Dario Pignotti: Por que a revista The Economist quer derrubar Mantega

Tempo de leitura: 4 min
Foto: Wilson Dias/ABr

Foto: Wilson Dias/ABr

Que o braço televisivo das empresas de entretenimento e desinformação da Globo assuma como suas as provocações da The Economist é um fato repetido que não merece nenhum comentário novo. O que merece uma menção é o reiterado uso, por parte de seus jornalistas, do adjetivo “prestigiosa”. Na verdade, essa publicação é um órgão ideológico e um instrumento político do capital transnacional que busca ficar com a maior parte dos excedentes da sétima economia mundial. O mais recente “capricho” da The Economist é querer derrubar o ministro Guido Mantega. Por Dario Pignotti.

por Dario Pignotti, em Carta Maior

“Nenhuma organização midiática carece de um conjunto de conteúdos para demarcar a agenda (que está ligada a seu país de origem)…nem a BBC, nem a CNN prejudicariam os interesses nacionais” da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos, respectivamente, afirmou Liu Chi, editora-chefe da CCTV, a televisão estatal da China, que destinou 8,5 bilhões de dólares para a expansão de seu sistema de informações destinado especialmente ao público ocidental.

A tese de Liu Chi, sobre o vínculo umbilical entre grandes meios de comunicação, de projeção global, e seus interesses nacionais, é perfeitamente aplicável ao influente, mas já não tão infalível New York Times (que teve a credibilidade arranhada após seu alinhamento patriótico com George W. Bush, na Guerra do Golfo), ao The Wall Street Journal, ao Financial Times e também a essa velha dama de ferro do jornalismo, The Economist, que retornou ao centro da agenda noticiosa brasileira com seus disparos dirigidos contra o ministro Guido Mantega.

Ainda que antiga, a revista que este ano celebra seu 170º aniversário, não perdeu o ímpeto e segue pressionando de modo um tanto imperial as potências emergentes, aqueles países que, em sua opinião, precisam receber lições sobre como superar a idade da barbárie econômica (leia-se: populismo, desenvolvimentismo, nacionalismo, intervencionismo, esquerdismo, distribucionismo) para chegar a um estado civilizatório superior: o do livre mercado absoluto.

Por sua fé neoliberal (ou liberal, simplesmente), The Economist às vezes evoca aquela Margaret Thatcher enlouquecida na “missão” de impor seu modelo e os interesses representados pelo Partido Conservador, em uma cruzada tão exitosa que acabou por deglutir o ideário econômico dos outrora reformistas quadros do Partido Trabalhista, degradados na figura de Tony Blair ao triste papel de mensageiros do decálogo neoliberal.

A falecida primeira ministra Thatcher, provinciana e pouco erudita, aplicou na Grã Bretanha a política mais regressiva desde o pós-guerra por meio de reformas (melhor seria chamá-las de contrarreformas) legislativas e uma repressão pinochetista contra os mineiros que tentaram, em vão, impor algum freio à sua agenda em defesa de um Estado mínimo.

Bem escrita, cuidadosa nos adjetivos que usa, editada com maestria, refinada, mordaz e, sobretudo, anglo-saxã: The Economist é um produto de qualidade, muito distinto do às vezes vetusto The Wall Street Journal.

Mas essa fleuma não impede que The Economist seja um órgão ideológico e um instrumento político com seu programa e seus objetivos, como qualquer meio de comunicação de porte global. Seu compromisso é impor sua agenda radical no debate econômico e aniquilar todo vestígio do que considera ser populismo estatista.

Seu último capricho, que põe à prova sua capacidade de pressão, parece ser querer derrubar o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em quem detecta um vestígio do pensamento e da ação econômica que julga uma “herança do atraso”: o risco de regressar a uma era pré-thatcherista.

Um editor e o colunista de economia do Jornal das Dez, da Globo News, concederam amplo destaque às recomendações escritas por The Economist em sua última edição, na qual, com um senso de humor impregnado de desprezo, disse que não recomendará mais a queda de Mantega, sabendo que a presidenta Dilma Rousseff rechaça imposições, como ela mesmo afirmou na cúpula do BRICS realizada na África do Sul, frente à primeira investida da publicação londrina.

