Dr. Rosinha: É preciso desarmar a arapuca urdida por Bolsonaro; a guerra contra o covid, ele já perdeu

Tempo de leitura: 3 min
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Por Dr. Rosinha

Ato contra Bolsonaro realizado por médicos em Belo Horizonte (MG), neste domingo, 7 de junho

Genocida

por Dr. Rosinha

Em 30 de janeiro deste ano, foi publicado aqui no Viomundo  o primeiro artigo desta Arapuca, melhor dizendo (rsrsrsr) da coluna Arapuca.

Nesse texto, me socorri do dicionário Houaiss, para o conceito de arapuca, que é a “armação para surpreender, emboscar, cilada, armadilha”.

Também chamei a atenção que a maior arapuca é nossa própria vida, desde que nascemos até a armadilha fatal, a arapuca da morte.

Morte que Jair Bolsonaro,  o ex-capitão expulso do Exército, sempre desdenhou.

Bom dizer: desdenha da vida dos outros, porque a dele defende com unhas, dentes e armas.

Próprio dos genocidas.

No artigo Epidemias e endemias, lembrei que no último dia de 2019, o governo da China alertou a Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre um surto de pneumonia na cidade de Wuhan e já em janeiro deste ano identificou o agente causador: um novo coronavírus, o covid-19.

Apesar do tempo disponível para construir ações de prevenção, o governo Bolsonaro nada fez para combater a disseminação da pandemia pelo covid-19.

Melhor dizer: desde o começo, Bolsonaro só dissemina desinformação e pratica atos e ações que favorecem a transmissão do vírus.

Próprio de genocidas.

No mundo todo, médicos, cientistas e lideranças políticas responsáveis têm declarado que para combater o coronavírus precisamos nos organizar tal como se estivéssemos em guerra.

Uma guerra contra um perigoso e invisível inimigo.

No entanto, a principal autoridade brasileira, o incompetente e recalcado ex-capitão, declarou guerra contra o povo e não contra  o vírus invisível.

Coisa própria de genocidas.

Na noite de 24 de março, Bolsonaro fez um pronunciamento curto, grosso e provocativo.

Foi tão agressivo que até a direita se contrapôs e pediu paz, sensatez, equilíbrio e união.

Mas não há como esperar isso de quem sempre pregou a violência, a tortura e morte dos que pensam diferentes.

E, agora, são tantos pensando diferente que ele está se sentindo encurralado e, como qualquer animal encurralado, é perigoso. E, perigoso joga no tudo ou nada.

O tudo é uma guerra civil sob o comando dele, tendo como “soldados” os milicianos. Soldados entre aspas porque milicianos jamais serão soldados e sim assassinos, genocidas.

O tudo para ele é tornar-se um ditador pleno onde possa executar o seu sonho de matar 30 mil pessoas, mesmo que inocentes.

O nada é perder o mandato.

É nesta encruzilhada que o Brasil e seu povo estão colocados.

Em 28 de abril, o Brasil superou a China em número de mortos pelo covid-19 e, ao ser questionado, Bolsonaro respondeu:

“E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”.

Naquele momento, era considerado exagero que o Brasil chegasse a ter 44 mil mortes, conforme as previsões, na melhor das hipóteses, do Imperial College of Medicine, de Londres.

Hoje se sabe: não só está chegando como ultrapassará.

No entanto, o Messias, mesmo após ter atingido a tão desejada morte de 30 mil pessoas – como sempre pregou –continua estimulando a morte de inocentes.

Coisa própria de genocidas.

O recalcado ex-capitão perdeu a guerra para o covid-19. E, nesta situação como faz todo ditador, aplica a censura, manipula as informações e ‘desaparece’ com corpos.

Prática típica de ditaduras e de genocidas.

Ao desaparecer a causa da morte, desaparece o corpo morto pelo covid-19.

Bolsonaro deu ordens para o ministro da saúde –que sempre cumpriu ordens –para esconder o número de mortos e infectados, recontar o número de registro de óbitos e até revisão da causa morte.

Rever a causa morte é insinuar que os/as médicos/as falsificaram atestados de óbitos.

O que tem o Conselho Federal de Medicina –que apoia fervorosamente Bolsonaro –a falar sobre isso?

Todas as pessoas minimamente informadas sabem que Bolsonaro sempre defendeu ditaduras, em especial a última aqui no Brasil.

As pessoas sabem também que ele sempre disse que a ditadura militar matou pouco, que tinha de matar umas 30 mil pessoas para pacificar o país.

