Jair de Souza: Reflexões sobre as pautas identitárias para a militância de esquerda

Tempo de leitura: 4 min
Gabriel Boric, presidente do Chile. Fotos: Radio Uchile e Kaosenlared

Reflexões sobre as questões identitárias para a militância de esquerda

Por Jair de Souza*

O debate relacionado com as causas identitárias vem ganhando destaque entre a militância de esquerda em razão das posturas tomadas pelo atual presidente do Chile, Gabriel Boric.

Conforme pode ser constatado ao analisar seus pronunciamentos, Boric tem se mostrado um aguerrido lutador em favor de muitas das pautas associadas ao combate à homofobia e à misoginia, às lutas contra a discriminação racial e pela descriminalização do aborto, etc.

Por outro lado, várias das principais reivindicações históricas do movimento trabalhista vêm recebendo por parte dele escassa atenção. Pouca ênfase tem sido dada às lutas que questionam as bases de sustentação da exploração capitalista.

A organização autônoma e consciente da classe trabalhadora não é tida como uma de suas principais preocupações. E isto não contribui positivamente nas lutas trabalhistas por aumentos salariais, melhores condições de trabalho, diminuição da jornada laboral, eliminação ou redução do desemprego e por amparo previdenciário, por exemplo.

Além disso, Boric também rompeu com a tradição anti-imperialista da esquerda latinoamericana e vem se mostrando como um fiel aliado da linha política traçada pelo imperialismo estadunidense para a América Latina e para o mundo em geral.

Tanto assim que ele se tornou um dos mais agressivos detratores dos governos dos países que mais resistem à imposição da hegemonia dos Estados Unidos nesta região, ou seja, Cuba, Venezuela e Nicarágua.

Em meu entender, é inaceitável que um militante consciente de esquerda ignore a importância das lutas que visam pôr fim às discriminações raciais, de gênero, de homofobia e todas as demais do tipo das mencionadas mais acima neste texto.

No entanto, isto não deveria implicar em nossa concordância em colocar tais reivindicações como prioridades exclusivas em nossos esforços por construir um mundo com justiça e dignidade para toda nossa população.

O objetivo primordial de todos os que estamos engajados no processo que busca forjar uma sociedade mais igualitária, justa e solidária é participar ativamente da luta para que tenhamos um mundo no qual os direitos básicos de todo ser humano sejam atendidos.

Lutamos por um mundo onde ninguém passe fome; onde não haja nenhuma criança desamparada e sem escola; um mundo no qual nenhum trabalhador esteja desempregado e nenhum ser humano tenha de viver ao relento e sem assistência médica; entre outras coisas.

No que diz respeito a nosso posicionamento internacional, estamos determinados a não aceitar que os
destinos de nossa nação estejam subordinados aos desígnios de outras potências estrangeiras.

Por isso, estou convencido de que uma esquerda de verdade tem de ser necessariamente anti-imperialista.

Portanto, todos os que compartilham conosco desses sonhos e desejos estão aptos a desempenhar um papel ativo no processo de embates com vistas a concretizar nossos objetivos.

Não podemos e não devemos concordar passivamente com nenhuma discriminação injusta praticada contra ninguém que se enquadre neste amplo leque de pessoas.

Contudo, para nós da esquerda, não dá no mesmo irmanarmo-nos às causas feministas das mulheres trabalhadoras que às aspirações das mulheres das classes dominantes; não pode ser igual nosso engajamento na defesa dos direitos dos trabalhadores negros que no apoio às pretensões de igualdade dos capitalistas afrodescendentes a seus pares de raça branca; não podemos equiparar a solidariedade que devemos prestar a homoafetivos de extração popular com a destinada aos poucos deles que compõem o grupo dos exploradores; nunca deveríamos ignorar que existem diferenças gritantes entre a imensa maioria dos integrantes de nossos povos originários e aqueles indivíduos vinculados a anseios
alheios aos do conjunto de suas próprias etnias.

Lamentavelmente, as classes dominantes parecem ter entendido melhor a maneira adequada de lidar com as questões identitárias do que nós da esquerda.

Creio estar evidente que nossos grandes capitalistas aprenderam a situar sempre em primeiro lugar os interesses essenciais de sua própria classe. Até mesmo o nazismo bolsonarista, que representa o nível da degradação moral mais abjeta a que a as classes dominantes podem chegar, sabe que o que deve prevalecer são os interesses materiais concretos das classes às quais essa nefasta ideologia serve.

