Estudantes querem saber: quando é que vou ganhar dinheiro na rede?

Tempo de leitura: 4 min

por Luiz Carlos Azenha

É uma pergunta frequente, nas palestras que faço por aí.

Jovens jornalistas, jovens que pretendem ser empresários ou que já são microempresários, de mídia ou não, querem que eu diga quando eles vão ganhar dinheiro na internet.

Diz-se que a rede é o grande equalizador, que basta você ter uma boa conexão de banda larga — mesmo que seja numa lanhouse — para competir em igualdade de condições.

Hoje, no Brasil, isso é uma ilusão para a imensa maioria, diria eu.

Primeiro é preciso qualificar: a existência de lanhouses não garante que a grande maioria dos brasileiros tenha acesso a internet suficientemente rápida e de forma ininterrupta que tocar um negócio através da web.

Existem, sim, algumas exceções, mas não são a regra. Frequentar lanhouse envolve um custo significativo e o mesmo vale para quem quer trabalhar em casa: é preciso pagar o equipamento e a conexão.

Sim, eu sei, as novas tecnologias de informação rebaixaram enormemente os custos para montar um negócio, jornalístico ou não.

Mas, a não ser que você tenha uma ideia genial que não envolva produção/estoque/venda/entrega e cobrança, é forçar a barra dizer que a mera existência das novas mídias cria um campo de negócios em que todos possam competir.

Acesso a capital, portanto, continua sendo tão essencial quanto antes. A não ser que você ganhe na loteria, receba herança ou seja de família rica, precisa de dinheiro para tocar o negócio. Para muitos significa dupla de jornada de trabalho.

Muito embora o acesso a empréstimos no Brasil tenha melhorado muito nos últimos anos, ainda estamos longe do ideal. Os candidatos a pequenos empresários precisam oferecer bens como garantia para obter empréstimos. O capitalismo dos ‘pequenos’ envolve, portanto, riscos relativamente muito maiores. O capitalista corre o risco de perder seu capital. Você corre o risco de perder a casa!

Se uma grande empresa tem capital para manter uma equipe de advogados e para se desvencilhar dos trâmites burocráticos — para não falar do poder de pressão — o que dizer dos jovens empresários?

Dito isso, falemos especificamente do mercado para jornalistas na rede.

Há dinheiro neste negócio que justifique tentar a sorte por conta própria?

Por enquanto, não.

A não ser pelos anúncios do Google, hoje adotados por um grande número de blogs e sites — este, inclusive –, anúncios aleatórios escolhidos pelo Google para casar com o conteúdo publicado, não há nenhuma outra forma de renda constante para um blogueiro em início de carreira, até porque os anúncios do Google dependem de um tráfego de visitantes que ele ainda não tem.

Portanto, também aqui, não há um campo equilibrado.

Como escreveu o publicitário Maurício Machado, há distorções no assim chamado ‘livre mercado’ que são responsáveis pela gigantesca concentração das verbas em alguns grandes grupos de mídia, verbas muitas vezes públicas, já que as três esferas de governo controlam as maiores verbas publicitárias do Brasil.

E os grupos que hoje recebem estas verbas, muitas vezes, exercem um verdadeiro terrorismo para garantir que tudo continue como está. Qualquer ameaça, comercial ou ideológica, ao modelo concentrador, é tratada, no extremo, com assassinatos de reputação.

Há mais um aspecto a considerar, neste caso específico para jovens jornalistas ou estudantes que querem garantir a própria sobrevivência na internet.

Se fazem isso ainda empregados, correm o risco de não ter acesso às ferramentas que poderiam utilizar para promover seus próprios negócios.

Praticamente todos os grupos de mídia exercem controle sobre o uso que seus funcionários fazem das mídias sociais, como blogs, facebook, twitter.

Como escreveu Leandro Fortes, neste texto, existe um caráter de controle ideológico nisso.

Mas há uma questão comercial, também: quem é que vai arriscar o emprego por causa de um post no blog que pretende transformar em seu futuro negócio? Qual o grau de liberdade que pode ser exercido por um jornalista sob estas condições?

Mas, sem o emprego que garante a atividade paralela, qual a perspectiva de sobreviver na rede?

Bem, se você tiver ou conseguir dinheiro privado, por exemplo, para investir em seu próprio negócio jornalístico na rede, sem que o empréstimo limite sua capacidade de produzir conteúdo — o que é, digamos, raro –, se eu fosse você investiria em um blog local ou regional, para aproveitar os buracos deixados pelas grandes mídias na cobertura local, especialmente considerando que os grupos regionais quase sempre estão conectados a um projeto político reprodutor do ‘pensamento único’.

