Juvandia Moreira: Só o patrão sai ganhando com maxi-terceirização

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por Luiz Carlos Azenha

“A sociedade toda perde”, diz a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, sobre o projeto de terceirização que deverá ser apreciado na próxima terça-feira na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados e motiva protestos de sindicalistas e trabalhadores em todo o Brasil.

Perdem os contratados pela CLT: um terceirizado poderá trabalhar ao seu lado ganhando 30% menos pela mesmíssima função. Pressão para que você não faça reivindicações trabalhistas de qualquer tipo.

Perdem os assalariados em geral: desde que se cadastre como “especializada”, uma empresa poderá fornecer mão-de-obra para qualquer função.

Hoje a terceirização é admitida em atividades-meio, como segurança e limpeza. Essa barreira desabaria.

Perdem os próprios terceirizados:  acabar com a precarização de seus empregos ficará ainda mais distante.

Escancaram-se as portas para a quarterização, ou seja, a contratação pela terceirizada de uma empresa para executar o serviço contratado.

Por enquanto, a Justiça tem se manifestado pela co-responsabilidade das empresas em relação aos empregados, mas o PL 4330 mudaria isso.

Quem ganha com a flexibilidade? O patrão, certamente. Quanto maior a distância entre ele e os trabalhadores, menor o “risco” de ser responsabilizado pelo cumprimento das leis trabalhistas ou de acordos salariais.

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Ouçam, abaixo, a breve entrevista com a sindicalista (clique aqui para se engajar na campanha da CUT contra o projeto):

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