#EleNão bomba nas redes sociais, mas famosos que aderiram sofrem ataques de eleitores de Bolsonaro: Sheherazade foi influenciada por namorado tucano esquerdista, dizem

Tempo de leitura: 3 min

Da Redação

A apresentadora Sheherazade, que tem mais de 1,4 milhão de seguidores no twitter, aderiu ao #EleNão, a campanha que rejeita o candidato Jair Bolsonaro, do PSL, acusado de ser racista, homofóbico, xenófobo e machista.

“Sou mulher. Crio dois filhos sozinha. Fui criada por minha mãe e minha avó. Não. Não somos criminosas. Somos HEROÍNAS”, escreveu a jornalista do SBT.

Ela aparentemente reagia a um discurso do general Hamilton Mourão, o vice na chapa de Bolsonaro.

A bem da verdade factual, Mourão nunca disse que as mulheres que criaram seus filhos sós eram “criminosas”.

Mas a declaração textual não é menos bizarra.

“A partir do momento em que a família é dissociada, surgem os problemas sociais. Atacam eminentemente nas áreas carentes, onde não há pai e avô, é mãe e avó. E, por isso, torna-se realmente uma fábrica de elementos desajustados que tendem a ingressar nessas narco-quadrilhas”, afirmou Mourão em palestra.

Uma ofensa às avós e mães batalhadoras, que criam filhos sozinhas. Há mais de 28 milhões de domicílios sustentados principalmente por mulheres no Brasil.

Na visão de Mourão, obviamente, o problema da criminalidade é causado em parte pela falta de homens em casa.

Eleitores de Bolsonaro condenaram com veemência a decisão de Sheherazade, que segundo eles teria “mudado de lado” quando passou a namorar Matheus Farias Carneiro, em janeiro.

Alguns dos principais argumentos são de que ela teria distorcido ou não entendido o sentido do discurso de Hamilton Mourão.

“Você é uma jornalista séria e admiro seu trabalho. Não foi isso que o Mourão quis dizer. Pare de distorcer os fatos e continue a ser imparcial como vc sempre foi”, escreveu um admirador da apresentadora do SBT.

“Entrou no discursinho da esquerda! Foi contaminada pelo extremismo do Politicamente Correto”, reagiu uma eleitora.

“O macho fez a cabeça dela, achava que era inteligente até ver que ela mudou o que pensa por causa do macho”, disparou outra bolsonarista.

Um internauta reproduziu um vídeo de Sheherazade em que ela faz, ao microfone da Jovem Pan, uma defesa incisiva de Bolsonaro contra Maria do Rosário, a deputada do PT com quem o parlamentar neofascista bateu boca na Câmara dos Deputados.

Outra mulher atacou: “Parem de dar audiência, ela se debandou a atacar Bolsonaro influenciada pelo namoradinho jovem tucano (esquerdista), já os chama de fascistas e vocês aqui mendigando atenção?”

A campanha #EleNão, organizada pela Mulheres Unidas Contra Bolsonaro, organizadas numa página de Facebook, está se espalhando feito fogo em palha nas redes sociais.

O grupo, que foi vítima de ataques de crackers bolsonaristas, conta hoje com a adesão de mais de 2 milhões de mulheres e promete grandes manifestações públicas para o próximo dia 29, em todo o Brasil.

Num post que já foi retuitado mais de mil vezes, a atriz Deborah Seco escreveu:

“#EleNão não tem a ver com política (só). Tem a ver com moral. Com a liberdade e a dignidade de “ser” e de pensar, que eu espero que a minha filha tenha. E os filhos de todos vocês tenham também. É por isso que #EleNão”.

Ela também passou a ser criticada por dezenas de seguidores.

“Uma mulher que traia todos os homens com quem já manteve relacionamento vem querer falar de moral. Que moral tu tens, Deborah Secco?”, rebateu um eleitor de Bolsonaro.

“Espero que vocês possam respeitar democraticamente a minha opinião. Eu respeito a de todos vocês”, escreveu a atriz depois de receber uma enxurrada de críticas.

“#EleSim pq quero dar ao meu filho um futuro sem ideologias que denigrem a moral e princípios cristãos”, criticou outra bolsonarista, sem se dar conta de que o próprio verbo “denegrir” é considerado ofensivo aos negros.


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RONALD

Namorado tucano esquerdista é uma abstração sem nexo, rs.

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