O esporte brasileiro, à imagem e semelhança da Globo

Tempo de leitura: 4 min

18/8/2013 10h00 – São Paulo

Jogadores de vôlei criticam mudanças no regulamento

por Manuela Azenha, na Fox Sports

Dentre as novas medidas foi decidido que as Superligas Masculina e Feminina terão sets com 21 pontos

Uma importante mudança nas Superligas Masculina e Feminina foi anunciada nesta quarta-feira, 14 de agosto, em plenária com representantes da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), dos clubes participantes e da Comissão de Atletas masculina.  Nesta temporada, os campeonatos terão sets de 21 pontos, em vez de 25. As paradas técnicas ocorrerão a sete e a 14 pontos. Para atletas e treinadores, isso significa uma drástica diminuição de tempo de partida e a criação de uma nova estratégia de jogo.

A opinião dos jogadores e gestores se divide, mas todos concordam que a iniciativa foi uma demanda da televisão, sem a qual o esporte não sobrevive.  Em 2000, foi eliminada a vantagem no saque para diminuir o tempo de jogo. Agora, com o mesmo intuito, diminuiu-se o número de pontos de cada set.

Além disso, foi decidido que as equipes da Superliga poderão completar a lista de inscritos com jogadores de clubes eliminados na Superliga B e que os delegados de arbitragem de jogo passarão a ser neutros, indicados pela CBV, e não mais pelas federações.

Por meio de nota oficial, Renato D’Ávila, superintendente da CBV, disse que o novo formato trará mais agilidade ao jogo e já tem demonstrado resultados positivos nos primeiros jogos realizados no Campeonato Paulista. Ainda em nota, a CBV diz que a expectativa é de que “o jogo ganhe ainda mais dinamismo, ganhando em emoção para o espectador”.

José Montanaro, ex-jogador da chamada “seleção de prata” dos anos 80, é gestor do time de vôlei do Sesi-SP e participou das plenárias. Alguns meses antes, segundo ele, funcionários de marketing dos clubes e a CBV estiveram em reunião com a televisão para aprovar a diminuição do número de pontos de cada set: “O martelo já foi batido ali”. Ainda de acordo com Montanaro, o assessor da Federação Internacional de Voleibol, organização que deu aval para as alterações, foi diretor de esportes de televisão durante anos. “Ele conhece profundamente o vôlei e pensa no esporte do ponto de vista do jornalista e do espectador. É como um filme, você não quer assistir a um filme de 2h30”. Para o ex-jogador, o esporte ficará mais intenso e interessante. “É uma mudança quase cultural, muda o timing completamente”.

O central Gustavo, do Canoas Vôlei, foi representante da Comissão de Atletas na plenária e declarou que ainda não tem uma opinião formada sobre a nova regra: “Prefiro jogar com os 21 pontos para depois avaliar. Não teve uma votação, fomos comunicados de que foi uma exigência da televisão”.

Jogadores que já testaram a nova regra no Campeonato Paulista disseram que a medida transforma completamente a dinâmica do jogo. Para Vini, central do Brasil Kirin, os jogadores tem de ficar atentos a esse tipo de mudança. “Diminuíram o tempo da partida e também do saque. Não temos tempo para pensar na jogada e nossa margem de erro é quase nula. A Comissão de Atletas tem que ter muito cuidado e preservar a essência do esporte. A interferência da televisão não pode descaracterizar o esporte.”

Sandro, levantador e capitão do time do Sesi-SP, acha que a mudança não é prejudicial ao esporte e que os jogadores brasileiros não devem ter dificuldade de adaptação. “As pessoas acham que não faz diferença, mas faz. Você não pode deixar a equipe adversária abrir vantagem, porque fica muito mais difícil de recuperar agora. Mas não acho que o Brasil terá dificuldade em se adaptar. Mudou porque fica melhor para a televisão e não é a primeira vez que isso acontece. Essa mudança em particular não muda a essência do jogo, então acho válida”.

