Gerson Carneiro: Bahia não é a terra da felicidade

Tempo de leitura: 3 min

por Gerson Carneiro, em comentário neste site

É chegada a hora de pegar minha cruz e seguir meu calvário.

A Bahia está cheia de problemas, nas mais diversas áreas, principalmente Educação e Segurança.

Para resolver os problemas da Bahia tem que ser alguém na política que realmente goste da Bahia e não apenas do Poder. E sinceramente, não consigo ver ninguém com essa propriedade.

Tenho a sensação de que nem os artistas da Bahia gostam de fato da Bahia. Exceto Gilberto Gil e artistas realmente engajados com a cultura negra da Bahia como Lazzo Matumbi que esteve ontem, 06/02/12, no teatro Vila Velha discutindo a questão da comunidade negra do Rio dos Macacos ameaçada pela Marinha do Brasil.

Até o carnaval não é mais feito para os baianos.

Salvador é uma cidade cara e violenta. Não consigo andar em Salvador sem estar em alerta. Em Aracaju ando tranquilo, em João Pessoa ando tranquilo mas, Salvador, Maceió e Recife não consigo relaxar.

Vou entrar em conflito com meus conterrâneos mas não posso esconder que há (ou está se desenvolvendo) em Salvador uma cultura egoísta. A sensação é a de que há um código de conduta próprio e os baianos o praticam sem o menor pudor de quem quer que seja que esteja observando.

Há muito tenho percebido isso porque tenho sido vítima disso. Por duas vezes eu e minha esposa caminhando na calçada, no Rio Vermelho, quase fomos atropelados por motoristas que subiram na calçada para estacionar. E senti que se eu falasse alguma coisa iria ser agredido. Outra vez um motorista se aproximou silenciosamente por trás de mim e a cerca de um metro buzinou de forma estúpida para que eu saísse da frente em um local aonde eu passava e a calçada estava interditada.

No aeroporto, eu aguardando um pessoa desocupar o carrinho para utilizá-lo, assim que a pessoa desocupou um rapaz passou na frente e pegou o carrinho, expliquei que estava alí aguardando e a resposta que tive foi “qualé meu rei, o mundo é dos espertos; fique esperto”.

Quem chega à Salvador achando que a Bahia é a terra da felicidade logo percebe que não é. E Salvador não é cidade para ingênuos. Viver em Salvador não é fácil.

Essas cenas violentas de saques que vi por conta desse motim da PM em Salvador, e que me remeteram aos Haiti, é a baixa cidadania da população (população esta desprezada ao longo dos anos, desde que se negociava escravos no Mercado Modelo) se manifestando. Quando governantes não se dão ao dever de trabalhar para elevar o sentimento de cidadania de um povo, essa baixa cidadania não despreza oportunidade para se manifestar.

Tenho andado entristecido com a Bahia e meu povo. E não vou esconder isso.

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Comentários

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Marta

a culpa é dos Portugueses falou ai um pe rapado qualquer….. espera ai galera eu vivo em Portugal la tem problemas mas os problemas de lá são marolinhaaaaaaaa comparado COM QUALQUER ESTADO BRASILEIRO … vamos chamar os Portugueses para resolver os problemas dos brasileiros 300 anos depois….chama eles que vem a correr resolver os problemas que nos nao resolvemos 300 anos depois da independencia, só pensar isso ja demonstra o tao ignorante e imcompetente as pessoas são no brasil que não conseguem resolver os proprios problemas durante 300 anos e culpam os outros kkkkkkkkkkkkkk ….. conheço a america latina todaaaaaaaaa e posso afirmar…..brasileiro como raça é igual boliviano, paraguay, argentino, peruano…tudo farinha do mesmo saco….pequenas diferenças regionais mas tudo LATINO em comportamento… sul americano incompetente, falso e bagunceiro….cada vez que visito o brasil para ver minha familia aumenta o tempo que penso em voltar….5 anos sem vir aqui e agora so volto daqui a 10 …nada muda por aqui eu que mudei e para melhor…..xupaaaaaaaaaaa!!!!!!!

Aurelino Macedo Neto

Tenho observado o comportamento das pessoas por onde passo ( sempre admitindo que também possuo defeitos). E, analisando bem, chego a conclusão de que a sociedade está fazendo o caminho inverso no que diz respeito a civilização. Pois os valores morais e éticos, infelizmente são contrários aos requisitos exigidos para classificar um indivíduo como “moderno”. Esquecem-se assim, que antes da vinda dos “antigos”, aqueles responsáveis por infundir nas pessoas regras para a boa convivência, a relação entre os humanos era mais complicada. Acredito portanto que em todos os estados a situação seja muito parecida. Sofro mais com o problema que preocupa o Gerson Carneiro, por se tratar da Bahia, minha terra. E até entendo que a situação seja mais preocupante do que em outros estados ou cidades brasileiras. Outra falta de bom senso, na minha opinião, é usar deste meio para ofender uns aos outros. Ofendendo inclusive pessoas que estão alheia a discussão e acabam atingidas por suas origens. Quando nos dispomos a discutir um problema, é necessário que busquemos uma solução, desreispeitar, injuriar a outrem, somente ampliará o problema. Vivo numa comunidade em São Paulo, e convivo diariamente com a falta de educação, falta de respeito e de bom senso. Não atribuo em hipótese alguma a culpa aos paulistas, principalmente pelo fato da cidade abrigar gente de todo o mundo. Aliás aonde moro, somos quase todos nordestinos, o que também não quer dizer que o sujeito seja bom ou ruim. Sou muito tranquilo também, como aquela gente simples e hospitaleira do município de Caetanos-Ba, aonde nasci. Mas essa minha característica já levou muitos a querer passar por cima de mim. Por isso é bom saber que aquele que se mostra sereno e calmo nem sempre está disposto a se submeter a tudo o que lhe impõem. Gerson, estou contigo! Torço muito para que um dia sejamos assistidos por parte das autoridades, que os políticos estejam mais empenhados em investir no ser humano e menos alienado ao “sistema” que forma consumistas e extingue cidadãos. Um abraço a todos…

Bonifa

Meu caro Gerson, você está certíssimo. Eu ia à Bahia todos os anos, como se fosse uma espécie de obrigação religiosa, evitando a época do Carnaval, naturalmente. Salvador é a cidade-mãe do Brasil, quando lá chegava sentia-me chegando e me integrando no que havia de mais profundo da nacionalidade. Não vou mais, para não sofrer. Onde está a alma da Bahia, que era tão grande que parecia infinita? Talvez tenha fugido para o mar, aguardando o momento certo de voltar, já que é imortal. As comunidades pobres que traziam a poderosa marca secular de suas culturas, trocaram a coesão coletiva por uma explosão de violência individualista. A classe média trocou a afabililidade por uma arrogância sem limites. Espero que a Bahia não demore a renascer.

José Ruiz

O maior sintoma de violência na Bahia é o metrô de Salvador, que consumiu mais de 1 bilhão de reais em mais de 10 anos… não ficou nem ficará pronto… primo rico daqueles viadutos na BR 324 (viadutos interrompidos, que ligam nada a lugar algum)… dizem que a culpa do metrô é do prefeito… sei, mas e o tecido social que compõe a sociedade baiana? Cadê os engenheiros do CREA, os advogados da OAB, os estudantes e professores da Ufba, os sindicalistas, as associações empresariais, etc?? Diante do metrô de Salvador, qualquer violência é fichinha… dá até para entender os caras subindo a calçada… e olha que o metrô de Salvador não é o único exemplo… que o digam o pessoal do programa Bahia Azul.. quero ver é baiano explicando – daqui uns 5 anos – para seus filhos o metrô de Salvador…

CLP

Gostei deste post, também pelos comentários, ótimo, se fosse alguém de Sao Paulo que escrevesse , chamariam de "racista, direitista, tucano, preconceituosos, elite paulista de olhos azuis, nazista, Sig Heil, " e aquela torrente de outras bobagens.Acho ótimo, ta na hora de cada um cuidar da própria terra, ao invés de ficar aporrinhando a terra dos outros.Problemas e grandezas existem em todos os lugares.Alias, para acrescentar mais um, não existe terra mais homofóbica do que o Nordeste …

Pedro Jorge

Sou baiano e trabalho no Rio, e por acaso o Rio é ainda a Cidade Maravilhosa? se sim, vem pra cá nego ver a maravilha.

    Rogerio

    Creio sim que haja uma generalização. Fui a Salvador há pouco tempo e passei dez dias por lá. Sim, observei muitos casos de falta de educação, principalmente no Pelourinho (pessoas jogando lixo no meio da rua), mas ali é uma área que nem os próprios baianos gostam de frequentar. Vi também muitos restaurantes com péssimo serviço, garçons emburrados, demora no atendimento, etc, porém, em determinadas situações eu observei uma gentileza que não é comum no Rio, por exemplo. Então, eu creio que a Bahia não esteja tão mal assim. É um problema do Brasil essa falta de urbanidade.

eunice

São Paulo é o acima citado. As pessoas passam à frente das outras rapidinho para alcançar a catraca do metrô, como se as outras não fosses rápidas o suficiente, quando na verdade só estão caminhando na sua fila. Falam alto dentro do metrô achando que o ouvido de outrem é microfone para problemas miúdos. No trabalho nem se fala: grosseria total da classe média. Comportam-se como se estivessem em suas casas e banheiros – banheiros sujos diga-se. No elevador idem.