Essa concentração regional é fortemente incentivada pela ausência de leis que limitem a propriedade cruzada, ou seja, que impeçam o mesmo dono/grupo de controlar emissoras de TV, jornais e emissoras de rádio locais.

Temos, portanto, no Brasil, mecanismos fortemente enraizados para promover e manter a concentração do poder político, do dinheiro e da mídia nas mãos de alguns, tanto na esfera federal quanto na local.

Isso não deve servir de desalento a nenhum de vocês, jovens estudantes, jornalistas ou empresários.

É apenas a constatação de que, para sobreviver exclusivamente de negócios na rede, especialmente os ligados à atividade jornalística, não basta querer, ter boas ideias e trabalhar duro.

É preciso ao mesmo tempo lutar por acesso a financiamento a custo baixo, pela pulverização das verbas publicitárias e de fomento e por limites à propriedade cruzada.

Ou isso ou vamos continuar na toada daquele antigo slogan, usado durante o governo Sarney:

Brasil, Tudo pelo Social.

Quem não couber use o de serviço.

Leia também:

Laurindo Leal: Internet amedronta os poderosos

Ignacio Ramonet: Novos desafios diante dos jornalistas


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Comentários

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“Quando vou ganhar dinheiro na rede?” | Viva Marabá Pará Brasil

[…] “Quando vou ganhar dinheiro na rede?” var cid= 3970; Tweet (function() { var s = document.createElement('SCRIPT'), s1 = document.getElementsByTagName('SCRIPT')[0]; s.type = 'text/javascript'; s.async = true; s.src = 'http://widgets.digg.com/buttons.js'; s1.parentNode.insertBefore(s, s1); })(); 0 comments Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo: […]

Roberto Locatelli

Fundamental ter uma conta no Google Analytics. É um serviço gratuito que monitora detalhadamente as visitas ao seu site. Além disso, ele aponta soluções para aumentar as visitas e o tempo de permanência.

Al Jazeera: As mídias sociais bombam no Brasil | Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Estudantes querem saber: dá para ganhar dinheiro na rede? […]

Estudantes querem saber: quando é que vou ganhar dinheiro na rede? | OCOMPRIMIDO.COM

[…] Estudantes querem saber: quando é que vou ganhar dinheiro na rede? Escrito por Thigo em set 16, 2011 em TARJA PRETA | Sem comentários por Luiz Carlos Azenha, do VioMundo […]

dukrai

num desses cursos aí, de marquetíngue, sei lá, o prof pediu pros alunos uma ideia pra ganhar dinheiro rápido e um deles bolou fotografar motoristas numa estrada, levantar o seu endereço e encaminhar a foto com um boleto de pagamento de multa por excesso de velocidade. tô pensando numa versão virtual rs

Pedro Luiz Paredes

Isso eu não sei; mas como a lua de mel entre a Dilma e o PIG acabou, acho melhor ela começar a dar mais atenção para a internet.
Parece tarde pois os termos de compromisso já foram assinados para atrasar a expansão da internet que teríamos nos moldes do governo Lula, fazendo-as de competência das Teles do Bernardo.
Boa jogada das Mídias, atrasaram no mínimo "mais" 3 anos a internet pra todos (sem contar a zona rural), e no mínimo "mais" 6 a banda larga de verdade, para alguns). Daqui uns 30 anos teremos a mesma banda larga igual a do Japão de hoje!
Crescimento sustentável para o Brasil; crescimento fenomenal de lucros para as empresas do setor!
Yupiii!!!!

Carlos

Ninguém pensa em trabalhar aqui não ?

Sugiro que sentem em suas casas e joguem na Megasena religiosamente.

As chances de ganharam dinheiro é a mesma.

Paulo Monteiro

Esses dias vieram em meu comércio (mobiliário p/ escritório) um casal que vão abrir um negocio interessante, a idéia basica deles é assim, hoje em dia a moda é o cara ser seguido nos sites de relacionamentos, ser bem popular etc..eles dizem que niguém ganha nada tendo varios seguidores, o que eles propoem aos cadastrados no sites deles que tiverem maior seguidores, ganhar brindes, que vão desde motos, carros e etc..e sem sorteio, foi mais visitado ganha! Dessa forma o site deles vão ter muitos acessos onde eles poderão vender os anuncios. Acho similar aos blogs famosos como esse…bom se vai dar certo só esperando pra ver!