Que o braço televisivo das empresas de entretenimento e desinformação da Globo assuma como suas as provocações da The Economist é um fato repetido que não merece nenhum comentário novo. O que merece uma menção é o reiterado uso, por parte de seus jornalistas, do adjetivo “prestigiosa”.

Como já foi assinalado acima não está em discussão a qualidade dos textos, nem o rigor da informação publicada pelo semanário, mas seu principal traço, muito mais que o prestígio, é sua influência, e esta é filha da repercussão propagandística de seus ataques políticos na forma de artigos jornalísticos.

O que a política econômica personalizada em Mantega ameaça, para publicações como The Economist, Financial Times, The Wall Street Journale para agências de risco como a Standard and Poors, não são ideias, mas sim a disputa do capital transnacional para ficar com a maior parte dos excedentes da sétima economia mundial.

Quando as multinacionais da informação, que elevam a The Economist à condição de bíblia, demandam “confiabilidade” e “segurança jurídica”, na verdade estão utilizando um eufemismo para chantagear governos periféricos para que renunciem a toda soberania econômica e eliminem todo tipo de regulações. O modelo a ser imitado é o Chile e, mais recentemente, a Aliança para o Pacífico.

Dessa forma, inventa-se uma espécie de Pensamento Único Econômico, um consenso imposto a força, que não é filho da liberdade de expressão ou do pluralismo, mas sim da imposição e dos ataques aos interesses nacionais de países do sul.

Está certo Mantega quando assinala que “The Economist aposta em uma política conservadora…porque critica as políticas de estímulo (à produção e ao consumo), que é uma política que dá resultados, como deram, por exemplo, em 2008”. Na contramão do grosso dos economistas, Mantega não fugiu da polêmica com a publicação britânica, identificando-a como um órgão alinhado com a direita europeia.

A revista, disparou o ministro brasileiro, “deve ter a mesma opinião que o governo de seu país (Grã-Bretanha) e dos estados europeus em geral (cujas políticas econômicas) que tiveram um resultado o qual não preciso mencionar”. Como era de se esperar, as afirmações de Mantega não mereceram nenhuma repercussão nos veículos de imprensa dominantes em nível global, associados em sua maioria ao credo e aos interesses encarnados pela The Economist.

DarioPignotti é correspondente, doutor em Comunicação e mestre em Relações Internacionais (@DarioPignotti).

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Comentários

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Gersier

Lembram quando o senhor roberto marinho era “ouvido” pelo marionete que estava com o traseiro sentado na cadeira da Presidencia da República na indicação de “ministros”?
Pois é,os mafiosos difarçados de mídia acreditam que ainda estamos naqueles temos de mer… deixa pra lá.

JORGE

Azenha

Nós sabemos muito bem de que lado estão as nossas redes bobos da vida. Do lado da especulação financeira do hemisfério norte.

Estive recentemente em Roma, Paris e Londres. Vi pobreza e a frota de veículos não me pareceu do ano 2013, ou seja, a coisa está feia por lá.

Para você ter uma idéia, a proprietária de um bar perto da Opera de Paris, se recusou a me vender uma cerveja quando descobriu que eu queria trocar uma nota de 100 euros. Por aqui, qualquer feirante ou camelô troca uma nota de R$ 100,00 na compra de uma ou duas cervejas.

Em Londres, os mini-comércios de propriedade de indianos é o que aparenta mais prosperidade.

Portanto, a impressão que tive foi a de que o dinheiro não está circulando facilmente por lá.

Ora, que moral tem esse jornal conservador e representante desses financistas tomadores de empregos?

Portanto, grande ministro Guido Mantega, deixa a matilha uivar e continue no seu trabalho para o bem do Brasil.

JORGE

Azenha

Nós sabemos muito bem de que lado está as nossas redes bobos da vida. Do lado da especulação financeira do hemisfério norte.

Estive recentemente em Roma, Paris e Londres. Vi pobreza a frota de veículos não me pareceu do ano 2013, ou seja, a coisa está feia por lá.

Para você ter uma idéia, uma dona de bar perto da Opera de Paris se recusou a me vender uma cerveja quando descobriu que eu queria trocar uma nota de 100 euros. Por aqui, qualquer feirante ou camelô troca uma nota de R$ 100,00 na compra de uma ou duas cervejas.

Portanto, a impressão que tive foi a de que o dinheiro não está circulando facilmente por lá.

Ora, que moral tem esse jornal conservador e representante desses financistas tomadores de empregos?