Mais de 30 mil pessoas já morreram nesta guerra perdida contra o coronavírus.

É necessário desarmar a arapuca que Bolsonaro preparou.

Desarmá-la é lutar contra o fascismo e pelo Fora Bolsonaro.

Dr. Rosinha é médico pediatra, militante do PT. Pelo PT do Paraná, foi deputado estadual (1991-1998) e federal (1999-2017).  De maio de 2017 a dezembro de 2019, presidiu o PT-PR. De 2015 a 2017, ocupou o cargo de Alto Representante Geral do Mercosul. 

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Dr. Rosinha

Médico pediatra e militante do PT. Pelo PT do Paraná, foi deputado estadual (1991-1998) e federal (1999-2017). De maio de 2017 a dezembro de 2019, presidiu o PT-PR. De 2015 a 2017, ocupou o cargo de Alto Representante Geral do Mercosul.


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Comentários

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Aureliano

Sorria! Você está sendo enganado. Ou, como diria Olavo de Carvalho, ENRABADO.

Ministério da Saúde ocultou números de coronavírus porque Bolsonaro queria menos de mil mortes por dia

247 – Jair Bolsonaro determinou ao Ministério da Saúde que o número de óbitos por coronavírus no Brasil fique abaixo de mil por dia, de acordo com o jornal Estado de S. Paulo.

A solução encontrada foi separar os óbitos ocorridos nas últimas 24 horas das mortes de datas anteriores, mas que só foram confirmadas naquele período. A determinação de Bolsonaro teria sido, portanto, o motivo que causou a polêmica mudança na política de divulgação dos dados da pandemia no País.

O Planalto tenta passar à sociedade a sensação de que o avanço da Covid-19 no Brasil já está desacelerando e, assim, insistir na narrativa de exagero da mídia.

Atualmente o País registra 37.312 óbitos e 685.427 casos confirmados da Covid-19. É o segundo local no mundo com mais registros da doença e o terceiro em número de mortos.

https://www.brasil247.com/brasil/bolsonaro-determinou-que-numero-de-obitos-por-coronavirus-fique-abaixo-de-mil-por-dia?amp=&utm_source=onesignal&utm_medium=notification&utm_campaign=push-notification

Se o presidente genocida quer menos de 1000 mortes por dia, não precisa gastar dinheiro com a contagem dos cadáveres.

Sugestões para os próximos dias:
Dia 09/06 732 mortes
Dia 10/06 276 mortes
Dia 11/06 Zero mortes (para o BraZil ficar parecido com a Nova Zelândia)
Dia 12/06 142 mortes
Dia 13/06 Apenas uma única morte: a de Jair Bolsonaro.

E o Trump mandou um recado para o genocida, mas ele não entendeu. Com a desmoralização do Brasil no mundo inteiro, Estados Unidos à frente, o amigo Trump (I love you, amor) está perdendo eleitores por causa da sua “amizade” com Bolsonaro. E Trump, que não tem nada de besta, procura se afastar do psicopata, chamando-o indiretamente de incompetente e responsabilizando-o pelas mortes por covid-19 no BraZil. Tô começando a gostar do Trump.

E só porque mora nos Estados Unidos, Olavo de Carvalho se sente no direito de dizer em “ingrês” “fuck you, Bolsonaro, tu queres que eu morra de fome, porra?!” E foi aí que o véio da Havan entrou na jogada pra fazer uma vaquinha em prol do véio fascista da Virgínia.

NOTA DE CEM REAIS: OLAVO DE CARVALHO APRENDEU A BATER NA MESA, QUANDO FALA, COM O GENERAL HELENO, O VÉIO DO EXÉRCITO BRASILEIRO.

A gente goza mas nóis sofre (desculpe a inversão da frase, Macaco Simão)

Antônio

É isso aí Dr. Rosinha. Os médicos têm que se levantarem contra esse desrespeito à vida humana.

    Solange

    Sim
    Ninguém mais do que eles tem direito a isso.

Dias

Eu acho que uma das providências que a turma que está fazendo tem que tomar é levar o nome de Sérgio Camargo para as avenidas por ele ser racista e ter chamado o movimento negro de escória maldita. Camargo representa o racismo do governo Bolsonaro. Tanto é que não foi demitido após a divulgação daquele asqueroso áudio.
Bolsonaro e sua trupe é racista. O Brasil tem que saber disso.

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