Hans Bintje

Azenha:

Não entendi seu longo discurso.

Afinal, esses "jovens jornalistas" têm o que dizer sobre as comunidades onde vivem ou não?

Na minha área de atuação, estou vivendo uma situação ridícula: o pessoal está reclamando do preço dos maltes, vindos do exterior e cotados em dolar, enquanto existem plantações de cereais ao lado das cervejarias!

A minha esposa fez o que deveria ser óbvio: falou com um fazendeiro vizinho para comprar algumas sacas de grãos.

Se um "jovem jornalista" fica trancado em casa e não sai para a rua procurar notícias, como ele imagina que vai prosperar na profissão?

Nesse meu exemplo, tolo que seja, ele teria pelo menos dois grupos de leitores: teria divulgado uma necessidade dos cervejeiros e anunciaria a disponibilidade dos fazendeiros. Faria um relato honesto e ganharia nas duas pontas.

Se eu fosse contratar um jornalista, novato ou veterano, o teste decisivo não seria conhecer o que a pessoa pensa da Dilma ou saber qual a opinião dela sobre o Obama. Proporia uma redação:

– Caro Jornalista, escreva a respeito do bairro onde mora.

Noventa e nove porcento dos candidatos iriam ser descartados nessa redação porque nem sequer notam a existência da padaria da esquina. E perceba que nem me daria ao trabalho de corrigir eventuais erros de português.

    Carlos

    Falou tudo.

Eudes H. Travassos

Engraçado que um post tão relevante quanto este suscitou realmente a possibilidade de se ganhar ou não dinheiro com um blog. Eu oprefiro que este espaço tenha outro objetivo que não o lucro, afinal, de mercado já bastam os neoliberais e seus efeitos agonizantes.
Mas não se pode apontar o dedo para os estudantes, o que está por traz é o projeto neoliberal que para nossa infelicidade não está apenas na politica econômica e institucional, ele se infronha naquilo que Altusser relendo Gramisc chamou de aparelhos ideológicos dao capital, escolas, imprensa, empresas cinematográficas….etc. Assim, um estudante de uma faculdade de jornalismo não está aprendendo exatamente a fazer jornalismo, formar opinião, e tudo aquilo que se espera de um bom jornalismo, mas sendo preparado para atender a lógica do mercado de informação ou seja, aprender a transformar de forma mais eficiente a notícia em uma boa mercadoria. Eu acho isso anti-vida.

    Luiz Carlos Azenha

    Estamos falando em sobrevivência, Eudes. Em ganhar para ter liberdade de expressão ampla, se não absoluta. abs

Alexandre Felix

Se a principal preocupação dos jovens jornalistas, ou futuros jornalistas é ganhar dinheiro na net…estamos lascados. Mesmo assim, acredito que a originalidade ainda é o caminho para isso. Agora, buscar uma lacuna nas entranhas do mercado capitalista é uma tarefa para Hércules…boa sorte!

Social e de Serviço

Em minha modesta e talvez ingênua opinião, diria que:
1 – Toda a galera que já ganhou e ganha dinheiro com a mídia tradicional (jornais e outros bichos) não foi com a venda de jornal na banca, não é mesmo?

2 – Quem é o principal anunciante neste país ? Dou-lhe uma, dou-lhe duas… sim, vai para a galera que falou 'governo federal'… (Ou muito me engano?)

3 – Resumindo: vamos inserir no marco regulatório recursos do Estado brasileiro para blogues (e outros bichos) públicos (não confundir com estatal)… Utopia? Bom, vai pensando aê…

    Roberto Locatelli

    Exatamente! O Governo federal é o grande anunciante. E as regras para anunciar engessam totalmente as opções. O Governo não pode, simplesmente, deixar de anunciar na Veja, por exemplo. A lei não permite.

    Por isso, é preciso lutar para que a lei de publicidade pública inclua a mídia digital.

    Adendo: é preciso retirar, da lei das S/A, aquela parte que obriga as empresas a publicarem balanços "em veículos de grande circulação". É ridículo. Alguém lê aqueles balanços de página inteira? Quanto custa uma página inteira na Folha? Quem quiser ver balanço, baixa o pdf no site da empresa.