Kilimanjaro

Posso garantir que São Paulo é pior em todos os aspectos, a não ser que você tenha bastante dinheiro. Será o seu caso?

CLP

Nossa , descobriu agora!Acho que , por motivos desconhecidos, se dedicou tanto a falar mal de Sao Paulo que se esqueceu de olhar para a própria terra, onde as pessoas não nascem , "estreiam"….Interessante, no texto não vi as generalizações que impreca contra o povo paulista, dizendo que o pessoal e nazista, "de direita", racista, e outros impropérios…Ai o texto e calmo, sereno.E , quando e do lado da gente a coisa e diferente né?So falta parar de achar que Lampião era o "herói do povo".Ai o caminho para a luz esta garantido.Todos os lugares do mundo tem suas belezas e agruras.Querer generalizar e o caminho para a discriminação.
Ja visitei a Bahia muitas vezes.O tal "sorriso e tranquilidade " do baiano só perdura ate você aceitar fazer o que eles querem.Na primeira negativa, o "lado b" aparece…

Samuel

Salvador está sim em um momento difícil por causa da violência e do crescimento desordenado, mas falar mal do povo baiano por causa disso, faça-me um favor né?! Concordo que o carnaval baiano precisa ser democratizado. Os artistas estão sim preocupados, como mostram Daniela Mercury e Carlinhos Brown todo ano com suas pipocas e sua ácida crítica social. Com um prefeito como João Henrique, é claro que SSA vive um péssimo momento. Mas a Bahia no geral está crescendo virtuosa, como mostra Barreiras e S. Desidério. Já houve um momento de imposição, ignorância e racismo em Salvador, que os blocos-afro reduziram muito. Agora, Chiclete saindo todo ano com abadás caríssimos para inglês ver, isso tem de acabar.

RicardãoCarioca

Os governos poderiam ajudar muito se usassem as escolas da forma mais correta, em minha opinião:

1) Cotas sociais e não raciais: se os negros foram historicamente mais prejudicados e estariam nas camadas mais pobres da sociedade, as cotas sociais iriam alcançar todos eles e ainda ajudariam os brancos e pardos igualmente desafortunados;

2) Ao invés de insistirem em querer ensinar religiões (que Estado laico é esse?) e tolerância com homossessuais, bastaria ensinar organização social, moral, civismo e o que mais existir que permita formar uma pessoa respeitosa, gentil, plena de sua cidadania, que entenda que em locais coletivos o comportamento deve ser diferente daquele que eles podem ter em suas casas.

Mas não. Políticos querem agradar segmentos sociais objetivando primeiramente seus votos…

JOSUE MECENAS

Gerson tem toda razão. O povo baiano em especial o soteropolitano, tem uma relação ambígua com o seu semelhante. Por vezes é capaz de tirar a camisa em te emprestar num momento de apuro, se você pedir uma informação é até provável que leve você até o endereço solicitado, mas, há um sentimento de que ser mal educado é um direito de cada um:

1) Som em volume estridente, sem qualquer respeito às leis;

2) Motoristas agressivos e irresponsáveis. Ao cometerem uma ilegalidade no trânsito, por mais absurdo que seja, elevam o dedo médio para quem reclamar;

3) Indelicadeza é marca registrada dos baianos. A qualidade do atendimento no comércio é sofrível a tal ponto que o governo fez uma campanha há alguns anos ressaltando este aspecto.

Quer um exemplo clássico do trânsito? As rotatórias (ou rótulas) em Salvador NÃO funcionam. Nunca é respeitada a preferência do veículo que já adentrou a rotatória. Será que os baianos aprenderam em um código de trânsito diferente?

Sou baiano, soteropolitano, amo a Bahia e não vou me mudar daqui, mas, não adianta tapar o sol com a peneira. Em sua grande maioria o baiano é mal educado. Ou encaramos este problema ou vamos continuar perdendo turistas;

    Renato

    E pode colocar nessa lista, mentirosos. Em um resort famoso, (sendo que 15 dias antes da minha chegada, tinha encomendado uma banheirinha para poder dar banhos na minha filha de 6 meses) eu tive uma dificil luta de 6 horas para arrumar uma banheirinha. E apenas consegui quando coloquei a gerente do lugar contra as paredes ameaçando a realizar o check-out.
    E nesse período de 6 horas, cada funcionário do lugar, fazia um teatrinho, inclusive com falsas ligações. Usavam o telefone e fingiam que na outra ponta existia alguém.
    Adorei João Pessoa, Natal e Fortaleza, mas o estado da Bahia, só por cima e de avião.

    Kilimanjaro

    Então ta bão Renato turistão, esse é o problema da Bahia, os turistas… ande paulista féla da p…

    VLO

    Engana-se quem pensa que Fortaleza é diferente. Se acha que sim, é porque não mora aqui. Os motoristas mais mal-educados que já vi. Um abuso atrás do outro. Qualquer um para o carro aonde quer e fica conversando sem respeitar os que estão atrás. Calçada aqui é estacionamento e os que tomam conta dos carros consideram-se donos das ruas e das calçadas. As ultrapassagens são feitas de forma totalmente incorreta e a maioria invade a faixa de pedestre. E ai de quem reclamar, está sujeito a ser agredido ou até mesmo morto. A moda aqui é ter carros grandes (SUVs) que ocupam mais de uma vaga e interrompem as calçadas por causa do tamanho. A maioria das pessoas tem carros mais caros que os próprios apartamentos ou casas. O importante é mostrar grandeza. As vendedoras deixam muito a desejar: atendem mal e não aceitam que você discorde ou reclame.
    Quando saí daqui 30 anos atrás, era uma terra de gente pacata, cumpridora da lei, hoje isso virou uma selva. E a culpa não é toda da administração não, é, principalmente, da população de classe média.

    Maurício

    Renato, os resorts que se instalaram na Bahia são gerenciados por estrangeiros e tem gente de todo o mundo trabalhando, não só baianos. Mas achar que isso é motivo para rotular a Bahia como um lugar de ser ver "só por cima e de avião" é ser muito limitado numa discussão tão séria.

@lucasvazcosta

Minha cidade não se torna perfeita tão somente por ser a minha cidade. Parabéns ao Gerson Carneiro pela capacidade de "autocrítica" ao apontar as mazelas de Salvador.

O bairrismo pelo bairrismo só gera atraso. Apontar os defeitos de um lugar não é o mesmo que xingá-lo de forma despropositada.

O tipo de coisa que o Gerson relatou ocorre em praticamente todas as cidades brasileiras. Todos sabem disso. A diferença é que "para fins de consumo externo" alguns insistem em esconder os defeitos de suas respectivas cidades. Parece com aquele negócio: "eu posso falar mal da minha família, maltratá-los, mas os de fora não".

Como natural de uma outra cidade turística do Nordeste, Fortaleza, e morador de Recife (o carnaval vem aí), sei bem do que o relato do Gerson Carneiro não é uma peculiaridade de Salvador. Doa a quem doer, é a verdade.

_Rorschach_

Gerson,

Essa foto aí do carnaval (com os brancos "protegidos" dos negros) foi um das imagens mais marcantes que vi nos últimos tempos.

Mari

Interessante que no final do ano fomos almoçar em um restaurante de Salvador com a família toda, inclusive com duas crianças e um bebê. O restaurante estava cheio e desocuparam duas mesas, só que no meio delas tinha uma mesa ocupada por um sujeito que estava almoçando sozinho. Ocupamos as duas mesas vazias e ficamos esperando ele desocupar a sua, sabe o que ele fez quando percebeu que precisávamos da mesa? Terminou de almoçar, pediu um café, tomou lentamente o café, quando acabou o café pediu um sorvete, tomou vagarosamente o sorvete, depois que terminou o sorvete pediu uma água, o que ele podia fazer para atrasar a sua saída ele fez. Sabe pinto pequeno que quer desfrutar seus 5 minutos de poder na vida, foi assim. E nós ali com cara de paisagem para não dar holofote ao que ele estava fazendo, porque ficou claro que era exatamente o que queria. Ficamos absurdamente estarrecidos porque em Brasília é costume ao nos verem com carrinho do lado da mesa parcialmente desocupada, nos convidarem para sentar e até se apressarem para sair para dar a vez. Infelizmente, alguns baianos de Salvador foram realmente contaminados pelo espírito de porco.

