Para a CUT, trabalhadores não podem pagar por ajustes na economia
Tendo em vista as medidas anunciadas pelo governo no dia 29 de dezembro de 2014, com o objetivo de ajustar as despesas do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e da Previdência Social, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) manifesta a posição contrária ao método utilizado para a tomada de decisão por parte do governo.
Contrariamente aos compromissos assumidos de que as decisões que envolvessem os trabalhadores deveriam passar por um processo de negociação que permitisse às Centrais Sindicais opinar e oferecer propostas alternativas a quaisquer iniciativas, fomos surpreendidos por um anúncio unilateral das medidas sem que pudéssemos contribuir e de alguma forma assegurar os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
A CUT não concorda com as medidas adotadas no âmbito do Seguro Desemprego, tendo em vista que elas penalizam os trabalhadores e trabalhadoras jovens que estão ingressando no mercado de trabalho e também aqueles empregados nos setores com menor especialização, onde a rotatividade de mão de obra é uma prática recorrente do setor patronal.
A CUT considera que as medidas tomadas penalizam exclusivamente os trabalhadores e não impõem nenhuma regra ou sanção para inibir a rotatividade de mão de obra praticada pelas empresas com o único e exclusivo objetivo de reduzir os salários.
A CUT não concorda com o argumento de que os trabalhadores são responsáveis pela rotatividade de mão de obra existente hoje no país. Os exemplos utilizados não se constituem regra e não são a causa do aumento de gastos com o seguro desemprego.
Os trabalhadores e trabalhadoras quem manter os seus empregos, terem seus salários valorizados e não fraudar um dispositivo que minimiza os prejuízos causados pela ganância empresarial. Essa medida representa um sério retrocesso aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
Em relação ao seguro defeso, a CUT sempre se posicionou pela mais ampla transparência e controle social na concessão de benefícios. Por isso defendemos a manutenção da política de concessão exclusivamente para os trabalhadores e trabalhadoras da pesca e que o cadastro de beneficiários tenha o mesmo controle dos benefícios concedidos por outras políticas sociais, como o Bolsa Família, o Prouni etc.
A Central Única dos Trabalhadores também manifesta a sua preocupação com as medidas tomadas no âmbito da Previdência Social de forma pontual. Somos os maiores interessados na manutenção do equilíbrio das contas da Previdência, no entanto, esse equilíbrio não pode ser feito a custa dos direitos.
Por isso queremos que a discussão seja mais abrangente, que possa inclusive criar uma solução para o Fator Previdenciário que tanto penaliza os trabalhadores, para que esses direitos não sejam comprometidos.
De acordo com a presidenta em exercício da CUT, Carmen Helena Foro, “é importante deixar claro que tudo o que se refere à transparência, aperfeiçoamento e maior controle social não trazem problemas para nós, desde que não retirem direitos dos trabalhadores”.
Também segundo ela, “é preciso reafirmar o compromisso de que toda a pauta dos trabalhadores e trabalhadoras seja previamente discutida e acordada com a CUT e as Centrais Sindicais”, como foi o compromisso assumido com a presidenta Dilma.
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Comentários
Arnaldo
Neste últimos trinta anos de simples trabalhador e que as vezes militou… a CUT vem fazer o obvio, bate e assopra, sei lá o que..? Denorex??? O lema da CUT é Somos Fortes- Somos CUT! Com certeza sim.
Pois com tudo isso, é só verificar como estão os Diregentes da CUT, Tem alguém na Chuva? No Sol? Que não tenha um Jeton? Acho que até merecem.
Mas com tudo isso, vide os exemplos das demissões nas montadoras , os Sindicatos estão, muito bem financeiramente. alguns podem até não, estarem, mas PINGA $$$, não seca. A central CUT, nossa $$$$$$$$$$$$$! Quem vai pra fila como sempre é o trabalhador. Abraços.