Moacir Moreira

Olá, Azenha e demais amigos leitores e comentaristas,

Na minha opinião, os estudantes deveriam se preocupar em aprimorar o intelecto e cultivar o espírito de solidariedade e amizade entre os povos, pois isso sim se converterá em um patrimônio para toda a vida.

Dinheiro é consequência e nunca objetivo.

Com o fim do capitalismo acaba também o jornalismo publicitário e a tendência será a criação de grandes agências públicas de notícias onde os jornalistas serão admitidos por meio de concurso.

Escrever blogs pessoais será, portanto, mera atividade lúdica.

Preparem-se para o novo mundo que se anuncia, caso contrário vão ter que aprender a plantar batatas.

Nem mesmo o magnífico Lula e sua afilhada fantoche serão capazes de salvar o capitalismo, diferentemente do que muita gente imagina e espera.

Abraços

    Paulo Geroldo

    Fantoche é quem se pauta pelo PIG.

    Caracol

    Pois eu acho, Moacir, que aprender a plantar batatas vai ser a melhor opção até mesmo para aqueles que pensarem em se preparar para o novo mundo que se anuncia.
    Eu já aprendi. Batata, couve, alface, tomate…

Polengo

Quem ganhava dinheiro na rede era o ACM.

    Marcio H Silva

    Poderia explicar, caro Polengo. não consegui captar a mensagem.

    Polengo

    Na rede, tomando água de coco, enquanto a gente trabalhava.

    Marcio H Silva

    eheheheheheh, entendi………

    dukrai

    morri de rir de vc virando "escada" do polenguinho kkkkkkkkkkkkk

    Marcio H Silva

    É realmente virei dede santana, um dos melhores escada do humorismo.
    Mas quando ele falou ACM ganhando grana na rede, lembrei da época que ele era Ministro das Comunicações, o que me arremeteu a pensar em rede de telecom. Nesta época ele ganhou o apelido de toninho malvadeza e queria lembrar de qual rede de telecom ele havia ganho grana. Mas valeu pela descontração….

    Gerson Carneiro

    rsrsrs… essa foi boa.

    Graaaaande Polenguinho!

Eduardo Raio X

Na TV futura uma das filhas da Globo(PIG) esta passando um documentário muito bom sobre a internet e suas implicações sociais, econômicas e políticas. Vale a pena assistir para conferir o que é perder e ganhar dinheiro na rede!

Roberto Locatelli

Então lá vão as dicas de um não-jornalista aos jovens jornalistas (ou não):

1) Abra um blog com algum dinheiro no bolso. Venda o carro, o violão, arrume emprestado.

2) Durante um ano, exerça a chamada educação financeira: economize, não indo a baladas, não comendo em restaurantes, não gaste em "besteiras". Tudo isso porque demora para um blog produzir dinheiro.

3) Compre um domínio próprio (R$ 30,00 por ano) e use o blogspot ou o wordpress. Assim, você pode ostentar o poder de ter um domínio www (por exemplo, http://www.meujornal.com.br) mas tem as facilidades de divulgação e de design do blogspot ou wordpress. Muitas empresas, escolas e outros espaços coletivos bloqueiam as palavras "blogspot" e "wordpress". Por isso, ter o seu domínio próprio é importante. Mas publicá-lo no blogspot ou wordpress, como dissemos, é vantajoso. Una o melhor dos dois mundos.

4) Coloque material novo TODO DIA. Pode ser comentário sobre notícias da grande mídia, mas é importante produzir notícia, saindo com seu smartphone, câmera, netbook ou o que quer que seja, e colhendo flagrantes do dia-a-dia, coisa que a grande mídia não faz. Para isso, invista tempo. Pelo menos 5 horas por dia, TODO DIA, inclusive sábados, domingos e feriados. Isso é bem menos do que as 8 a 12 horas diárias que são exigidas no mundo corporativo.

5) Escreva um eBook muito bom e ofereça gratuitamente a quem assinar sua newsletter. Essa newsletter tem que ser diária, muito boa mas resumida.

6) Venda espaço comercial em seu blog assim que tiver mil pessoas recebendo sua newsletter. Para isso, use o próprio serviço do Google.

7) Quando receber $$ pelo espaço comercial, compre um tablet da Apple e marque um sorteio entre os que já assinam ou passarem a assinar a newsletter.

8) Quando chegar a 100 mil assinantes, vá pessoalmente a agências de publicidade, imobiliárias e concessionárias de automóvel oferecer publicidade.

