Humilhação e truculência em Yale Law School
por Cláudia Trevisan, do Estadão, sugestão de Gerson Carneiro
Minha primeira reação foi o descrédito. Depois vieram lágrimas. Por fim, a indignação de quem tem a convicção de estar sendo submetida a um tratamento abusivo, truculento e desproporcional. Em outras palavras, um injustiça, cometida em uma das mais tradicionais escolas de Direito dos Estados Unidos.
Fui tratada como uma criminosa, enquanto tentava desempenhar meu papel de jornalista. Minha única intenção era ter a chance de encontrar o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, e tentar convencê-lo a me dar um entrevista. Ele já havia me falado por telefone que não falaria, mas jornalistas nunca se confomam diante de um não.
A Faculdade de Direito de Yale fez de tudo para impedir a presença de imprensa no local durante a visita do presidente do STF. Seu nome não constava do programa oficial do evento e a diretora de comunicação foi taxativa ao dizer que repórteres não seriam admitidos no local. De novo, repórteres resistem ao não e essa é uma das características que fazem o bom jornalismo. De qualquer maneira, eu não tinha nenhuma intenção de invadir o local do evento. Só precisava saber onde ele estava sendo realizado, para saber em que calçada esperar.
O tratamento que tive foi o mais humilhante e degradante que já enfrentei em minha vida profissional. Algemada, impedida de dar ou receber telefonemas, transportada em um camburão escuro e sem janelas, no qual tinha que me agarrar com as mãos imobilizadas a cordões presos nos bancos para evitar ser jogada de um lado para o outro enquanto o carro se movia.
Na delegacia, fui revistada de cima abaixo e colocada em uma cela, ao lado de outras ocupadas por suspeitas de crimes de verdade. Havia gritaria incessante e batidas nas paredes de metal. O vaso sanitário era visível por meio das grades que separava minha cela do corredor por onde circulavam policiais. Quando entrei, um policial veio com um grande rolo de papel higiênico e ordenou que eu retirasse o que iria necessitar. Perguntei se ele ficaria olhando enquanto eu usava o local e obti uma resposta irônica: “Imagine, sua privacidade será mantida”. Ele saiu, mas o trânsito de pessoas no local era incessante.
Fiquei cinco horas incomunicável. Uma hora algemada. Três horas e meia em uma cela. Tudo por ter ousado me aproximar do local onde estava o presidente do STF, ironicamente uma instituição voltada à defesa de princípios constitucionais.
PS de Gerson Carneiro: Yale Law School não fica em Cuba.
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Comentários
Shelbert Braz
A faculdade de Direito da Universidade de Yale é a número 1 dos EUA, acima até da de Harvard em importância. O referido ministro é o Presidente do STF, e foi convidado a dar uma palestra.Ele foi o convidado e as regras eram que não se poderia dar entrevista naquela ocasião.E a senhora já havia recebido um ” não” como resposta_ mas ainda assim preferiu correr o risco da insistência. Portanto, senhora Jornalista, a senhora não pode querer estabelecer suas regras nos EUA. Há momento e lugar certos para todas as coisas. E vc foi a pessoa errada na hora errada ( e com a pessoa errada).Além disso, o “carnaval” da imprensa brasileira não é dançado nem em Cuba nem em Yale…
Carlos
Bem feito! Seus pais nunca te ensinaram que “não” é “não”? Ou está achando que os EUA é essa zona que é esse país? Respeite a privacidade dos outros minha senhora.
Bonifa
Este caso tem que ser esclarecido. Se Barbosa foi convidado, foi para a figura central do tal seminário ou apenas para contar como um mero participante? Presidentes de cortes supremas de países, não têm tempo para se darem ao luxo de participar de seminários (De quê? Sobre quê?) como se fossem algum professor aposentado. Nem a própria Universidade teria esta indelicadeza de convidá-lo, é muito improvável. Mas se tivesse ocorrido, seria porque todo o seminário se daria obrigatoriamente em torno de sua figura, a figura do Barbosa, a menos que se tratasse de um inédito conclave de presidentes de cortes supremas. Parece que isto não existiu. E também parece que a Universidade tomou providências antecipadas para que o tal seminário, contasse ou não com Barbosa, não fosse incomodado pela imprensa, o que é muito compreensível, dado às celebridades que costumam participar de tais eventos. A imprensa de lá respeitou a decisão da Universidade, mas a jornalista do Estadão se esgueirou de fininho e evidentemente foi presa. Tudo, tudo mesmo, indica que se Barbosa entrou na Universidade foi para consultar algum livro da biblioteca, nada mais. Mas talvez não tenha sequer feito isso. Então, onde estava Barbosa, e fazendo o quê? Esta é a pergunta que precisa ser respondida.