Fabio, gestor do Canoas Vôlei, esteve presente na reunião e diz que o clube não tem nenhuma posição a respeito da nova regra. “A proposta atende aos interesses da televisão, nossa opinião não foi perguntada. Tecnicamente não podemos avaliar se é benéfica ou não porque ainda não testamos. Se nos dará mais transmissões, mais patrocínio, é mais receita para os clubes. Os interesses da televisão devem ser casados aos do esporte. Torcemos por isso”.

Os veteranos da década de 80 foram os primeiros jogadores de vôlei a se tornarem celebridades esportivas no Brasil e conhecem a importância da cobertura televisiva. Em 1983, a Seleção Brasileira enfrentou a União Soviética diante de mais de 95 mil pessoas no Maracanã – o maior público da história do vôlei. A partir daí, o esporte consolidou o interesse da imprensa e tornou-se febre nacional. Em 1984, o Brasil ficou em segundo lugar nos Jogos de Los Angeles e conseguiu a primeira medalha olímpica no vôlei.

Para William Carvalho, companheiro de Montanaro na “seleção de prata” e um dos responsáveis por popularizar o saque “Viagem ao Fundo do Mar”, a diminuição de pontos dos sets mudará muito o jogo. “Essa influência da televisão sobre o esporte é ruim às vezes para os jogadores, mas precisamos nos adaptar porque dependemos da exposição e é o que acontece para conseguirmos um espaço”.

Montanaro diz que o desenvolvimento do esporte no Brasil depende de exposição midiática.  “Em 81, conquistamos a primeira medalha no vôlei brasileiro e, quando voltei para o Brasil, só tinha minha família me esperando no aeroporto. Ninguém ficou sabendo. Em 83, com a transmissão do jogo e narração do Luciano do Valle, o esporte se transformou num espetáculo. A televisão não tem o interesse de desconfigurar o esporte, mas é uma empresa que visa o lucro e nós temos que nos tornar um produto comercialmente viável para ela”.


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Comentários

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Francisco

Anotem ai:

Em 2036 o subdiretor de programação da divisão de eventos da Globo vai determinar que o brasileiro só pode dar uma binbada por mês com a patroa.

E vamos aceitar.

Péricles

Não é outro o motivo da estúpida regra que dá ao gol fora de casa um valor decisivo em várias competições de futebol. O gol fora de casa baixa drasticamente a probabilidade da decisão por penalties … e obriga o time da casa a jogar na retranca pra não tomar gols.