    Marcio H Silva

    Locatelli, não se ganha dinheiro na rede somente com blogs ( se é que ganham o suficiente para manter um padrão de vida bom ).
    Há outras formas, dificil é descobrir e o desafio taí para todos, mas, o cara do yahoo ficou milionário com seu pioneirismo, como também o do Napster, ICQ, facebook, google, orkut etc….
    A nível nacional quem ganhou grana foi o rapaz do cadê? e recentemente o cara do peixe urbano já tá com uma boa graninha e reinvestindo.
    Não é só grana, tem que ter uma ideia pioneira e ou inavodara. Além do investimento em marketing.

    Elias Freitas

    Quem quer REALMENTE ganhar dinheiro na internet tem que criar um site com "User Generated Content", traduzindo: Conteúdo produzido pelo usuário. Ou seja, um site onde você, o dono, não precisa criar conteúdo novo todo dia, os próprios usuários é que criam conteúdo. Exemplo: YouTube. Mas não vale copiar idéias surradas que já existem aos montes na internet, como criar mais uma rede social, pois as pessoas vão preferir as grandes que já existem. Tem que ser uma idéia inovadora, que ainda não exista igual na rede. E é bom aprender um pouco de programação, senão você vai ter que contratar um programador, e ele pode roubar a sua idéia…

    Luiz Carlos Azenha

    Roberto, vou tentar por este caminho…

    Marcia Costa

    Que aula de emprendedorismo, Roberto! Se eu fosse jornalista, iniciaria amnhã mesmo esse plano de trabalho. Meu sonho não é ganhar dinheiro, pois já tenho uma profissão estou próxima de me aposentar. Meu sonho é ter uma escola para ensinar e capacitar jovens que tem vontade (mas que não possuem recursos para pagar) de participar de um projeto de educação mais personalizada. Por acaso, vc não pode me dar umas dicas para mim?

    Roberto Locatelli

    Olá, Marcia! Clique no meu profile e mande um email. Não sei se sou tão capacitado assim para lhe dar dicas, mas como trabalho numa área ligada à Educação, quem sabe?

Nina

Mas eu amo o Brasil.

Lucas

Tô adorando essa série de artigos sobre novas mídias, Azenha. Bem meta, e bem informativo.

Alexandre

E pior: lanhouse infelizmente é um ótimo local para você ter seus dados roubados, de tão contaminadas por trojans e vírus que geralmente ficam os PCs de lá… Por isso defendo que todas as lanhouses deviam usar SÓ linux (várias já usam).

Nina

Gente, ganhar dinheiro nesse país? Tenho amigos no exterior e lá por ruim que esteja é melhor que o Brasil.
O melhor é se preparar e aprender bem o inglês porque se quiser mesmo ganhar dinheiro é lá. Eu estou me preparando muito e vou conseguir como minha amigas conseguiram. Se vocês acreditarem conseguem. Ninguém merece o Brasil né? Aqui só se passa raiva.A gente sabe que só é roubado todo dia pelos políticos e ainda é obrigada a votar.aff

    Paulo Geroldo

    Se é por falta de tchau, ADEUS!

    Edineuza

    Minha querida, porque você não vai inclusive se preparar lá? Usando um espaço que é dos brasileiros, é provável que seja uma universidade pública, né mesmo? Deixe o Brasil para a grande maioria dos brasileiros!

    dukrai

    eu sugiro a Grécia, Portugal ou Espanha rs ops esqueci dos USAdos

    Fábio Rezende

    Tchau, Nina.

    Gerson Carneiro

    PREPARADA???

    1,2,3… JÁ!

    Pode ir.

FrancoAtirador

.
.
Coitados desses jovens jornalistas empreendedores.

Sonhando em ser um Marinho, um Civita, um Frias ou um Mesquita.
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Francisco

Dinheiro na internet é que nem cabeça de bacalhau: deve ter, mas eu nunca vi. Bil Gates no Brasil, ia acabar trabalhando de moto-boy.