É por isso que, apesar de toda sua podridão racista, o nazismo bolsonarista não vacilou em colocar no comando da fundação mais significativa na história da defesa de nossos afrodescendentes uma pessoa de pura cepa africana.

Como o escolhido para exercer essa função também estava comprometido com a manutenção dos privilégios das classes dominantes, a cor de sua pele não tinha a menor importância.

Embora o nazismo bolsonarista se nutra de um ódio colérico contra nossos povos originários e se empenhe para extirpar de nossa terra todos os vestígios ainda existentes de nossos aborígenes, eles costumam acolher sem vacilação a qualquer adepto deles provenientes que se disponha a servir nas hostes de seus exterminadores.

Ainda deve estar fresco em nossa memória o caso do índio nazibolsonarista que tantos danos nos causou durante os preparativos para o golpe de Estado de 8 de janeiro passado.

Em outras palavras, ainda que os nazibolsonaristas odeiem profundamente os povos indígenas, todo indígena que demonstre estar disposto a aderir a suas ideologia e prática macabras será bem aceito por eles.

Em resumo, nós da esquerda queremos com sinceridade pôr fim a todas essas discriminações odiosas que afligem a nossa população. No entanto, os interesses essenciais das classes com as quais nos identificamos precisam sempre ser nossa prioridade.

São esses interesses prioritários os que deveriam balizar nossas condutas.

Estamos cientes da justeza da luta para eliminar os preconceitos de tinte identitário. Nossa obrigação moral e ética é travar o combate para erradicá-los de nosso seio.

Entretanto, precisamos ter clareza sobre a preponderância das questões reais que possibilitam a exploração das maiorias por pequenos grupos de cunho oligárquico.

Devemos estar dispostos a acolher e prestar solidariedade a todos os que são vítimas de preconceitos.

Porém, a centralidade das questões socioeconômicas não pode ser ignorada.

A luta contra as discriminações identitárias faz todo sentido, desde que esteja umbilicalmente acoplada à luta geral para a solução dos problemas mais prementes das classes trabalhadoras.

*Jair de Souza é economista formado pela UFRJ; mestre em linguística também pela UFRJ.

Este artigo não representa necessariamente a opinião do Viomundo

Leia também:

Roberto Amaral: O Brasil posto à margem do desenvolvimento por conta de sua classe dominante

Milly Lacombe: Por que a direita não se vê como ideologia?


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Zé Maria

O Rabo Bolsonarista em São Paulo

“Volta das chacinas, devolução de livros didáticos oferecidos pelo MEC,

substituição por material digital para ser chupado pelo aluno na sala de aula.

Se alguém tinha dúvida, não tem mais: Tarcísio é um terraplanista raiz.”

Jornalista LUIS NASSIF
https://twitter.com/LuisNassif/status/1687137222020014081

“O governo sueco decidiu travar o programa de digitalização das escolas
e voltar aos livros em papel nas salas de aulas.
Lotta Edholm, ministra da educação, disse:
“estamos em risco de criar uma geração de analfabetos funcionais”!”

https://twitter.com/Lucianoteo2/status/1687164113946886155

Zé Maria

“Sem livros ninguém sabe o que é chacina”

“Decisão de retirar São Paulo do Programa Nacional do Livro Didático

é parte de um projeto que reflete na Chacina do Guarujá”

“É uma questão ideológica: investir no não conhecimento,
especialmente dos jovens pobres dos subúrbios.”

“E aí, como eu diria, continuando aquela frase que não é de autoria
do Saramago: -Nessa hora vai surgir o novo demônio, e tão poucos
vão perceber a história se repetindo.
Só quando a barbárie tiver vencido.”

“É contra esse estado de coisas que nós devemos resistir no dia a dia”.

“Como bem lembrou Chimamanda Ngozi Adichie:
“Escolher escrever é rejeitar o silêncio.”

Escreveu no 360 o Criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.

Zé Maria

Não é operação, é chacina”

“Não é guerra às drogas,
é guerra aos pobres”

“Vingança não é justiça”

Manifestantes fazem Protesto Contra a Operação Policial Militar
na Baixada Santista, Litoral Paulista, ordenada pelo Governador
do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pedindo o fim das
Ações Violentas Armadas da PM-SP nos Municípios da Região.

A ofensiva já resultou na morte de ao menos 16 pessoas,
tornando-se a mais violenta no estado desde a chacina
ocorrida em Osasco, na região metropolitana da Capital.

A Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo informou
que “diversos Órgãos de Direitos Humanos têm relatado
reclamações de moradores locais apontando uma série
de violações de direitos civis, à margem da legalidade,
com indicativos de execução, tortura e outros ilícitos nas
ações policiais militares na região, por ocasião da operação”.

