Silvio Tendler e o neoliberalismo: ativismo estatal para poucos

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sugerido por Ieda Raro, no Facebook

O novo filme de Silvio Tendler ilumina e esclarece a lógica da política em tempos marcados pelo crescente desmonte do Estado brasileiro. A visão do Estado mínimo; a venda de ativos públicos ao setor privado; o ônus decorrente das políticas de desestatização traduzidos em fatos e imagens que emocionam e se constituem em uma verdadeira aula sobre a história recente do Brasil. Assim é Privatizações: a Distopia do Capital.

Realização do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ) e da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), com o apoio da CUT Nacional, o filme traz a assinatura da produtora Caliban e a força da filmografia de um dos mais respeitados nomes do cinema brasileiro.

Em 56 minutos de projeção, intelectuais, políticos, técnicos e educadores traçam, desde a era Vargas, o percurso de sentimentos e momentos dramáticos da vida nacional. A perspectiva da produtora e dos realizadores é promover o debate em todas as regiões do país como forma de avançar “na construção da consciência política e denunciar as verdades que se escondem por trás dos discursos hegemônicos”, afirma Silvio Tendler.

Vale registrar, ainda, o fato dos patrocinadores deste trabalho, fruto de ampla pesquisa, serem as entidades de classe dos engenheiros. Movido pelo permanente combate à perda da soberania em espaços estratégicos da economia, o movimento sindical tem a clareza de que “o processo de privatizações da década de 90 é a negação das premissas do projeto de desenvolvimento que sempre defendemos”.

Veja também:

Água: Deputado diz que Alckmin escolheu os paulistas da capital


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Comentários

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Mauro Assis

Ai que saudade que eu tenho de comprar um telefone fixo por $3000…

FrancoAtirador

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Editor de Jornal Alemão faz ‘bombástica’ revelação:

“Publiquei artigos da autoria de agentes da CIA
e outros serviços de inteligência
como se tivessem sido escritos por mim”

RT.com, via Carta Maior | Tradução de Roberto Brilhante

O jornalista e editor alemão Udo Ulfkotte declarou que foi forçado a publicar
— como de sua autoria — trabalho de agentes de inteligência,
sob o risco de ser demitido se não cumprisse tais ordens.

Ulfkotte fez tais revelações durante entrevistas ao RT e ao Russia Insider:

“Eu acabei publicando artigos da autoria de agentes da CIA
e outros serviços de inteligência, especialmente o serviço secreto alemão,
como se tivessem sido escritos por mim,” declarou ao Russia Insider.

Ele fez comentários como esse ao RT em uma entrevista exclusiva no começo de outubro.

“Um dia a BND (agência de inteligência estrangeira alemã)
veio a meu escritório no [Jornal] Frankfurter Allgemeine (*) em Frankfurt.

Eles queriam que eu escrevesse um artigo sobre a Líbia e Muammar Gaddafi…

Eles me deram várias informações secretas
e queriam que eu escrevesse
um artigo com meu nome,” contou à RT.

“Este artigo era sobre como Gaddafi
havia tentado secretamente construir
uma fábrica de gás venenoso.
Foi uma história impressa no mundo todo
dois dias mais tarde.”

Ulfkotte revela tudo isso e mais em seu livro
“Jornalismo Comprado”, onde ele menciona
que se sente envergonhado pelo que fez no passado.

“Não é certo o que fiz no passado.
Manipular as pessoas, fazer propaganda.
E não é certo o que meus colegas fazem e fizeram,
pois foram subornados para trair as pessoas
não somente da Alemanha, mas de toda a Europa”, declarou.

“Fui jornalista por 25 anos
e fui educado para mentir, para trair,
para não dizer a verdade ao público.”

“Fui subornado pelos americanos para não relatar exatamente a verdade…
fui convidado pelo German Marshall Fund of United States
para viajar aos EUA. Eles pagaram todas as minhas despesas
e me colocaram em contato com americanos que eles gostariam que eu conhecesse”, declarou.

“Me tornei cidadão honorário do estado de Oklahoma nos EUA
somente porque escrevi a favor dos EUA.
Fui apoiado pela CIA.
Os ajudei em várias situações
e me sinto envergonhado por tê-lo feito.”

Muitos outros jornalistas estão envolvidos na mesma prática, completou.