Caracol

Não resisto enviar duas palavrinhas ao The Economist:
Fuck you!
Fuck you, The Economist! Look at my middle finger: Fuck you!

Urbano

O pig dos ricos do primeiro mundo, a quem os ricos do pig daqui se reportam, através de uma babação indescritível.

kalifa

Se a revista “The Economist e se viva a margaret dather estão contra o Mantega e pela sua queda então já sei estou a favor que o mantega permaneça por mais dois séculos a frente da economia, senão por ele mas por tantos outros que o sigam no pensamento!

rogerio gret

É a velha idéia de atacar o mensageiro. TODOS os parágrafos tem erros grotescos, e tomaria muito tempo atacar um a um. Só algumas correções:

– The Economist não coaduna com os conservadores na Grã-Bretanha

– Qualquer leitor sabe que os países mais criticados pela revista em número de artigos são EUA e Reino Unido. (em ferocidade estes vem provavelmente atrás de Índia e Rússia nos últimos dois anos)

– A The Economist fez artigos positivos e até capa sobre o Brasil quando o país parecia ter rumos mais decentes.

– Dario critica o Chile e a Trans Pacific Partnership, aparentemente defendendo um estado grande e gordo. Só que a maioria das economias da TPP, assim como o Chile, buscaram maior liberalização nos últimos anos, com crescimento muito mais rápido e de melhor qualidade que o do Brasil. Isto em muitos casos e refletiu em melhorias muito mais significativs em qualidade dos empregos, saúde, educação, redução da pobreza e etc… Já o Brasil subiu quando as commodities subiram, e caiu quando as commodities caíram – tem demonstrado a mesma competência de uma gigantesca pilha de minério de ferro.

– Finalmente, a revista, com cerca de cem páginas, deu menos de duas para a mediocridade da economia nacional. E deu duas linhas para a piadinha com Mantega. Qualquer um que tenha realmente lido o artigo (ou raciocinado sobre a economia nacional nos últimos anos) sabe que o problema vai muito além do Mantega. Aparentemente, a imprensa nacional não somente prefere abrir mão de redigir análises profundas, mas também de lê-las por inteiro. Fica bastante claro que Dario, por exemplo, sequer leu a revista (poderia tê-lo feito gratuitamente via Internet)

    Bonifa

    Mediocridade da economia nacional? Que petardo! Enfado, cansaço, estes ilhéus brasilis não merecem sequer uma gota de gim. O que resta é morrer com dignidade, abraçado ao retrato da Rainha.

M. Iack

http://www.jb.com.br/opiniao/noticias/2013/06/07/opiniao-quem-manda-aqui/

07/06 às 19h27 – Atualizada em 07/06 às 19h46
Opinião: Quem manda aqui?
Jornal do Brasil
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“The Economist” surgiu no auge da desapiedada exploração dos trabalhadores britânicos, e por iniciativa da indústria têxtil de Manchester – a vanguarda daquele old liberalism, que inspirou Marx e Engels a redigirem seu Manifesto Comunista. Bons tempos eram aqueles, nos quais os operários – entre eles crianças de 8 e 10 anos – trabalhavam de 12 a 16 horas por dia e, quando faltavam aos domingos, pagavam multa pela ausência. O mundo tem mudado, menos “The Economist”. Naqueles tempos magníficos, a revista acompanhava os investimentos britânicos no Brasil e aplaudia o punho de ferro do imperialismo em nossas terras.

Em nossos tempos atuais, na defesa dos bancos ingleses e dos especuladores da City, a publicação pretende nomear o Ministro da Fazenda de nosso país: um ministro que faça tudo o que o governo britânico está fazendo hoje contra seu próprio povo, com o arrocho fiscal e o corte até o osso nos gastos sociais, para que sobre para o capital financeiro.

A revista, depois de haver sugerido (em nome de que e de quem?) a demissão de Guido Mantega em dezembro do ano passado, volta a fazê-lo agora. Esquecem-se seus editores de que a Inglaterra é hoje um leão desdentado, que vive à sombra do poder de sua antiga colônia americana, e se tornou o grande valhacouto de banqueiros bandidos, como os fraudadores do Barclay’s, e confessos lavadores de dinheiro do narcotráfico, como os senhores do HSBC.