“O que nós temos falado insistentemente é que vingança não é política
de segurança pública. Estivermos pessoalmente na Baixada Santista
conversando com moradores e encontramos crianças aterrorizadas
pela ação policial. Viemos aqui perguntar quantos mais têm que morrer
para que essa guerra acabe. É preciso dar um basta e pôr um fim imediato
na Operação Escudo”, disse a deputada estadual paulista Paula Nunes ou
Paula da Bancada Feminista (PSOL/SP).

Membros das entidades participantes colocaram tinta vermelha nas mãos como forma de protesto.

A Operação Escudo foi Deflagrada pela Polícia Militar de São Paulo (PM-SP)
em Represália à morte de um policial pertencente ao batalhão de Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA) da PM-SP ocorrida em 27/7 em Guarujá.

“A gente precisa acabar imediatamente com a Operação Escudo, que
é uma operação de vingança contra as comunidades daquele território.
Os moradores estão absolutamente assustados, aterrorizados”,
afirmou a Vereadora Paulistana Elaine Mineiro, do Mandato Coletivo
Quilombo Periférico (PSOL/SP).

Na 4ª feira, ela participou de uma comitiva que esteve onde ocorreram
as mortes e conversou com moradores.

“O que a gente ouviu lá é que os homens estão com medo de voltar para
casa. Pedem para as suas esposas para irem buscar na porta do trabalho,
porque o alvo preferencial são homens, quase sempre negros e jovens”, disse a Vereadora da Câmara de São Paulo.

Membros das entidades dos Movimentos Sociais participantes da Manifestação – realizada em frente ao prédio da Secretaria Estadual
de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, no Largo São Francisco,
região central da capital paulista – colocaram tinta vermelha, como
símbolo de sangue nas mãos, em protesto à Violência Policia Militar.

(Com informações da Agência Brasil)

[Reportagens: Bruno Bocchini | Edição: Nádia Franco e Marcelo Brandão]

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-08/operacao-escudo-moradores-denunciam-execucoes-aleatorias-no-guaruja

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-08/movimento-negro-faz-ato-pedindo-fim-da-operacao-escudo

Zé Maria

https://twitter.com/i/status/1687149820866129920

“Confira trecho da fala da Deputada Federal @samiabomfim,
na sessão desta quinta (03) na CPI do MST.
A parlamentar destaca a série de ações em ataques
às deputadas federais ao longo do andamento dos trabalhos
da CPI que busca criminalizar o MST.” #TôComMST

https://twitter.com/MST_Oficial/status/1687149820866129920

Zé Maria

“Absurda a fala do presidente da CPI do MST contra
as deputadas @samiabomfim e @taliriapetrone.

Essa CPI envergonha a política brasileira, orquestrada
por bolsonaristas para criminalizar os movimentos sociais
e destilar machismo contra parlamentares mulheres.
Vergonha!”

NATÁLIA BONAVIDES
Deputada Federal (PT/RN)
https://twitter.com/NatBonavides/status/1687156812770918414

Zé Maria

“Todo apoio à deputada @samiabomfim
por ter que ouvir falas desprezíveis e
machistas do presidente da CPI do MST
e de outros parlamentares.
Além de ser interrompida e ter microfone
cortado, agora foi indicada a ‘tomar remédio’
[e ‘comer hamburger’] para se “acalmar”.

Mulher firme é taxada de histérica, né?”

ANA PAULA LIMA
Deputada Federal (PT/SC)
https://twitter.com/anapaulalimapt/status/1687159952345874438

Zé Maria

https://twitter.com/samiabomfim

As Deputadas de Esquerda demonstram que é possível conciliar

Pautas Identitárias com a Ideologia Política & Sócio-Econômica.

https://twitter.com/i/status/1687138039309508612

“O tiro da CPI do MST saiu pela culatra
e restou aos bolsonaristas apenas
a baixeza dos ataques misóginos.
Tenho orgulho do nosso trabalho nessa CPI
e vamos seguir combatendo o agrogolpismo
com ainda mais força.
As mulheres não abaixarão a cabeça,
a nossa coragem é o medo deles!”

Deputada Federal SÂMIA BOMFIM (PSoL/SP)
bota os Fascistas no Chinelo, na CPI do MST:
https://twitter.com/samiabomfim/status/1687138039309508612
.
.
Os Bolsonaristas redundantemente Fascistas de Extrema-Direita

odeiam as Mulheres de Esquerda, porque elas não se deixam ser

subjugadas por eles e não se submetem a eles nem às ordens deles.
.
.