Douglas

Com relação a primeira parte do artigo, sobre serviços Web, o que eu acho que acaba "inflamando" as expectativas neste contexto, é que muita gente pensa logo em ficar "rico" com uma ideia de serviço Web que não lhe custe nenhum centavo, apenas tempo para faze-la… E não é bem assim que as coisas acontecem, não que seja impossível, mas também não é fácil. Não surge um Facebook, um Twitter ou mesmo uma Boo box a todo instante… Claro que se você trabalha uma ideia realmente boa e a executa da forma ideal, o sucesso pode estar próximo, mas as dificuldades são muitas… além de uma ideia (eu não diria genial, mas basta ser "inédita") você precisa ter muita persistência… Uma história legal e daqui mesmo do Brasil, é a história do Marcos Gomes, idealizador da Boo Box (publicidade em redes sociais) que já esta fungando nas costas do Google e seu Adsense aqui no Brasil… ele era estudante e ralou muito no código do serviço, hoje já tem até capital estrangeiro aplicado na empresa…
É bastante motivador: http://marcogomes.com/blog/

Rogério

Azenha
Achei muito interessante esse post do IV Avatar do Rio Meia Ponte: http://www.advivo.com.br/blog/iv-avatar-do-rio-me
Vc sabe alguma coisa mais sobre esse grupo Anonymous? Li em uma outra matéria que a idéia deles era ter como centro das ações no Brasil o Estado de SP. Et pour cause… Teriam idéias racistas e separatistas. imaginativos, não?

    francisco.latorre

    ned-cia. na parada.

    ..

    o lance é desqualificar a moraleira. hipócrita. e golpista.

    ou então. entrega logo a rapadura.

    ..

Fernando Garcia

"Noves fora", acho que a resposta que daria estes jovens jornalistas está aqui no site no post que traz a entrevista com o Ramonet: na "era da informação" o que temos é muita desinformação. O produto de alto valor hoje é a informação que preste, que seja qualificada e confiável (cuja fonte, na minha opinião, ainda está nas estantes das bibliotecas). A receita então seria: faça um site com informação qualificada. Invista (tempo, porque dinheiro do governo pra fazer pós-graduação é o que não falta hoje) profundamente em sua formação e divulgue um conteúdo qualificado. Mesmo que você não convença as pessoas a pagar pelo conteúdo, a fidelidade do acesso ao site atrai publicidade. Você não precisa fazer sozinho, veja quais são seus colegas sérios e quais estão atrás de um emprego de relações públicas. Acho que as possibilidade são várias e estão por aí mas, de fato, vão exigir algum tipo de jornada dupla por algum tempo.

Eudes H. Travassos

Isso é que dar tirar de pauta a utopia.

Gerson Carneiro

Ou seja, se alguém quer estudar jornalismo pensando em ganhar dinheiro, é melhor fazer um curso rápido de pastor e abrir uma igreja evangélica. Ou começar em uma dessas famosas como obreiro. É sucesso com garantia divina, e não paga impostos sobre a arrecadação.

    Rodrigo Leme

    Quem abre igreja evangélica acaba dono de empresa jornalística, né Azenha?

    Luiz Carlos Azenha

    Não 'discrimine' os evangélicos. Tem as emissoras católicas. Ou não?

    Panambi

    Azenha, arruma um teste no Show do Tom para o Trollzinho…não é engraçadinho??

    FrancoAtirador

    .
    .
    Esse aí não passa nem no teste da farinha.
    .
    .

    Rodrigo Leme

    A gente sabe a falta de capacidade das pessoas de se comunicar e debater quando recorrem ao lado pessoal. Quanto mais baixo o comentário, mais incapaz. Nota 10.

    Chicão

    Mas q cara chato.
    Querendo usar tabela para fazer criticas azedas ao Azenha.
    Oras, Record está muito mais verdadeira em seu jornalismo do que a empresa que te paga para ficar trollando nos blogs.
    E o Azenha é um dos melhores jornalistas do Brasil e não é censurado pelos patrões em seu blog particular.
    Vai lamber as botas do chapeleiro.

    Fábio Rezende

    Qual é, Chicão? O cara não criticou o Azenha. E o cara não está sendo troll: como disse o Carneiro, perdeu o ponto, mas não está sacaneando nos comentários. Nêgo intransigente é assim: se a parada não é conforme gostaria que fosse, é errado.

    FrancoAtirador

    .
    .
    É TROLL

    E fez uma ilação provocativa e desonesta

    características de um mau elemento.
    .
    .

    Rodrigo Leme

    Tão me pagando?!?!?!? Pra onde tão mandando o cheque??? Tou montando apartamento, a grana ia cair bem…

    Meu Deus, o pior é que o cara deve ser tão manipulável que ele realmente acredita nessas asneiras que lhe vendem de comentaristas a soldo.