Bonifa
Esperamos que o Stanley Borburinho esclareça isso. Há muitas possibilidades em torno dessa viagem de Barbosa, inclusive uma de teoria da conspiração, que não poderia faltar: Barbosa estaria sendo secretamente examinado por interesses internacionais para avaliarem a possibilidade de apoiá-lo numa futura candidatura à presidência da República. Um seminário promovido pela revista Economist (Barbosa não é economista) no próprio território brasileiro, com a participação central de Barbosa, reforça esta tese da teoria da conspiração.
Sérgio Rodrigues
A referência a Cuba no final do Post e ridícula!…E SE FICASSE?…
Zilda
Qual dos blogueiros “sujos” vai investigar essa história? Não pode ficar assim.
Warley Ferreira Dias
O que a jornalista não entende,é que nos EUA regra é regra,e não igual ao Brasil onde nem lei “pega”. Lá você não tem opção. Se um policial diz: “não dê um passo”, se você der, vai preso por desobediência. A jornalista desobedeceu uma determinação porque “jornalista” não precisa seguir regras, porque é bonito não aceitar “não”. Pagou por isto.
FrancoAtirador
Liberdade de expressão, a suprema ironia
Imagine se o presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos viesse ao Brasil convidado a participar de um seminário sobre constitucionalismo na Faculdade de Direito, em uma de nossas mais conceituadas universidades privadas, e um jornalista de um prestigiado jornal estadunidense, ao tentar localizar a sala onde o ministro estava, fosse preso, algemado, ficasse incomunicável durante cerca de cinco horas e fosse acusado de “invasão de propriedade privada”.
O que diriam sobre a liberdade de expressão e a liberdade da imprensa no Brasil?
Por Venício Lima, na Carta Maior
A Ironia da Liberdade de Expressão – Estado Regulação e Diversidade na Esfera Pública: este é o título de um importante livro escrito pelo professor (hoje, “Emeritus”) da Yale Law School, Owen M. Fiss, onde se constrói o argumento sobre o papel fundamental do Estado como garantidor da liberdade de expressão (Renovar, 2005).
O que diria o professor Fiss sobre a prisão da jornalista Cláudia Trevisan, nas dependências da sua Yale Law School, quando, a serviço do jornal O Estado de S.Paulo, procurava localizar a sala onde se realizava o seminário “Constitucionalismo Global 2013” do qual participava o presidente do Supremo Tribunal Federal brasileiro, Joaquim Barbosa?
Os fatos
Segundo o Estado de S.Paulo, “os argumentos de Claudia não foram considerados pelo policial. Na calçada, ele a algemou com as mãos nas costas e a prendeu dentro do carro policial sem a prévia leitura dos seus direitos. Ela foi mantida ali por uma hora, até que um funcionário do gabinete do reitor da Escola de Direito o autorizou a conduzi-la à delegacia da universidade, em outro carro, apropriado para o transporte de criminosos. Na delegacia, Claudia foi revistada e somente teve garantido seu direito a um telefonema depois de quase quatro horas de prisão, às 21h20. O chefe de polícia, Ronnell A. Higgins, registrou a acusação de ‘transgressão criminosa’”.
A jornalista, por outro lado, afirmou “eu não invadi nenhum lugar (…) passei cinco anos na China, viajei pela Coreia do Norte e por Mianmar e não me aconteceu nada remotamente parecido com o que passei na Universidade de Yale” (ver aqui: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional%2ccorrespondente-do-estado-e-presa-e-algemada-em-yale-%28eua%29%2c1079563%2c0.htm).
Para a Yale University, a prisão foi correta, isto é, “seguiu os procedimentos normais” e se justifica por ter havido “invasão” de propriedade privada. Na nota divulgada sobre o ocorrido está escrito:
“Antes de chegar ao Campus da Universidade Yale no dia 26 de setembro para tentar entrevistar o ministro Barbosa, a sra. Trevisan já sabia que o Seminário Constitucionalismo Global ministrado por ele seria um evento privado, fechado para o público e para a imprensa. Ela invadiu a propriedade de Yale, entrou na Faculdade de Direito sem permissão e quis entrar em outro prédio onde os participantes do seminário estavam.
Quando ela foi questionada sobre o motivo pelo qual estava no prédio, ela afirmou que estava procurando um amigo com quem pretendia se encontrar. Ela foi presa por invasão de propriedade. A polícia seguiu os procedimentos normais, sem que a sra. Trevisan fosse maltratada. Apesar de justificada a prisão por invasão, a universidade não planeja acionar a promotoria local para levar adiante a acusação.