O Brasil é um país soberano, com suas instituições democráticas recuperadas há quase trinta anos, e quem manda aqui é o seu povo, mediante o parlamento e a Chefia do Estado, eleitos diretamente pelos cidadãos. Aqui mandamos nós, e os ministros são escolhidos e nomeados por quem tem o poder constitucional de fazê-lo: a chefia do poder executivo.

Assim, e, por favor, Shut Up!.

Tomudjin

É possível perceber que, depois que o Brasil se atreveu a trabalhar com uma política econômica caseira, indo, portanto, de encontro às mais variadas projeções para o quadro econômico mundial, talvez até por uma coincidência, foi o resto do mundo quem entrou uma crise.
Seria isso o que os especialistas sempre enxergam, quando afirmavam o Brasil como sendo o verdadeiro “seleiro” do mundo? literalmente falando?

Edite

A Rede roubo deve ter dito para eles sugerirem a Miriam Leitoa ou o Zé Bolinha de Papel..kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Julio Silveira

Um dos poucos ministros do governo Dilma, que tem demonstrado performance excelente a frente do seu Ministério é o Mantega, sob todas a dificuldades internacionais que se tornam nacionais. E acredito que não é por acaso esses ataques das baterias externas que ecoa nos bocas de ferro internas (boca de ferro, para quem nunca esteve na caserna, é um alto falante em que são transmitidas as ordens do dia para os militares em serviço). Ministro ruim para conservadores geralmente são bons para a maioria da cidadania, por ordem inversa dos interesses.

Edite

Já foi o tempo em que os governantes oviam estes tais jornais e revistas golpistas.The Economist deverá ficar com o seu palpite para eles mesmos , que aliás ,como se acham tão bons deveriam tirar a Europa da crise.Para o Brasil não servem!!!Pau neles!!!!

Bonifa

A tese inicial, de que nenhuma organização midiática prescinde de um conjunto de conteúdos para demarcar sua agenda, está correta. A segunda parte da tese, de que nenhuma organização midiática de peso prejudicaria os interesses nacionais, também está correta. O problema é que, no Brasil, as organizações midiáticas substituem os “interesses nacionais” pelos interesses internacionais dos países capitalistas centrais, que para elas é mais sagrado que os interesses nacionais. Este é, obviamente, um forte resquício da cultura colonialista das elites brasileira, que necessitam de saber que existe uma metrópole colonial superior em ideias, pensamentos e poder, à qual devem obediência eterna. Sem esta concepção, as elites de fundo colonial não sabem sobreviver.

Valcir Barsanulfo

Essa gang neo liberall britânica devia observar melhor a economia de seu pais, que está em marcha célere para o afundamento e cada dia cai no concerto das nações progressistas.

Eduardo

“The Economist”come batatas e arrota caviar! Tem medo do futuro! Está vislumbrando que o mundo não é o Reino Unido e USA! Quer exercer influência e facilitar dominio de um mundo que está cada vez mais fora dos controles de seus protetores! É como no Brasil.A mídia que se acha influenciadora e dominadora,está cada vez mais desacreditada, medrosa, próxima do desespero. O que é perigoso, pois a leva ao recurso final :” A mentira e o Golpe Politico”. Mas o povo brasileiro vai pagar para ver!

Rodrigo Leme

Engraçado que nessa hora ninguém chamava a Economist de ” órgão ideológico e um instrumento político do capital transnacional que busca ficar com a maior parte dos excedentes da sétima economia mundial.” :

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/11/091112_economist_rc.shtml

A conveniência é a mãe da coerência para muitos…

    Valcir Barsanulfo

    A sua conveniência liberal coaduna bem com o seu comentário.
    O complexo de vira latas(Nelson Rodrigues) cai bem nessa opinião.
    Os certos são sempre eles.

    Ingmar

    Você não desiste?

FrancoAtirador

.
.
A questão não é exatamente a demissão de Guido Mantega,

mas quem a Revista Britânica ‘The Economist’ sugeriria

para substituir o Ministro da Fazenda do Governo Dilma,

obviamente com o endosso incondicional da Rede Globo,

sempre a mais interessada no deZenvolvimento do BraZil.

Nomes de “Especialistas” repassados por W.J. Waack:

Gustavo Franco
Persio Arida,
André Lara Resende,
Pedro Malan,
Edmar Bacha,
Clóvis Carvalho,
Winston Fritsch
Rubens Ricúpero
ou, quiçá, Fernando Henrique Cardoso…
.
.

