Tribunal da mídia culpa Donato até prova em contrário

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Da Redação

Tarde de segunda-feira, 15. Rádio CBN. A repórter noticia que Antonio Donato, vereador do PT, foi eleito presidente da Câmara dos Vereadores de São Paulo.

Segundo ela, o vereador foi acusado de envolvimento com a máfia do ISS.

Entra uma entrevista com Donato. Ele diz que até agora não foi processado, nem indiciado, nem condenado em primeira, nem em segunda instância.

Se não mentiu, não seria justo a emissora conceder a ele o benefício da dúvida?

Corta para a Folha de S. Paulo de hoje.

O título com as letras grandes diz uma coisa. Mas as letras pequenas dizem outra.

Dizem, as letras pequenas, que “suspeitas sobre o vereador não foram confirmadas”, que “Donato não foi indiciado ou investigado por essas suspeitas” (as de número um e dois) e que a apuração de enriquecimento ilícito (número três) ainda está em andamento.

Duas das três acusações mostraram-se infundadas, pelo menos até agora. Não seria o caso de destacar isso, em vez de insistir nas letras garrafais para o “citado na Máfia do ISS”?

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Ah, sim, o tribunal da mídia denunciou, julgou e condenou Donato.

Cabe a ele, talvez por ser do PT,  provar sua inocência. Se o fizer, sai uma notinha em um canto de página.

O senador tucano José Serra, que aparece na planilha de uma construtora envolvida na Operação Lava Jato, não merece o mesmo destaque de Donato.

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