10/05/2012 13:52
Deputado critica atuação da PGR em investigações em GO
O delegado Matheus Mella Rodrigues explicou aos parlamentares da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira que a Operação Monte Carlo foi motivada por uma denúncia da promotoria de Valparaíso de Goiás que acusava a existência de atividade de jogo ilegal com envolvimento de policiais militares, civis e federais. A informação foi dada há pouco pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP) que participou da reunião fechada da CPMI. Esse fato, segundo Teixeira, reforça a necessidade de a Procuradoria-Geral da República explicar por que não prosseguiu as investigações da Operação Vegas que já indicava essas irregularidades.
Na avaliação de Teixeira, a Operação Monte Carlo devia ser um desdobramento da Vegas, não era preciso esperar uma denúncia da promotoria de Valparaíso. Empresas de fachada Paulo Teixeira disse ainda que o delegado detalhou a quantidade de empresas de fachada que havia para lavar o dinheiro obtido pela organização de Carlinhos Cachoeira. Duas dessas empresas estão sediadas nas Ilhas Virgens britânicas, sendo uma delas um bingo. O delegado, responsável pela Operação Monte Carlo, também disse que encontrou depósitos da Delta para essas empresas de fachada.
A Operação Monte Carlo ainda não acabou, mas o delegado não falou sobre as novas investigações. O senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) afirmou que ainda há 25 malotes de material apreendido que ainda não foram analisados pela polícia federal. A 1ª parte da operação não investigou políticos porque não tinha autorização do STF. Agora, a polícia federal tem autorização para investigar o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), o deputado Sandes Júnior (PP-GO) e o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que também participou da reunião de hoje da CPMI, disse que, segundo o delegado Matheus Mella Rodrigues, é grande a ligação entre Leréia e a organização de Carlinhos Cachoeira. Ainda segundo o delegado, não está claro o envolvimento de Sandes Júnior com o contraventor.
PS do Viomundo: Acompanhem agora o que disse a Folha de S. Paulo, em primeira página: “O procurador alega que, em 2009, os dados da PF eram insuficientes para a abertura de inquérito, que poderia atrapalhar as demais apurações. No pedido feito neste ano, Gurgel usou escutas antigas”. E, na página A4: “Gurgel diz que o material da Vegas não era suficiente para pedir inquérito contra Demóstenes e que, graças à sua atitude, a apuração pode continuar na Monte Carlo e ser mais efetiva“.
O problema é que não havia “demais apurações” e nem é correto dizer que a “apuração pode continuar na Monte Carlo e ser mais efetiva”. Com a Vegas na gaveta, a apuração foi interrompida e só foi retomada depois de um acordo entre o Ministério Público do estado de Goiás e a Polícia Federal, em 10 de setembro de 2010, conforme documento publicado pelos Amigos do Presidente Lula:






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