A Faculdade de Direito e a Universidade Yale acomodam milhares de jornalistas ao longo do ano para eventos públicos no campus e entrevistas com membros da comunidade de Yale e visitantes.
Assim como todos os jornalistas, a sra. Trevisan é bem-vinda para participar de qualquer evento público em Yale e falar com qualquer pessoa que desejar lhe conceder entrevista [Tom Conroy, Secretário de
Imprensa da Universidade Yale]” (ver aqui: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional%2cyale-recua-de-acao-contra-jornalista-do-estado%2c1079908%2c0.htm).
Supremas ironias
Registro o fato, caro leitor(a), para pontuar as “ironias” que a vida nos coloca a cada dia.
A assessoria do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, informou que ele lamentou o episódio “uma vez que ela [a jornalista Claudia Trevisan] estava exercendo a sua profissão”. Ao mesmo tempo, afirmou que Joaquim Barbosa “foi informado sobre a prisão apenas na manhã deste sábado (28) e não teve qualquer interferência na organização do evento” (ver aqui: http://oglobo.globo.com/mundo/barbosa-se-pronuncia-sobre-prisao-de-jornalista-nos-eua-10191766).
Imagine se o presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos viesse ao Brasil convidado a participar de um seminário sobre constitucionalismo na Faculdade de Direito (de Direito!), em uma de nossas mais conceituadas universidades privadas (digamos, a Mackenzie) e um correspondente estrangeiro (digamos, do New York Times), ao tentar localizar a sala onde o ministro estava, fosse preso, algemado, ficasse incomunicável durante cerca de cinco horas e fosse acusado de “invasão de propriedade privada”.
O que diriam sobre a liberdade de expressão e a liberdade da imprensa no Brasil, não só o governo dos Estados Unidos, mas a mídia norte-americana e, sobretudo, a própria mídia nativa e seus porta-vozes?
No mundo em que vivemos, os julgamentos – da mídia e da Justiça – são sempre seletivos e obedecem a conveniências nem sempre confessáveis.
(Artigo publicado originalmente no Observatório da Imprensa)
(*) Venício A. de Lima é jornalista e sociólogo, professor titular de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado), pesquisador do Centro de Estudos Republicanos Brasileiros (Cerbras) da UFMG e autor de “Conselhos de Comunicação Social – A interdição de um instrumento da democracia participativa” (FNDC, 2013), entre outros livros.
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Leandro_O
Viva o país da democracia!
Viva Guantánamo!
God bless America!
America for (white) Americans!!
Por isso digo, muita calma na hora de criticar e rotular os países, como a China por exemplo.
Azuir Ferreira Tavares Filho
CLÁUDIA TREVISAN JORNALISTA, PRESA POR PROCURAR JB.
Informada pelo Estadão, do JB na Yale Universidade,
Partiu pra cumprir a missão, EUA a sua especialidade.
Aplicada e perfeccionista, caprichar e melhor fazer.
Cláudia Trevisan Jornalista, presa por procurar o JB.
Ela tinha lhe telefonado, ele recusou o entrevistar.
O Jornalista é determinado, e tem de sempre tentar.
Incansável e determinista, desistir não iria fazer.
Cláudia Trevisan Jornalista, presa por procurar o JB.
Nos EUA não é arriscado, é só fazer o de respeitar.
Ele deve ter dela avisado, foi presa fizeram algemar
Como se ela fosse mal vista, não permitida aparecer.
Cláudia Trevisan Jornalista, presa por procurar o JB.
Tratada como criminosa, esperavam pra interceptar
Uma forma demais maldosa, de ao ser humano tratar.
Do que foi conferencista, e o que foi em Yale fazer?
Cláudia Trevisan Jornalista, presa por procurar o JB.
Quem que o contratou, que ela não podia acompanhar.
Que atividade participou, porque não fez informar.
Contamos que seja Humanista, digno no seu fazer.
Cláudia Trevisan Jornalista, presa por procurar o JB.
Foi bastante maltratada, com muita desumanidade.
Mãos nas costas algemada, terrível na mobilidade.
Condição pra que se desista, fugir de possível sofrer.
Cláudia Trevisan Jornalista, presa por procurar o JB.
É Certo que nenhum Senador, vai pedir ele explicar.
Ninguém vai dizer sentir a dor, pra poder solidarizar.
Petróleo não esta na Lista, do que ele poderia dizer.
Cláudia Trevisan Jornalista, presa por procurar o JB.
