Jeferson Miola: Exército classifica como fake news matéria do Estadão que informa que Alto Comando “garantirá” resultado da eleição

Tempo de leitura: 2 min
A montagem está estampada na nota à imprensa distribuída pelo Exército Brasileiro nesta sexta-feira, 29 de setembro de 2022

Exército classifica como fake news matéria do Estadão que informa que Alto Comando “garantirá” resultado da eleição

Por Jeferson Miola, em seu blog

Em nota à imprensa, Exercito classifica como fake news matéria do Estadão que informa que Alto Comando “garante” que “quem ganhar, leva a Presidência” [sic]. A matéria diz, ainda, que o Exército “se afasta da auditoria de votos” exigida por Bolsonaro.

No comunicado, o Comando do Exército “manifesta total repúdio” ao conteúdo da matéria jornalística, e diz que “os dados apresentados na matéria são inverídicos e tendenciosos”.

O Exército também comunica que “as medidas judiciais cabíveis estão sendo estudadas” em relação ao jornal devido à referida publicação.

A matéria do Estadão foi ao ar às 10:59h [30/9] e até pelo menos às 19:35h, continuava como destaque principal da capa da edição digital do jornal, o que significa que o veículo sustenta o conteúdo publicado.

Em se tratando de Forças Armadas, não surpreende que conteúdos sejam vazados em off e depois desmentidos ou relativizados por meio de comunicados oficiais em on.

O dado concreto é que as Forças Armadas não têm absolutamente nenhum direito de se intrometer – seja em modo off ou em modo on – em assuntos de domínio exclusivo do poder político e da sociedade civil. Menos ainda para dizer que garante ou que repudia a escolha soberana do povo por meio do voto popular.

No entanto, por meio das suas cúpulas partidarizadas, as Forças interferem de modo ilegal e inconstitucional na política.

E na arena da política, empregam as táticas e estratégias que foram adestrados a adotar no campo de batalha – diversionismo, camuflagem, operações psicológicas, confusão, tumulto, distração do inimigo etc.

A menos de 48 horas da proclamação do resultado eleitoral, não poderia ser mais inoportuno este jogo de desestabilização e tumulto promovido pelos militares.

É inaceitável conviver com a participação indevida, indesejável, imprópria, atentatória, ilegal e inconstitucional dos militares como juízes do exercício da soberania popular.

Leia também:

Jeferson Miola: Assim como Bolsonaro, o seu PL também se mostra incompatível com a democracia

Senado dos EUA aprova por unanimidade recomendação de rompimento com o governo do Brasil em caso de golpe

Eurodeputados pedem sanções se Bolsonaro não aceitar derrota

Comissão Arns pede para não votar em Jair Bolsonaro no domingo: ‘É hora de estancar a destruição nacional’; íntegra


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

marcio gaúcho

Esses verdes-oliva não amadurecem nunca! Forças Armadas que não cumprem as funções estabelecidas na Constituição, não tem serventia ao estado e nem à nação. Sua eliminação no futuro pode ser uma boa ideia.

Zé Maria

Milicos Mal Intencionados têm o Hábito de ‘vazar’ Conteúdos a Jornalistas,
para chamar a atenção e depois largar Notas de Desmentidos como essa.

Deixe seu comentário

Leia também