    Rodrigo Leme

    Tem de praticamente todas as religiões, só que o Gerson falou de igrejas evangélicas, e eu quis mostrar como algumas ficam tão bem sucedidas que viram um dos maiores grupos de mídia do país (maior?).

    E algumas até dão a sorte de serem excluídas do "radar PIG", veja você.

    Leider_Lincoln

    Dão sorte ou não são golpistas? Se esqueceu que para ser "PIG" precisa do "G"? Você nã gosta de argumentar, gosta é de retórica…

    Rodrigo Leme

    O G podia ser de governista, chapa-branca, portal de serviços do governo…até pq convenhamos, essa rede é a única do Brasil que possui formalmente um partido político, da base do governo.

    Fico aqui pensando se quem defende a emissora do indiciado por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica (quantas contas da emissora seriam pagas assim?) a coloca junto quando fala dos males da concentração do setor no Brasil.

    Essa emissora parece ser imune a críticas do tipo, apesar de ser uma das maiores concentradoras do país. Sem contar, como já disse, as claras implicações de ser partido político tbm.

    Critica-se tanto a Globo por apoiar o PSDB…a outra É um partido político e parece imune a essa caçada. Talvez pq ela seja do PIGovernista.

    Eu imagino se o Irineu Marinho fosse indiciado por lavagem de dinheiro, a comoção que seria nesse e em outros blogs que ignoram a IURD TV.

    Gerson Carneiro

    Na minha opinião o Rodrigo Leme começou a sair do tema central do post. Então aqui começa a perder ponto. O meu comentário partiu de algo que considerei instigante e intrigante, mas não o é para discutir as razões de determinada rede de tv.

    Então, voltemos ao tema. Please.

    Vinícius Aires

    Você considerou instigante e intrigante perpetuar um esteriótipo preconceituoso, que condiz com a realidade em muitas igrejas, mas não em todas.

    Já falar de mídia, de corrupção da mídia (levantar um império com dinheiro de fiéis, se for verdade, não é corrupção?), de interesses político-partidários na mídia, hm, isso não é o assunto do post do Azenha, nem é o assunto deste blog, nem é um assunto pelo qual você se interesse, né, Gersão?

    Gerson Carneiro

    Caro Vinícius,

    Hoje é sexta, amahã é sábado e depois é domingo. Verei você mais calmo na segunda-feira , ok?

    Amanhã tem Ato contra a corrupção midiática às 14h00 no MASP, você vai? Eu vou.
    Abs.

    Vinícius

    Caro Gerson,

    Infelizmente não posso ir pois moro em Curitiba. Gostaria muito de estar lá com todos vocês, e pode crer que estarei em espírito.

    Às vezes estou calmo, às vezes fico calmo, às vezes acordo nervoso e às vezes reajo ficando nervoso; às vezes me descontrolo e sou agressivo, outras vezes eu só, pacifica e intensamente, dou vazão ao que sinto.

    Mas você, hoje, amanhã, depois, fazendo uma coisa boa ou uma coisa ruim, ou uma coisa neutra, tem preconceito contra mim.

    Nem por isso sou melhor que você. Você é humano e eu também. E por ser humano eu reajo. Por favor, entenda.

    Abraço de muito coração.

    Gerson Carneiro

    Preconceito contra tu? Oxe! Tá doidhjo?

    Tá querendo inventar um filme "Nunca te vi, sempre te odiei" ?

    Esse negócio de preconceito é interessante porque não tem uma alma viva sequer que não tenha lá seu saquinho de preconceitos.

    A Xuxa, que é Santa, acabou de dizer na tv que o pé do Pelé é nojento.
    Pode, Arnaldo?

    Guardou isso pra si por quarenta anos. Imagine o quanto essa mulher sofreu! Sem contar que ela está cuspindo no prato que a comeu.

    Vinícius

    Também tenho preconceitos. A maioria eu nem conheço. Mas a medida que vou os descobrindo, vou tentando eliminá-los. E daí, consigo, ou não consigo. Isso é o normal.

    A sacanagem é ter um preconceito, saber que tem um preconceito e ficar de boa. Isso aí é ter orgulho do preconceito. É o seu caso com evangélicos.

    Então fuja do assunto, cara. Você não sabe até que ponto essa praga de dinheirismo nas igrejas se alastrou. Nem quer saber. Prefere pensar que o dinheirismo não é praga, é natureza das igrejas mesmo. Pois eu te desafio a ser mais inteligente que isso e tentar conhecer a realidade.