A Nós uma grande Lição, pra gente aprender e honrar.
Bendita nossa Constituição, de inocente não condenar.
É a luta do Mundo Humanista, e estamos a aprender.
Cláudia Trevisan Jornalista, presa por procurar o JB.
Azuir Filho e Turmas de Amigos: do Social da Unicamp, Campinas, SP, Amigos de Rocha Miranda, Rio de Janeiro, RJ e Amigos de Mosqueiro, Belém, do Pará.
oylas pereira
O titulo de ministro e presidente da mais alta corte do judiciário brasileiro, não conseguiu mudar a cor da pele do Joaquim Barbosa.
Os negros honrados deste país se sentem muito envergonhados com as atitudes deste senhor.
Dar palestra em faculdade nos EUA após dois episódio de interesse norte americano, ocorridos aqui no nosso país: Denúncia de espionagem e derrota dos embargos infringentes, na ação conhecida como “Mentirão”, não cheira bem.
Luís Carlos
O mnistro Barbosa deve explicitar de qual atividade participou na universidade de Yale. Por quem foi pago, se com recursos públicos do STF ou da univeridade de Yale? Qual o tema? A lei de acesso a informação garante direito de saber sobre isso. Ou ele terá motivos para esconder seus reais motivos para estar lá e o assunto tratado?
Por outro aldo, sobre a truculência policial dos EUA, nenhuma novidade no império estadunidense. Truculência e violência são marcas de impérios bélicos como os EUA. Somente os vassalos do império tentam esconder isso, apesar de saberem sobre. Gilmar Mendes não vai dizer que esse é um Estado policialesco?
Regina
Parece que a tal palestra seria sobre Constitucionalismo Global. A ironia é que o pai da jornalista participou da Assembleia Constituinte de 1988, e, como político, é bem quisto no Paraná até hoje. Independente do local onde trabalhe (PIG), o tratamento que a jornalista recebeu é indigno de qualquer democracia. Mas parece que nos EUA esqueceram o sentido da democracia. E o Sr. Joaquim Barbosa, quanta soberba…se negar a dar uma simples entrevista. Teria algo a esconder?
Maria Izabel L Silva
Sinto muito amiguinha. Mas desde o inicio do seu relato, percebe-se que você foi um pentelha. E não venha me dizer que bom jornalismo se faz assediando as pessoas e as instituições. Você foi avisada, e diz que não aceita um “não” como resposta. Ora. Por que não espera para entrevistar o homem aqui no Brasil? Por que tem que ficar “perseguindo” as pessoas só por que você é jornalista. As instituições nos Estados Unidos, não são “casa de mãe joana” como no Brasil. Se oriente menina … Não adianta chorar. Você estava no lugar errado e na hora errada.
João Vargas
O problema é que o Tio Sam já fez tanto mal à humanidade que agora está com medo de levar o troco, como levou no 11 de setembro,e portanto, desconfia até da sombra.
fernando souto
Não custa lembrar que em abril ele estava em Princeton, e isso foi noticiado no Jornal Nacional. por sinal, pq raios ele vai tanto aos Estados Unidos?
Walter
Se eu tivesse empresas e imóveis nos Estados nidos também iria muito por lá.
Bernardino
BEM FEITO,essa senhora do PIG queria a entrevista pra depois divulgar nas paginas do seu jornaleco como manchete:Joaquim Barbosa faz conferencia nos EUA e fala mal da justiça brasileira.Como nao conseguiu tal entrevista,agora sai atirando!NA verdade o PIG vai esconder tal FATO pra proteger seu HERÓI
A Bem daVerdade o BArbosao ficou na retranca,quando o DECANO e corajoso CELSO DE MELO,apesar de conservador,cravou-lhe na testa:Você nao manda no SUpremo tribunal,nem você nem essa imprensa sua madrinha e falou no seu voto:”ESSA casa é imdependente e nao se curvará jamais a nenhuma pressao de quem quer que saja”Aliás acho o DECANO mais corajoso que todo PT JUNTO e seus congeneres da ESQUERDINHA!!!!
C.Paoliello
Uai, mas os EUA não se declaram o paladino das liberdades democráticas, dos Direitos Civis, da democracia, etc… etc…?
JOSE ANTONIO BATATA
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Gerson Carneiro
?w=800
Gerson Carneiro
Acabei postando a foto no post errado. Essa foto era para o post “Gilmar Mendes e os blogs ‘vinculados a determinados réus’”.
