Gustavo Costa: Dando voz aos invisíveis dependentes do crack

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por Gustavo Costa

Trinta e oito pessoas entraram na cabine que montamos na cracolândia paulistana e revelaram as histórias de dor, violência e abandono.

São estudantes, trabalhadores, esportistas. Gente de todas as classe sociais, de todos os cantos do país.

O Brasil é o maior consumidor de crack do planeta, quase dois milhões de usuários.

Metade vaga pelas ruas, sem destino, em busca de mais um trago.

Ana Paula, 26, é uma delas. Campeã paulista de karatê, abandonou tudo e se refugiou na cracolândia. Hoje ela vende o corpo em troca de lascas de crack.

Lucilene perdeu quatro filhos para adoção por causa da loucura da droga.

Gustavo, filho de um estupro, é marcado para morrer por traficantes.

Vânia, grávida de cinco meses, luta para voltar à lucidez e retomar a vida em família.

O documentário também questiona os quase trinta anos de equívocos, por parte dos governos do estado e do município, no combate à droga.

Tentaram tratar os dependentes usando a força.

A criminalizacão provocou um outro fenômeno social: as mini-cracolândias, que se espalharam pelas periferias ou sob viadutos e pontes.

A reportagem vai ao ar nesta segunda-feira, 21, às, 22h30, no Repórter Record Investigação, de Domingos Meirelles.

Veja também:

Rogério Correia faz um balanço detalhado do bombardeio contra a Copa


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Comentários

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Bacellar

Fundamental dar voz e demonstrar a humanidade desses usuários. Parabéns pela reportagem.

marcio ramos

Muito bom Gustavo… tem este aqui que eu fiz….

https://www.youtube.com/watch?v=e5I5zNmRysA

FrancoAtirador

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Droga do Século 21: maligna como o câncer e epidêmica como a AIDS.

E a maioria na sociedade enxerga os doentes como leprosos do Século 1.
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Edgar Rocha

Fazer uma omelete sem quebrar os ovos. Não há outra definição para as análises sobre o tema. Não importa de que lado o analista se posicione. Seja ele de esquerda ou de direita, a solução nunca aparece, amarrada nas contradições que com certeza serão expostas, caso se implemente um combate real e efetivo. Como não tratar o dependente como alguém que, no momento se vê incapaz de responder por sua própria integridade? Como combater a epidemia sem se contrapor à conivência do Estado e das instituições com o tráfico? Como se posicionar diante de alguém que produz, vende e lucra com uma droga tão destrutiva? O livre arbítrio de quem a consome é suficiente para isentar a quem se beneficia do comércio? Vale lembrar que até o traficante detesta e despreza o nóia. Se este é tolerado é porque dá lucro, caso contrário é exterminado na primeira dívida que contrair e não pagar. O que realmente está em jogo nas políticas públicas de combate ao crack? A integridade física do usuário ou o fim do incômodo que ele causa (a “poluição visual”, os pequenos crimes, a evidência de uma população indigente e marginalizada que mancha qualquer poder público)? A solução é mandá-lo pros rincões da periferia, onde não atrapalham, não enfeiam, não incomodam e, ainda assim, garantem o lucro que mantém viável a corrupção, financiadora de campanhas políticas (de esquerda e de direita)? Sem contar que tal procedimento mantém a “pax paulistana”, evitando o famigerado salve-geral, conflitos diretos inevitáveis ao combate ao crime, com seus efeitos colaterais indesejados (insurgência dos agentes da corrupção, caos social, destruição de patrimônio, chacinas aos baldes, etc.). Vide, o caso da Bahia e o perrengue que passou o Jacques Wagner. E, por último, como enfrentar o problema e manter a aura de moderninho e humanista, tão politicamente correta e necessária pra se conseguir a simpatia da opinião pública? A prefeitura de São Paulo tomou uma atitude eficaz: reintegrou e recuperou a cidadania de um número considerável de usuários. Mas, nem todos conseguem aderir ao projeto, dado o grau de degeneração causado pelo uso prolongado. É preciso, muitas vezes interferir diretamente. Por outro lado, se o projeto começar a prejudicar os lucros do tráfico de forma substancial, é bem provável que não se tenha pernas pra ampliá-lo, já que existe sim um comprometimento de se conviver com o crime, afim de evitar o conflito direto, que chamuscaria qualquer administração. Nem considero o envolvimento direto de alguns figurões em benefício do crime. Se o fizer, as luzes se apagam e não há perspectiva de mudança. Seria preciso sacrificar um projeto político de manutenção no poder. Se o PSDB não se habilita (é fato), o PT topa? Pergunta retórica…

Fernando

A chamada já é um baque

Romanelli

2 MILHÕES de dependentes ? ..ah vá

Tirando os superlativos, verdade é que não sabemos o que fazer ..e não dá pra deixar de CULPAR o indivíduo, pois ainda vivemos num mundo do LIVRE ARBÍTRIO

Tolerar o VICIADO e tentar remediá-lo (necessário, porém difícil) ..alertar e PROTEGER os que estão fora (essencial) ..e dar CACETE brabo nos traficantes e produtores nacionais e internacionais (Não há como não escapar) ..é o que penso ..não tem outro jeito

Não tem esta de se vitimizar e se glamorizar (como se tenta HOJE com a maconha) ..os prejuízos causados à previdência e ao sistema de saúde, à perda precoce de jovens é INFINITAMENTE maior do que ENJAULAR os que ganham com o vício

Liberar pra conter a violência é poseis e TRUQUE de astutos que estão dois pra fazerem lucro

Droga é droga ..e se já NÃO damos conta dos DANOS das lícitas e antes INCENTIVADAS, como o cigarro e álcool, não há pq tolerarmos estas outras BEM MAIS devastadoras.

Agora, aonde erramos ? Pra mim, principalmente em alertar a POPULAÇÃO e os JOVENS.

Insuficiente esta sendo o PROERD ..talvez com mais apresentações das TRAGÉDIAS em documentários e áudio visuais nas escolas e em TODAS as mídias (diuturnamente por ANOS seguidos), talvez isso ajude a alertar a mocidade e a ferir este mercado.

http://www.youtube.com/watch?v=V6ZzlpNYpaA

http://www.youtube.com/watch?v=HERUBeq_J9I

lukas

1.000.000 de pessoas? Meio exagerado, não?

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