    Mari

    Eu, a Mari do episódio do restaurante, não tenho nada a ver com a outra Mari "revoltada" com o texto. Acrescento um dado ao meu comentário, toda a minha família é da Bahia e eu mesma morei 3 anos em Salvador, mas só quem já rodou pelo Brasil e tem outras referências percebe que realmente existe um código de conduta de alguns baianos de Salvador.

Eduardo Di Lascio

O ser humano é deprimente.

FrancoAtirador

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.
O sonho é ficar rico.

Para atingir esse sonho, basta querer.

Já que querer é poder.

E EU só sei conjugar o verbo na primeira pessoa do singular.

Portanto, sai da minha frente que EU quero ficar rico.

Foi assim que a Rede Globo me ensinou.
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.

Fernando

Não é um problema de Salvador ou do Nordeste brasileiro.

É da América Latina.

E a culpa disso é do fatídico ano de 1492.

Bahia não é a terra da felicidade « andradetalis

[…] Transcrevi trechos […]

Mari

Oxente Gerson, você é mesmo baiano? que é isto companheiro? Sou baiana e enxergo a Salvador como outros olhos, Há muita cois a ser feita? Há, somente o governo é responsável por tudo de ruim que existe hoje na Bahia? Não. Veja bem: O estudant e foi espancado no Rio ao defender o mendigo sendo agredido por jovens de classe média alta, em são Paulo homoxessuais são agredidos da mesma forma, em Londres o ano passado hove quebra quebra e saques, o povo carioca, o paulista ou o Londrino pode ser julgado por estes atos, claro que não, estes comportamentos são inerentes da sociedade moderna e acontece em todos os lugares, falar mal da Bahia num momento delicado como é este é no mínimo insemsibilidade e oportunismo.

    Gerson Carneiro

    Mari,

    Não me recordo de tê-la visto aqui antes mas digo que aqui tenho participado de debates sobre problemas e fatos das mais diversas cidades e regiões do País, e por vezes do mundo.

    Não estou "falando mal" da Bahia. Estou relatando fatos, acontecimentos, constatações, da minha terra querida. Seria eu injusto e hipócrita se fingisse não perceber os problemas da Bahia e procurasse evitar falar sobre. É meu dever, como baiano, falar sobre os problemas da minha terra, justamente sim, nesse momento delicado. Porque em nenhum outro momento de "felicidade" não vi nenhum baiano falando o que precisa ser dito. Então aqui estou para carregar a minha cruz e seguir o meu calvário. E é bom que o coro aumente para que autoridades e nós possamos mudar para melhor a realidade da Bahia, e não esconder seus problemas.

    insensibilidade não é. Terminei o texto revelando tristeza. Oportunismo, talvez possa ser. Afinal, guardei em mim por muito tempo essa tristeza. Chegou a hora de exteriorizá-la.

    Um abraço, e seja bem vinda.

    "Fiéis são as feridas feitas por quem ama, mas os beijos de quem aborrece são enganosos."
    Provérbios 27,6

    Mari

    Pois é acompanho os blogs e os seus comentários sempre sensatos e oportunos, concordei com todos eles até agora, mas falar mal do povo baiano, foi de oportunismo sim, figuei indignada tanto quando lí os comentários de Mayara.

    Gerson Carneiro

    Mari,

    Eu já previa reação como atua. O que para mim é uma reação absolutamente normal.

    E os demais comentaristas estão sendo civilizados e educados. Admitem até com franqueza que em suas respectivas cidades acontece o mesmo.

    Mas para finalizar, vou te dar um exemplo de uma coisa que eu vi acontecer apenas na Bahia. Em Sergipe, ao lado da Bahia, eu afirmo que não acontece isso que vou contar. De tão absurda, parece até piada. Mas não é piada. Aconteceu comigo, em Salvador.

    Estava eu e mais duas pessoas caminhando na orla entre Rio Vermelho e Barra. Paramos para tomar água de coco. Compramos três cocos. Por sorte, a água do meu coco estava estragada, salgada. Falei com o rapaz que a água estava estragada na intenção natural de que ele abrisse um outro coco para mim. Qual foi minha surpresa o moço disse:

    – Eu não tenho culpa. O coco estava fechado. Não tinha como eu advinhar que a água estava estragada.

    Tentei explicar que eu estava comprando e se o produto estava estragado, independentemente da culpa ser dele ou não, era obrigação dele substituir. Meu Deus, é uma coisa básica na relação vendedor/comprador. E trata-se de um coco, nada de valor mais significativo.

    Ele insistiu na argumentação dele e não abriu outro coco. Sorte que eu estava com dinheiro trocado. Paguei dois cocos e fui embora. Se eu tivesse pago antecipadamente certamente ele não iria nem me devolver o dinheiro.

    E eu não estou dizendo que todo vendedor de coco da Bahia proceda dessa forma. Esse talvez tenha sido o único que assim agiu. E talvez tenha sido apenas aquela a única vez que o fez. Por algum motivo tenha resolvido agir daquela forma naquele momento.

    O que eu quero dizer é que esse tipo de comportamento eu não vi em nenhum outro lugar que já estive, e arrisco dizer que não verei. Mas é algo que é possível acontecer na Bahia.

    Agora imagine um visitante tendo a sorte de passar por um a dessa. Aí sim, ele vai embora “falando mal da Bahia” e nunca mais volta.

    A Mayara é uma pessoa que talvez jamais tenha pisado na Bahia. Falou aquelas bobagens por indução. Eu estou falando de experiências vivenciadas por mim. Torço e desejo não mais ter tais experiências para relatar.

    Mari

    Muito bem, estou sendo classificada como uma baiana de fato "mal educada", enquanto todos os comentaristas, não educadissimos, concordam com você, obrigada, sou baiana de coração, e não gosto que falem mal da Bahia, e do seu povo, deixo isto prá os outros e isto inclui você, e outra coisa não é desculpar os nossos erros com o dos outros, é classificar uma cidade e comportamento do seu povo por alguma atitute de alguem mal educado ou oportunista, isto é generalizar.

    Gerson Carneiro

    Vamos combinar assim: você está certa e eu estou errado. E a amizade continua.
    Abs.

    Glauco Lima

    Você não tem argumentos e aí faz o quê? Parta para o ataque.
    Típico…

    Maurício

    "Em Sergipe, ao lado da Bahia, eu afirmo que não acontece isso que vou contar." Gerson, você não pode afirmar o que não sabe meu caro. Vou te contar uma daqui de Aracaju que parece mais piada que a sua história. Eu, minha esposa e uma turma de casais, estávamos em um bar e pedi ao garçom bolinhos de bacalhau, o cidadão trouxe bolinhos de charque. Minha esposa que não viu o que eu tinha pedido pois estava conversando com uma das amigas, pegou um e mordeu, reclamou pq eu deveria ter pedido de bacalhau já que ela não gosta de charque. Pois bem, chamei o garçom e pedi que trocasse pq o pedido tinha vindo errado. Sabe o que ele me respondeu? Que ele trocaria se eu devolvesse o pedaço comido pela minha esposa. Pois é velho, isso acontece em qualquer lugar. Então só faça afirmação se conhecer mesmo o que estiver falando ou o lugar de que esteja falando. Caso contrário com certeza falará bobagem.

    Gerson Carneiro

    "Oxente Gerson, você é mesmo baiano?"

    Aliás Mari, ao me dirigir essa pergunta você acaba revelando o que eu denuncio no texto. Você insinua que o verdadeiro baiano daria um jeito de não revelar as mazelas da Bahia, de camuflá-las. E não tem que ser assim. O verdadeiro baiano deve assumir e combater as mazelas da Bahia. Só assim poderemos chegar perto do que seria a terra da felicidade. Do contrário, será daqui pra pior.

    Jamais poderemos amenizar ou justificar nossas mazelas com as mazelas dos outros.

    Fernando

    Mas não é questão de ser baiano, é que quando você escreve essas coisas está fazendo o jogo da direita contra um governador progressista como o Wagner.

    Gerson Carneiro

    A realidade está escancarada, aflorada.

    Como é que você vai esconder do mundo os vídeos que estão no youtube dos saques que ocorreram em Salvador nesse motim da PM? Simplesmente permanecendo calado? Vai resolver o problema?

    Como eu disse, cenas que remetem ao Haiti. E que se repetirão na primeira oportunidade que houver, caso a realidade sócio-cultural da população não mude para melhor.

    Não importa quem seja o atual governador. Não posso negar a realidade simplesmente porque o governador é o Jacques Wagner do PT.

    O objetivo não é proteger ou derrubar o governador. Que o governador tome conhecimento dos problemas da Bahia e trabalhe para erradicá-los.

    Dane-se a Direita. Minha preocupação é com a Bahia. Se nossa realidade sócio-cultural melhorar a Direita não terá oportunidade para tripudiar.

    Gerson Carneiro

    E outra Leandro,

    Por que tenho que esconder a realidade e proteger o governador Jacques Wagner dos ataques da Direita se quando eu estiver caminhando na calçada sou eu quem correrá o risco de ser atropelado ou apanhar se reclamar? Ou de ser tratado com a gentileza que fui tratado no aeroporto. Seria burrice da minha parte.