Carlos Magno

A globo tem todo esse poderio por uma simples razão, “A MAIORIA DOS CIDADÃES BRASILEIROS SÃO ALIENADOS”, vou mostrar-lhes como podemos fazer a globo nos respeitar, se por umas duas rodadas do campeonato brasileiro serie A, “OS TORCEDORES BOICOTASSE”, simplesmente não fossem aos estadios, já imaginou a globo transmitir uma partida de futebol com “PUBLICO ZERO”, não só com a globo deveriamos protestar, “MAS TAMBEM CONTRA OS PATROCINADORES”, não comprando os produtos deles. Os politicos, e os partidos politicos brasileiros são dominados pela globo, “PORQUE NÃO PROTESTAMOS CONTRA OS PARLAMENTARES”, deveriamos aproveitar essas “MANIFESTAÇÕES” para “ARROCHAR” os parlamentares, “AMEAÇANDO NÃO VOTAR NELES, NA ELEIÇÃO DE 2014 E NAS PROXIMAS”, caso eles não votem os projetos de leis que melhorem os “SERVIÇOS PUBLICOS ESSENCIAS, TAIS COMO: SAUDE, EDUCAÇÃO, TRANSPORTE PUBLICO E SEGURANÇA” e tambem que os parlamentares “APROVEM UMA LEI QUE ACABEM COM A ENXURRADA DE PROPAGANDA GOVERNAMENTAL DOS TRES PODERES DO ESTADO BRASILEIRO (poder executivo, poder legislativo, poder judiciario), NOS TRES NIVEIS (federal, estadual e municipal), e tambem com a ENXURRADA DE PROPAGANDA E PATROCINIOS MILIONARIOS DAS EMPRESAS ESTATAIS ( federais, estaduais e municipais), visto que não há “ABSOLUTAMENTE NENHUMA NECESSIDADE”, o dinheiro que é “TORRADO” em propaganda e patrocinios milionarios, “SÓ FAZEM ENCARECER OS PRODUTOS OU SERVIÇOS), muitas pessoas não compram o botijão de gas de cozinha, porque ele “CUSTA CARO”, o mesmo acontece com a “GASOLINA E O OLEO DIESEL”, assim a “TARIFA DO TRANSPORTE COLETIVO, CUSTA CARO”, “ACABE COM ESSAS PROPAGANDAS E PATROCINIOS MILIONARIOS DESNECESSARIOS” e teriamos “DINHEIRO PARA A SAUDE, EDUCAÇÃO, TARIFA MAIS BAIXAS DOS COMBUSTIVEIS, DA ENERGIA ELETRICA, TARIFAS BANCARIAS (BB, CAIXA, BANCO DO NORDESTE) e SERVIÇOS DOS CORREIOS”, vejam a barbaridade apenas do governo estadual do Rio Grande do Norte, em 2011, o governo “GASTOU EM PROPAGANDA” R$ 16 milhões de reais, e apenas R$ 11 milhões de reais na “SAUDE”, no restante do Brasil, a situação é bem pior, em Goiais o governador Pirilo gastou R$ 210 milhões de reais, apenas em propaganda, e a globo, ABOCANHA” 60% de todo o dinheiro, para “PROPAGANDA, TEM DINHEIRO”, para “SAUDE, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA PUBLICA, NÃO TEM DINHEIRO”, precisamos acabar com isso, não é “JUSTO, MILHARES DE PESSOAS MORREREM SEM ATENDIMENTO MEDICO, MILHARES DE JOVENS E ADOLESCENTES SE PERDEREM NAS DROGAS, FACE NÃO HAVER ENSINO DE QUALIDADE, E ALEM DISSO FALTAR PROFESSORES”, há escolas, que os alunos simplesmente não tem professores para muitas materias, e simplesmente são “APROVADOS NA TORA”, simplesmente a materia que falta o professor, não é contabilizada como materia do curriculo, assim esses alunos serão penalizados em outros estagios do ensino, isso é JUSTO?

Rafael

Impressionante a globo tomou conta do futebol brasileiro. A globo é dona do futebol brasileiro. Manda na seleção, manda em tudo. Controla os clubes. O único favorecido por esse desmando é a globo. O torcedor, o clube são os idiotas nessa tramóia da globo. Já que no Brasil globo está acima da lei, a lei não se aplica para a rede globo, nunca a lei chegará até a globo então vão deitar e rolar. Daqui uns 10 anos quando os times brasileiros estiverem falidos vai ser tarde. Única excessão será corinthias e flamengo, o resto vai somente assistir esses dois, os clubes vão ficar numa penúria tão grande que não conseguirão formar times competitivos.

Luís Antônio Mariano

O que mais me irrita é a submissão dos clubes, principalmente os médios que disputam as Séries B e C. A Globo simplesmente os obriga a jogar as terças e sextas às 19:00 e 22:00 para caber dois jogos em sua programação, tudo isso por míseros 1,8 milhão parcelado em dez vezes. Clubes como Paysandu, Remo, Ceará, Fortaleza, Santa Cruz, Sport e Náutico, cujas torcidas ultrapassam um milhão de torcedores, deveriam exigir mandar suas partidas aos domingos para que seus fanáticos torcedores pudessem lotar seus estádios.

Elvio Rocha

Não demora e a Globo deverá sugerir novas mudanças na transmissão das partidas de volei. As equipes entram na quadra e um ministro do STF joga a moedinha pra cima, no cara a coroa pra escolher o vencedor.

Rafael

A globo é um câncer. Não é só no futebol. É em tudo. Na política a globo interdita qualquer reforma, qualquer mudaça que melhore o funcionamento da democracia. Eu fico decepcionado porque o PT não faz nada.