Regina Fe
Para ser justa, Dilma precisa agora promover o contrapeso, propondo também o ajuste na remuneração de alguns setores do funcionalismo, nos três poderes, que são presenteados com altas remunerações e outros benefícios. Quero ver também o imposto sobre grandes fortunas, quero ver o Darf das grandes empresas sonegadoras. Do contrário, esses ajustes que foram apresentados não passarão de uma economia porca, bem ao gosto do pig, mas que poderão custar muito caro ao PT, Dilma e Lula em 2018.
republicano
Descobertos os causadores da crise no país. São os pescadores e as tainhas.
SERGIO CARLOS FRANCISCO
ESSA HISTÓRIA DE CORTAR PELA METADE AS PENSÕES DOS VELHINHOS ASSALARIADOS FOI UM ABSURDO. DECEPÇÃO PRESIDENTA.
Luther
A carta é boa para ajudar a calar os governistas que dizem que não houve corte de direitos.
Mas ea greve geral, é pra quando?
lulipe
E a vaca tossiu…
Paulo bueno
servidores públicos federais revoltadíssimos com a DILMA e com o governo do PT ameaça greve em 2015
são 8 anos sem reajuste e com perdas de mais de 56% de reajuste nos governos LULA e DILMA
servidores se revoltam porque o governo só dá aumento para magistrados e procuradores que já receberam aumento em 2010 e os servidores aqueles que realmente trabalham ,não receberam nada………..
a GREVE DOS SERDORES PUBLICOS FEDERAIS VEM AI nos próximos dias…
Leo
Infelizmente, eis aí a confirmação de que as promessas de campanha são propagandas enganosas. Se o PSDB, com Aécio, tivesse sido eleito para a Presidência da República, certamente a esquerda teria um prato cheio para enlouquecer a cabeça do cidadão, a fim de nunca mais eleger qualquer partido contrário à legenda do Zé Dirceu. Mas, agora, é a vez do PT vir com medidas austeras, conservadoras e antipopulares.
Mas atenção! Vamos torcer pelo sucesso do Governo, pois quem torce pela desgraça é inimigo do Brasil.
renato
Não gostei..
Me compararam com MARGINAIS, com SALAFRÀRIOS, com
CORRUPTOS, com ASSASSINOS.
Colocaram a MULHER de 21 anos como MULHERZINHAS.
Deixaram os homens com o gosto de MACHISMO na boca.
Que MMMMMMMM…Jesus.
Eu ainda não acredito que isto esteja acontecendo..
E as viuvas então, que desrespeito..
E a MIM trabalhador e HONESTO …PORRA.
Vitorio Guilhermo Sorenzi
Tá, vamos torcer para dar certo. ‘O burro aguenta? Então bota carga no burro!’
Andre
Eu não sei é como a CUT se mantém ligada ao PT. Falar tudo isso e não romper com partido, não se tornar um sindicado de oposição a um governo crescentemente anti-trabalhista é jogar palavras ao vento.
Vlad
Esse “não sei é como a CUT…” “quereria” talvez significar “não sei por que é que a CUT…” ?
Seria a mesma lógica do desaparecimeto da UNE e do acadelamento do MST? mesada para os dirigentes? ou há outra explicação chapa-branca?
Inclusive (mas não apenas) com cargos nos conselhos de administração de estatais? pergunto-lhe eu.
Achas que a jornada de 40 hs sequer ser discutida com a sociedade e o salário mínimo continuar, após (PASME! mais de doze anos !!) sendo 25% do que seria um “mínimo” constitucional teria relação com esses supostos “mimos”?
http://www.dieese.org.br/analisecestabasica/salarioMinimo.html
http://www.cut.org.br/imprimir/news/32f44dd71e4d165b80ee5f32e615c09b/
(só um exemplo) isso…Pasadena…zilhões na bolseta.
Julio Silveira
Agora é tarde.
Léo
As medidas tomadas pelo governo a curto prazo são compreensíveis.
Para o caso do Seguro desemprego deve criar meios de fiscalizar aproveitadores (conheci bastante) trabalhava “um mês” e passa alguns recebendo sem fazer nada.
Empresas também usam meios sujos, para não manter trabalhadores por muito tempo empregados. Vai desde a desculpa de corte de gastos, a possível “falência”
E como diz o ditado não com esses termos: “A maioria paga por uma minoria”. É assim, com quem vive em favelas, negros (já estigmatizado como bandido),
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