    Na lavagem do Bonfim em janeiro de 2007, percorri os sete quilômetros da Igreja de Conceição da Praia até o Bonfim. Na ida, fui ao lado da comitiva do Jacques Wagner. Protegido pela segurança dele e rodeado de fotógrafos. Jacques Wagner acabara de ser eleito Governador da Bahia. Na volta, Jacques Wagner voltou de helicóptero e eu voltei a pé, até a região portuária onde foi possível pegar um taxi. Sob orientação de não tomar ônibus que passasse no bairro Uruguai aonde estava acontecendo assaltos aos ônibus que vinham do Bonfim.

    Brinco que alí foi minha primeira decepção com o Jacques Wagner.

    Mari

    Não se trata de denunciar mazelas, ninguem é contra a isto, quando você diz que foi agredido no Rio Vermelho ou num estacionamento, sugere que Salvador é uma cidade violenta e todo o seu povo mal educado, e aí forma-se opinião, e os preconceitos, veja os comentários. Moro em Salvador,, ando por Salvador, tenho comércio em um bairro popular de Salvador e não me sinto como você. E não concordo que o governo Wagner é incopetente ou responsável por todas as mazelas da Bahia, o buraco á mais embaixo. Você não falou como um baiano nordestino mais parecia paulista preconceituoso. (veja bem não todo o povo paulista, só o preconceituoso)

    José Ruiz

    Tenho para mim que essa postura de negar os problemas, muito comum entre os baianos, foi plantada pelo ACM, algo como "ame-a ou deixe-a"… os baianos (em geral) odeiam críticas e adoram algumas insanidades como "Salvador é a melhor cidade do Brasil"… acredito que essa falta de visão crítica é que favorece o ambiente para os problemas atuais..

    Luca K

    Gostei de vc ter tocado nesse assunto Gerson, a FALTA DE EDUCAÇÃO do brasileiro, ainda q talvez não tenha sido esse seu objetivo.(vc foca a situação de Salvador). Não conheço Salvador, da Bahia conheço apenas algumas praias do sul do estado. Mas posso garantir a vc o seguinte; o que vc observa, a truculência e falta de educação dos seus conterrâneos é algo que se encontra em toda cidade brasileira! Está claro pra mim que há uma queda acentuada de civilidade, respeito e cidadania em todo país. O padrão, q sempre foi ruim, está a despencar. O pior é que ninguém se dá conta; não vejo as pessoas se tocarem, não vejo governo fazer campanha pela educação, respeito às regras,etc, nem em esfera federal nem estadual. Podemos observar o fenômeno em todas as classes sociais e nas mais diferentes situações. A selvageria dos brasileiros torna o dia a dia muito mais estressante. Até quando o sujeito sai pra se divertir passa raiva. Mesmo em lugares como cinemas e teatros!!! Eu pessoalmente estou sempre em guarda e, como nunca fui de levar desaforo pra casa, vez por outra o bicho pega… pra mim a falta de respeito e educação do brasileiro estão intimamente ligados com a desonestidade, venalidade e corrupção q presenciamos diariamente nesse país. Ora, o cara folgado que tomou teu carrinho e ainda teve a cara de pau de te dizer q o mundo eh dos espertos, se esse FDP um dia tiver oportunidade de cometer um crime de colarinho branco, ele o fará. O mundo eh dos espertos, fique esperto! Como o ilustre Rui Barbosa, Baiano, disse:"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." A verdade é que no Brasil reina um baixo nível de civilização, algo muito disfuncional. A essa altura, precisamos do governo fazendo campanha por boas maneiras na mídia, no ensino básico e fundamental. Os pais precisam voltar a disciplinar seus filhos, estão a criar monstros e bandidos. Vejamos aqui o nível de civilidade do "amável" povo brasileiro no trânsito, primeiro em SP e depois Curitiba;
    [youtube HvPJR1DfIUs http://www.youtube.com/watch?v=HvPJR1DfIUs youtube]
    [youtube xTsBL611hBA http://www.youtube.com/watch?v=xTsBL611hBA youtube]

    Luca K

    O de Curitiba tá aqui, houve repetição do vídeo de SP acima;
    [youtube xTsBL611hBA http://www.youtube.com/watch?v=xTsBL611hBA youtube]

    VLO

    Luca K, concordo que a educação do brasileiro teve uma queda considerável nas últimas décadas, mas você me desculpe discordar de você em um ponto: tenho 57 anos, venho de um família simples que subiu na vida graças ao estudo e ao trabalho. Meus avós e meus pais só tinham o curso fundamental. Nossa família sempre respeitou as pessoas e o ambiente. Revoltamo-nos contra as injustiças e a arrogância de muitas pessoas e nunca foi preciso que qualquer governo fizesse campanha para que a gente se comportasse e pensasse dessa forma. Aprendemos a ser assim com nossos avós, pais, tios, tias, professores e com os bons livros que lemos. É isso que falta hoje.

    Maurício

    Gerson, o problema é que você generaliza. Eu também tenho outra visão de Salvador, principalmente com relação a atendimento, acho muito bom perto do que sofro por exemplo em Aracaju onde moro, que por sinal é uma delícia de cidade e o fato de ser mal atendido com frequência não vai me fazer mudar de opinião. Mas cada um tem sua visão com base no já viveu. Você deve ter tido experiências ruins. Só não pode querer transformar sua visão na verdade absoluta e na referência da cidade de Salvador. Veja por exemplo um cidadão que comentou que não gosta da Bahia porque um resort prometeu "uma banheirinha para poder dar banhos na sua filha de 6 meses". Cara nem vou entrar no mérito de que os resorts que se instalaram aqui são gerenciados por estrangeiros e tem gente de todo o mundo trabalhando, não só baianos. Mas você acha que isso é motivo para ele rotular a Bahia como um lugar de ser ver "só por cima e de avião". Muita calma nessa hora meu caro.

incondicional

Talvez o que está se passando na Bahia, particularmente, seja resultado de décadas de governos truculentos da Arena/PDS/DEM, Antônio Carlos Magalhães o mafioso-mor chegou a dar um chute na canela de um correligionário porque este chegou atrasado ao aeroporto, imagina como ele tratava os adversários. E ele mandou na Bahia mais de 20 anos, e ainda têm influência cultural através do controle de TV/rádios/jornais, isso impregnou na população local.

Pedro

Por favor, não chorem, pois o carnaval sempre foi carnaval sem abadás e sem turistas. Candeia tinha razão quando se manifestou contra a elitização do carnaval. No Rio, quando as escolas de samba se transferiram das ruas para o sambódromo o carnaval deixou de ser do povo e passou a ser da prefeitura e da LIESA. Na Bahia, os abadás é o símbolo da apropriação da cultura popular pela elite. Na época em que a elite dançava foxtrot em salões e ouvia jazz, samba era coisa de negro vagabundo, macumbeiro e feiticeiro. Agora, que eles entendem o valor econômico (mas não o cultural) de tal manifestação se apropriam da mesma e ditam as regras. E nós, com o desejo de um dia também sermos elite, para fugir de toda e qualquer discriminação, aceitamos sempre tal condição. Assim, a população perde a posse daquilo que é de sua criação e tem um valor cultural grandioso. Que o carnaval volte a ser espontâneo, com base no improviso e, sem qualquer preocupação com padrões ou estética pois, a princípio, a estética é elitista e segregadora. Por fim, os baianos deveriam comemorar o carnaval sem os turistas e, assim, fazer seu próprio carnaval.

leandro

Num editorial no "O Globo" de hoje, vejo o jornal apoiando o governo baiano e contra a greve.

Gerson Carneiro

Taí o carnaval da exclusão. No meio uma faixa branca.

<img src=http://historiaspraboiacordar.files.wordpress.com/2012/02/apartheid_salvador.jpg>

Paulo

Como em todo o Brasil, a Bahia é terra de contrastes. Mas esses contrastes são mais mimetizados pela mídia. As péssimas condições de vida que da população que não reside nas belíssimas mansões de Lauro de Freitas ou da Costa do Sauípe dificilmente são mostradas. A imagem da Bahia se sustenta na alegria do carnaval para os que podem pagar por ele, na baiana vendendo acarajé (sorridente aparecendo no Jornal Nacional) e nas belas paisagens. Enquanto isso, os habitantes do seu vasto interior padece das mesmas mazelas que os interiores dos demais Estados do Nordeste passam: a carência de serviços básicos de saúde, educação e acesso à alimentação. O mesmo vale para as zonas periféricas da capital e Região Metropolitana. E o que dizer da "fantástica" obra do metrô que parece nunca terminar…

Sandro Pasarelli

A Bahia nunca foi a terra da felicidade, uma terra caracterizada pela entrada de africanos escravizados, não dá pra ser da "felicidade"………………….esses rótulos comerciais só servem pra iludir turistas…………..ou para iludir os próprios brasileiros, como aqulele slogan: "brasileiro não desiste nunca" que serve pra nos convencer que somos naturalmente sofredores(fudidos, isso sim)………

    Africa Valens

    Boa analise, Sandro.