Sergio

Vocês já perceberam que eles adoram partidas esportivas com tempo determinado? A Globobo não quer nada que possa interferir na sua grade de programação. Vê se ela quer transmitir partida de tênis! Quem quer apostar comigo que o Vôlei, assim como qualquer outro esporte sem tempo determinado, passará a ter seu tempo predefinido. Vai ganhar quem estiver na frente no final do tempo, e nunca mais poderá ser visto aquelas viradas de 3 sets a 2 do time que perdia por 2 sets a zero. Quanto mais vc puder evitar a Globobo, melhor. Ela procura controlar e idiotizar as pessoas, impondo o que é “melhor e imperdível”.

    Elvio Rocha

    Claro, nada que interfira em sua grade de programação. A não ser que se trate de uma visita papal ou do “mensalão”. Aí pode.

Oliveira

O mais importante a matéria não aborda. Estas mudanças irão acontecer a nível mundial? Caso positivo, menos mal. Se não, será uma tragédia para o Vôlei brasileiro. Sobre a influência da Globo, o CADE já deveria ter acabado com o monopólio em qualquer atividade esportiva e/ou econômica.

Fernando

O problema desse pessoal é esquecer que a Globo é uma entidade privada que visa lucro como qualquer outra.

Ponto final.

Eu não vou na porta da GM falar que o celta está muito caro. Simplesmente não compro.

Se a globo ganhou todo este poder sobre o futebol é porque ela adianta dinheiro para times, e investe pesado.

Sem choradeira.

    M D

    Você está completamente errado.
    A Globo não é empresa privada, é uma concessão pública. É muito diferente. Em vários países do mundo, democráticos como os EUA, concessões não são renovadas, por abusos.
    Talvez seja exatamente esse o problema, ela, a Globo, se comporta como se não fosse uma concessão.

    Caxopa

    Corrigindo, a rede gRobo recebe uma concessão federal. O espectro eletromagnético é um bem da União e por isso do povo.

    E por falar nisso, quando vence concessão da gRobo?