“A maior parte dos jornalistas que você vê em países estrangeiros,
eles se dizem jornalistas e podem até ser.
Mas muitos deles, como eu no passado,
são chamados ‘cobertura não-oficial.’
Isso significa que trabalham para uma agência de inteligência,
que a ajudam se elas pedem.
Mas elas nunca dirão que te conhecem.”

Os jornalistas escolhidos para estes tipos de trabalho
são de grandes grupos midiáticos.
O relacionamento com o serviço secreto começa como uma amizade.

“Eles trabalham com seu ego, te fazem se sentir importante.
E um dia um deles perguntará: ‘você poderia me fazer um favor?’”

*(http://pt.wikipedia.org/wiki/Frankfurter_Allgemeine_Zeitung)

(http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Midia/Midia-europeia-e-pro-EUA-por-pressoes-da-CIA/12/32150)
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Alguém, por mero acaso, lembrou dos telegramas diplomáticos do WikiLeaks?
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Bacellar

Eu já trabalhei em empresas 100% privadas, em fundação de capital misto e em repartição pública….Cagadas e acertos existem nessas 3 esferas, esse documentário é importante para combater o mito forjado da ineficiência estatal X eficiência privada. Engodo total!

Fantástico como o eleitor paulista reelegeu um governador que fez o que fez com o abastecimento hídrico do Estado, simplesmente inexplicável!

FrancoAtirador

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Barcelona 15 NOV 2014 – 16:13 BRST
El País

PROSTITUIÇÃO

Associação de prostitutas espanholas dá curso para principiantes

Crise na Espanha aumenta a demanda de mulheres que desejam aprender o ofício

Paula Vip é seu nome de guerra. Tem 42 anos, é catalã e se define como elegante, discreta, educada e “prostituta”.

Também é presidenta da Associação de Profissionais do Sexo (Aprosex) e criadora do único curso de prostituição ministrado na Espanha.

Neste sábado, junto com a psicóloga clínica Cristina Garaizábal, Paula voltou a dar aulas para 25 alunas que querem se tornar “prostitutas profissionais”.

Tudo em um só fim de semana e por 50 euros (pouco mais de 160 reais).

Vip afirma que com a crise na Espanha há um excesso de oferta de mulheres
exercendo a prostituição no país e considera que seu curso
é imprescindível para entrar no setor.

A presidenta da Aprosex deixa claro, em primeiro lugar, que seu trabalho
não tem absolutamente nada a ver com a atividade realizada por mulheres
que são obrigadas a se prostituir:
“Isso é tráfico de seres humanos e a polícia tem que intervir rapidamente nesses casos”.

Paula diz que está registrada no cadastro de autônomos como trabalhadora sexual, mas não tem direitos:

“As autoridades pensam que nós, prostitutas, somos ignorantes e os incomodamos”.

Na Aprosex, há associadas que se prostituem nas ruas e que estão ali
“porque querem e devem seguir acertando espaços e horários com as prefeituras”.

O representante legal da organização feminista Clara Campoamor, David del Castillo, defendeu o curso da Aprosex, por “tratar com mulheres que se prostituem por vontade própria, sem nenhum tipo de coação, e porque são dados a elas conhecimentos úteis para o exercício da atividade”.

“A crise provocou um excesso de oferta que estourou os preços do mercado e trouxe muitas moças com falta de profissionalismo”, afirma Vip.

A presidenta da Aprosex quer que as pessoas que comecem no setor do sexo pago estejam cientes de que “a prostituta não é uma vítima, pois os homens pagam, mas não mandam”.

Paula Vip compara a relação da prostituta com o cliente
como a que se exerce com um médico, um arquiteto ou um advogado:

“Eu é que decido quanto tempo de tratamento você precisa, em que lugar vai ser construída a casa ou se vou querer ou não representar o seu caso… Quem decide é a profissional, seja ela uma acompanhante de luxo ou uma trabalhadora da rua”.

O curso começa alertando as alunas a refletir se servem ou não para a profissão.
“Todas nós chegamos aqui por dinheiro, mas você tem que gostar de sexo
e tem que ser capaz de fazer sexo com desconhecidos”, diz Vip.

Além disso, é importante não cair no “estigma de prostituta”.
“É preciso fugir desse estigma e se sentir orgulhosa do que faz”.

Também são ensinados pequenos truques para evitar a apatia quando se aproxima o momento de realizar um serviço.

Além disso, há um grande capítulo dedicado ao companheirismo e ao marketing da prostituição.