    Edite

    Acho que eles gostariam que fosse a Miriam Leitoa.

    FrancoAtirador

    .
    .
    A Myryan Piggie está, há tempos, escalada

    para Presidente do Banco Central do BraZil.

    Embora haja concorrentes fortes nessa área.

    Gustavo Loyola e Armínio Fraga, por exemplo.
    .
    .

Eduardo Vieira Miranda

Já dizia aquele ditado: “quem desdenha quer comprar”,

Já disse isso aqui uma vez em um comentário. A Europa não produz o suficiente para o seu próprio sustento desde o século XV, quando se lançou ao mar, exclusivamente para explorar o resto do mundo para que seus cidadãos pudessem sobreviver.

O Brasil hoje em dia pode não crescer em uma taxa semelhante à verificada na China. No entanto, é o país que mais ampliou o seu mercado ao incluir novos consumidores, que estavam na linha de pobreza. Isso é uma realidade, é um exemplo (mau, para os editores e patrocinadores da The Economist) pelo resto dos países do resto do mundo, sobretudo os pobres e com potencial produtivo.

O mundo de fantasia europeu terminou em 2008. A riqueza que voltou para os ditos emergentes naquele ano, não quer mais saber da Europa. Tanto que os Estados Unidos voltaram a crescer, mas a Europa continua em recessão (e ainda nos criticam por crescermos pouco – pelo menos crescemos, respondo). Para a Europa, pode estar chegando a hora de perceber que as colônias já não mais o são (há muito tempo).

A The Economist, maior revista da sétima economia do mundo (da Inglaterra, país que perdeu o status de sexta economia exatamente para o Brasil, é mais que uma publicação conservadora sobre temas econômicos. Ela é, sim, um exemplo documentado da inveja e despeito de quem ela representa.

    Fabio Lombardi

    Realmente os britânicos parecem viver bem pior do que nós brasileiros. Pelo amor de DIO, deixe de ser um bobo da corte, esquerdista cego. Respeite a posição da revista e combata a opinião dela com fatos e argumentos consistentes, não com esse lero-lero que só expõe o nosso espírito vira-lata.

    Julio Silveira

    Acredito que as ponderações do Eduardo estão corretas. Já quanto ao espirito vira latas, vi equivoco no emprego do pronome, você deveria assumir como sendo o seu, já que muitos de nós já estão libertos dele.

    Eduardo Vieira Miranda

    Olá Fábio.

    Vou evitar classificar você com adjetivos, do tipo “bobo da corte”, como você me definiu.

    Se houve falta de argumentos consistentes, foi sim, no seu comentário: não vi nenhum, só a tentativa de desqualificar a o interlocutor (no caso eu, que você nem conhece, e não meus argumentos).

    Em momento algum disse que os britânicos vivem “pior” do que a gente. Em todo o momento estava falando sob um prisma macroeconômico.

    Agora, sobre a Economista, que até pouco tempo atrás exaltava o Brasil, reparem que ela deu uma guinada na forma como vê o país, depois que a presidente Dilma reduziu a taxa básica de juros, e radicalizou mais ainda depois que ela colocou Caixa e BB pra acompanhar a redução na Selic. Será uma mera coincidência?

Fabio Lombardi

A ditadura ideológica é tanto da direita como da esquerda. Cada um parece, de forma paranóica, colocar suas próprias crenças e interesses à frente da sociedade. É incrível a falta de discernimento e bom senso de todas as partes. O Brasil não tem projeto político e social, tem projeto de poder, de como tomar e manter o poder por mais tempo possível. É triste, é bizarro, é patético!