Luís Carlos

A Globo, a mesma acusada de sonegar impostos e que não apresenta DARF para provar que está limpa, destrói o esporte brasileiro. No futebol, não divulga irregularidades cometidas pela CBF, desinformando a população brasileira. Aliás, foi exatamente no futebol que teria ocorrido sonegação fiscal da REDE GLOBO, conforme auditoria da Fazenda Nacional. Nunca esqueceremos, por exemmplo, o escândalo da arbitragem e resultados de jogos anulados em 2005 no campeonato brasileiro de futebol, beneficiando lavadores de dinheiro nacionais e estrangeiros. Ainda no futebol, o feminino é absolutamente escondido e negado pela Globo, recebendo o desprezo e preconceito da emissora em parceria com a CBF, apesar de todos talentos individuais que temos no país. Isso ocorre não apenas com o futebol feminino, mas o esporte feminino é absolutamente execrado pela Globo (com pequena exceção para o voleibol feminino, “aceito” pela emissora como modalidade para mulheres, em detrimento de todas as demais, apesar de ainda assim ter menos espaço que o esporte masculino). Além do machismo percebido dessa forma, a GLOBO contribui fortemente para o machismo de várias outras formas. No UFC, “produto” comprado pela Globo, o machismo, um dos flagelos da humanidade, exala por todos os poros. Não bastasse isso, ainda é cultuada a violência tentando travestí-la de esporte, e o ódio, como bem demonstram matérias e textos de jornalistas que divulgam o produto. Para a Globo, não basta ser luta, deve ser como no UFC, com desfiguração física, fraturas, sangue e muito ódio, “promovido” pelas matérias que antecedem as lutas. O judô, jiu-jitsu ou a luta livre, por exemplo, são escondidos, não divulgados ou desprezados pela Globo. A luta livre inclusive tendo sido retirada das Olimpíadas após os jogos do Rio 2016, mesmo sendo um dos esportes mais antigos dos Jogos, desde a Grécia antiga. Com isso, a Globo dá sustentação a ideologia da violência difundida pelo capitalismo adorado pela “empresa”.
A Fórmula 1 se transformou em modalidade absolutamente insonsa com as transmissões globais. Mesmo um jornalista altamente especializado e conhecedor do tema, como Reginaldo Leme, sucumbe à dinâmica imposta pela Globo. Isso sem falar na legitimidade dada pela Globo às ações da entidade intrernacional que responde pela modalidade, sem transparência.
Outros esportes como o handebol, crescem apesar da Globo, alcançando resultados internacionais impensáveis algunas anos atrás, mas sem um único apoio ou transmissão de jogos da modalidade pela “empresa” global. O mesmo ocorrendo com a ginástica em que tivemos uma campeã mundial negra no solo, apesar da Globo e um campeão olímpico nas argolas, com bolsa atleta, e sem apoio ou divulgação da REDE GLOBO.
Para a Globo e a grande mídia em geral, o esporte se justifica apenas pelos índices de audiência, deixando de lado todo potencial de inclusão social, distribuição de renda e combate ao machimo, homofobia e racismo, só para citar alguns exemplos. A Globo é uma das maiores responsáveis, em que pese não a única, claro, pela vergonha que é a realidade distorcida da remuneração de atletas brasileiros/as, na qual a diferenças de gênero são esplícitas, além da distorção de resultados. Enquanto o futebol masculino, paparicado permanentemente, sequer traz uma medalha de ouro olímpica desde que foi incluído na competição, os jogadores homems ganham fortunas. Já as mulheres do futebol, trouxeram diversas medalhas olímpicas, apesar da CBF e sem ter sequer um campeonato organizado no país, recebendo remunerações infinitamente menores.
É a dinâmica capitalista, centrada no machismo, racismo e homofobia e na violência encarnada pela GLOBO ao esporte, transformando-o em outra coisa, que não esporte.
A Globo faz mal ao esporte brasileiro. A Globo faz mal ao país.

    Hugo

    Caro Luís Carlos,

    Perfeito seu comentário, parabéns por exercer sua cidadania. Infelizmente muitos ainda não acordaram, estão como no filme MATRIX, estão em um estado de “hibernação” quase eterna.

    Grande abraço

GARAPUVU

Também sou contra o excesso de intromissão das TVs no esporte, vide o futebol as 22 horas. Mas joguei vôlei a minha vida inteira, peguei a transformação de quando era 15 pontos com vantagem para os atuais 25 sem. Mas não foi só isso que mudou. Na época não se recepcionava saque com toque. A bola não poderia tocar na perna, hoje o cara pode dar um chute. O local do saque era restrito a 1/3 da linha de fundo. Não se podia atravessar para o outro lado da rede para buscar uma bola e outras mais. O vôlei mudou muito, e mudou para melhor. Quem disse que os 25 pontos são a melhor opção? Nesse caso, se somos contra a influência da TV, por quê não voltar aos 15 pontos com vantagem? É preciso separar a intromissão que beneficia apenas um lado das que beneficiam os dois lados. É pagar pra ver.