Marco haurélio

Estou em São Paulo há sete anos, atuando no mercado editorial e divulgando a literatura de cordel, da qual sou cultor. Baiano do interior, só conheci Salvador em 1991, quando tinha 16 anos. O noticiário local só tratava de homicídios. O Pelourinho (e todo o centro histórico) à época era sujo e mal-cuidado. O abandono visava à posterior privatização, com a expulsão dos moradores. Eu, baiano, tinha de ouvir muitas vezes: "É a primeira vez que vem à Bahia". Lembrei-de de Gregório de Matos e sua "Cidade da Bahia" e de Jorge Amado, em "Capitães de Areia". Sempre penso em voltar para o Nordeste, e Salvador (a Cidade da Bahia) era uma das opções. Mas o abandono de que fala o Gérson, e o apartheid eterno, depõem contra a capital ndo nosso Estado. Uma coisa é certa: algo precisa ser feito, e com urgência.

Murdok

Tudo isso é triste, muito triste. O que vai ser de nós? O resumo disso é a violência latente, que estão inclusive politizando a mesma.

Caracol

Prezado Gerson, vamos aprofundar um pouco a sua análise, talvez eu não vá dizer novidades, mas ao menos pode te servir de consolo, mesmo reconhecendo que é um consolo bem FDP.
O caso da Bahia é realmente muito triste, e isso porque na minha cabeça, e na de muita gente, a Bahia era uma esperança. Acredito que o grande Darcy Ribeiro pensaria assim também, se levarmos em conta que lá estava o cadinho onde se misturava e se formaria, de maneira saudável, o que ele chamava de “raça brasileira do futuro": um povo amante e cultivador dos valores que valem a pena na vida: o respeito ao próprio corpo, ao espírito, à música, à comunicação e alegria inter pares, à diversidade harmonizada, ao mutirão e a uma intensa comunhão com a Natureza.
No advento da derrocada desses valores na alma brasileira a Bahia não está sozinha. O processo de colonização – desta vez… “muderna” – os valores importados dos monetaristas alucinados, de uma competitividade insana e destrutiva alimentada pelo capitalismo assassino e pelo neoliberalismo, representada pelo espírito Big Brother (a antítese do Mutirão), toda essa parafernália alienígena que nos foi empurrada goela abaixo e cu acima com a ajuda de uma “mídia” prostituída está sufocando o que nós brasileiros temos de melhor, e isso se passa em todas as cidades do nosso país. Surpreendemo-nos com a Bahia porque de S.Paulo nada diferente se poderia esperar. No entanto, independentemente de governos partidários, a merda é generalizada, o vírus tomou conta.
A mistura dos fatores mencionados acima mais a ação da patifaria nacional representada pelos seguidores da Lei de Gerson (o outro), redundou numa matéria explosiva que arrebentou com a nossa ainda infantil cultura brasileira, e já a matou enquanto estava nos cueiros.
Embora não te sirva de consolo, saiba que a queda da Bahia é apenas o sinal de que a vaca foi pro brejo.

trombeta

De saco pra mala, ontem, asssistindo o noticiário e vendo a confraternização do general que comandava a operação de cerco aos policiais bandidos que estão chantageando a sociedade firmei a convicção que o povo brasileiro tá fudi…. com essa gente, não duvido que tudo acabe em lua de mel em Itaparica.

Quanta diferença quando o outro lado eram jovens idealistas de esquerda que lutavam contra a ditadura e eram chamados de terroristas e mortos sem dó nem piedade por essa mesma turma que cantava parabéns ao general aniversariante.

leandro

Não se surpreenda não. Isso é assim no país todo. Um paradoxo, se a situação do povo melhorou e a renda subiu, porque a violência tá aumentando tanto no Brasil?

Gilberto

Fico triste com o post… triste por perceber verdade em seu conteúdo… baiano da cidade baixa, da peninsula itapagipana, nascido no bairro do uruguai, me entristeço com a mudança de atitude da população de minha amada Salvador…

É um rocesso complexo… nossa música está ruim… axé music, até o termo não tem "jeito" baiano, uma "cultura" totalmente descartável, que agride pessoas em suas letras… "astros" da musica baiana produzidos em massa e para a massa cosmopolita.

que saudade de Moraes Moreira (que não é baino), e seu carnaval feliz… o carnaval baiano substituiu alegria por euforia… um periodo de expurgo, as pessoas vão para o carnaval exorcisar seus demonios e os deixa na avenida… antes iam comemorar a alegria e deixavam esse sentimento no circuito do carnaval.

tinhamos Caribé, Calazans, Gilberto Gil, Cayme, Caetano… Gil ainda nos traz alegrias e orgulho, os outros ou morreram ou nos envergonham….

temos um metrô de superficie que só nos envergonha… irei levar minha filha (4 anos) para dar uma volta no plano inclinado… as coisas antigas da Bahia são legais.

mas, o que sobrou da Bahia? até o 2 de julho estão nos tirando… a 10 anos a maioria dos baianos sabia a história do 02 de julho de 1823… de como os baianos venceram a guerra e conquistaram a independencia do Brasil…umano antes 07 de setembro de 1822, foi proclamada a independencia… mas só um ano depois e com muita guerra ficamos independentes… estão nos tirando isso.

a familia real veio ao Brasil e ficou na Bahia, o imperio nasceu aqui… tb não se fala mais nisso… a revolta dos malês… ninguem sabe do que se trata.

estão re-escrevendo a história segundo os interesses das cidades maiores, das corporações do capital… a TV nos enche de porcarias sobre os baianos… antigamente a TV mostrava uma caricatura de um baiano… hoje mostra o exemplo do que o baiano deve ser para "ser descolao". ó pa í ó

é triste vê que meus filhos vivrão em uma Bahia diferente da que eu vivi… hoje meu dia vai ser triste

    Gerson Carneiro

    Outro dia passando pelo Pelourinho, alí perto da Cantina da Lua, ouvi e vi um guia apontando para um prédio velho abandonado e dizendo: aqui funcionou a primeira faculdade de medicina do Brasil.

    Naquelas condições, sinceramente eu não mostraria e não diria isso pra turista nenhum, teria vergonha.

    Se foi a primeira faculdade do Brasil era para estar funcionando e ser modelo. Ser motivo de orgulho não porque foi, mas sim porque seria ainda a primeira.

Frederico Oliveira

Há 8 anos moro no Rio e, a cada visita a Salvador, só sinto que piora. Muito triste. De fato, a falta de direitos a que a maioria está acostumada cria esse comportamento egoísta a que Gerson se refere. Eu também me sinto muito intranqüilo nas ruas de Salvador, o que não acontece no Rio. Meus conterrâneos desconhecem completamente o que seja cidadania, o que só me dei conta quando de lá saí e fui percebendo que também não conhecia. Não sei onde isso pára, a ver.

maxz

A PM na Bahia ganha o piso de quase 2.500 reais ainda querem pec 300 e insalubridade ? quer moleza senta no pudim !! Isso é exército né xou da xuxa não !! insalubridade no exército era só o que faltava !! vai vender pipoca então !!!

Mario Santos

Minha Salvador, seus polítcos, gestores e autoridades são o reflexo do seu povo. Gente que quer tirar vantagem em tudo, o vendendor de coco, a baiana de acarajé, o flanelinha, o taxista, o cambista, o feirante, o açougueiro, o falsificador de passes no transporte coletivo, o mecanico, o fiscal de transito corrupto, o artista que manipula o desfile do carnaval, o garçom, grileiros de áreas urbanas, o policial corrupto, o profissional de saúde que faz corpo mole, o professor que finge dar aula, o servidor público envolvido com máfias de licitação e pasmem até pais e mães-de-santo…hahaha

Se do lado fraco da corda a podridão está totalmente enraizada imaginem no Legislativo, Executivo e Judiciário?

Hiro

Palavras corajosas do autor.

Francisco

A policia baiana sempre foi (excessivamente) politizada. Quem conhece sabe dos confrontos entre policia civil e militar e da imensa gama de oportunistas que lideraram esses movimentos e depois viraram deputados e vereadores.

Dito isto resta o fato: dois dias sem policia e já estamos todos mergulhados numa sociedade pós apocalíptica, entrincheirados dentro de casa, saqueando, matando uns aos outros. Isso aí não é obra da greve. Me parece ser resultado dessa engenharia de séculos: como bestializar o povo brasileiro?

Cadê ACM Netto? Cadê painho?