Ronaldo Silva
Me fez pensar em duas coisas: Será que o JB foi passear com dinheiro público e o pegaram de surpresa? A segunda e mais engraçada é esta jornalista achar que poderia agir como faz o PIG no Brasil, quem não se lembra da globo quebrando o sigilo de correspondência de ministros do STF e pubicando em seus jornais no mesmo dia…quem processou a globo?
daniel
Quando representantes de movimentos sociais, grevistas, professores e estudantes sofrem o mesmo abuso, o jornal em que Cláudia Trevisan trabalha não escreve uma única linha a respeito. Pois quem tem o mínimo de consciência democrática sabe que há muito tempo os direitos civis, no mundo inteiro, foram jogados no lixo. O princípio republicano da liberdade de ir e vir foi enterrado há pelo menos uma década, tornou-se letra morta nos cemitérios das Constituições das assim chamadas “democracias” ocidentais. A história de Cláudia é exatamente igual a de todos aqueles que tem seus direitos violados por prisões arbitrárias, que são submetidos a situações degradantes sem nenhuma justificativa constitucional.
Maria Luisa Mendonça
Tem algo estranho nessa história. Circulam em Yale milhares de estudantes, moradores e turistas. Por que a polícia abordaria uma pessoa sem motivo? Não faz sentido a menos que Joaquim Barbosa tivesse feito alguma denúncia contra ela. Somente ele sabia da presença dela no campus, que fica no meio da cidade e é um ponto turístico onde muita gente circula. Para a polícia agir dessa forma absurda e ilegal em uma universidade, precisaria vir uma ordem superior. E, com certeza, imagino que a mídia no Brasil não vai questionar este autoritarismo. A polícia nos EUA tem feito muitas abordagens de imigrantes e deportado milhares de pessoas, inclusive separando crianças de suas famílias, mas este caso foi diferente.
Paulo Brasil
Essa é a democracia deles.
Eles estavam te salvando de voce mesma.
Mardones
Duvido que isso aconteça nos ‘isteites’. k k k k
Isso é tratamento de gente que não foi civilizada ainda. k k k k
Jamais isso aconteceria na ‘América’. k k k k
Há algum engano. k k k k
José X.
E o caso do apartamento de 10 dólares em Miami, vai ficar por isso mesmo ? Se tivéssemos um senado decente o jb já teria sido “convidado” a se explicar…
Luiz Aldo
É impressão minha, ou no meio do texto, a nobre representante do PIG articulou o pretérito perfeito do indicativo na primeira pessoa do singular do verbo OBTER como “eu obti”?
A campanha dos professores para denunciar Paes e Cabral – Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] Repórter do Estadão é detida em universidade dos Estados Unidos […]
Gilmar Mendes e os blogs "vinculados a determinados réus" – Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] Repórter do Estadão é presa em Yale, tentando entrevistar Barbosa […]
LANDO CARLOS
você acredita na democracia dos eua quanta igenuidade e esse barbosa deveria ser preso por esta julgando uma ilegalidade ,o dinheiro não e publico e da visanet ,
Karl
Bom, talvez tenha sido um engano. Quem sabe?
No entanto, como ela é “jornalista” e já que esta presa, deixa ela ai mesmo, não tem problema não. Vai dar muito trabalho desfazer tudo. Não vale a pena(ela tem “pena”?).
lukas
Se fosse em Cuba, seria pior.
Luís Carlos
Mas não foi. Foi na “terra da democracia”. No “país da liberdade”, para tentar falar com o “menino pobre que mudou o Brasil”.
edir
Quem mandou ela näo ser jornalista da globo, se fosse , teria com certeza passagens e quem sabe tambem diária em hotal 5 estrelas tudo pago com dinheiro do povo. Que vergonha deste cidadäo chamado Joaquim Barbosa. Este senhor nos envergonha. Mas tá bom, a mídia tá vendo quem ele é, näo deram trela para ele no ano passado ? Näo disseram que ele era o menininho pobre que “mudou” o Brasil ? puxaram tanto o saco do homem e agora täo levando chumbo. Espero que este senhor näo venha me prender por estar postando aqui minha opniäo. Ele é um ditador.
patricia
Qual é garota deixa de ser inconveniente.Ele estava la como palestrante e não como ministro. As pessoas tem o direito de ter privacidade. O respeito de um começo quando termina o do outro. Vc achou que estava na republiqueta de bananas? Não, lá a lei funciona ao contrario daqui. Vc mesmo admite no texto o quanto resolveu ” ousar” e ter a entrevista. Quem procura, acha! Ridicula! Odeio quem não respeita o limite dos outros. Odeio mais ainda quem se faz de vitima inocente como vc! è criança? tem 9 anos? então sabia o que fazia. Fez pq quis, depoiis assume as consequencias.. santa paciencia..