Bernardo

Está correto e acrescento um comentario, as questoes sociais e economicas num pais como o Brasil estarão srmpre um degrau acima das identitarias, até que o descaso e desnivel de oportunidades tenha sido eliminado ou bastante reduzido.

Zé Maria

Os Ratos Guedes & Bolsonaro deixaram o Rabo Neoliberal na Porta de 2023

‘Defórma Adeministrativa’ (PEC 32/2020):

Precarização e Privatização dos Serviços Públicos
nas três instâncias: Federal, Estadual e Municipal.
.
.
“PEC 32: Desregulamentação de Direitos; Regulamentação de Restrições”

A consequência será o aumento da negligência governamental no combate
às desigualdades regionais e de renda, e a redução da presença dos pobres
no Orçamento Público.
Isso ocorre invariavelmente com a diminuição ou retirada do Estado no
provimento de bens e serviços aos cidadãos, às populações, aos territórios
vulneráveis e aos desassistidos.
Não se cogita de aumentar receita, apenas de reduzir despesas.

Por Antônio Augusto de Queiroz, no DIAP

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32/2020 – da denominada ‘Reforma Administrativa’ – é na realidade uma operação que faz parte
de um conjunto de propostas de desmonte do Estado de bem-estar social
e dos direitos, iniciado no governo Temer (MDB) com a chamada “Ponte
para o Futuro”, cuja legado foi a aprovação da Reforma Trabalhista,
a Terceirização generalizada e o Teto de Gasto, e que teve continuidade
no governo Bolsonaro, com a “Reforma da Previdência”, que suprimiu direitos
previdenciários, e com a Lei Complementar 173/19, que além de suspender
reajustes e outros benefícios dos servidores até 31 de dezembro de 2021,
modificou dispositivos permanentes da Lei de Responsabilidade Fiscal
em desfavor do servidor público.

A lógica da reforma, com efeito, consiste na revisão do papel do Estado
na economia e na área social, bem como na redução de pessoal e de despesa pública.
A consequência será o aumento da negligência governamental no combate às desigualdades regionais e de renda, e a redução da presença dos pobres
no Orçamento Público.
Isso ocorre invariavelmente com a diminuição ou retirada do Estado no provimento de bens e serviços aos cidadãos, às populações, aos territórios vulneráveis e aos desassistidos.
Não se cogita aumentar receita, apenas de reduzir despesas.

Assim, embora apresentada sob o fundamento de conferir maior eficiência,
eficácia e efetividade à atuação do Estado e até de ampliação da
transparência e do controle social, a reforma, na verdade, parte do
pressuposto de superioridade da gestão privada e busca trazer
para a Administração Pública a lógica de mercado, de relação
cliente-consumidor, que se pauta pela demanda, numa transação
de natureza mercadista ou comercial de troca.

Nessa perspectiva, a PEC 32/2020 possui duplo objetivo:

1) de natureza liberal-fiscal, que busca satisfazer o mercado e atender
à visão ideológica neoliberal da equipe econômica; e

2) de caráter persecutório e de preconceito para com o servidor.
O primeiro teria por base a suposição de que o Estado é perdulário,
faz má alocação e desperdiça recursos, além de ser acusado de patrocinar
privilégios e ser ineficiente.
O segundo se expressa na narrativa de ataque à honra dos servidores,
que têm sido associados por autoridades governamentais a parasitas,
a assaltantes e a inimigos do povo.

O texto da Reforma Administrativa, entretanto, é coerente com que pensava
o governo [Guedes/Bolsonaro] sobre os servidores e os serviços públicos e
estava em sintonia com o PPA (Plano Plurianual) enviado ao Congresso
para os anos de 2020 a 2023, que propunha a redução da estrutura
administrativa do Estado, além de descentralização e privatização
mediante a celebração de contratos ou convênio entre entidades públicas
e privadas que envolvam tanto as compras de bens e serviços pelo Setor Público quanto a transferência de recursos e o deslocamento da
responsabilidade pela execução desses serviços ao Setor Privado.
Assim, essa reforma, na verdade, parte do pressuposto de superioridade
da gestão privada e busca trazer para a Administração Pública a lógica
de mercado, de relação cliente-consumidor, que se pauta pela demanda,
numa transação de natureza mercado ou comercial de troca.

