Beatriz Cerqueira: Minas Gerais vai parar nesta sexta; veja lista de atos em 53 cidades

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Greve geral vai atingir todos os setores em Minas Gerais

CUT/MG e sindicatos fazem um balanço das adesões ao movimento contra as reformas Previdenciária, trabalhista e terceirização

da Ascom do  Sind-UTE/MG

Em entrevista coletiva, concedida na Sala de Imprensa da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na tarde desta quarta-feira (26), dirigentes da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), de sindicatos CUTistas e de entidades que representam trabalhadoras e trabalhadoras que aderiram à greve geral apresentaram um balanço das mobilizações para esta sexta-feira, 28 de abril.

Dezenas de categorias, dos setores público e privado, vão paralisar as atividades para protestar contra as reformas da Previdência, trabalhista a privatização e toda pauta do governo golpista e ilegítimo de Michel Temer.

“Estamos articulando o maior movimento que já fizemos em Minas Gerais. Um número muito superior de sindicatos debateram com suas categorias, que aprovaram a paralisação. E mesmo trabalhadoras e trabalhadores que não são representados por entidades sindicais, como acontece em alguns municípios do Estado, também aderiram”, disse Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT/MG.

Vão parar trabalhadoras e trabalhadores dos setores público e privado, do campo e da cidade, do setor produtivo, como metalúrgicos, petroleiros, do vestuário, da alimentação, do transporte público, da educação, da saúde, das telecomunicações, dos serviços públicos federal, estadual e municipal, da vigilância. Os metroviários aprovaram, em assembleia na noite de terça-feira (25), entrar em greve à 0 hora do dia 28, mesmo com a possibilidade de multa.

Os rodoviários da Grande Belo Horizonte e de outras regiões vão parar por 24 horas. Todos os setores, público e privado, serão fortemente atingidos.

“A paralisação atingirá toda Minas Gerais e estão confirmados atos em 53 cidades”, disse Beatriz, que acrescentou:

É uma luta por cada um contra as reformas da Previdência e trabalhista e a terceirização. E percebemos que a aceitação do movimento tem sido grande não apenas na classe trabalhadora, mas também entre a população. Hoje a população compreende o que é a reforma da Previdência e o nosso desafio é mostrar as consequências da reforma trabalhista, que é o fim da CLT e a fragilização da representação sindical

Com o diálogo, a população está entendo que ela é que vai pagar a conta. Realizamos debates em câmaras municipais, promovemos aulões sobre os temas e fizemos pressão nas bases dos parlamentares, sejam vereadores, deputados estaduais, federais e senadores. Com nossa mobilização, impedimos a votação da reforma da Previdência. Por isso, vamos continuar investindo no diálogo”.

A presidenta da CUT/MG também falou sobre a manifestação de sexta-feira:

Nos concentraremos às 9 horas na Praça da Estação e sairemos por volta das 11 horas em direção à Praça Sete para realizarmos um grande ato.

Mas uma greve geral não pode ser medida pelo número de pessoas que participam de uma manifestação e sim pela quantidade de trabalhadoras e trabalhadores que vão suspender sua relação de trabalho. O que importa é a quantidade de categorias paralisadas.

O dia 28 não se encerra nele, vamos continuar fazendo barulho. No dia 1° de maio, estaremos na Praça da Cemig, em Contagem, para levarmos nossas pautas à Missa do Trabalhador. Depois, as centrais sindicais vão se reunir novamente para construir as próximas ações contra a pauta golpista.

De acordo com Jairo Nogueira Filho, secretário-geral da CUT/MG e da direção do Sindieletro-MG, a população está apoiando a greve geral:

“Fizemos panfletagens nas estações de ônibus e do Metrô e as pessoas vêm manifestando apoio à paralisação. Como disse a Beatriz, é o primeiro de uma série de mobilizações que teremos que fazer para combater o projeto deste governo que não ouve a população do país.”

Ronaldo Batista, presidente do Sindicato dos Rodoviários de Belo Horizonte e Região, garantiu que a paralisação atingirá 100% da categoria:

“Recebemos o convite da CUT, que é protagonista do movimento. Mas a greve não é da CUT. É de toda a classe trabalhadora e em defesa dos direitos e conquistas de toda a população brasileira. Fomos chamados para somar e decidimos em assembleia, na segunda-feira (24), parar 100%. Não tem escala mínima. Vamos parar nas garagens, na rodoviária. Já avisamos a população com uma carta aberta. Acredito que tudo vai dar certo. Vamos ficar nas garagens e contamos com o apoio de diversas entidades”

“Vamos parar a produção da Petrobras e vamos estar sempre nas ruas até que o governo golpista pare com as reformas”, disse Leopoldino Ferreira de Paula Martins, do Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro-MG).

“O metrô não circulará por 24 horas. É a nossa resposta a um governo que não se preocupa com o que o povo quer. Estamos às vésperas de uma greve geral, e eles tentam votar propostas que atacam os trabalhadores, com o argumento falso de que as reformas são necessárias para tirar o país da crise. As categorias estão certas de que esta greve vai ser um movimento único e não vai ser o último”, afirmou Romeu José Machado Neto, diretor do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG).

fonte: CUT/MG – Rogério Hilário

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