Adriano

Eu não ia opinar, mas não dá. É uma pena o meu vôlei, ter de se sujeitar a este tipo de “bacanalização” dos esportes. Pergunta: Por quê a Globo não faz a menção de se começar futebol em hora de novela, que diga-se de passagem não faria a menor falta? Por quê será que a Globo acaba com os outros esportes, e suga até a última gota os patrocinadores deste futebolzinho de quinta categoria? Por quê será que estádios (padrão fifa agora) estão a cada dia mais vazios? Por quê será que os outros esportes (vôlei, basquete, judô, ginástica olímpica, natação, atletismo) só tem valor, quando no esforço sobrenatural de um atleta, ou de nascer um atleta acima da média, ganham uma medalha ou se sobressai? Por quê será que a Globo só consegue em todos os seus canais (até os de assinatura), desmerecer os outros esporte, ao passo que o futebolzinha de quinta, só fala bem, apesar de a cada dia o povo não ser mais tão idiota, quanto pensam, e já viram esta palhaçada que eles transformaram este esporte. Enfim, enquanto uma emissora de televisão continuar a matar outros esportes, desmerecer, massacrar atletas (vide o mundial de atletismo na Rússia), e enquanto ao futebolzinho tudo, esta palhaçada vai continuar assim. Quanto aos que falam contra este sistemazinho cretino, quem só perde são os que se matam: Os atletas. E as futuras gerações dos esportes: Bem, sem comentários! E isso é tudo. Amo futebol, antes que falem alguma coisa. Mas esse futebol que me impõem todo dia, onde até nos canais por assinatura, só passam esta palhaçada (primeira, segunda, terceira, quinta divisão)tô fora! Onde está a mesma vontade de apresentar, dar visibilidade as outras modalidades. Patrocinador, só para futebol. Ainda querem falar de olimpíadas com muitas medalhas. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Só rindo.

lulipe

Por que eles não abrem mão da visibilidade que ganham em virtude das transmissões dos jogos pela Globo, além dos milhões investidos pela empresa???É tudo hipocrisia…

    RicardãoCarioca

    O sonho das emissoras é partida que dure 42 minutos e que, assim, permita 18 minutos de inserções comerciais, tal qual são com as séries. Te cuida, dois tempos de 45 min. do futebol!!!

    lulipe

    As federações estaduais e a CBF não têm nenhuma obrigação em fazer parceria com a Rede Globo, se o fazem é por que veem vantagem nisso.O resto é hipocrisia!!!

M D

Recentemente os jogos das semifinais da Taça Rio de futebol foram invertidos para a transmissão do jogo no Domingo. O time de melhor campanha, pelo regulamento, deveria jogar no Domingo, mas jogou no sábado, contrariando o regulamento.
Nas olimpíadas de Atenas, em 2004, a rede Globo fez várias entrevistas, exclusivas , com atletas em vésperas de provas importantes, dos que eu lembro TODOS perderam:
antes da semifinal do vôlei feminino, com duas atletas. No dia seguinte perderam;
Carlos Honorato, do judô, perdeu;
Daiane dos Santos, ginástica, perdeu;
Ricardo “Bimba”, antes da última regata da prancha a vela, perdeu . Este foi mais incrível porque estava liderando a competição ,com folga. Só um desastre tiraria o ouro. E ele não ganhou nem o bronze .
Os atletas perderam suas medalhas, mas a Globo tem a notícia, na vitória ou na derrota.

    Karl

    Se permite M D, muito bem lembrado.
    Quem se aproxima, neste caso atletas, da REDE GLOBO, ESTARÁ INFECTADO COM A MALDIÇÃO DA DERROTA.
    Para as pessoas que não acreditam nessa MALDIÇÃO DA GLOBO, basta ver todos esses exemplos.
    Atletas, todos, NÃO SE APROXIMEM DA GLOBO. Caso contrário, A MALDIÇÃO DELA, OS ALCANÇARÁ. SERÁ QUASE DERROTA CERTA.

    M D

    Não quero defender o Dunga, mas a Globo não diz, que na Copa de 2010, a Fátima Bernardes quis impor uma entrevista exclusiva na hora do treino, ele não deixou. Então, ela disse que o presidente da CBF havia autorizado. Ele disse , então, para o presidente treinar a seleção. E não deu a entrevista. Ela saiu muito P*@# da vida, e voltou para o Brasil. Por isso a bronca da Globo com o Dunga.
    A sociedade não pode ficar refém dessa emissora!