    Se não o fizer, depois não vem dar uma de paladino da justiça não. Você é tão nojento por dentro quanto as pessoas que você critica.

    Gerson Carneiro

    Todos somos nojentos por dentro. Só quem não acha é quem trabalha em IML. Eu nem consigo olhar as fotos das duas endoscopias que eu fiz.

    Agora chega, né.

    Azenha, tá certo que não acertei a resposta mas mereço, pela audiência, um umzinho por cento do um milhão. Olhá só, 27 respostas até agora.

    Vinícius

    Então voltemos ao "tema". Não Gerson, ninguém "ganha dinheiro", na escala que você está dizendo (ficar milionário) estudando jornalismo. Você ganha dinheiro sendo dono de jornal. Não precisa conhecer jornalismo pra isso. No máximo, precisa ter um editor que conheça jornalismo (e o editor também não fica milionário, não trabalhando no jornal).

    Só isso. Mas será é a admiração pelo estranho comportamento do "mundo dos negócios" que te agitou a escrever? Ou será que foi a admiração com isto aqui: "…começar em uma dessas famosas como obreiro. É sucesso com garantia divina, e não paga impostos sobre a arrecadação. "

    Aaah tá. Disfarça agora, Gerson. Faz de conta que não era só um comentário perjorativo contra um grupo que você desgosta…

    Vinícius

    Terceira parte. Eu vinha falando que o desvio do dízimo pro bolso de pastores e para suas igrejas não acontece em todas igrejas. Mas em quantas acontecem? Na maioria? Na minoria? Fífiti fífiti?

    Eu não sei, nem você. Eu não sei porque nunca li nenhum estudo sério sobre isso, nem ouvi falar de um estudo sério sobre isso. Você não sabe, mas mesmo assim tem certeza, porque não está nem aí para os evangélicos, não quer conhecê-los, apesar de dividir um país com eles. Pra você, desprezá-los basta. E essa opinião, baseada num preconceito, pré-conceito, o que queira, é o que pautará sua relação com 20% dos brasileiros.

    E por isso você caiu muito no meu conceito.

    Goiânia DIVAS

    G = Golpista. Ou você ainda não conhece a história do Brasil?

    Edineuza

    Meu caro Rodrigo, não sou evangélica, mas acompanho a Rede Record tem um tempo é posso lhe assegurar é a menos parcial nas suas noticias. Como sabemos as noticias são feitas por pessoas e portanto deixam suas marcas, mas fazer o que a GLOBO faz é desrespeitar o cidadão.

    beattrice

    Tutti mafiosi Tutti quanti.

    graciliano

    Trabalhei muitos anos na Rádio Aparecida, ganhando pouco mas religiosamente (sem trocadilho). Ela tinha há uns dez anos, um milhão de "sócios" que enviavam dinheiro pelo correio, todo mês. Certamente este número hoje é o dobro ou o triplo. Como acho difícil alguém mandar menos de 10 reais pelo correio (há os que doam fazendas à Nossa Senhora, cujos herdeiros no planeta são os Padres Redentoristas), imaginem o volume de dinheiro movimentado.
    Nada tenho a reclamar de meus antigos patrões, honestos com seus funcionários. Apenas menciono como vivem algumas emissoras de comunicação que pertencem a Igrejas, ou que pregam alguma fé. A Globo, por exemplo, tem um Deus: o sacrossanto mercado…

    Vinícius

    Rodrigo, não "discrimine" os evangélicos. Discrimine sem aspas mesmo, que você vai receber mais votos positivos por aqui.

    Mário SF Alves

    É hora mesmo de descriminalizar os evangélicos. Aliás, e para todo e qualquer mortal, Jesus em toda a sua plenitude e glória já o dizia: Pai, perdoa-lhes, eles não sabem (quem os faz fazer) o que fazem.

    Gerson Carneiro

    Pois o que me despertou para meu comentário acima foi exatamente o fato de que:

    – o jornalista, que é expoente em seu ofício, que tem um excelente blog, que tem uma excelente experiência, que é um dos raros em tamanha experiência profissional, tem toda essa dificuldade em ganhar dinheiro com o seu ofício;

    – já o patrão do jornalista, que não é jornalista, ganha dinheiro, não tanto com o jornalismo, mas com a igreja.

    Considero uma situação no mínimo exótica. E não se trata de atribuir culpa nem a um, nem a outro. É o mundo dos negócios.

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