simas

Olá!… Souza:
Eu acredito em Papai Noel… Mto bom ter o espírito, incrustado, das crianças… Acho lamentável, uma velhice, bolorenta. Estou determinado em prorrogar meu espírito jovem; até minha massa sucumbir. Acredito q a oportunidade oferecida pela FIFA, por exemplo, vem de encontro aos interesses do desenvolvimento econômico, financeiro e social, de nosso País e de nossa gente. Acredito q desenvolvimento implica em investimento; sua regra maior. Não seria? Cara, vc oferece, ai, o caminho das pedras… Semente alguma, jogada à terra seca, desprovida daquele húmus, florescerá e produzirá bons frutos. E vc nos aconselha as palavras, os escritos , os ensinamentos da Isto é? Essas publicações não fazem parte de minha vida… pujante. É o q desejo e espero, pra tdos; pq acredito.
Qto às Construtoras, q lhe incomodam: imagino vida longa, cheia de sucesso, pras ditas; porém ao sabor de regulamentos pensados por um Estado, sempre presente e forte. No mais, vamos ao q interessa: vc já viu como o Maracanã, o novo Maracanã ficou lindo? E o seu entorno está tomando um formato mais conveniente e funcional. Observou? Não vejo a hora da “galera” voltar a frequentá-lo, impulsionando a qualidade de nosso futebol… e a acumulação de valor. Afinal, o sistema é capitalista, de livre mercado; porém, sob o controle regulador do Estado. Nossas Instituições estão progredindo, nessa direção; mto embora, a propaganda contrária.
Q venham as idéias, se vantajosas. Q o BNDES esteja presente, investindo. Aliás, da próxima vez, vamos conversar sobre o tamanho e a força desse nosso banco de fomento/desenvolvimento, sempre presente no Brasil e, agora, mais ainda, na América Latina e África…
Buenas!

Messias Franca de Macedo

AINDA SOBRE Por que a revista The Economist quer derrubar Mantega

ENTENDA ‘OS(AS) JORNALISTAS AMIGOS(AS) DOS [decrépitos] PATRÕES BARÕES DA GRANDE Mérdia NATIVA’!

… Após pressionar, diuturnamente, o Banco Central pelo aumento da taxa Selic de juro, ‘os(as) jornalistas especialistas em economia ‘da grobo’, agora, pasme, lamentam: “O aumento da taxa de juro pelo Banco Central terá um custo elevado para o país, inclusive restringindo o crescimento econômico!”
É verdade: contado, parece mentira!

… Ao comentar o anúncio das medidas relacionadas à linha de crédito disponibilizada pelo governo federal para aquisição de móveis e eletrodomésticos por parte dos mutuários contemplados no programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, “os(as) jornalistas especialistas em economia -e marketing político – ‘da grobo’” alardearam que as medidas são populistas – e que significam o início da campanha eleitoral de 2014!
É verdade II: esses relatos pressupõem que o telespectador é um alienado a concordar com a premissa sub-reptícia: a de que ‘o pacote de bondade’ foi forjado imediatamente em seguida ao anúncio da recentíssima pesquisa do ‘DataFalha’, muito confiável, por sinal!…

AGORA, UMA PERGUNTA: lá isso é jornalismo?!… Lá isso é oposição?!…

RESCALDO: a presidente Dilma Vana Rousseff mais uma vez está correta: “De forma alguma, em meu governo, *‘O Velho do Restelo’ dará a última palavra no Brasil!”
*Dilma comparou os críticos do governo ao personagem “Velho do Restelo”, criado por Luís de Camões para o clássico “Os Lusíadas”. Conhecido por seu pessimismo, o personagem ficava sentado às margens das praias e não acreditava nas conquistas de Portugal durante as grandes navegações.

República de ‘Nois’ Bananas
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo

Messias Franca de Macedo

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É verdade: contado, parece mentira!

… Ao comentar o anúncio das medidas relacionadas à linha de crédito disponibilizada pelo governo federal para aquisição de móveis e eletrodomésticos por parte dos mutuários contemplados no programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, “os(as) jornalistas especialistas em economia -e marketing político – ‘da grobo’” alardearam que as medidas são populistas – e que significam o início da campanha eleitoral de 2014!
É verdade II: esses relatos pressupõem que o telespectador é um alienado a concordar com a premissa sub-reptícia: a de que ‘o pacote de bondade’ foi forjado imediatamente em seguida ao anúncio da recentíssima pesquisa do ‘DataFalha’, muito confiável, por sinal!…

AGORA, UMA PERGUNTA: lá isso é jornalismo?!… Lá isso é oposição?!…

RESCALDO: a presidente Dilma Vana Rousseff mais uma vez está correta: “De forma alguma, em meu governo, *‘O Velho do Restelo’ dará a última palavra no Brasil!”
*Dilma comparou os críticos do governo ao personagem “Velho do Restelo”, criado por Luís de Camões para o clássico “Os Lusíadas”. Conhecido por seu pessimismo, o personagem ficava sentado às margens das praias e não acreditava nas conquistas de Portugal durante as grandes navegações.