Djalma Araujo

Sou Baiano e orgulho muito , moro na cidadevde Goiânia alguns anos aqui me fez um bom baiano não vou a Salvador a muito tempo, não mim sinto empogado pelo pelo lixo cultural produzido na Bahia Ivete e companhia, minhas viagens a Baahia resume ao sertáo , chapada Diamantina e suas veredas as Cantorias do bode veio Elomar é melhor é um alento aos sonhos perdidos.

Lu_Witovisk

É, saí de Curitiba, pq achava o "ser" curitibano típico elitista, egoísta, fútil, vazio e cruel, além de xenofobo e nazista. Cada vez que vou até lá, só confirmo que as coisas estão piorando. Agora lendo vc, Gerson, falando assim de Salvadô, ôoo que me bateu um desalento. Eu culpava a latitude, a falta de sol, o excesso de frio e chuva, pensava: onde tem mais sol, o povo deve ser mais feliz, menos rabugento, o calor os obriga a ir pra rua, convivem mais, devem ser menos egoístas. Mas pelo que li, o mal que se alastra é outro, é esse do tal mundo dos espertos. Que pena, to triste por vc e por mim, que tinha a ilusão que o mal era culpa do clima.

    Daniel

    Eu sou de Curitiba, e particularmente gosto do clima daqui. Mas o povo é realmente cruel com qualquer coisa que fuja do “padrão europeu”, ou seja, “loiro de olhos azuis e rico”. Dificilmente você verá um curitibano falando abertamente que não gosta de um nordestino na cara de um nordestino, mas é fácil ver o desprezo que escorre do olhar do curitibano ao olhar para o nordestino.

Polengo

Em São Paulo já tenho essa sensação há uns 10 anos.
E quando você acha que não pode piorar, sempre tem um jeito.

Renato

Credo que baixo astral, meu povo, passei a vida inteira ouvindo que baiano é preguiçoso, agora é preguiçoso e esperto, e não tá certo, quando é que vai tá certo meu rei, quando a Bahia virar Reino Unido, cheio de frog e garoa, neve e rainha…Agora baiano ganha mais, há maior distribuição de renda e outras coisitas mais, e tudo isto passa pela educação mas ela vai ser a longa prazo, Leve o bem para onde quer que seja por mais enraizado que ele esteje ( Chico Xavier) .Você que é baiano não desista da Bahia. Aqui em Curitiba o pau também come….Prestem atenção como vai ser a resposta dos Curitibanos…

    Africa Valens

    boa Renato

AFRFB09BA

Por que será que não tem nenhuma bandeira do PSOL, PT ou PSTU aopiando a greve dos PMs?

Onde está a coerência? Ou será que apanharam, tanto dos policiais em outras greves que ficaram com raiva?

O melhor do Brasil durante e pós Lula é que muitas mascaras caíram e estão caindo.

Tanto da esquerda quanto da diretia.

Seria impensável imaginar que um dia a Globo criticaria uma privatização e o PSOL e PSTU não apoiariam uma greve contra o governo.

Richard

Discordo do texto, a Bahia e, especificamente, Salvador continuam belos. Conheço Aracaju e João Pessoa. São cidades menores, mas com os mesmos problemas, em potencial, daqueles verificados em Salvador. Portanto, os problemas de Salvador não específicos de lá. São problemas do nosso país como um todo. Violência, miséria, corrupção, desrespeito a direitos básicos de cidadania. Isso é Brasil. Pra quem for para Aracaju, João Pessoa ou outros "paraísos" procurem conhecer suas periferias. Em João Pessoa, por exemplo, "rola" uma prostituição infantil lascada por aquelas ruas e avenidas um pouco mais escuras que as brilhantes avenidas das orlas por onde desfilam turistas estupefactos.

dukrai

João Pessoa e Aracaju são duas rocinhas amistosas porque são quase bairros de Recife e Salvador, a 120 km e 280 km de distância, respectivamente. É nas grandes cidades que o pau está quebrando, com grande crescimento populacional e especulação imobiliária, além de outros fatores econômicos agravando as já precárias condições de vida da classe de baixa renda. A greve da PM baiana serviu para romper o precário equilíbrio desta panela de pressão e demonstrar um aparente poder de controle social policial muito longe da realidade, mas enfrentado com vigor pelo Estado, governo estadual e central, pela sua capacidade de provocar graves danos sociais e forte impacto político eleitoral. É isto que mobiliza os órfãos de Toninho Malvadeza, a extrema direita apeada do poder na Bahia e o PIG.
Isto não tira as razões do seu desencanto e desalento, nós também sentimos o mesmo e dá até nome para um dvd do Chico Buarque, "Chico ou O País da Delicadeza Perdida, com um texto maravilhoso de Arlindenor Pedro " Para reencontrar O país da delicadeza perdida.
06/02/2012 http://www.outraspalavras.net/2012/02/06/para-ree
abs

Paulo Ricardo

O que me deixa esperançoso é saber que não é uma situação irreversível. Salvador ainda pode ser diferente!

cidadao decepcionado

É triste mas é verdade. A realidade é muito pior do que o artigo. Meu pai é negro. Fico a vontade para falar nao sao todos mas uma boa parte dos negros aqui na bahia ficam inventando palhaçada pra branco ri. Depois morrem de cachaça, drogas e fome. Todo carnaval é assim, dança disso e daquilo. O turista vai embora e a miseria fica. Em salvador as pessoas fazem tudo nas ruas: de sexo as necessidades fisiologicas, as ruas estao lotadas de lixo. Afora a orla a cidade do salvador está horrível. Aventure-se a andar pelo centro historico, numa daquelas ruas transversais, durante o dia ou à noite pra ver se tu nao vai ser assaltado. E o atendimento no comércio, a má vontade, o desprezo. E a mendicancia, toda hora aparece alguém pedindo. Ja fui abordado em tom de intimidação dentro de uma igreja por um sujeito que queria me obrigar a lhe dar dinheiro.

Marcia

Estou vendo é o velho preconceito se manifestando num blog progressista.

    Gerson Carneiro

    Há diferença entre VER e ENXERGAR.

sergio

Lamentável, mas, é verdade, o Carnaval é para turistas, pior é o centro Histórico abandonado.

EVERALDO BRAGA

Você está descrevendo os hábitos dos cariocas.

Márcia

Gerson, esse negócio de desfile de blocos ter cordas em si já é uma demonstração da exclusão. Só fui ao Carnavald e Salvador uma vez. Para nunca mais. Aquelas cordas da exclusão foram demais pra mim

Raimundo

Passou num programa dominical, não me lembro quando aconteceu, dez carteiras contendo uma nota de 50 reais e um papel com o nome do dono, foram propositadamente colocadas estrategicamente em vários locais de algumas capitais brasileiras, entre elas Salvador. Que por sinal foi a única que não houve nenhuma devolução.

niveo campos e souza

A Bahia está uma vergonha!!!!!
Falta pulso e sobra esperteza.

Niveo Campos e Souza

_spin

A grande imprensa manipula a questão da greve da PM na BA para que, assim, Pinheirinho seja posto de lado e caia no esquecimento. A velha mídia ignora que, em se tratando de governo de esquerda e direita há sim formas de lidar com a questão da segurança. Segue trecho de artigo publicado na Carta Maior, logo abaixo o link para o texto completo, o artigo é de 2008 mas atual, talvez seja o caso de se discutir essa diferença como esquerda e direita lidam com o problema:

ESQUERDA: a violência é efeito de condições precárias e, portanto, o combate à

violência se faz pela melhoria das condições de vida da população / com maior justiça

social.

Em relação à mesma questão, o posicionamento de direita considera que os

homens são divididos entre “honestos/bons” e “delinqüentes”

2

(essa divisão seria

natural, até condicionada geneticamente…) e que os “delinqüentes”, por perturbarem a

ordem pública, devem ser (duramente) punidos, isolados do convívio social – versões

mais radicais preconizarão sua eliminação, através da pena de morte. O mesmo assalto é

visto dessa posição como uma perturbação na ordem social (além de uma violação de

direitos individuais), e, portanto, deve ser reprimido. Podemos representar esse

posicionamento pelo enunciado

DIREITA: a violência decorre de fatores naturais, portanto, o combate à violência se

faz por meio da ação repressiva do Estado para garantir a ordem social e eliminar ou

isolar os que não a respeitem.

Complementando a diferenciação básica proposta por Bresser-Pereira, pode-se

dizer que, na questão da segurança pública, para a direita prevalecem os valores

concretos (a propriedade, a tranqüilidade no cotidiano dos cidadãos de bem e o bemestar de suas famílias); para a esquerda, prevalecem valores que a direita considera

abstratos, utópicos (justiça, igualdade, cidadania, direitos humanos).