Em todos os países em que esse desenho foi implementado falhou,
porque no Serviço Público a lógica de prestação de serviço deve ser
orientada pela necessidade dos cidadãos, considerando princípios
como equidade e justiça, e não de mercado, que busca apenas a maximização do lucro.

Além disso, a Reforma Administrativa, que parte da desconfiança
dos servidores de carreira, vem num contexto de desmonte dos serviços
públicos e não guarda qualquer relação com a melhoria da qualidade
do serviço público, nem com a meritocracia.
Pelo contrário, foi concebida para desorganizar o Serviço Público,
punir os atuais servidores e submeter os futuros à regras draconianas
de gestão.

A prova disso é que está autorizando a contratação, para exercer cargos
de liderança em área estratégicas, técnicas e gerenciais — postos antes
reservados a servidores de carreiras —, uma espécie de capataz, gente
indicada por políticos para vigiar e punir os servidores que agirem
em desacordo com a orientação oficial, seja essa legal ou não.

A PEC 32, que visa à desconstitucionalização de direitos — remetendo
praticamente tudo para as leis ordinárias e complementares, tal como
ocorreu com a Reforma da Previdência —, está estruturada em 4 princípios,
3 grandes orientações ou eixos, 3 fases e 9 mudanças constitucionais,
que serão analisados neste texto.

Íntegra:
https://www.diap.org.br/index.php/governo-bolsonaro/90092-reforma-administrativa-desregulamentacao-de-direitos-e-regulamentacao-de-restricoes

Zé Maria

https://twitter.com/i/status/1686482031834963968

*Só no Brasil, “onde prostituta se apaixona,
cafetão tem ciúme, traficante se vicia e
pobre é de direita”, que Parlamentar defende
fechamento de Congresso.

*Crédito da frase entre aspas para Tim Maia

Jornalista HILDEGARD ANGEL
https://twitter.com/Hilde_Angel/status/1686501034565234688
https://twitter.com/brasildefato/status/1686482031834963968

Zé Maria

“FGTS: Governo Lula deve propor
mudanças no saque-aniversário”

DIAP

MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) faz os últimos ajustes em
projeto de lei que poderá mudar as regras do saque-aniversário
do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para permitir
aos trabalhadores sacar o FGTS caso sejam demitidos.

Hoje, quem escolhe a modalidade saque-aniversário do FGTS,
que permite saques periódicos enquanto o trabalhador está
empregado, só permite acesso à multa rescisória de 40%
do saldo em caso de demissão.

Com o saque-aniversário, anualmente o trabalhador pode retirar
parte do seu saldo no Fundo. Mas, ao ser demitido, só tem direito
a sacar o valor referente à multa rescisória e não o valor integral
da conta do FGTS, como ocorre no saque-rescisão.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, quer manter a modalidade,
mas com a permissão de saque completo do saldo da conta,
em caso de demissão do trabalhador.

Integrantes do ministério afirmam que há a possibilidade de o saque total também valer retroativamente. Ou seja, o trabalhador que estava na modalidade saque-aniversário e foi demitido nos últimos 4 anos, desde
a criação do saque-aniversário, em 2019, poderia solicitar o acesso ao
saldo integral de sua conta no FGTS.

A proposta que modifica as regras já tem aval da Casa Civil, de acordo
com interlocutores do ministro do Trabalho.

A proposta deve ser enviada ainda na primeira quinzena de agosto deste ano
à Câmara dos Deputados.

https://www.diap.org.br/index.php/noticias/noticias/91421-fgts-governo-deve-propor-ao-congresso-mudancas-no-saque-aniversario

Zé Maria

Sinceramente, é Muito Estranho nos dias de hoje, no Brasil,
ver uma Mulher Negra ou um Gay ser de Direita. Mas existe.
Vide o [des]Governador do Estado do Rio Grande do Sul.

Zé Maria

“Bom dia!
Começando a semana com esse artigo publicado hoje no @lemondefr.
Nele eu reflito sobre o papel feminino na construção da paz e
a importância da presença das mulheres nos espaços políticos
de decisão.”
https://twitter.com/JanjaLula/status/1685998929819660289

“Apenas anotando que Margaret Tatcher, Condoleezza Rice,
Madeleine Albright e Hillary Clinton foram exceções à regra.”

https://twitter.com/luizazenha23/status/1686332087312285696
https://twitter.com/milkabrecht/status/1686380346970083330
“Podemos citar também Victoria Nuland, Annalena Baerbock
[Giorgia Meloni] e Ursula von der Leyen.”
https://twitter.com/RodP13/status/1686333321284894720

Deixe seu comentário

Leia também