República de ‘Nois’ Bananas
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo

Fabio Passos

A midia-lixo-corporativa defende de forma intransigente a ditadura capitalista.
Reduzir os juros no Brasil significa menos lucro para as oligarquias financeiras que sao os verdadeiros donos do poder.
Esta revista esta defendendo os interesses dos verdadeiros donos do poder: As corporacoes capitalistas.

    Suvaco

    E o que falar sobre a Carta Capital que publicava as matérias da The Economist? http://www.aner.org.br/Conteudo/noticias/artigo125155-1.asp

    P q será que só criticaram a revista inglesa e se esqueceram de falar da que publicava suas matérias “conservadoras” por aqui?

    Estranho? Ou os fatos só servem na medida se encaixam na ideologia do texto?

J Souza

Está certo o Mantega, ao dizer que o Estado deve ter políticas de estímulo.
O problema é o preço de tais estímulos para os cofres públicos…

Vejamos o caso da Copa “FIFA”. (A copa é no Brasil, usa os recursos públicos brasileiros, mas não é do Brasil, é da FIFA…)

Foram construídos ou reformados 12 estádios (quando poderiam ser 9…) com dinheiro público, que poderia ser, mas não foi, investido em saúde, educação e segurança. “Mamãe” BNDES emprestou aos… Estados. Ou seja, o povo ficou com a conta.

Mas, o lucro com os estádios será… Privado. As construtoras lucrarão duplamente!
Receberão o dinheiro do BNDES, via Estados, e depois serão as gestoras das arenas, com faturamentos de até R$ 200 milhões por ano só com “naming rights”.

http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/121146_CONSTRUTORAS+ENTRAM+EM+CAMPO

E ainda tem gente que não acredita em Papai Noel…

    Antenor

    Eu não acredito que os estádios foram construídos totalmente com o dinheiro público, sem pagar salários nem impostos nem recolhimento à previdência, como o cidadão bem intencionado e bem informado está dizendo. E o pior é que depois da copa não vão servir para nada, já que a FIFA irá levá-los ou inutilizá-los para sempre. Sendo assim, eu realmente acredito em papai-noel.

    Carlos Ribeiro

    Espero que levem o Itaquerão!

    Bonifa

    Considero estes investimentos em estádios e obras de infraestrutura urbanas como um dos mais importantes empreendimentos do país neste início de século. A forma em si dos empreendimentos não é perfeita, mas é toda ela admissível e razoável. As transformações no funcionamento urbano e na cultura e na urbanidade, decorrentes deles, quando pensamos em avanços civilizatórios e sociais, não têm preço. E quanto aos retornos econômicos de todos estes investimentos, será tão rápido e tão volumoso, para a iniciativa privada e para o Estado, que em pouco tempo farão corar de vergonha quem se antecipou com cuidados avexados para com o dinheiro público.

    rogerio gret

    Então vc acha que pela primeira vez na história do investimentos em estádios para uma Copa do Mundo feitos com dinheiro do público vão trazer retorno real? Isto em um país que precisa desesperadamente de melhorias na saúde e educação? Em um país no qual o “investimento” já é mais que o triplo da última Copa (mais difícil de recuperar)? E com estádios em locais como Manaus, cujos times atraem algumas centenas de torcedores para seus jogos, se tanto?

    E o retorno vai ser tão colossal que os pais de crianças que morreram na espera por socorro em um hospital vão “corar de vergonha” ao perceber que seus filhos não morreram em vão?

    Bem, se vc tiver razão garanto que eu vou corar de vergonha. Aliás, já corei ao ler seu comentário.

    Bonifa

    Achamos. Consideramos que não podemos gastar todos os recursos tentando curar todos os doentes mas permanecendo no mesmo patamar estrutural que produz doentes sem parar.É preciso gastarmos os recursos necessários à construção de uma escadaria que nos leve a outro patamar e rompa nosso isolamento do desenvolvimento que está acima. Somos a favor de muita coisa que para um apontador ou um contabilista pareceriam absurdas. Construir tudo isso que está sendo construido a pretexto de esporte é para nós um verdadeiro milagre que terá consequências maravilhosas para o país.

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