A partir da década de 1980, com a crescente falta de segurança pública nas

cidades brasileiras e a chegada de partidos de esquerda ao poder em algumas prefeituras

e governos de Estados, a esquerda vê-se diante de um tema imposto: precisa discutir o

papel da polícia, do aparelho repressor do Estado, propor respostas mais imediatas à

violência. Tal tema é imposto no sentido de que faz parte historicamente de projetos de

governo, mas também (em sentido menos técnico) porque não era discutido (ou melhor,

não havia propostas de medidas “concretas”) pela esquerda brasileira como oposição: a 111a a a

– Jornada Internacional de Estudos do Discurso 27, 28 e 29 de março de 2008

306

marginalidade era explicada como conseqüência de desigualdade e se solucionaria com

justiça social. A urgência em atacar o problema da violência fez com que ele fosse

objeto de propostas de combate direto, e não apenas através do ataque a suas causas,

como na conjuntura anterior.

Nessa nova conjuntura, as propostas da esquerda e da direita ainda podem ser

discernidas (por exemplo, é mais típico da esquerda falar mais em prevenção e em

polícia inteligente / científica, e menos em repressão e cadeia, o avesso do discurso da

direita).

No entanto, pelo menos um episódio se tornou “memorável” (especialmente por

ser bastante polêmico). Quando José Genoíno foi candidato ao governo de S. Paulo (em

2002), chegou a utilizar a expressão “rota na rua”, embora insistisse que se trataria de

uma medida extrema, conjuntural. Mas, como se tratava de uma expressão estreitamente

ligada a Paulo Maluf, expoente da direita, imediatamente a proposta do PT foi

considerada ou de direita ou oportunista (o episódio não será analisado aqui; é

relembrado apenas para deixar claro que a diferença entre os discursos da direita e da

esquerda é claramente perceptível, e que há uma memória à qual eles são ligados).

Vejamos, agora, como essa memória irrompe na sdr e, em seguida, no domínio de antecipação

http://www.dle.uem.br/jied/pdf/DIREITA%20E%20ESQU

damastor dagobé

façam um pequeno e simples experimento que vão entender o que é Bahia e perder todas as ilusões de pequenos burgueses tolos e "humanistas": selecionem os sites e blogs de cada um dos dez maiores municípios do estado e deem uma passada lá de vez em quando durante uma semana; não precisa mais.
leiam as noticias olhem as fotos que todos eles publicam..não vou adiantar aqui nada do que vão ver..se o fizer sujeito-me a uma verdadeira tsunami de acusações tolas de preconceito contra nordestinos, de má vontade contra a parte mais carente e oprimida da população brasileira; como se eu – que moro na Bahia por opção e amor à terra e a seu povo – fosse uma Mayara Petruso qualquer..É uma tsunami de tolice, mas nem por isso menos tola…

Sada Akiyama

Gerson está correto. E o governador Wagner preguiçoso e conversador é a sintese da esperteza baiana. Antes esse titulo quem mais merecia era o oportunista e embusteiro Caetano Veloso.
Bahia hoje se vangloria das Danielas, Ivetes, Chicletes e tantos outros que produzem sociedade de espertos com mente vazia, promovendo festas para "gente bonita" (entenda-se quem tem dinheiro e fala apenas banalidades), promovendo ostentação na terra em que o governador Wagner gasta sem chamar força Militar trinta milhões dos cofres publicos para que meia duzia de proprietarios de camarotes e blocos cantando e tocando o que eles chamam de musica , explorando pobres, ganhem em cinco dias valores da ordem de dez a trinta milhoes cada um.
É herança de carlismo fascista, e hoje aperfeiçoado por Wagnerismo conversador.
Realmente imbecil é o pobre que vai tentar brincar correndo atras do trio, apanhando sem saber porque ,,exatamente dessa policia que se encontra em greve, mas que no carnaval estarão a postos para garantir que essa gente de posse se divirta e ganhe milhões em cinco dias.
Os turistas brasileiros que tem consciência fariam grande favor para o Brasil e para a Bahia ,se entendessem e denunciassem a violencia contra pobres na Bahia, e não contribuisse para essa violencia social implantada por Caetanos e Ivetes da vida, e patrocinada por Wagners e Joaos Henriques.

Messias Macedo

… A memória carlista mais as experiências acumuladas nas portas das greves(!) produziram no PT baiano uma descomunal ojeriza ao diálogo patrão/empregado, uma espécie de fobia irracional às [lídimas] demandas reivindicatórias dos trabalhadores, especialmente em relação aos servidores públicos estaduais… O desprezo, a chacota, a enrolação despudorada e cínica, o viés autoritário, a falta de memória atinentes aos processos de luta empreendidos em recente passado oposicionista… O caldo de cultura a explicar – ainda que parcialmente – os melancólicos e estapafúrdios fatos surreais que estão acontecendo na Bahia…
Com a palavra o célebre e saudoso educador Paulo Freire: "O grande perigo de uma revolução é que ela ocorra sem uma prévia conscientização – os oprimidos de ontem reproduzirão as [nefastas] condutas dos seus antigos opressores." (Muitos destes opressores passarão a ser aliados, e o povo [os trabalhadores] continuará sendo os oprimidos de sempre)
NOTA ACAUTELATÓRIA: ainda que a derrocada do carlismo não significou uma revolução! Longe disto…

Mais do que nunca, triste Bahia! Onde veleja a embarcação da malvadeza…

Bahia de 'Nois' Bananas [enrolados nas palhas da traição!)
Messias Franca de Macedo

Diego Lós

Desatualizado…

João Pessoa hoje é a segunda capital mais violenta do país, perdendo apenas para Maceió!

E enquanto ao Recife, não é uma maravilha, mas dá pra andar tranquilo sim! Em relação à segurança pública, a diferença é gestão e compromisso de um governo com o seu povo. A Bahia sempre escondia seus índices de violência para não baixar os números do turismo e deu no que deu. Não trabalhou com a verdade e não enfrentou os problemas. O contrário de Pernambuco! Apesar de todas piadas e pilhérias de mal gosto que ou ouvi, eu só desejo sorte e sinceridade aos baianos para enfrentar os seus problemas sociais. Parar um pouco com esse marketing forçado, né?

Jaime Guimarães

Pois é, uma pena que as coisas estejam neste ritmo em Salvador – e poderia ser o ritmo do Ilê, da boa música que essa terra tanto revelou para o Brasil e para o mundo. Hoje o que faz sucesso em termos musicais por aqui é um pagodão com letras pra lá de duvidosas… mas relatos assim devem ser divulgados.

Salvador tem muitos encantos, sim, mas tem que sair da ilusão de que ainda é aquela das letras de Caymmi.( tradição é importante, claro, e ninguém prega que não sejam mantidas – mas as políticas públicas daqui não ajudam muito – na verdade não ajudam nada. Os governantes da cidade acreditam no marketing da "Terra da Alegria" como suficiente para atrair turistas e trabalhar a auto-estima da população. Pobre Salvador, pobre Bahia!)

Jaime Guimarães

Pois é, uma pena que as coisas estejam neste ritmo em Salvador – e poderia ser o ritmo do Ilê, dos Novos Baianos, da boa música que essa terra tanto revelou para o Brasil e para o mundo. Hoje o que faz sucesso em termos musicais por aqui é um pagodão com letras pra lá de duvidosas…

Salvador tem muitos encantos, sim, mas tem que sair da ilusão de que ainda é aquela das letras de Caymmi.( tradição é importante, claro, e ninguém prega que não sejam mantidas – mas as políticas públicas daqui não ajudam muito – na verdade não ajudam nada. Os governantes da cidade acreditam no marketing da "Terra da Alegria" como suficiente para atrair turistas e trabalhar a auto-estima da população. Pobre Salvador, pobre Bahia!)

Tarcio Bicalho

Gerson você esta "meio" certo na mInha opnião.
Não conheço a BA, a não ser por turismo,
mas morei 4 anos no Recife, e posso lhe dizer que
Este comportamento não temos por Lá, temos a normal, igual
Que por SP onde moro atualmente.
Valeu!!

Gerson Carneiro

Há muito tempo vinha guardando isso, não queria magoar o povo baiano, mas não poderia esconder essa realidade.

É triste.. e a mulata da Globo segue pelada, rebolando e cantando "vem! pra ser feliz".

    Mari

    Não se trata de magoa, e sim de preconceito, e voce foi sim, quando generaliza e julga todo um povo por comportamento de poucos, melhor tirar o chepéu de couro e se solidarizar com aquela moça que queria afogar nordestino é o mesmo pensamento. está desencadeando uma onda de gente concordando e descendo o sarrafo em baiano,

    Gerson Carneiro

    Você quer que eu (baiano com propriedade para falar sobre o assunto porque sou a vítima do que relato) esconda os problemas da Bahia.

    Já disse que não esconderei.

    Luca K

    Que besteira vc escreveu hein Mari!

Cândida

Gerson
Console-se. Isso não é só em Salvador. As grandes cidades brasileiras – e Salvador é uma delas- estão todas assim. Aracaju e João Pessoa são cidades menores e os seus moradores ainda guardam a afabilidade e gentileza que era comum encontrar em todo nordeste.
E o pior: não se vê sinais de que essa tendência vá reverter.