FrancoAtirador
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Não há inocentes nessa história.
Os Bandidos Midiáticos do Grupo G.A.F.E.*
têm por praxe se disfarçar de detetives
para furungar e maldizer a vida alheia.
Por outro lado, não justifica a agressão.
É mais uma prova de que os United States,
hoje, não passam de um Estado Policial.
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Carlos Camilo
jornalistas do pig provando do proprio veneno,isso não tem preço kkkkkkkkkkkkk.
Urbano
Instruções são instruções, tanto as dadas quanto as a receber…
Julio Carlos Campos
Mas o Assas JB Corp não iria ministrar uma conferência sobre o direito imobiliário em Yale?
Se era uma conferência qual a razão de não aberta ao publico?
Por que o Presidente da Corte Suprema brasileira se reuniu em segredo com os americanos?
Acho que se deve uma explicação sobre a conferência ser fechada e do nome dele sequer coletar de programa.
Muito estranho!
Luís Carlos
Concordo totalmente com você. Não há espaço para atividades feitas pelo presidente do STF que não possam ser publicizadas. Quando não há transparência há margem para qualquer pensamento e possibilidade. O presidente do STF foi fazer que agenda que não pode ser de conhecimento público? Com qual recursos viajou, público do orçamento do STF ou foi custeado pela universidade de Yale?
Lafaiete de Souza Spínola
Onde está a novidade?
Que ministro brasileiro teve que tirar o sapato no aeroporto, nos EUA, para ser revistado?
O que esse país vem perpetrando pelo mundo?
Faz tempo que o Obama declarou que a coleta de dados de toda a vida brasileira é, apenas, uma consequência do avanço tecnológico dos EUA?
O povo americano, quase todo, está sendo manipulado!
O Obama não é o Martin Luther King, simplesmente é o homem que o império necessita para representá-lo. A comunidade negra e os numerosos imigrantes podem servir de bucha de canhão, no futuro. Devem ser manipulados!
O JB não sente a humilhação que lhe atinge , também? Que palestra é essa?
Ele representa os milhões de brasileiros que pululam Nova Yorque todos os anos.
Quando digitava o nome do Obama,no FACE, surgem ao lado as fotos dos sorridentes Obama e Michelle!
Quando digitava o nome de Martin Luther King, em lugar desse valoroso e famoso ser humano, surge o nome do Luther Vandross. O Martin Luther King não merece atenção!
Por sinal, esse entrevistado, tão sigiloso, não é o mesmo que adquiriu, recentemente, um apartamento nos EUA?
Essa agressão atinge o Estadão! O jornal, também, vai tirar o sapato em reverência ou vai protestar?
Vamos lutar por um investimento de, pelo menos 15% do PIB na educação básica!
A estrada, pela frente, deve ser pedregosa! A educação é a prioridade!
Ceiça Araújo
Barbosa: El Zorro, o Mascarado.
anac
Pelos domínio do fato, o mandante foi o JB e sentencio o acusado CULPADO, sem direito a apelação ou qualquer outro tipo de recurso, como o famigerado embargos infringentes.
Desse episodio recordei um apresentador de TV polêmico, de extrema direita, defensor incondicional dos USA que teve a maior decepção de sua vida ao ponto de afetar sua saúde, física e mental ao ser preso, algemado e humilhado pela alfandega dos USA em um aeroporto deste país. Nunca mais se recuperou da decepção da humilhação a que foi submetido, não obstante anos da fidelidade canina mantida na defesa dos interesses do império. Não Morreu logo depois.
Valmir Gôngora
O Ministro lhe negou entrevista e a Universidade lhe negou o acesso, mas sabe como é repórter, não se conforma com um não. Publica seu repúdio, pois foi humilhada! Bem, ela trabalha para um órgão que tem por hábito taxar de criminosos os movimentos sociais, humilhando-os. Portanto, nenhuma novidade em seu ambiente!
De toda forma, analisemos pelo lado positivo. Se a repórter tivesse feições diferentes, talvez terminasse em Guantánamo!
Caracol
Ora, minha filha, esse é um dos percalços a se esperar quando se visita um país militarizado, não democrático e que faz de tudo para invadir, submeter e explorar outras nações à força. Ou por meio de espionagem. Eles causaram tanto mal ao mundo que agora têm que se proteger, e não é paranoia não, pois escreveu não leu, o pau comeu. Estão deitando na cama que prepararam.
