No RJ, manifestação foi na frente de empresa de segurança

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Hoje, dia 26, no Rio de Janeiro (RJ) a juventude realizou ações para demonstrar sua indignação pela morosidade da instalação da Comissão Nacional da Verdade.

Com denúncias contra o torturador David dos Santos Araújo – o Capitão “Lisboa” – e uma panfletagem em frente ao Clube Militar, os jovens integrantes do Levante Popular da Juventude realizaram a ação carioca do movimento. O Levante realiza hoje ações em todo o país em defesa da Comissão Nacional da Verdade e contra os crimes de tortura e contra humanidade cometidos durante a ditadura civil-militar no Brasil.

No Rio, os jovens denunciaram a Dacala Segurança, empresa pertencente ao torturador Araújo. Os cartazes que declaravam “Levante contra tortura” foram fixados na porta da empresa, que fica na rua Santa Alexandrina, no bairro do Rio Comprido da capital carioca. Ao mesmo tempo, outros integrantes do Levante penduraram uma faixa nos Arcos da Lapa, onde se lia “Levante-se contra tortura: em defesa da Comissão da Verdade”.

Segundo os integrantes do Levante Popular da Juventude no Rio, “a luta popular do Levante pela Comissão Nacional da Verdade não perde de vista que a polícia atual foi formada na mesma escola desses torturadores. Nossa luta é pela verdade e pela justiça, seja no passado ou no presente”.

QUEM É DAVID ARAÚJO

David dos Santos Araújo é assassino e torturador, de acordo com Ação Civil Pública do Ministério Público Federal (MPF). A ação registra o seu envolvimento na tortura e morte de Joaquim Alencar de Seixas. Em agosto de 2010, o MPF ingressou com ação civil pública pedindo o afastamento imediato e a perda dos cargos e aposentadorias do delegado da Polícia Civil paulista pela participação direta de atos de tortura, abuso sexual, desaparecimento forçados e homicídios em serviço e nas dependências de órgãos da União.

David dos Santos Araújo, o Capitão “Lisboa” é proprietário da empresa de segurança privada Dacala, com sede em São Paulo e sucursal no Rio. O “Capitão Lisboa” é portador de 111 armas em situação ilegal, de acordo com investigação da Polícia Federal. A empresa de segurança Osvil, de propriedade de Araújo, perdeu por irregularidades o alvará de funcionamento como empresa de segurança que autorizava o registro de armas. Com isso, as armas deveriam ser entregues à Polícia Federal. No entanto, essas armas se encontram extraviadas. Depois de perder o alvará, Araújo abriu uma nova empresa de segurança, chamada Dacala Segurança, que tem como clientes o grupo Anhanguera Educacional, Banco Itaú, Ford, Jac Motors, Banco Safra, Volkswagen

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