    Nadja

    Cândida isso não é consolador …é desespeador.
    Sou de Recife e aqui também está assim… as pessoas andam tensas, tá cheio de malandro feito o do carrinho do aeroporto citado por Gerson, poucos conhecem as palavrinhas mágicas "com licença","por favor" ou "desculpe"… cabe a nós aqui nunca esquecer das pequenas ações que fazem a diferença e passar pros nosso filhos e tentar mostrar as pessoas que estão perto de nós… Amar uma cidade como Recife ou Salvador não é nada fácil…
    MASSS DAQUI NÃO SAIO…rsrs

    Gilberto

    quanto menor a cidade… mais sincero o Bom Dia

Mariana

Ele tem razão. Falam que um dia, no Rio, o morro vai tomar o assalto. Mas antes que isto aconteça, SSA irá explodir por conta das razões sociais. O povo conhece a história, conhece o povo baiano e está cagando e andando porque sempre teve a polícia mais truculenta do país.

Mas isto não será suficiente se não se fizer o que deve ser feito. Se não agirem, quando aquilo lá explodir, veremos cenas piores do que se viu com os PMs bandidos.

ma.rosa

Solidarizo-me com vc. gerson e tbm me entristece saber que a Bahia que eu conheci e pela qual me apaixonei esteja assim tao mudada. O que é feito daquele povo alegre, feliz e amável que lá habitava?

    genital lacerda

    'O que é feito daquele povo alegre, feliz e amável que lá habitava?' ããããããããããããããããã????
    esse povo voltou para o bando de Lampião e Maria Bonita, e continua aparando bebês que são jogados para o ar e empalados na ponta da peixeira ao cair…esse saudosismo de um passado idílico que nunca existiu a não ser na cabeça de pequenos burgueses tolos e românticos é tudo que não se precisa para entender os tempos atuais…

Gerson Carneiro

Você já foi à Bahia, nego? Não! Então NÃO vá. Se você for à Bahia, nego. Nunca mais vai voltar.

    Ricardo_Alves

    caro gerson assim voce me mata. Venho fazendo viagens de carro em minhas ferias conhecendo este nordeste lindo, tando o litoral como o interior, so falta conhecer fortaleza, canoa quebrada e jeri em 2013 e salvador e as prais do norte e do sul e com extensao tao grande o planejamento e 2014, 2015 so para a bahia, Este ano faco fernando noronha, natal e joao pessoa, sendo que natal e joao pessoa ja estive por la em 2010 e volto para fazer um passeio mais completo. veja voce que sempre passo pela bahia e vou subindo sempre pulando e deixando para depois, la no fundo eu tenho medo de salvador sempre estou lendo relatos da violencia no pelourinho. Nao sou o tipo de turista de camarao e cerveja, hotel e operadora, sou daquela que fica 10 dias no minimo na cidade, vivo seu cotidiano,vou a farmacia, shoping, bares, feiras, chegando a circular mais de 1000k dentro da cidade.O meu plano de conhecer todo o nordeste em 10 anos nao estara completo se nao conhecer salvador…. nao me desanime.

    Nedi

    Estive uma vez em Salvador (sempre tive vontade de conhecer). Uma coisa boa que percebi é que o negro me pareceu altivo…mas foi só. A televisão (as transmissões do carnaval baiano, amauri jr, etc) chegou a Salvador. As pessoas ganharam a "alma do sul maravilha". Taí a grande tragédia.

ZePovinho

O nordeste está se "turisficando"(é a palavra da moda),Gerson.Belas praias estão virando negócios e sendo poluídas sem o menor pudor.É do jogo.Esse imenso patrimônio não ia ficar intocado para sempre.É a maneira mais fácil de ganhar dinheiro sem investir muito.
Uma pena que,como sempre,os nordestinos fiquem com os piores empregos e a oligarquia com os lucros(uma parte menor,claro) dos empreendimentos que os gringos trazem com eles para a região.
Hoje em dia,quando conheço um lugar bonito no nordeste,não digo para ninguém.Pode ser "turisficado" e virar mais um inferno do século vinte e um.
O Zé Povinho(Ela trabalha na casa do ZePovinho.Resolvi pagar uma faculdade privada para ela,que vai cursar História se espelhando na minha patroa) já percebeu a natureza do "game":se você respeitar as regras,termina pobre e abandonado.
Existe uma bomba prestes a explodir no Brasil.Quando o setor de segurança pública pára,o Brasil real aparece como uma pororoca:uma torrente de fúria sem métodos na ânsia louca de ocupar espaços.
Uns dizem que é a tal "violência"- adjetivo genérico que esconde a imensa dívida social do Brasil para com os mais desvalidos e que realmente seguram a carga tributária nas costas; ouvindo(com muita raiva,mas sem entender) uma cambada de empresários vagabundos,sonegadores e ladrões do Tesouro dizer que sofrem com o "Custo Brasil".É de doer mis cojones(em espanhol por causa da Aninha Zortea).
O tal "Custo Brasil" é a iniciativa privada medieval do Brasil,com suas empresas fazendo o fluxo de caixa em relação íntima com os contratos de terceirização com os governos.
Como dizia Sérgio Buraque de Holanda(um dos fundadores do PT),o povo do Brasil é muito melhor do que as elites.É até mais bonito e mais forte,porque misturado.
Se os brasileiros tivessem a chance de ter seu negócio(ao invés de carregar nas costas uma plêiade de empresários vagabundos),teríamos de verdade o tal "choque de capitalismo".O resto é oligarca vagabundo com empresa montada para roubar os cofres públicos.
Parafrasenado meu amigo Assalariado: SAUDAÇÕES SOCIALISTAS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    Gerson Carneiro

    Em Natal-RN, na praia, quiseram cobrar em dolar uma água mineral, de mim.

    Tive que colocar meu chapeu de couro para mostrar que eu sou baiano, em que pese minhas características físicas e meu sotaque não ter nada a ver com gringos. Mas era só exploração mesmo.

    Africa Valens

    gente, que loucura.

    joni

    Sempre ouvi pessoas dizendo: explore o turismo, não o turista. Em Ubatuba, SP, os locais onde se pode estacionar, nas praias, delimitados pela prefeitura, e cobrados pela COMTUR, não são estacionamentos com infra estrutura e cobram(oficialmente) R$ 10,00 do turista. Então, a "coisa" não é localizada.

Viviane

Fiquei muito triste na última vez que fui ao pelourinho, vi vários rapazes e moças expondo-se para agradar os gringos que lá estavam. Fiquei com a sensação de que a opressão histórica dos escravos, apenas tinha mudado de aparato.

    damastor dagobé

    vc teve coragem de ir ao pelourinho???? ao menos se fosse no péneguinho!!!!!!!!!!!!!

Dão Ferreira

Como bahiano de Bom J. Lapa, tenho que concordar com muita tristeza com o conterrâneo Gerson. Há pouco mais de dois anos estive em Salvador e tive dissabores parecidos com esses.

luciana mendonça

concordo q criaram leis próprias por lá. A fama de baiano é de briguento e bom de murro. E é c estas qualidades q as coisas por lá sao resolvidas. "O carrinho do aeroporto" fica pra quem tiver mais biceps e bater melhor.

    Gilberto

    isso é um fenomeno nacional… falta de educação é comum em São Paulo, Brasilia, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador…

    o que mudou?

    mudou que a falta de educação sempre foi restrita a classe média, e classe "A"… a população mais humilde sempre foi mais elegante, mais gentil… sempre foi o povo, o popular, que deu ao soteropolitano e ao carioca a fama de bem receber…

    ocorrer que esse povo cançou de ser diferente e emula a classe "A" em tudo, desde a compra de tênis caros até a rispidez com que trata as pessoas;

    quanto menor a cidade, mais cincero o bom dia

Julio Silveira

Engraçado como são as coisas, nasci no Rio, enquanto lá morei era chamada de terra dos espertos, saí de lá fazem muitos anos. Hoje resido no RS, minha percepção daqui é que ocorre situação similar. Parece que a esperteza, que bem caracterizaste como baixa cidadania, é um mal brasileiro.
Talvez por isso a politicagem esperta seja a que nos governe.

    josué

    Isso é resultado da aculturação novelesca da Globo. Todo brasileiro, de norte a sul, é doutrinado pela programação global. Ninguém escapa.

    Silvio I

    Julio Silveira:
    Do povo saem os políticos. Si o povo e de expertos os políticos também será experto.
    E viva os expertos,e assim estamos!

    Richard

    "saí de lá FAZ muitos anos"

    Julio Silveira

    Obrigado professor xarope.

    Richard

    De nada ignaro.

    Sandro Pasarelli

    Tem toda razão , cariocas se acham melhores, bahianos se acham melhores, paulistas se acham melhores, gaúchos se acham melhores………………….e todos acham europeus e estadunidenses melhores……………….quanta pobreza……………ah, quase esqueci, todos odeiam argentinos….

macz

A polícia não respeita a lei , vai respeitar o cidadão ??

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