Você se daria melhor indo para a Disney e gastar alguns dólares ganhos aqui no Brasil à custa de seu trabalho. Neste caso ninguém lhe incomodaria. Ou então indo a Cuba e tentar entrevistar os comandantes de lá. Não sei se conseguiria, mas ao menos não sofreria humilhações, seria tratada com dignidade.
Na minha infância eu ouvia falar mal de uma tal Cortina de Ferro. Que ironia, hein?!
Tente entrevistar o Joaquim Barbosa aqui no Brasil, você tem mais chances de conseguir chegar mais perto, pois aqui ele não tem aquele aparato militarizado como proteção. Aliás… essa proteção toda deve ter sido encomendada por ele, pois ele, é claro, detém o domínio do fato, além de estar devendo por alguma coisa que fez de errado. Quem não deve não teme.
Enfim, volta correndo e vê se desperta pra realidade.
Marat
Vocês leram sobre a jornalista do Estadão algemada e presa nos EEUU? Leiam este trecho:
“[…]‘Eu não invadi nenhum lugar’, declarou ela, ao mostrar-se indignada pela acusação policial e por sua prisão.”Passei cinco anos na China, viajei pela Coreia do Norte e por Miamar e não me aconteceu nada remotamente parecido com o que passei na Universidade de Yale, completou, ainda abalada […]”
Fonte: http://atarde.uol.com.br/politica/materias/1536909-correspondente-do-estado-e-presa-e-algemada-nos-eua
Leram? Acreditaram?
Nem na Coreia do Norte – rsrsrsrsrsrs – Bela democracia essa do Obamassacre!!!
Sr.Indignado
Afinal, foi presa sob qual acusação?
Aposto que o douto Barbosa deve estar por trás disto.
lauro c. l. oliveira
Sra. Cláudia é uma vítima de suas certezas. De achar que um jornalista é sempre bem vindo. De achar que numa escola de direito de renome nunca irá conhecer a truculência. Entender que a polícia em qualquer lugar dos EUA tem que ser humanista. Achar que nunca irá encontrar situações humilhantes em prisões americanas (não sabe de Guantánamo) . Nem desconfiar que autoridades públicas brasileiras em atitudes sorrateiras podem usar de expedientes constrangedores. De qualquer forma Yale foi lamentável
Roberto Locatelli
Mais dados sobre o caso. As justificativas ridículas da tal universidade:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/ela-foi-presa-por-invasao-de-propriedade-o-secretario-de-imprensa-de-yale-da-sua-versao-para-detencao-de-jornalista/
A jornalista não viu Joaquim Apê Em Miami Barbosa na universidade. Questiono até se ele estava mesmo lá. Joaquim Miami tem que apresentar o comprovante do tal “seminário”, seja um recibo, um certificado. Afinal, tudo foi pago por nós: passagem, inscrição, hospedagem. Então…
Roberto Locatelli
Acabei de saber: a jornalista disse que o único prospecto do tal “seminário” a que teve acesso não tinha o nome do Joaquim Torquemada.
Nonato Amorim
Querida repórter, isso é a América que seu patrão tanto defende e esse é o american way-of-life que protege com unhas e dentes (e espionagem) os direitos (des) humanos. Agora, continue falando mal de Cuba…
Renato
Barbosa se revelou o que é: ditador fascista golpísta. Vestido de vestal, adora as mordomias do por fora: apartamentozinho por fora, salário em faculdade por fora, palestrinhas por fora. Se fosse um país honesto, ele teria que se explicar, mas como não é, ainda posa de bonzão.
Giordano
Barbosa X Estadão? Eles se merecem, mermão!!!
Gerson Carneiro
Lembrando minha Voínha (que Deus a tenha): quem pariu Joaquim Barbosa que balance.
lukas
Reporter do PIG, EUA e Joaquim Barbosa: de que lado ficar, se pergunta a blogosfera progressista…
abrantes
Gostei. Isso é para esses jornalistas PAGA PAU dos EUA deixarem de ser vira latas e aprenderem a valorizar o nosso país.
von Narr
Os EUA são o mais livre e democrático da Terra, por isso, no exercício da profissão, os jornalistas jamais sofrem abuso das autoridades… quer dizer, não, o que eu quis dizer é que nos EUA os jornalistas vão pra cadeia quando… quer dizer, a liberdade, então… ih, acho que me atrapalhei em alguma coisa. Será que o Estadão vai demitir a moça? Afinal, ela contribuiu, ainda que involuntariamente, para as calúnicas da esquerda de que nos EUA a liberdade de imprensa…
Luiz A. M. Guilhermino
Se fosse a Yoani Sanchez em outro país, até porque nos EUA isso não aconteceria com ela, daria mais ibope aqui no PIG do que com a repórter do Estadão…
Fabio Passos
Isto aconteceu dentro de uma faculdade ianque?