(http://brasil.elpais.com/brasil/2014/11/13/internacional/1415912798_592916.html)

Notícias Relacionadas:

Os países europeus terão que incluir a prostituição no cálculo do PIB

(http://brasil.elpais.com/brasil/2014/06/07/economia/1402168523_576633.html)
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Nelson

Magnífico o documentário do Tendler. Os depoimentos que foram colhidos, de eminentes brasileiros, desnudam o que os órgãos da mídia hegemônica se negaram de expor ao povo brasileiro.

Privatização não se limita ao ato de repassar um bem público à iniciativa privada em busca de melhor eficiência, melhor qualidade, melhor gestão e preços mais baixos.

A bem da verdade, eu gostaria de ver um – um, pelo menos – serviço ou setor que foi privatizado e que entregou tudo o que foi prometido ao povo. Não há um sequer.

Se somarmos o que não foi cumprido pelas privatizações com os prejuízos imensuráveis que o povo brasileiro teve com elas, expostos no documentário, só podemos chegar a uma conclusão: privatização é coisa de otário.

Mário SF Alves

Entende-se agora porque tanto ódio, inclusive e sobretudo, ódio cego contra o PT?

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Seja como for, os arautos do neoliberalismo tiveram 1,2 décadas para prepararem suas justificativas e defesas. Será que já estariam prontos para encarar o júri popular?

    Mário SF Alves

    Enfim, um outro olhar é possível. E necessário. E no mais das vezes imprescindível. Com ou sem o referido júri popular.

Saravá

O documentário do historiador e cineasta Silvio Tendler muito importante, porém, não mostra que o governo petista também privatizou, e pelo visto, vai continuar privatizando…

Vamos construir uma imprensa de ESQUERDA?

Até quando será que nós, pessoas que vemos o mundo com um pensamento de ESQUERDA, continuaremos choramingando contra os jornalões de DIREITA? O que estamos querendo? Que os JORNAIS DE DIREITA defendam IDEIAS DE ESQUERDA? Ou queremos “JORNAIS ISENTOS”? Será que acreditamos que possa existir um “jornal isento”? Isso é conversa fiada! “Jornal isento” é cabeça de bacalhau. A imprensa de DIREITA é de DIREITA. E ponto final. Nós temos isso sim, que construir a NOSSA PRÓPRIA IMPRENSA, impressa e on-line. Só assim faremos com que, através das redes sociais e da internet, as informações e as opiniões de ESQUERDA, geradas por essa NOSSA IMPRENSA QUE AINDA NÃO EXISTE, circulem em todo o Brasil. TEMOS QUE EXERCER A LIBERDADE DE EXPRESSÃO que tanto nos custou a ganhar, sem esperar que A DIREITA, exercendo-a SOZINHA, difunda as NOSSAS IDEIAS e não as DELA ! Tá entendido ou quer que desenhe? Se concorda com essa idéia, difunda. E assine a petição. Pense como seria fácil se um JORNAL DE ESQUERDA existisse e fizesse esse trabalho para , que você ficasse livre para escrever textos, visitar novos sites, encaminhar artigos para seus conhecidos. Mude o nome nesse post para “Eu apoio um JORNAL DE ESQUERDA”, ou algo parecido para difundirmos essa ideia e criarmos futuros clientes e leitores. Imagine agora que você tivesse visto essa mensagem na capa de um jornal de esquerda e não num blog. Concorda que daria mais credibilidade ao chamado? Então nos ajude, difunda a ideia de termoes um JORNAL DE ESQUERDA, impresso e on-line, diariamente, em todo o Brasil, com uma linha editorial investigativa, solidária, inclusiva e não-sectária.

Ramirez Ramos Alves

Assistirei sem dúvidas. Que possamos imprimir no Brasil governos trabalhistas que promovem a sociedade como um todo.

FrancoAtirador

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Estado de Exceção em Benefício das Exceções.
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    Mário SF Alves

    De exceções e de… sobretudo, através de aberrações. Inclusive, jurídicas.

    FrancoAtirador

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    É verdade, Mestre Mário.

    Tribunais de Exceção, excepcionalmente instalados

    para, exceptuando provas, condenações excepcionais.
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Toga

Já assisti esse documentário, recomendo mais para quem não viu nada daquele período e não sabe como foi. Relembrar.. foi bem desagradável.

Adalberto Malheiro

Belo trabalho! Assistirei!

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