FrancoAtirador

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Qualquer hora, os jogos na televisão

serão produzidos por computação gráfica,

tipo Vídeo Game ou Toy Store…
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Karl

Enquanto existir, por minimo que seja, qualquer resquício de REDE GLOBO, todas nossas dificuldades. Todas as dificuldades de qualquer esporte fora o corrupto futebol. Todas as dificuldades com a saúde pública. Todas as dificuldades de NOSSA PÁTRIA, IRÃO PERSISTIR. TODAS ELAS.
Tal qual na DITADURA, A GLOBO FAZ, DESFAZ, VOLTA A FAZER, SONEGA, MENTE DESMENTE, CONTORCE, DISTORCE, CHUTA A BUND.. DE QUALQUER POLITICO, MANDA DESMANDA E ENFIA GOELA ABAIXO, TUDO ISSO, EM TODA SOCIEDADE.
É assim.

Gerson Carneiro

E assim é em todas as modalidades esportivas.

Em 2010 participei da meia maratona do Rio de Janeiro que teve início às 10h00.

Para o pelotão de elite que faz o percurso de 21 quilômetros em uma hora é uma maravilha. Mas para os amadores que no início da prova faz a festa para a Rede Globo é uma tortura.

Eu por exemplo, fiz o percurso em duas horas e vinte minutos. Atrás de mim vinha ainda uma multidão. Cruzei a linha de chegada no sol escaldante do meio dia e vinte minutos. E lá já não existia nem sinal da presença da Rede Globo.

    lulipe

    Quem você acha que financia toda a estrutura e premiação da maratona, caro Gérson???A Globo investe para ter retorno ou você acha que ela tá preocupada com o tempo que você fez na prova???

    Viviane

    A Globo é que não é, pois quem investe são os patrocinadores… e, pelo que entendi, o problema do Gerson e dos outros corredores era o calor, e não o tempo da corrida em si (o certo seria começar mais cedo para ninguém sofrer com o calor). Ah, a interpretação de texto!…

    lulipe

    Tolinha, você acha que a cota de patrocínio de um evento que vai ser transmitido pela Globo é a mesma caso o evento não fosse transmitido ou fosse por outra emissora???Entendo sua dificuldade em entender um simples texto, afinal ainda deve estar concluindo o ensino fundamental, acertei???

    Viviane

    Não, estou concluindo o mestrado… mas o valor da cota de patrocínio continua não sendo pago pela Globo. Ou seja, além de grosseiro, não rebateu o argumento. Mas não se preocupe, ao contrário de você, não julgo as pessoas pelo grau de escolaridade. Afinal, o que tem de ignorante diplomado por aí…

    Fernando

    Nossa menina, como você não entende que transmição da Globo é o que valoriza o evento e promove o aumento do patrocinio.

    Se a Globo não mostrar não sei na TV e aí a marafona são silvestre vai ser uma corridinha de 15 KM.

    Simples assim.

    Os patrocinadores querem exposição e a Globo valoriza o evento. Se não fosse a globo os patrocinadores pagariam no máximo um pão com queijo para a organização do evento.

    Mestrado e com essa dificuldade de compreensão, meu deus

Andrer

Ele escreveu “empresa que visa lucro”… esse é o problema, que fazem surgir brasileiros “candidatos a melhores do mundo” o tempo todo, mas que são soterrados pela pressão instantânea e nada conseguem… basta ver a ginástica olímpica, que, ainda bem, viu Zanetti surgir “do nada”, sem ser plantando pela televisão… esse personalismo aliado à urgência de Ibope destroem o esporte brasileiro, ofusca-se a organização e o planejamento.
Seria muito mais oportuno que a Globo respeitasse os patrocinadores das equipes, em respeito ao direito à informação e a seu papel de concessão pública… se falta patrocínio legítimo ao esporte, deve-se em boa parte porque a televisão não respeita quem investe no esporte, apenas se houver a sua comissão, e isso é sim corrupção!!!

RicardãoCarioca

Se deixarem, daqui a pouco as partidas serão decididas no ‘zerinho ou um’ ou no ‘cara ou coroa’…

    M D

    No fantástico…!

    Haroldo Cantanhede

    Se deixar – e há muita gente nos governos do nosso país que é escravo da redebobo – os resultados serão decididos por votação, telefónica, a R$5,00 o voto, tudo para o caixa da redebobo, esse câncer que nos assola. E eles nem se importarão em pagar imposto.

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