Caramba.
Se esta repórter tentar entrevistar o batman na brickell avenue em miami… enviam ela prá guantánamo!
maria ferreira
No site da Yale Law School não há registro de nenhuma palestra do Joaquim Barbosa. O calendário está disponível e nada.
Procurei por toda internet e nenhuma palavra da visita dele. Apenas nos jornais americanos que noticiaram a prisao da jornalista.
“Seu nome não constava do programa oficial do evento e a diretora de comunicação foi taxativa ao dizer que repórteres não seriam admitidos no local”.,segundo informaçoes da própria jornalista.
Aí tem……..
Paulo ETV
atualmente no berço da democracia só tem cobra criada,a ver!
fique lá para ver se aguenta o tratamento “diferenciado”
Davi Basso
Não fosse da globo, estadão, folha e outros pigais; teria minha solidariedade. Contudo ela esperimentou o que tanto o jornal dela colaborou por aqui.
Julio Silveira
Mas o estadão goooostia.
José X.
Será que o Estadão vai falar sobre isso na próxima reunião da SIP ?
PS. eu sei que seria perigoso, mas seria interessante se o Viomundo tivesse um “bounty” sobre o STF na era Joaquim Barbosa, da mesma maneira que aqueles sobre a rede Globo, os planos de saúde, etc, na página de contribuições.
Democracia dos EUA: Repórter do Estadão é detida em Yale, tentando entrevistar Barbosa | novobloglimpinhoecheiroso
[…] Trevisan, via Estadão e lido no Viomundo, sugestão de Gerson […]
Ozzy Gasosa
Ó que dózinha da Repórter coxinha …
Humilhante é o que escrevem todos os dias nesse jornaleco a serviço da direita.
Aliás o direitão Barbodiano foi lá discorrer sua ideias autoritárias e conservadoras para a Colônia.
E quem sabe dar mais um passo para o Golpe.
Ué? Mas a senhora não é daquelas que se orgulham de dizer que aí é o berço da democracia e do respeito dos direitos humanos, e tudo é lindo e maravilhoso?
Em tempo: Imaginem se isso acontecesse em Cuba o que ela e toda imprensa não estaria fazendo essa horas …
Allex
Uma coisa não justifica a outra, ou pelo menos não deveria.
Antonio Victor
Um incidente assim deixa uma mancha deplorável no nome de uma universidade como Yale. Não há explicação, não há justificativa, não há desculpa para o que ocorreu.
anac
No meu Estado do Nordeste em uma Universidade privada a hora que quero ando pelo campus sem ser importunada pelos seguranças. E olha que não sou mais estudante dessa universidade.
lukas
E o estudo, como é?
Apavorado por Vírus e Bactérias
Esse tal barbosa tá fugindo de que? Eu sei que ele é um inventor, não dos muito bons. Inventou um Mensalão e um Domínio de Fato a la bananere. Tá fugindo de que?
Roberto Locatelli
Taí, boa pergunta. Quando foi à Costa Rica, dar palestra, conferência ou sei lá o nome daquilo, J Batman fez questão de pagar (usando dinheiro público) para a jornalista da Globo cobrir o evento.
Agora, que ele supostamente participaria de evento numa universidade dos EUA, ele fez questão de sequer ser fotografado. Estranho, né?
A jornalista foi presa e passou por constrangimento e humilhação. E até agora o Batman está mudo, quieto e calado. Cadê ele? Ele estava lá na universidade, mesmo?
Quero ver o certificado, comprovante ou recibo. Afinal, foi com nosso dinheiro que ele fez a viagem, se hospedou, se alimentou. Então, como funcionário público, tem que prestar contas. Eu quero ver, principalmente, o comprovante do tal seminário, pois duvide-o-dó que ele estivesse lá na universidade.
Obs.: o Stanley Burburinho confirmou que, no site da Universidade de Yale, não há informe de seminário algum nesta semana.
Bonifa
É muito provável que você tenha razão, Locatelli. Se isso for verdade, até Barbosa pode se ter colocado numa situação vexaminosa nesta sua visita. Entendi tudo errado. Pensei que ele havia sido convidado pela Universidade. Mas seria apenas um golpe provinciano, de tentativa de aquisição de prestígio, como a compra de uma comenda falsificada, muito comum no século XIX. Ou coisa ainda pior? E o Estadão, como é típico do jornal, acreditou e deu seu vexame.
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