Padre João: A não investigação do senador Aécio põe em xeque a credibilidade da PGR
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13 de fevereiro de 2014: Os deputados petistas Adelmo Leão, Padre João, Rogério Correia e Pompílio Canavez pouco antes de entregar no gabinete de Janot as provas do envolvimento de Aécio no esquema de caixa 2 de Furnas
por Conceição Lemes
Nessa segunda-feira, o deputado federal Padre João (PT-MG) protocolou pedido de audiência urgente (na íntegra, ao final deste post) com o com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Objetivo: entregar toda a documentação sobre o envolvimento do senador Aécio Neves (PSDB) na lista de Furnas.
Na semana passada, apesar de os procuradores responsáveis pela Lava Jato terem recomendado abertura de inquérito contra Aécio, Janot pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento do caso. Alegação: considerou insuficientes as informações fornecidas pelo doleiro Alberto Youssef na sua delação premiada.
“Em fevereiro de 2014, nós entregamos no gabinete do procurador-geral pedido para análise da Lista de Furnas, a partir da denúncia feita em janeiro de 2012 pela procuradora Andrea Bayão”, relembra o deputado Padre João. “Agora, queremos recolocar pessoalmente nas mãos dele todos os documentos, todas as provas.”
Na época, além de Padre João, foram ao gabinete os deputados estaduais Rogério Correia, Pompílio Canavez e Adelmo Leão, todos do PT de Minas.
“A não investigação do senador Aécio Neves desmoraliza a Procuradoria-Geral da República (PGR), mostra que ela tem um lado e coloca em cheque a sua própria credibilidade”, afirma o deputado. “E isso não é salutar para a democracia de forma alguma.”
A expectativa de Padre João é que a audiência seja marcada ainda para esta semana. Ele não irá sozinho. Vários deputados estaduais e federais petistas deverão acompanhá-lo.
Padre João completa: “Como Aécio é senador, queremos também que o caso fique em Brasília em vez de ir para Minas ou Rio de Janeiro, como aconteceu em outras ocasiões”.
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