação de qualquer postulado eclesiástico;
6- Palavra de Papa é lei inviolável, palavra de Arcebispo é lei inviolável, palavra de Bispo é lei inviolável, palavra de Padre é lei inviolável, palavra de coroinha é lei inviolável.
Observação: desde que não conteste as palavras dos seus superiores hierárquicos;
7- Casamento gay nunca, adoção gay nunca. Todo gay seria visto como uma aberração de nossa espécie e, portanto passível de ser exterminado em praça pública;
Observação: Teria apenas uma oportunidade de continuar vivo se fizesse o curso: “Como deixei de ser Gay”, com o Pastor Silas Malafaia;
8- Todo Papa e Presidente dos Estados Unidos seriam automaticamente canonizados após a posse;
9- A Catedral de Guarulhos passaria a ser o centro Latino Americano da fé Católica;
10- O Cerra é o nosso candidato eterno “pro que der e vier”
11- O Banco do Vaticano e um exemplo financeiro a ser seguido e protegido;
12- Não existia mais pecado no Estado do Vaticano;
14- O número treze deixaria de existir para que ninguém mais se prenda a superstições (Vai que existe).
13- O mundo civilizado se resumiria a Europa Ocidental e Estados Unidos. O resto é resto;
16- No calendário católico atual o ano seria 1501 Dc. Todo pensamento e comportamento a partir desta data deverão ser desconsiderados.

Urbano

Há uma entidade bastante conhecido no mundo todo, na qual o que se vê mais hoje em dia é meré… Mas os que salvam a classe dessa entidade e o bem maior da humanidade são aqueles, os decentes e íntegros, costumeiramente chamados de meritíssimo, antecedido de vossa ou sua, a depender de estar na presença ou na ausência.

Francisco

Todas as religiões têm isenção fiscal total no Brasil.

Em tese, recebem esse beneficio de não pagar impostos por prestarem um serviço que, nem escola, nem pais sozinhos conseguiriam fazer: formar para um sentido comunitário de ética, de valores.

Para o Estado, laico ou não, o transcendente é irrelevante e assim deve ser. Relevânte é não ter monstros vagando sem sentido de existência pelas ruas.

Há pessoas que, sem orientação, nem sabem se matar ou roubar é certo. Isso é um perigo para a vida em sociedade. Para a vida em sociedade é preciso tolerância, respeito e compaixão.

Sou ateu e me preocupa o estado espiritual das pessoas no Brasil. Se a Igreja católica vacila é como se os alicerces de oitenta poor cento das “casas” (pessoas) do Brasil vacilassem. Um perigo! As Igrejas, católicas e outras, precisam valer o que recebem por isenção de impostos. Os presidios metem medo, a desagregação social é assustadora.

Que as Igrejas não levem os povos ao paraiso não me importa, me importa muito é elas atuarem ativamente para levar ao inferno as sociedades. Comigo dentro.

    Graça

    Concordo inteiramente com vc em relação ao uso do benefício dos impostos, as igrejas precisam prestar contas sim.

    renato

    Tuas palavras fazem todo o sentido…
    Preciso pensar um pouco mais.
    No que você fala, gostaria de saber o
    que é que te anima, sendo você Ateu.
    Não é crítica, por favor entenda, só quero saber.
    Senão tuas palavras se perderão, e elas são realmente
    importantes, para o pensamento crítico.

    Rafael de Oliveira Silva

    Muito achismo vc dizer que se a igreja vacila, 80% das casas vacila e, sendo assim, cometam os mesmos erros da mesma. Acho que precisa ter mais clareza que as comunidades sofrem no dia a dia para achar um jeito novo de fazer do humano um ser ético, com valores de vida e humanas. O grando erro das pessoas que não sao catolicas e nutrem um certo “ódio” é generaliza e dizer que nela tudo não presta.

    Maria A.

    Francisco, sou ateia tbem. Mas acho que o pais devia cuidar melhor de seus cidadãos religiosos. No caso das igrejas, isentá-las de impostos é uma aberração. No caso das novas igrejas, não exigir que seus pastores tenham curso de teologia é outra. Os privilegios dados à Igreja Catolica não devem continuar e não podem servir para que outros explorem a boa fé de pessoas piedosas.

    Vinícius

    Se eu quiser abrir um terreiro ou construir uma mesquita, onde é que tiro meu diploma de Teologia, Márcia? Vamos multar o pai de santo que é semi-analfabeto?

    Cada religião que se organize como quiser.

    Sobre a isenção fiscal:

    Como regra geral, as igrejas facilmente obtêm a isenção ou imunidade sobre as receitas próprias de suas atividades, quanto ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, COFINS, IPTU, ITBI, Contribuição Sindical, entre outros, desde que cumpra alguns requisitos, como:

    – Não remunerar dirigente, a qualquer título;

    – Aplicarem integralmente, no país, os recursos na manutenção de seus objetivos;

    – Manterem escrituração contábil de sua movimentação financeira e econômica;

    – Conservar a documentação contábil, pelo prazo prescricional;

    – Recolher os tributos retidos;

    – Apresentar a Declaração de Rendimentos e demais obrigações acessórias pertinentes;

    – Assegurar, em seu estatuto, no caso de extinção da entidade, a destinação de seu patrimônio a outra entidade semelhante;

    – Outros requisitos previstos especificamente na legislação para gozo da isenção ou imunidade do tributo analisado.

    Já as igrejas devem pagar, normalmente, as Contribuições Previdenciárias, Taxa de Lixo, Taxa de Iluminação Pública, tributos retidos, etc.

    fonte: http://www.cibi.org.br/pc/confinan/465-isencao-imunidade-e-tributacao-das-igrejas

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